segunda-feira, 11 de dezembro de 2017



O LEGADO DOS DEUSES


Por Oliveira Pereira (Oriente de Portugal)

A ESFINGE E A EVOLUÇÃO HUMANA

Ao longo dos tempos, muitos historiadores foram buscar nos ensinamentos do Antigo Egito, a base e os alicerces para as suas teses e os seus saberes. Até mesmo os grandes filósofos Gregos foram buscar as fontes do seu conhecimento ao antigo Egito. Porém, o que mais tem intrigado os pesquisadores até aos nossos dias, para além dos maravilhosos segredos das três grandes pirâmides, certamente é o enigma da esfinge.

A esfinge, como todos vós sabeis, é um grandioso monumento de pedra talhada, que repousa há milénios ao lado da pirâmide de Queóps em Gisé. Este gigante e majestoso monumento de pedra branca é formado por quatro patas de touro, por um corpo de leão, por duas asas de águia e por um rosto humano. A própria palavra “esfinge”, que é de origem grega, significa na sua origem, “animal fabuloso”. E tão fabuloso é este monumento, que mais parece ter sido construído por inteligentes seres de um outro mundo, de outra galáxia, de outra dimensão ou quiçá, construído pelo homem, mas com total inspiração divina, como que para anunciar que quem assistiu ao início da era humana não verá o seu final; e quem estiver no final, por certo, só imaginará como foi o seu começo. É de facto espantosa a simbiose entre a concepção simbólica desta e a evolução humana através das eras. Por isso, através da descodificação da sua representação simbólica, vou desvendar os seus enigmas e por sua vez a mensagem que esconde.

Descodificação da Representação das Patas de Touro – Num tempo mais remoto do desenvolvimento do homem, este dependia essencialmente da terra, tanto para a caça e o seu cultivo, para que desse modo pudesse produzir os alimentos indispensáveis à sua sobrevivência, como também, por necessitar dela para a sua insaciável procura de recursos, indispensáveis à satisfação das suas mais elementares necessidades de sobrevivência. Por esta razão, o homem no início da sua evolução, precisou de conquistar territórios onde fossem abundantes os recursos de que necessitava para sobreviver.

O poder nesse histórico tempo, estava com os que dominavam a arte da guerra, nomeadamente no combate corpo a corpo, os quais, através do exímio domínio desta arte marcial, dispunham de grandes impérios territoriais.

Sem dúvida, que o touro é o animal que mais se identifica com a terra e com a força bruta. Todos nós conhecemos lendárias figuras daquela época que ficaram famosas pela sua desmesurada força física, como foi a lendária figura de Hércules ou a de Ursus em Quovadis. Foi preciso o aparecimento de Moisés, para que o início de uma nova era surgisse, e para isso, foi preciso que este combatesse a adoração ao boi ápis, símbolo da devoção da humanidade daquele tempo aos valores terrenos.

Em suma, esta primeira era evolutiva da humanidade, correspondeu ao elemento terra, ao corpo físico, à força física e às grandes extensões de terra.

Descodificação da Representação do Corpo de Leão – Com os ensinamentos de Jesus, uma significativa parte da humanidade conseguiu afastar-se das crenças antigas, e evoluir para a era dos peixes, ou do elemento água. Como sabeis, os primeiros cristãos tinham como símbolo a figura do peixe, a qual, veio a caracterizar esta era. E como também sabeis, esses mesmos cristãos hostilizaram a sociedade romana de então, com os seus princípios e os seus costumes, principalmente, quando recusaram considerar como seu Deus o imperador romano. Este antagonismo de culturas, fez com que os romanos dessem ouvidos aos boatos de que os cristãos dominavam os “seus leões”, os quais, não passavam de analogias simbólicas às emoções violentas, e ao destempero das atitudes derivadas da fúria e da violência não controlada, e importaram verdadeiros leões da obscura África, para demonstrarem ao seu povo, que os cristãos não passavam de mentirosos e que o seu Deus não tinha qualquer poder para os defender dos leões, que os iriam por isso devorar nos circos romanos.

O nosso livro mais sagrado, a Bíblia, relata-nos que Jesus caminhou sobre as águas para mostrar que era mestre das emoções e que nesses passeios chamou a atenção dos homens para o amor e para a caridade.

O poder nesta era, passou para as Nações que desenvolveram e apuraram as técnicas náuticas, e para essas Nações, os seus impérios atingiram territórios que se estenderam para além mar.

Nesta era, o homem para além de dominar o elemento água dominou também as suas emoções.

Descodificação da Representação das Asas de Águia – Nos nossos dias, a humanidade passou a desafiar o elemento ar, e tudo sobre este elemento está a ser presentemente escrito com o verbo no tempo do presente, como é o caso do atual conflito no Afeganistão, em que se trava uma luta desigual, entre o homem senhor dos céus e o homem senhor das profundas cavernas. E com este contemporâneo exemplo, é fácil a explicação, de que o poder das nações, se encontra naquelas que dominam o espaço.

Nesta era, o conhecimento passou a ser mais importante que as emoções, é o tempo do conhecimento, é o tempo do saber.

Descodificação da Representação da Cabeça Humana – Por fim a quarta era, a era do fogo. A era para a qual o homem se tem vindo a preparar desde o princípio dos tempos, com o desenvolvimento do seu espírito e da sua individualidade. Esta é sem dúvida a era humana no sentido lato da palavra. Como sabeis, a Bíblia, relata-nos também, que enquanto São João batizou com água, Cristo batiza com o fogo do Espírito Santo. E é com o fogo do Espírito Santo que nesta era deveremos seguir sozinhos, mesmo estando em grupo ou até mesmo em multidão. Nesta era, o homem estará no plano absoluto da Harmonia e da Beleza, as quais são o primeiro degrau da espiritualidade. Neste tempo, Deus estará entre os homens, ou melhor, Ele estará em seus corações que é a sua melhor parte.

Apolo, o deus da antiga Grécia, ensinou-nos a máxima, “Homem conhece-te a ti mesmo e então conhecerás o universo e os deuses”. Nós, presentemente estamos a conhecer-nos e estamos a conhecer o Universo, só nos falta então, conhecer plenamente Deus para cumprirmos estes sublimes ensinamentos.

Em suma, a esfinge encerra a história de toda a humanidade desde o seu início até ao seu fim. Ela é um marco para lembrar ao homem que tem uma grande tarefa para cumprir. Ele já aprendeu a harmonizar os três corpos físicos, onde residem os mistérios menores, ou o domínio da vida, que são: a terra, a água e o ar ou: o físico, o emocional e o mental. Por último, o homem terá que saber dominar a sua barbárie, e viver na harmonia com Deus e no apreço pela beleza da sua obra. Esta é a razão porque o homem precisa entender, que se Deus o criou para ser único, não como as abelhas ou as formigas, foi para que ele caminhasse sozinho na senda da harmonia. E para termos a certeza de que somos únicos, basta olharmos para o nosso polegar, as impressões digitais nele gravadas são únicas no universo, e quando olhamos para o espelho, olhos nos olhos, sabemos também que a nossa íris é única no mundo. Por sermos únicos, a Fraternidade entre os homens só é possível com a evolução individual de cada um, mesmo em grupo, nós devemos aprender a respeitar as opiniões alheias à nossa, abandonando a necessidade de convencermos os outros do nosso ponto de vista, pois somos todos diferentes porque Deus assim o quis, para que dessa forma vivamos na quarta era em total paz e harmonia com a humanidade. Esta, de facto ainda está muito longe desta era, uma vez que a maior parte da humanidade caminha em círculos ao redor da estrela da sabedoria, enquanto que somente uma pequena parte dela compreende, que o único caminho para o trono de Deus é o Centro, o Interior. Este é o segredo da esfinge o princípio e o fim da humanidade.

A SELEÇÃO NATURAL

Charles Darwin (1809-1882) concluiu através dos seus estudos, que nem todos os organismos nascidos, sobrevivem ou se reproduzem. Concluiu ainda, que os indivíduos com maiores oportunidades de sobrevivência, têm maiores probabilidades para se reproduzirem e para deixarem descendentes, que garantam a continuação da sua espécie. Pelo que ao longo de um lento e constante processo de seleção, as variações favoráveis tendem a ser preservadas, enquanto que as desfavoráveis serão destruídas. Através deste princípio básico da evolução das espécies, podemos afirmar, que a presença de um gene vantajoso numa determinada população, faz com que esta aumente gradualmente o número de indivíduos, uma vez que esse gene, irá contribuir para que aquele possa sobreviver mais tempo, e desse modo, a probabilidade de poder vir a ter mais filhos será maior. Por exemplo, se a presença de um gene vantajoso num indivíduo, for de carácter a aumentar a sua fertilidade, mesmo que aquele venha a sobreviver menos tempo do que o seu competidor, poderá, no entanto, deixar uma prole em maior número do que aquele. E, se o gene vantajoso proporcionar ao indivíduo uma maior capacidade de proteção, ou de camuflagem, mesmo que este venha a ter menos crias, as probabilidades de vir a atingir a idade de reprodução serão maiores.

Quanto à evolução do Homem, esta regeu-se sob o mesmo princípio da evolução de todas as espécies. Ora vejamos, quando os deuses cosmonautas chegaram à Terra, fizeram deste planeta azul um gigantesco laboratório biotécnico. A génese caldaica descreve a chegada destes “deuses” e os seus propósitos sem grandes mistérios. Pois, relatam de forma eloquente que escravizaram os hominídeos para que estes os servissem. E, para que o fizessem com a maior das eficácias e a maior das humildades, aqueles manipularam o seu código genético. Porém, aqueles “deuses” não hesitaram em destruir a sua obra sempre que aquela não fosse do seu agrado, ou da sua conveniência, como todas as velhas tradições dos povos o assinalam sem equívocos.

Assim, por consequência do contato com os “deuses” os hominídeos foram presenteados com um conhecimento que lhes daria uma grande vantagem sobre os seus diretos competidores. Na medida em que os “deuses” proibiram ao “Homem Primitivo” o incesto, dado que o acasalamento entre irmãos, pais e filhos, para além de degenerar a espécie, colocaria a extinção da espécie humana como um acontecimento quase previsível. Na verdade, o “Homem Cósmico” ao proibir a endogamia entre o “Homem Sapiens”, fez com que estes viessem a dominar os outros hominídeos existentes na Terra, uma vez que aqueles acasalavam sem conhecerem os segredos da genética e da biologia. E, ao enveredarem pelos caminhos do incesto, sem o saberem, estavam a enfraquecer a sua espécie, pois morriam de acordo com a imperiosa lei da “Seleção Natural”.

Por outro lado, para além dos conhecimentos genéticos legados, a união entre o “Homo Sapiens” e o “Homem Cósmico”, conferiu aos primeiros genes mais vantajosos para a sua adaptabilidade e conquista do seu meio envolvente. Pelo que enquanto o “Homo Sapiens” se robustecia cada vez mais, o que lhe permitia adaptar-se melhor ao seu ambiente natural, vencer as forças contrárias da natureza, e ao mesmo tempo encontrar o seu equilíbrio orgânico, os restantes hominídeos enfraqueciam a sua espécie e desapareciam da face da Terra. Razão, porque os “Homens Cósmicos” tanto insistiram para que o “Homem Sapiens” perpetuasse nos séculos as suas recomendações de hábitos e de costumes, o que veio mais tarde a influenciar os códigos, as leis e as teologias dos diversos povos da Terra.

Mas, se duvidas há acerca da união do “Homem Sapiens” com o “Homem Cósmico, basta consultarmos alguns textos sagrados, nomeadamente, o sexto capítulo, do primeiro livro da Bíblia, onde existe um versículo que nos conta como os Homens se multiplicaram e se espalharam sobre a Terra. Pois, aquele versículo revela, “que dos Homens nasceram filhas muito belas e muito formosas, e que os filhos do deus, quando as viram, ficaram fascinados com tal encanto, que as tomaram para si como mulheres”. Pois bem, quem seriam aqueles filhos de deus que a Bíblia refere? Talvez nunca venhamos a saber. Mas, para suportar todo o raciocínio formulado, basta podermos retirar daquele texto, que existe nele uma separação clara entre “os filhos do deus”, e “os filhos dos Homens”, os quais, só poderiam ser filhos de um Ser de um outro planeta, uma vez que se fossem anjos, não faria qualquer sentido a união daqueles com tais mulheres, dado que segundo a concepção Bíblica, os anjos são puros e luminosos, logo, não teriam necessidade de acasalarem com mulheres em estado de animalidade. Por outro lado, a Bíblia deixa evidente, que Adão e Eva não eram os únicos Humanos no planeta, pois já haviam outras mulheres, uma vez que Caim, seu filho, casou-se com uma delas, e teve filhos, dando assim início à miscigenação. Pois, a Bíblia também nos revela, que “saiu Caim de diante da face do Senhor, e habitou na terra de Node, do lado oriental do Éden. ”…”E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu, e deu à luz…”. Pelo que podemos concluir, que quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a Terra, e deles nasceram filhas, os filhos dos deuses cosmonautas, vendo que as filhas dos homens eram belas e muito formosas, escolheram entre elas as que bem quiseram para mulheres. E, que dessa união, os filhos dos deuses tiveram filhos, que bem poderiam ter sido os famosos heróis dos tempos remotos e lendários.

Podemos ainda retirar do sexto capítulo, do primeiro livro da Bíblia, que os deuses cosmonautas ordenaram ao primeiro Homem e à primeira Mulher, por eles criados através da manipulação genética, uma vez que a Bíblia também nos diz, que: “o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto aquele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar. E da costela que havia tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e levou-a para junto do homem”, ordenando que crescessem e se multiplicassem, para que no futuro enchessem e dominassem a Terra.

Assim, através da fecundação cruzada entre a descendência daquela Eva e daquele Adão e o homem primitivo, que hoje, no sistema da taxinomia animal classificamos como “Homo Sapiens”, nasceu o animal superior que está predestinado a ser classificado como o “Homem Cósmico do Futuro”, aquele que no futuro terá a formula do divino, e que dominará todas as ciências, e todas as magias da Terra, porque ao ser o fruto daquele Adão e daquela Eva primitiva, tornar-se-á no legítimo representante da criação das divindades cósmicas, porque tal como eles, no futuro aquele será um “Homem Cósmico”, e, o decisor do universo.

Em suma, a diferença que existe entre o “Homo Sapiens” e o “Homem Cósmico”, é uma diferença que podemos classificar de transcendental, uma vez que aquela diferença é somente a espiritualidade que separa o mundo material do mundo cosmogónico. Ao mesmo tempo, podemos também considerar que a diferença entre eles, é a Sabedoria que existe entre o estado espiritual do “Homem Cósmico” e o estado animalesco e primitivo do Homem, que apesar de ambos fazerem parte do mesmo sistema celestial, a diferença entre estes dois estados será sempre ditada pela “Seleção Natural”.

Por outro lado, a “Seleção Natural” não foi a única lei responsável pela evolução do Homem, uma vez que para os “deuses cosmonautas” terem geneticamente manipulado o “Homo Sapiens”, por certo, foi necessário que aquele tivesse expressado comportamentos que demonstraram aos “deuses”, que tinham condições para poder vir a conquistar o Universo, juntamente com outros seres espirituais e divinos. No entanto, apesar do estado evolutivo ainda primitivo do Homem, podemos profetizar, que num futuro longínquo, os descendentes da primitiva Eva e do primitivo Adão, serão os futuros embaixadores dos hominídeos terrestres na sociedade interplanetária de seres inteligentes, os quais representarão toda a “Via Láctea”, e quiçá a constelação “Virgem” ou outras, numa assembleia universal, onde estarão presentes embaixadores de todas as constelações celestiais. E, quando esse futuro longínquo chegar, seremos finalmente cósmicos e eternos, tais como deuses vivos, porque nesse tempo teremos nas nossas mãos as chaves do reino dos céus e da vida eterna. E tudo isso, porque num passado longínquo os deuses cosmonautas nos permitiram comer os frutos da “árvore da vida”. E, se um dia esta visão se concretizar, a profecia contida no terceiro capítulo do Gênesis não se concretizará de todo, pois os deuses cosmonautas apenas poderão dizer: “Aqui está o homem, que pelo conhecimento do bem e do mal se tornou como um de nós”.

COMO SURGIU O "HOMO SAPIENS"?

Se analisarmos detalhadamente o mito Sumério, sobre “o nascimento do Homem”, chegamos à conclusão de que os “deuses” descritos no mito não eram nem omniscientes, nem omnipotentes, e nem sequer eram entes perfeitos. E, tanto mais que há fortes indícios de que os senhores cósmicos tiveram como motivo primordial para criarem a humanidade, apenas a obtenção de mão-de-obra barata e eficiente para os seus empreendimentos na Terra. Esta convicção toma ainda mais força, quando traduzimos das placas com a escrita cuneiforme, que os “deuses menores” tinham a seu cargo todo o trabalho da criação, e que os “deuses maiores” trabalhavam muito menos do que aqueles “deuses”, dado que literalmente o poema nos diz: que “Quando os deuses agiam como Homens, eles faziam todo o trabalho, e muito trabalhavam. Pois o trabalho era muito, e grande era o esforço, dado que os deuses do céu, os Anunaki, faziam os Igigi, os “deuses” mais jovens da Terra, carregar uma carga sete vezes maior”. Ora esta discrepância de volume de trabalho, na certa, gerou descontentamento e revolta. Pelo que se tornou urgente a substituição desta mão-de-obra descontente.

Assim, o emprego da manipulação genética nos hominídeos torna-se mais evidente. Na verdade, só poderia ter sido pelos ventos da revolta que o “deus” Marduque, filho de Enki, protetor dos Homens, se propôs a criar um ser que faria o serviço dos deuses, enquanto aqueles repousassem, como conta o mito sumério. Aliás, o mito refere claramente a manipulação genética, quando se refere que a criação de tal criatura exigia sangue. Pelo que Quingu, um “deus” que havia sido feito prisioneiro numa das muitas batalhas divinas, fora para aquele fim sacrificado. O que é ainda mais surpreendente, é que o mito também nos diz, que os deuses podiam ser purificados por imersão, e que Nintu deveria então misturar a argila com a carne e com o sangue daquele deus. Então, Homem e “deus” iriam existir juntos na argila. O mito diz-nos também que Marduque vaticinou, que o rufar dos tambores (ou seja, o pulsar do Universo) fosse ouvido para sempre, que o espírito viesse a existir a partir da carne do “deus”, e que a “deusa” proclamasse aquele ser como um símbolo vivo dela mesma. Por isso, Marduque solicitou à deusa, que aquela ensinasse o ser que derivasse daquela grande dádiva, quais tinham sido as suas origens, a fim de que aquele sacrifício não fosse esquecido.

Na verdade, esta é uma das mais impressionantes passagens da literatura Suméria. E, sem querer penetrar nas profundezas da mitologia daquela civilização, por ser muito vasta e muito complexa, gostaria, no entanto, de salientar, que a criação do “espírito/fantasma” a partir do transplante do “deus” sacrificado, para além de conceder transcendência à argila que fora moldada por Nintu, ajudante de Enki, conferiu também aos Homens e às Mulheres criadas a partir da argila, a imortalidade do seu espírito.

Portanto, segundo a mitologia da Suméria, os Homens e as Mulheres foram criados como seres físicos, a partir da argila da Terra e do sangue dos “deuses cosmonautas”, e desde a sua criação, os Homens passaram também a ser detentores de um espírito imperecível e imortal, a fim de servirem com inteligência, tanto os deuses cosmonautas, como os seus irmãos e suas irmãs da criação. Aliás, na génese Bíblica, Eva também fora criada a partir de uma costela retirada a Adão, o qual, também havia sido moldado e criado a partir da argila da Terra. Assim, também neste relato Bíblico, parece testemunhar a existência de métodos de manipulação genética para a criação da humanidade.

Para fortalecer a tese de que houve manipulação genética para a criação do Homem, refiro ainda o Épico de Gilgamesh, o qual nos relata, que este meio homem meio deus “fora levado por Ur-Shanabi até ao local da purificação e que aquela lhe estendeu um vaso com água, para que o rei de Uruk pudesse lavar os seus cabelos sujos. E que em seguida, aquele deitara fora as roupas de pele que lhe cingiam o corpo, e o mar as levou para bem longe. Então, Gilgamesh lavou o seu corpo, até o sentir limpo e puro. Depois, colocou um novo diadema sobre os seus cabelos. Vestiu um robe como sinal de orgulho até chegar a Uruk. E as suas vestes ao longo da jornada de volta, não perderam a cor e permaneceram completamente novas”. Deste mito, podemos retirar que o rei de Uruk, abandonara o traje dos hominídeos, que até então envergava, para adoptar o traje dos deuses, muito provavelmente porque já se considerava um deus, pois por eles lhe fora dada à luz.

Em suma, quase todas as mitologias das civilizações ancestrais nos contam que os deuses eram seres fisicamente semelhantes ao Homem, e que possuíam uma inteligência e uma tecnologia muito evoluída. No entanto, estas mitologias também nos contam, que o Homem era para os “deuses” um ente inferior. Fosse ele digno, ou não, da sua proteção. E, como aqueles “deuses” possuíam um poder absoluto de vida e de morte sobre os seres humanos, os povos ancestrais, que caíram sob o seu jugo e sob o seu domínio, foram para estas divindades meros escravos, e indefesas cobaias para a sua ávida curiosidade científica. Pelos relatos que as ancestrais civilizações nos deixaram, para os “deuses” o Homem também foi um animal de estimação, com a única finalidade de os divertir e de os distrair. Aliás, Homero sintetiza na sua obra literária, “A Ilíada”, o grande desprezo que as divindades tinham para com o Homem, pois aquele escreve… “os que se chamam na linguagem dos homens animais racionais e na língua dos deuses bichos de pé…”

Exatamente como se passa hoje com os Homens, onde encontramos idealistas que se revoltam contra os seus por estes causarem sofrimento aos animais, e não respeitarem os seus direitos, também na história divina existiu quem lutasse pelos direitos do Homem primitivo contra a crueldade e sofrimento causado ao Homem. Razões, porque alguns “deuses” passaram à posteridade como protetores e defensores do Homem, e outros foram por estes catalogados como demónios, apesar de no início da humanidade, terem sido adorados por estes.
– Do Nada ao Todo

“No começo era o Verbo, e o Verbo estava perto de Deus, e o Verbo era Deus. Ele Estava, no começo, perto de Deus. Tudo foi feito por Ele, e nada do que foi feito o foi sem Ele.

Nele estava a Vida, e a Vida era a Luz dos Homens. E a luz Brilhava nas Trevas, e as Trevas não a capturaram, ”

Evangelho s segundo S. João

Este extrato dos Evangelhos segundo S. João transmite-nos o nascimento do Universo “conhecido” através de uma linguagem “teológica”, ora vejamos como o mesmo poderia ser transmitido à sombra de uma linguagem não “teológica”.

Os Cosmólogos atribuem o nascimento do Universo conhecido por um “Big Bang”, o qual fez com que Tudo surgisse a partir de um Ponto, a que estes chamam de singularidade, ou o Universo Criado; as religiões chamam de Deus; os agnósticos chamam de “Nada Absoluto”; os físicos quânticos chamam de “Nada Conceptual”. Em suma, seja qual for a designação que se opte para este Universo, o essencial a reter é que esta teoria se baseia no princípio de que o Universo teve início num Ponto, que se expandiu até tornar-se numa Esfera. Aliás, essa expansão prossegue ainda nos nossos dias. Pois, no final do ano de 1995, o telescópio espacial Hubble, colocado em órbita pela NASA, verificou que nos confins do Universo, estão presentes as vibrações do seu início, na forma de Plasma Cósmico. Por conseguinte, este conhecimento moderno indica-nos que a Ciência confirma o Ocultismo, dado que o Fim e o Início encontram-se. Transformando o Universo na Serpente que come a sua própria cauda. Contudo, para além deste aparente vasto conhecimento, a ciência atual é totalmente incapaz de responder sobre o que existe para além do Universo conhecido, o Nada, quando muito, diz-nos não ser um “Nada Absoluto”.

Todavia, se admitirmos que “a imaginação é mais importante que o conhecimento”, uma vez que esta é o gérmen deste, então atrevemo-nos a conceituar essa origem como sendo a Transcendência, a qual representa a Consciência. Não aquela que nos é definida no sentido de que “se dá conta de”, mas sim a que define o sentido de um Poder Criador de tudo quanto existe, e que sob diferentes aspectos está presente em Tudo, quer na energia, quer nas partículas, nos átomos, nas células, nos Seres estruturados, nos Planetas, nas Estrelas, e nas Galáxias, em suma, está presente em Tudo o que possamos referir como substantivo.

Na verdade, a Transcendência, ou o “Antes da Criação”, sempre existiu nela a Consciência dado que esta se integra na eternidade e, neste sentido podemos considerá-la como sendo ilimitada, embora se manifeste sempre limitadamente no mundo imanente, uma vez que tudo que existe está contido no infinito. Por conseguinte, a Consciência está contida no próprio infinito, aliás como tudo o que existe. Pois, não se pode conceber um infinito com algo a existir fora dele. E, neste princípio básico, podemos considerar este Universo como sendo um dos elementos finitos do absoluto; ou seja, podemos considerar ser este um espaço limitado “dentro” do espaço ilimitado, ou seja, através desta analogia podemos afirmar que na criação o absoluto fez transparecer o seu aspecto relativo como algo limitado. E tanto mais que a própria ciência cosmogónica o confirma, ao dar-nos como certo que aquilo que conceituamos como Universo tem um limite, no qual toda a energia e matéria estão circunscritas dentro dum espaço cujo raio (presumível) mede entre 13 e 20 bilhões de anos luz.

Assim, em face do que se expõe, podemos deduzir, que existe dois níveis cósmicos, um transcendente (o que preexiste à criação) e um Imanente, (conhecido como criação). Enquanto que o Mundo Transcendente é constituído por uma só coisa, por algo indefinível, que não sabemos do que consiste, e que apenas podemos dizer que ali existe a fonte duma consciência pura e ilimitada. No Mundo Imanente, que teve a sua origem no Ponto que se desloca em progressão para a forma de Esfera, que representamos pela Circunferência, e onde magicamente podemos traçar a reta, que a divide, polarizando deste modo as duas metades. Fazendo com que nesta polarização, surja a primeira manifestação da Substância Primordial, ou Genésica, que obedecendo a uma Lei Cíclica, se polariza em Espírito e Matéria, ou em Polo Positivo e Negativo da Manifestação.

Na verdade, sem o poder do Ponto, que trouxe a desordem para o Universo, ou o caos ordenado, a Natureza não teria conhecido a desarmonia, e, por conseguinte, nunca se teria separado das leis prescritas pelos planos Eternos.

Analisemos agora alguns aspectos destes dois “mundos”: o Transcendente e o Imanente. As Doutrinas Tradicionais dizem-nos que no início dos tempos houve o surgimento de uma Luz (tempo cronológico ou, tempo linear, uma vez que o tempo absoluto é eterno e, por conseguinte não tem início nem tem fim), ou seja, que no início deste Universo conhecido, manifestou-se algo que a ciência chama de energia primordial e que as doutrinas chamam de Luz, ou de “Deus Pai”. E, que nós reconhecemos na existência de um dos dois “mundos”, o Imanente. Sendo a transcendência o “nada quântico”, considerado também como sendo a Consciência Suprema, a Consciência Cósmica, que por transcender o ponto de origem do Mundo Imanente podemos considerar ser Una. Pois, não existem duas consciências porque na Transcendência Tudo é Um. Todavia, o Um pode nunca chegar a ser Dois. Mas, pelo Ponto pode-se transformar em Dois e, transformando-se em Dois, certamente que também se pode transformar em Três. E, onde o três é formado o quatro se manifestará (perfeição).


O BERÇO DOS TEMPOS

Fechemos os nossos olhos, e na clausura do nosso silencioso Templo Corpo, imaginemos que vivemos em um outro Universo, embora não se situe longe do nosso, está, no entanto, imensuravelmente distante deste. Imaginemos ainda, que neste universo que serve de habitat ao nosso sonho acordado, não ocupamos espaço, e a eternidade é o limite da nossa existência. Assim, vestidos com esse corpo etéreo que nos dá a eternidade e a Luz dourada, imaginemos então, que a dado momento tínhamos a oportunidade cósmica de ver o nosso Universo vazio de Estrelas, vazio de Galáxias, e vazio de Luz, uma vez que nele apenas podíamos somente distinguir, aquela negra mistura de gases primordiais, e nada mais do que aquela misteriosa energia negra. Através da nossa inteligência cósmica e infinita, nós saberíamos que aquele negrume de matéria e aquela invisível energia derivava da grande explosão, que os cientistas dão pelo nome de “Big Bang” e que os crentes pelo “sopro de Deus”, a qual, havia ocorrido somente apenas há um milhão e meio de anos atrás, e que por consequência daquela medonha explosão cósmica, sem necessitarmos de um corpo etéreo, apenas com o conhecimento dos nossos dias sobre deflagrações atómicas e teorias quânticas, saberíamos ter existido uma grande emissão de irradiação cósmica. Aliás, no nosso sonho acordado vestidos de eternidade, ainda poderíamos constatar resquícios daquela imensa irradiação, que por já ser rala, nos dava mostras de estar prestes a findar. Assim, vestidos de tempo cósmico e de espiritualidade, para além de termos assistirmos ao lento arrefecimento do nosso querido Universo, imaginemos ainda, que tínhamos assistido à sua permanência na idade das trevas durante quase meio bilhão de anos, precisamente até ao momento em que com satisfação assistimos ao berço dos tempos, até ao momento em que sucessivos turbilhões e convulsões do Plasma Cósmico, em manifesto conflito com a matéria invisível, alquimicamente fazia com que daquele difuso fluido nascesse aglomerações de matéria nebulosa, que a todo o momento se cindia por si própria, e que a todo o momento se modificava no infinito, para gerar nas regiões incomensuráveis do cosmos, diversos centros de criação de vida e de mistério. Então, teríamos sido testemunhas da construção e da criação do Universo.

Por outro lado, se tivéssemos sido as tais testemunhas privilegiadas, na certa teríamos também chegado à conclusão, que o Plasma Cósmico era o Plasma Divino, uma vez que aquele não fora mais do que o hausto de Deus. E tanto mais, que no espaço de catorze bilhões de anos, aquele Plasma Divino formou as primeiras supernovas, gerou os buracos negros e até criou as galáxias modernas. E por ser o criador desses imensuráveis Mundos Cósmicos, ele é o elemento primordial onde vibram e vivem as Constelações do Universo. É também, o princípio material do Universo donde derivam todas as coisas materiais. E como o Plasma Divino também é o fluido espiritual sensível ao poder do pensamento e da vontade dos Espíritos, por isso é também o gerador e o centro catalisador de toda a espiritualidade do Universo. Assim, podemos considerar que o Fluido Cósmico, ou o Plasma Divino, nos mais variados ângulos da Natureza, é a Força Criadora em que todos vivemos. Razão porque justamente podemos afirmar também, que em Deus nos movemos, e que em Deus existimos.

Do telescópio do Monte Paloma, já foram observados cerca de um bilhão de Galáxias. E na nossa Galáxia existem mais de cem bilhões de sóis, onde invisíveis e incontáveis mundos à sua volta orbitam, que para além de serem as muitas moradas do Eu Sou, são também os berços da Vida e a concha do Universo. Por conseguinte, pela teoria das probabilidades, é muito pouco provável estarmos sós no Universo, como também à sombra da mesma teoria, é muito pouco provável sermos os únicos seres pensantes e inteligentes deste vastíssimo habitat. Por outro lado, por consequência do milagre da Criação, o Universo é a exteriorização do Pensamento Divino, cuja essência partilhamos na nossa condição de futuras partículas de Luz conscientes da Eterna Sabedoria. E como tal, somos possuidores do mágico e hermético conhecimento, de que desde a superestrutura dos astros, até à infraestrutura subatómica da matéria, tudo está mergulhado na substância viva de Deus. E por consequência deste conhecimento metafísico e Iniciático, aceitamos sem muito questionar, que o Universo é uma esfera, cujo centro está em toda parte, e cuja circunferência não está em parte alguma. Como também aceitamos, através do mesmo princípio, que o fim mais elevado do Universo é a transição do caos ordenado à harmonia divina sob todos os seus aspectos, uma vez que se no início foi a expansão deste, o seu fim será a contração e o regresso ao ponto.

Por consequência deste nosso sonho acordado, termos sido testemunhas da criação dos mundos, sabemos que no Universo tudo é efémero. Pois, sabemos que tudo tem um princípio e tudo terá um fim. Um Mundo completamente formado, em qualquer momento, pode desaparecer e disseminar-se de novo no Espaço Cósmico, embora saibamos, que pelo princípio universal, nada se perde e tudo se transforma, por consequência do seu desaparecimento, a matéria que o compunha irá criar outros mundos e gerar outras vidas. No entanto, não deixará de ser uma perda, que deveríamos questionar qual deverá ser a sua absoluta razão de ser.

Do nosso sonho acordado podemos retirar, que Deus renova os mundos com a mesma facilidade com que renova os seres vivos. Através deste sonho alquímico podemos também retirar, que na Criação Infinita existem incontáveis Universos, com as suas incontáveis Galáxias, com os seus incontáveis sóis, e com os seus incontáveis mundos. E todos eles, giram e orbitam um centro divino. Por outro lado, sabemos também, que toda esta cósmica Criação: nasce, cresce, envelhece, contrai-se, explode e renasce, numa repetida e incessante recriação de Deus, desígnio que se prolongará até à eternidade.

Portanto, este sonho acordado serve para meditarmos quanto é a nossa pequenez e quanto é a nossa insignificância neste Universo, ao mesmo tempo, que podemos avaliar quanto a Criação de Deus é maravilhosa e bela, apesar de para nós ser para todo o sempre misteriosa, infinita e insondável.

O CONHECIMENTO ASTROFÍSICO DOS SUMÉRIOS

Há muito que me interrogo: como surgiu o Homo Sapiens à superfície da Terra? Quando era ainda Criança, pensei que encontraria a resposta na Catequese. Enganei-me! Completei a Comunhão sem ter conhecido a resposta que procurava. Porém, quando entrei na juventude madura e atrevida, verifiquei que a Igreja também não tinha uma resposta concreta uma vez que se refugiava em dogmas. Então, de costas voltadas aos dogmas e às verdades absolutas, como peregrino, procurei na literatura as teorias existencialistas, as quais, também não me responderam à questão. Pelo que procurei respostas nas profecias e nas teorias místicas. Mas, por falta de fé, aquelas também não me responderam. Refugiei-me então nos trabalhos de cunho académico e científico. E nesse refúgio, como um eremita li atentamente Charles Darwin, e… aceitei parcialmente a sua teoria da seleção natural e evolução das espécies. Parcialmente, porque não encontrei uma resposta lógica para a transição entre o Homem de Neanderthal e o Homo Sapiens. Li também Isac Newton sobre a mecânica do Universo, Einstein sobre a relatividade, e Max Planck a respeito da teoria quântica, obras que me despertaram para o maravilhoso e infinito Cosmos. Por último, li pesquisas científicas no campo da biotecnologia, e até li tecnologias revolucionárias de manipulação genética e outras monstruosidades da biotécnica, como li ainda autênticos tratados sobre a origem do Homem e da vida. Em suma, li muito sobre as prováveis origens do Homem, nas mais variadas vertentes da ciência e do conhecimento humano. Mas, com todo este saber sedimentado na minha Mente, apenas cheguei a uma conclusão, que todo aquele estudo e pesquisa, só tinha servido para fortalecer o meu universo intelectual, dado que sobre o aparecimento do Homo Sapiens na Terra, continuava a ser para mim um grande mistério. Então, resolvi procurar as respostas ausentes, nas ciências herméticas, nos registos mitológicos e, até nos reservados saberes. E, nesse campo do conhecimento, pude encontrar algumas pistas, que me levaram a ler os Livros Sagrados num outro prisma.

Assim, através da leitura da Bíblia cheguei à conclusão, que o paraíso terrestre se situou muito provavelmente no Médio Oriente, precisamente no território onde mais tarde vieram a florescer povos com maior ou menor grau de civilização. Pois a Bíblia descreve o Éden da seguinte maneira:

“Ora, o Senhor tinha plantado um jardim no Éden, do lado do oriente, e colocou nele o Homem que havia criado. O Senhor Deus fez brotar da terra toda sorte de árvores, de aspecto agradável, e de frutos bons para comer; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal. Um rio saía do Éden para regar o jardim, e dividia-se em seguida em quatro braços. O nome do primeiro é Fison, e é aquele que contorna toda a região de Evilat, onde se encontra o ouro (O ouro dessa região é puro; encontram-se ali também o obdélio e a pedra ónix). O nome do segundo rio é Geon, e é aquele que contorna toda a região de Cusch. O nome do terceiro rio é Tigre, que corre ao oriente da Assíria. O quarto rio é o Eufrates. ”

Ora bem, a descrição Bíblica conduz-nos ao território onde se estabeleceu a primeira civilização humana, a Suméria. Reino que veio a ser grandioso em feitos e em descobertas científicas. Por outro lado, desde a formação desta civilização (7000 a.C.), e até à formação do primeiro Império Babilónico (em 2003 a.C.), uma série de outros povos vieram também a ocupar aquela faixa entre os rios Tigre e Eufrates, os quais, contribuíram para a composição do que hoje conhecemos como história da Mesopotâmia. Por sua vez, naquele território foram deixados sedimentos históricos que nos dão conta, ser também a raiz de outras épicas civilizações, tais como: a Egípcia, a Fenícia e a Hebraica. E, até mesmo a civilização Goda, uma vez que em conformidade com a sua mitologia, aquela civilização teve como berço cultural aquele Ocidente mítico.

Então, para poder encontrar as respostas que tardavam, comecei por estudar a história daquelas ancestrais civilizações, e acabei por mergulhar na sua fantástica mitologia. E em boa hora segui este caminho de mistério e de aventura, uma vez que ao contatar com a mitologia sumeriana, para além de ter ficado fascinado com a profundidade e com a riqueza das suas lendas, fiquei também a conhecer quanto aquele povo estava avançada para o seu tempo. E tanto mais, que com a descoberta de uma biblioteca sumeriana, na cidade de Nipur, localizada a 150 km ao sul de Bagdá, contendo cerca de 60.000 placas de barro com inscrições cuneiformes, veio a contribuir decisivamente para o desvendar de muitos segredos e muitos mistérios daquela antiga civilização.

Assim, pela Arqueologia, descobrimos que a astronomia sumeriana estava muito avançada, dado que os seus observatórios obtinham cálculos do ciclo lunar que apenas diferiam 0,4 segundos dos cálculos atuais. Como também, pelas escavações na colina de Kuyundjick, antiga Nínive, onde foi descoberto um cálculo, cujo resultado final, em nossa numeração, corresponde a 195.955.200.000.000 que nos dá conta do seu grande conhecimento matemático. Um número de quinze casas! … Espantoso para a época! E mais fantástico e espantoso ainda se torna, quando o comparamos com os cálculos dos sábios gregos, os quais, mesmo no auge do seu saber, nunca ultrapassaram o número 10.000, uma vez que para eles, o resultado a partir deste número, estava no domínio do “infinito”.

Na verdade, o mais fantástico da civilização sumeriana, é o facto dos Sumérios terem informações muito precisas sobre os planetas do sistema solar, até ao ponto de conhecerem neste, a existência do planeta Plutão, planeta que na nossa civilização, somente seria descoberto em 1930. Por outro lado, para além dos Sumérios conhecerem a existência deste Planeta, ainda conheciam o seu volume, a sua composição química e orgânica. Aliás, afirmavam até que aquele planeta antes de se ter libertado e de ter ganho uma órbita própria, tinha sido um satélite de Saturno. Este conhecimento astrofísico é tão espantoso, que nos interrogamos, como foi possível há 3.000 anos atrás, obterem este nível de saber?

Por outro lado, através da tradução das placas de barro que faziam parte da biblioteca descoberta na cidade de Nipur, ficamos também a saber, que parte da vida na Terra tivera origem extraterrestre, uma vez que os Sumérios acreditavam que os seus “deuses” tinham vindo do décimo segundo planeta do sistema solar, planeta que segundo a sua informação, tem uma órbita solar de 3600 anos. Aliás, através daquela biblioteca sabemos ainda: que o nome daquele planeta seria “Nibiru”, e era o planeta onde inicialmente residiram os seus “deuses”. Mas, após 35 milhões de anos de existência, aquele planeta acabou por ficar ameaçado de extinção, e como a Terra era o único Planeta com condições favoráveis para sua sobrevivência, aqueles “deuses” tomaram a decisão de a colonizar. Uma decisão óbvia! Porque se hoje soubéssemos que a Terra estava ameaçada de extinção, de certo que procuraríamos também colonizar um Planeta que fosse favorável à vida humana. No entanto, o que é mais surpreendente e mais espantoso na sua literatura, é um dos seus mitos intitulado “a criação do homem”, dado que nos relata que os “Anunaki” vieram das estrelas, ocuparam a Terra, e introduziram as culturas, a tecelagem e o gado, mas como não tinham quem trabalhasse a terra, guardasse o gado e manufaturasse as artes, criaram os Homens para fazerem todo o trabalho, que de outro modo, teria de ser feito pelas próprias divindades cósmicas. Este relato parece-me absolutamente lógico e muito possível de ter acontecido, pois corresponde a algo de muito semelhante ao que os europeus fizeram quando descobriram o continente Americano. Como não conheciam a manipulação genética, e foram incapazes de transformar os índios em trabalhadores suficientemente produtivos e obedientes, não hesitaram em importar escravos da África negra.

Por outro lado, tendo vindo aqueles “deuses” das distantes estrelas, logo, teriam que possuir um imensurável conhecimento científico e tecnológico, muito para além do que atualmente a humanidade dispõe. Por isso, não estranho o facto de estarem aqueles deuses cosmonautas na posse de profundos conhecimentos científicos relacionados com a engenharia biotécnica. Assim, por dominarem esta ciência, os “deuses” manipularam com sucesso o código genético dos hominídeas.

Podemos concluir, que foi através da manipulação genética, que os deuses cosmonautas criaram o Homem Moderno. Mais ou menos à sua imagem, como o proclamam e certificam todas as velhas Escrituras.

Aos sépticos do Homem ter sido criado pelos “deuses” cosmonautas, pergunta-se! Como se justifica que os antropóides e hominídeos tivessem trepado às árvores durante milhões de anos, sem aprenderem nada, para de um momento para o outro darem um tremendo salto qualitativo e passarem a construírem cidades.


O CORPO COMO FENÔMENO DE BELEZA E PERFEIÇÃO

O nosso corpo, apesar de ser um fenómeno de beleza e de maravilhosa perfeição, pela cultura ancestral que adquirimos passámos a desprezá-lo. Pois, na verdade, desde crianças que nos ensinaram a criticá-lo, a julgá-lo, e a rejeitá-lo. Por outro lado, quando tivemos essa hilariante idade, os adultos que nos rodearam, não aceitaram nem a nossa alegria, nem tão pouco aceitaram a nossa espontaneidade, pelo que nos distanciámos cada vez mais de nós mesmos. E deste modo, lentamente, acabámos por deixar o nosso verdadeiro modo de ser. Na verdade, tudo o que fora pelos adultos condenado, criticado e rejeitado, a pouco e pouco tornou-se escondido de nós próprios. E, hoje, já não conseguimos ver realmente o que está dentro de nós.

Por outro lado, as religiões monoteístas disseram-nos que se pretendêssemos ser espirituais, tínhamos de nos tornar adeptos do anticorpo. Disseram-nos também, que se quiséssemos alcançar o outro plano da vida, teríamos de renunciar a este.

Em suma, todo o esforço de um todo para nos educarem, foi no sentido de tornar o nosso corpo, desprezível e odiado por nós tanto quanto possível. Quando na realidade, o nosso corpo é um fenómeno de beleza e um centro cósmico por excelência. Por isso, para nós ele terá que ser sempre belo e magnífico, dado que ele é a nossa circunferência, e se o rejeitarmos, ou se o negarmos, como poderemos encontrar o seu centro?

Porque o nosso corpo é único, como construção do nosso Templo corpo, devemos estar sempre investidos e imbuídos de uma atitude absolutamente afirmativa e positiva. E para isso, não devemos negar nada, como também não devemos ignorar a existência duma dualidade sempre presente na sua construção. Assim, para nós Templários, não poderá haver bem, ou mal, como não poderá haver certo, ou errado, feio ou bonito, superior ou inferior, uma vez que no traçado arquitetônico do nosso Templo corpo não poderão jamais constar ideias marginalizantes, ou preconceituosas. Por isso, antes de nos rejeitarmos, teremos antes que nos aceitar tal como nós somos, o que quer que nós sejamos.

Na verdade, o nosso estado de mente pueril, esteve sempre programado para viver em função da vontade e do interesse dos outros, os quais, sempre tiveram um grande poder sobre o nosso bem-estar e sobre a nossa própria felicidade. Na realidade, fomos ensinados a receber aprovação, atenção, amor e respeito dos outros. E passámos a viver ávidos por receber atenções, e até mendigamos afetos e carinhos, comendas e condecorações. Chegamos mesmo a utilizar diferentes estratégias, somente para nos adaptarmos aos outros e por eles sermos aceites. Não são raras as vezes que fazemos concessões do nosso próprio Eu, e acabamos pôr o penhorar em insignificâncias e em futilidades. Até deixamos de ser sinceros, espontâneos e naturais. Mas, apesar do alto preço que pagamos pela atenção dos outros, mais cedo, ou mais tarde, acabamos por não preencher o nosso sonho. Então, passamos a sentirmo-nos vítimas, e como tal, passamos a culpar os outros dos nossos erros, dos nossos azares e das nossas frustrações. E não são raras as vezes que mudamos de campo, e passamos nós a querer modificar os outros. O que nos conduz à frustração e a mergulharmos num teimoso azedume para com todos os que estão próximos de nós, e mantemos uma permanente cólera para com os fantasmas que nos rodeiam.

Em suma, se este espectro atinge o nosso espírito, então como terapia, não nos devemos esquecer que o amor é alquímico, e como tal, se amarmos a nossa parte feia, aquela acabará por ser absorvida por nós, e por nós será transformada em beleza e em perfeição. Por outro lado, não nos devemos esquecer que é através da tolerância que todos os atos e todas as coisas que são chamadas de pecado, simplesmente desaparecerão da nossa mente. Não existem! Por isso, amemos o nosso corpo, pois esta ação será o principal alicerce na construção do nosso Templo corpo.

O UNIVERSO E SUA RELAÇÃO ESOTÉRICA

Citando Hermes o Trimegisto (2.700 a. C):

“Sob as aparências de Universo, de Tempo, de Espaço e de Mobilidade está sempre encoberta a Realidade Substancial – a Verdade Fundamental. ”

Em face desta citação, ficamos com a suspeita de que há mais coisas no Céu e na Terra do que aquelas que conhecemos, ou que podemos algum dia vir a sonhar que existem. E tanto mais, que a visão que a ciência nos transmite sobre a posição insignificante da Terra face a um universo virtualmente infinito, alimenta-nos pensamentos sobre qual é o nosso lugar nesse vasto universo, em que a Terra não passa dum pequeníssimo grão de areia.

Na verdade, esta é uma das mais difíceis lições que o Homem tem que aprender. No Universo não há acontecimentos bons ou maus, cruéis ou simpáticos, mas simplesmente, há acontecimentos insensíveis e indiferentes a todo o sofrimento humano porque se trata do Caos Ordenado. Na posse deste conhecimento, o Homem sabe que está só na imensidão do Universo de onde emergiu, pelo que somente através da sua sabedoria e da força do seu querer, poderá um dia vir a ser cósmico e eterno, como deuses vivos, porque num futuro longínquo terá nas suas mãos as chaves da criação e da vida eterna, dado que a “Humanidade está destinada a atingir a sua perfeição”. Aliás, é este o seu Objetivo Preciso. Pois, a evolução humana tem um sentido muito concreto e muito definido, apesar de aparentemente parecer caótica e por vez regressiva. Contudo, esta evolução levar-nos-á inexoravelmente para a concretização dos nossos valores ideais, ou seja, conduzir-nos-á para o Amor ao Próximo, para a Fraternidade entre todos os Homens, para a Harmonia e Paz Universal e para a Igualdade entre todos os Homens. Contudo, mesmo que um dia o Homem venha a descobrir a fórmula do Princípio Criador, ou seja a fórmula para alcançar o divino, essa fórmula nunca substituirá a sensação sentida por um devoto em êxtase. De facto, apenas um contato íntimo com o divino permite aceder de maneira sensitiva à Verdade absoluta, sendo todas as outras verdades relativas e secundárias.

Todavia nesta projeção, colocasse-nos uma questão pertinente, será que algum dia o Homem descobrirá a fórmula que o conduzirá ao divino? E na posse deste conhecimento transformar-se-á ele num deus em potência e em ação? Ou pelo contrário! Não haverá uma força divina a reger todo o universo, inclusive a mente Humana? Vejamos: através da sabedoria o Homem sabe que a substância é aquilo que subsiste por si, e que a essência, é a natureza das coisas. Desta análise o Homem retira que o substancial é aquilo que existe e que é real. Pelo que a realidade é o estado verdadeiro, permanente, duradouro e atual de um Ente. Sendo assim, e de acordo com o princípio fundamental do Mentalismo, todo o Universo é Mental. Na verdade, aquele que compreender a Verdade existente na Natureza Mental do Universo estará avançado no Caminho para a construção do seu próprio Templo, uma vez que quando o Homem souber dominar a sua própria Mente e, a colocar em sintonia com a Mente Universal, terá o domínio da Verdade absoluta e deste modo será um deus em potência e em ação, uma vez que saberá proteger-se dos seus maus pensamentos.

Todavia, se aceitarmos a ideia de que Deus é infinito, ou seja, que não tem princípio nem fim, que é Omnipresente e Eterno, algumas questões se nos colocam, como sejam: Como criou Deus o Universo? De onde extraiu Ele o material necessário para fazer tudo o que fez? Se Deus extraiu o material de algum lugar, então, Ele não seria nem Infinito nem Omnipresente. Pelo que a única resposta aceitável é que tudo o que Ele criou, criou-o na Sua própria Mente. Ou seja, tudo o que existiu, existe e existirá está incluído em essa grande Mente Universal. Pelo que podemos concluir que o Todo é Espírito e como tal: é incognoscível e indefinível em si mesmo, considerado como uma Mente Vivente Infinita e Universal, sujeita às Leis da Criação (nascimento, amadurecimento e morte), em cuja Mente vivemos e temos a nossa existência. E dado que o homem foi feito à imagem e semelhança do seu Criador, este pode criar utilizando materiais do mundo concreto. Mas, qualquer que seja a sua criação, sempre começará na sua própria Mente. Por esta razão, para alguns a Vida é uma grande oportunidade para crescer e dela desfrutar; para outros, a Vida não passa dum grande sacrifício. A grande diferença entre eles está somente na sua própria mente e na maneira como percebem o mundo onde interagem. Assim, o nosso Universo Pessoal depende somente do nosso Pensamento. Por isso a primeira tarefa daquele que procura a perfeição será aprender a controlar os seus pensamentos.

“O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima”. Este é o Princípio da Correspondência, que aplicado ao Universo diz-nos que tudo se corresponde entre si, ou seja, o Microcosmo assim como o Macrocosmo, seguem o seu destino. Pois, se pensarmos que o nosso corpo é apenas um reflexo das manifestações do Universo, como prova a existência dos átomos, tanto no Micro como no Macrocosmos veremos quanta verdade existe neste axioma. Aliás, quando o Homem bebe uma gota de água, sabe que está a beber o próprio universo, pois a molécula da água, o H2O, reúne no seu seio o hidrogénio, que não é mais do que um vestígio da explosão inicial, o “Big Bang” dos cientistas, e o oxigénio, que foi produzido na fornalha das estrelas e por estas foi exalado. Sabemos que as estrelas são as mães dos átomos com que somos construídos, esses átomos que constituem as espécies mortais e pensantes que admiram o Sol como um deus criador. Este princípio contém a Verdade, ao estabelecer que existe uma correspondência entre as leis e os fenómenos dos diversos planos da Existência e da Vida. Aliás, este Princípio é de aplicação e manifestação Universal nos diversos planos do Universo material. Pois, o Princípio da Correspondência habilita o Homem a raciocinar inteligentemente do Conhecido ao Desconhecido.

Assim, podemos concluir que a Vida e a vontade Divina são o centro de todo o Universo, que o controla e o superintende em toda a sua grandeza e magnificência, tal como o Sol é o centro e a fonte de vida de todo o nosso Sistema Solar, do mesmo modo, também o Universo controla e alimenta de vida os planetas que o rodeiam. E tal como no Universo, também na vida humana existe um princípio vital e imortal que controla a sua existência, o qual é um ponto dentro do círculo da sua própria natureza. Porém, vivendo como o Homem vive neste mundo físico, este círculo está limitado por duas grandes linhas paralelas, que representam Moisés e o Rei Salomão, ou seja, o espírito do Homem é controlado pela Lei e pela Sabedoria.

Apesar da sabedoria que o Homem possa ter, não deixa de pensar quanto é a sua infinita ignorância acerca do Universo, como ao mesmo tempo sente-se engolido pela eternidade do antes e do depois, pelo que se espanta de estar neste plano e não noutro; ao mesmo tempo que se interroga porque está presente neste plano agora em vez de antes? Quem o pôs neste plano? Por ordem de quem e em que direção lhe foi este lugar e tempo atribuído? Portanto a sua grande questão princípio fundamental do Mentalismo qual é a sua missão neste Plano?

Nenhum comentário:

Postar um comentário