MAÇONARIA - ORIGEM E DESENVOLVIMENTO
ISRAEL
A influência babilônica sobre os israelitas se expressa na história dos patriarcas judeus. Seu “pai” Abrãao era, de fato, um babilônio que procedia de Ur, na suméria.
Vários aspectos das leis israelitas expostas no Êxoto mostram uma similitude assombrosa com as leis de Hamurabi. Basta recordar o ditado “olho por olho e dente por dente”. As diversas facetas de ambos os códigos estão muito próximas não somente por conteúdo, mas também pela ordem em que aparecem. “Esta igualdade – disse um dos melhores conhecedores da história de Israel – não se deve ao azar; é provável que Israel e Canaã hajam tomado o direito babilônico como modelo”. As leis de Hamurabi representam uma culura material mais avançada que a que inspira a lei de Moisés, assim como uma organização política mais aperfeiçoada; por sua parte, a antiga lei de Israel apresentam uma religiosidade mais profunda.
A biblioteca de Asurbanipal nos mostra as estreitas relações existentes entre os relatos hebreus e babilônicos sobre a Criação e o Dilúvio.
Em nossos dias, não há dúvida de que os povos do Oriente tenham mantido importantes contatos durante toda a Antiguidade. Em outro tempo se cria que cada um desses povos formava um mundo isolado, onde a própria cultura se desenvolve sem nenhuma influência exterior; porém esta opinião carece hoje de adeptos. Todas as culturas estiveram eram influenciadas umas pelas outras e a cultura hebráica não foi uma exceção. (Carl Grimberg, Historia Universal Tomo I El Alba de la Civilización, http://www.scribd.com/Insurgencia Pág. 279-280).
Também a civilização egípcia influiu na dos hebreus, devido ao grande tempo em que permaneceram no Egito antes de se estabelecerem na Palestina. Desde o ponto de vista da cultura material, os hebreus se achavam atrasados em relação aos caneneus.
Levavam ainda uma vida nômade e seus rebanhos dependiam por inteiro dos pastores; em épocas de fome iam para o Egito, donde era mais fácil subsistirem. Então pediam permissão para estabelecerem-se em Gesén, região fronteiriça que separa o Egito propriamente dito da península do Sinai. O faraó abria aos hebreus os ricos pastos do Leste do Delta, porém não desinteressadamente, até por que é provável a condição de subemeterem-se a autoridade egípcia, formando assim uma barreira defensiva entre os egípcios e as turbulentas tribos beduínas do leste.
Os ensinamentos dos Mistérios Egípcios eram guardados de forma zelosa, e só com extrema dificuldade e somente em especiais condições se admitia seu conhecimento a um extrangeiro. Sem dúvida, foram admitidos alguns, como Moisés, de quem se diz relato bíblico que “foi instruído em toda a sabedoria dos egípcios”. Depois ele transmitiu seus conhecimentos a classe sacerdotal dos israelitas, e assim se manteve em forma mais ou menos pura até a época de Davi e Salomão, que construiu seu templo de conformidade com o plano maçônico e o estabeleceu como no centro do simbolismo e trabalhos maçônicos. Não cabe dúbida de que Salomão construiu o Templo de seu nome com o intento de assinalar e conservar para seu povo certo sistema de medidas, de sorte que as dimensões e da grande pirâmide implicam muitos dados geodésicos e astronômicos. Ele não teve êxito porque se havia perdido grande parte da tradição ou quiçá seri amais exato dizer que se bem se havia conservado a tradição dos ornamentos mas não sabia o que significavam. Até então os iniciados nos Mistérios judeus haviam dirigido sua atenção em torno da Casa de Luz do Egito; porém Salomão resolveu que os pensamentos e emoções dos iniciados se enfocaram no Templo que acabava de construir; e portanto, em vez de falar-lhes da morte simbólica e ressurreição de Osiris no Egito, inventou o relato que constitui a atual tradição maçônica, e hebraizou todo o ritual, substituindo as palavras egípcias por outras hebráicas, embora sem alterar em alguns casos o signficado original.
Convém advertir que ao trabalhar assim não havia Salomão outra coisa para colocar nas práticas de seu povo em correspondência com as das nações circundantes. Havia muitas tradições de Mistérios, e embora os israelitas tenham levado consigo pelo deserto do Sinai, muito da tradição egípcia, os sírios e outros povos conservavam a tradição dos descendentes de Tamus e Adonis em vez da do desmembramento de Osiris. (Carlos W. Leadbeater, La Vida Oculta en la Masonería, traducido por Annie Besant, Adyar Diciembre de 1925, Pág. 22).
No capítulo 32 do Exodo se relata como retirou do Egito seu povo. Moisés subiu o Monte Sinai para falar com Deus. Como tardava a retornar os judeus se impacientaram e construiram um bezerro de ouro fundindo as jóias que possuiam, para adorá-lo. Quando terminaram, fizeram uma festa com danças e cantos e nesse momento apareceu Moisés e jogou sobre eles um terrível castigo.
Durante muito tempo se tem acompanhado com grande interesse o desenvolvimento das escavações do Egito com a esperança de se encontrar alguns dados sobre a escravidão dos filhos de Israel no pais do Nilo. As buscas tem sido muito intensas, no entanto os resultados, são desgraçadamente escassos. O Gênesis conta como um dos faraós subjugou os filhos de Israel e os obrigou a construir as cidades de Pitom e Rameses, que deviam servir de armazéns. Parece que o opressor dos hebreus foi Ramsés II.
Seria, pois, seu filho e sucessor, Menefta (1224-1214) o fará que, segundo o Exdodo, dendureceu seu coração e recusou deixar partir os filhos de Israel até que, aboniado por uma dezena de pragas divinas, permitiu ao líder Moisés seguir os ditames de Deus de seus antepassados.
Israel alcançou seu apogeu com Davi e seu filho Salomão. Com sua política de centralização do poder, o povo trabalhou a terra com excelentes resultados e pode abastecer os comerciantes arameos e fenícios de trigo, azeite, mel, cera e bálsamo.
O fogoso e apaixonado Davi, cujo reinado começou no ano de 1.000 antes de Cristo derrotou os filisteus e restabeleceu a calma; logo, com triunfal alegria, levou, dançando, a Arca da Aliança a Jerusalém.
Aproveitando a popularidade de que gozava entre os hebreus, Davi empreendeu uma ofensiva contra os filisteus e graças a um atrevido golpe de mão se apoderou de Jerusalém, uma das principais fortalezas cananeas. Se apodeu uma por uma de todas as cidades dos filisteus, desde Gezer até Gat Ashdob, podendo comemorar – fazia 1.010 anos antes de Cristo – seu triunfo com o espetacular traslado a Sião (Jerusalém) da famosa Arca da Aliança, que guardava as Tábuas da Lei Mosaica. Depois venceu os moabitas, os amonitas e arameos de Damasco, arredondando assim suas fronteiras. Pode então organizar um Estado a maneira das grandes monarquias orientais, embora com caráter predominantemente militar.
Encarregou um escrivão babilônio da correspondência diplomática, que era possivel escrever com caracteres cuneiformes, ainda que o aramaico usado em épocas anteriores possa ter se sustentado ante a escrita babilônica.
Seu filho Salomão o sucedeu por volta de 960 a. C, e herdou um reino consolidado, pelo que pode levar uma vida tranquila e opulenta. Seu reinado se fez célebre com sua sabedoria. Na realidade, Salomão aproveitou habilmente a situação criada pelas conquistas de seu pai que, com o enfraquecimento momentâneo dos impérios da Mesopotamia e Egito, colocaram o reino hebreu numa situação excepcional, vizinho e amigo dos fenícios e dominando todas as rotas de comércio terrestre, assim como os fenícios dominavam o marítimo. O verdaeiro talento de Salomão parecer ter consistido em seus dotes de governo em seus primeiros anos. Sua obra foi o Templo de Jerusalém, o monumento judaico mais representativo. Até então, os hebreus haviam adorado a Jehová nos cumes das montanhas e foi o rei Davi quem concebeu a idéia de erigir-lhe um magnifico Templo, para o qual armazenou materiais. No entanto quem realizou a obra doi seu filho e sucessor Salomão, que ao término do quarto ano de seu reinado deu início aos trabalhos e no sétimo o inaugurou. Foi erigido no Monte Moriá, colina oriental do planalto compreendido entre os rios Cedron e Hinnon. Mediante acordo firmado entre Salomão e Hiram, rei de Tiro, foram construir o Templo arquitetos e artífices fenícios, que empregaram obreiros gabaonitas e cananeos. Rebaixada a colina, foi revestida de construção o maciço, formando assim, ao modo mesopotâmico, uma base gigantesca de catorze metros de altura, com terraço irregular – 310 e 281 metros de longitude nos lados norte e sul e 462 e 491 nos lados leste e oeste – Nos ricos paramentos dessa construção estavam as portas e as escadas de madeira maçica que davam acesso ao terraço. A única coisa que se conserva do templo é a base de grandes pedras esculpidas e encaixadas, que foram unidas com grampos de ferro e as fiadas ligeiramente escalonadas. Em sua findação existem nas pedras signos que são letras fenícias. Um antigo fragmento desta velha fábrica arquitetônica é o chamado “Muro das Lamentações”, por que ante suas pedras, por rito tradicional, choram os judeus a perda de Jerusalém, expressão da antiga Sion.
Aliado do rei Hiran de Tiro, Salomão mandou construir um porto sobre o Mar Vermelho cujos navios que ali aportavam eram conduzidos pelos mainheiros fenícios até ao pais do Ouro – Ofir – onde governava a rainha de Sabá.
“O rei Salomão foi o maior de todos os reis da terra...Fez que com que o dinheiro fosse tão comum em Jerusalém como eram as pedras (I. Reis).
Porém Salomão sentia fraqueza pela ostentação e para levantar monumentos impôs ao seu povo taxas e trabalhos forçados. E quando mais progredia seu reinado, mais se parecia com um déspota oriental e com marior razão o povo desejava sair de seu jugo. (Carl Grimberg, Historia Universal Tomo I El Alba de la Civilización, http://www.scribd.com/Insurgencia Pág. 282-283).
Salomão, depois de receber em sonho as instuções de JHWH (Jeová), a respeito das tarefas de construção do Templo, as empreende seguindo as orientações dadas pelo velho profeta Natan. Para começar aqueles trabalhos Salomão, que governava um povo constituído de pastores transeuntes, não assentados e, portanto, não instruídos na arte de construir, em que pese a influência dos sumérios e egípcios, receberá os esforços de um homem versado nas artes e, através dele, reivindicará dali de onde estes ofícios são quase sagrados e servem ao poder para melhor expressar seu esplendor (como a beleza dos templos egípcios).
Em sinal do pacto Salomão se casará com a filha do faraó Saimón que irá viver em Jerusalém conservando sua religião e levantando com ela as primeiras críticas dos levitas ao novo estado de Israel.
O Imperador egípcio designará a um experimentado arquiteto de nome Hiran Habif (Hiran o fundidor) para o trabalho de construir o Templo de Jerusalém.
O filho de Davi, Salomão, chamado de o “Leão de Judá”, o “Eleito de Deus”, foi instruído por Natan, sábio filósofo que nutriou e disciplinou a inteligência do jovem príncipe do qual foi o preceptor, inciando-o no significado dos textos sagrados e na prática das ciências secretas. Salomão, tão conhecido por sua grande sabedoria e seu amor a poesia, foi o autor dos “Provérbios”, do “Eclesiates” e do “Canto dos Cantos”, hino de amor inspirado pela beleza de Balkis, Rainha de Sabá, pelo enorme desespero de Nagsara sua esposa egípcia, filha do Faraó Siamón (XXI Dinastia)
Rei Salomão
Na época em que seu poderio, glória e fama estavam no apogeu, Salomão fez erigir o magnifíco templo à glória do Eterno, projetado por seu pai Davi e o fez com os mais belos e ricos materiais do oriente médio: a pedra branca, a madeira de cedro, de cipreste e de sándalo, ouro e as pedras preciosas.
Salomão decide que esse templo ideal não seria vedado ao povo e ordena: “Todo homem, qualquer que seja sua raça, sua cor, sua nacionalidade e sua religião poderá rezar ao Eterno e encontrar abrigo, justiça e proteção, perdão por suas culpas e satisfaçao a suas suplicas...” (I-II – Crônicas 6.-32-39); é por isso que Salomão queria que o edifício sagrado fosse erigido pelos esforços conjugados de homens vindos de todo o oriente a quem as tarefas mais nobres lhes seriam reservadas. Os hebreus, não tendo os conhecimentos suficientes para realizar uma obra tão imponente, seriam utilizados para os trabalhos menos qualificados.
Por ser esta obra a realização de todo o povo, Salomão exigia que cada hebreu participasse de uma maneira ou de outra da grande obra da construção do “Templo do Senhor”, que foi edificado, segundo a lenda, por 153.600 obreiros (80.000 homens para extrair as pedras da montanha e 70.000 para transportá-las), vindos da Judéia e de outras províncias hebráicas e 3.660 obreiros construtores, superintendentes e inspetores fenícios emprestados pelo rei Hiran II de Tiro.
Existia uma grande amizade entre os reis e tanto foi assim que o rei Hiram prestou a Salomão toda a ajuda que pode, enviando grandes pedras trabalhadas de suas pedreiras e dos bosques do Líbano a madeira de cedro e abetos para a construção do templo. Em pagamento desses serviços, Salomão prometeu entregar-lhe enquanto durasse a construção, 20.000 medidas de trigo, 20 de vinho, azeite de oliva, cevada e mel. Na conclusão da obra, devia ceder-lhe mais 20 cidades do território fronteiriço da Galiléa.
Para dirigir tão grande obra, o Rei Hiram enviou também a Salomão um arquiteto de vastos conhecimentos, o mais hábil entre todos, capaz de realizar o gigantesco projeto: o Mestre Hiran, do qual Salomão tinha notícia dos seus grandes méritos e de sua justa fama.
Hiram Abif (Hiram Habif o Abi), filho de uma viúva da tribo hebráica de Nephthali (Neftali ou Dan) e de pai nascido em Tiro de nome Ur, havia sido iniciado nos segredos da geometria -“a ciência das ciências” – e na arte da construção. Hiram era Mestre na “Arte do Traçado”, ciência misteriosa sem a qual nenhum grande edifício poderia ser concebido. Era capaz de resolver as maiores dificuldades técnicas e de manejar os materiais mais rebeldes. Sabia talhar a pedra melhor que qualquer outro dos melhores artesãos. Porém, além de ser o melhor de todos, Hiran era Mestre metalista, conhecedor da fundição do cobre e do bronze e da realização de todas as obras de metal, experiente na ciência secreta que lhe haviam ensinado os Mestres Fenícios iniciados nas escolas dos mistérios do Egito, descendente daqueles que haviam sido instruídos por Hermes, o descobridor da coluna de pedra de Tubalcain.
Hiran chegou a Jerusalém precedido por seu prestimono renome e foi acolhido com grandes honras. De grande estatura, Hiram portava sempre em volta do pescoço uma corrente de ouro onde estava colocada uma medalha de forma triangular sobre a qual estava gravado de um lado o olho daquele que tudo via e sobre o outro lado o nome impronunciável de Deus e que se pode somente soletrar.
Depois de ter invocado a ajuda de Adonai, “o Senhor todo poderoso, Mestre dos Mestres e Grande Arquiteto do Universo”, a quem ele pede: “a beleza da inspiração, a força para a execução e a harmonia da concepção”, Hiram abriu o gigantesco trabalho no segundo dia do segundo mês do quarto ano do reino de Salomão (967 a. C). O gênio do arquiteto Hiram o colocava acima de todos os homems e sua inteligência, sua sabedoria, seus altos conhecimentos e sua grande habilidade exercia tal infuência que todos se inclinavam ante sua vontade e autoridade e por isso lhes davam respeitosamente o título de “Mestre”.
A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO
A construção do Templo durou 06 anos, 05 meses e 21 dias. Na porta do Oriente foi erguido um sublime pórtico com um triplo alinhamento de mais de duzentas colunas.
Hiram esculpe esse pórtico na sala subterrânea do santuário, as fundações do “Sanctum Sactorum” a que ele dá a proporção de um cubo de dez covodos de arista, talhados em um gigantesco bloco de granito negro e rosado que, segundo uma antiga lenda, havia caído do céu; tesouro oferecido por Yahvé aos artesãos com a finalidade de construirem sobre ele o santuário de Deus. Para os antigos hebreus, o “Santo dos Santos” era a câmara nupcial na qual se consumava a união de Yhavé com seu complemento feminino: Shekina (o Matronita), consorte de Yahvé. No fundo desta sala subterrânea, devia preceder o local contendo o relicário sagrado: “a Arca da Aliança”.
Hiram fundiu as duas colunas destinadas a suportar a entrada do templo, as dez cubas as dez praças, as caldeiras, copas e vasos necessários para os sacrifícios e a prática do culto e o “Mar de airain” (fundição de estanho e cobre, material tradicionalmente empregado para a confecção dos instumentos do culto, apreciado por suas excepcionais qualidades de incorrupilidade e de ressonância), gigantesco tanque de rebordo esculpido em forma de pétalas de lotus, sustentado por doze touros de bronze, que devia adornar a porta ocidental do edifício. O monumental reservatório, que fazia parte das maiores maravilhas feitas pela mão do homem, estava destinado a purifiação dos 15.000 sacerdotes das 24 classes hierárquicas que oficiavam e mantinham cada dia o templo.
Salomão reuniu os príncipes de Israel mais dignos e expertos para escolher sete dentre eles: Jehoshaphat, Zadoc, seu filho Azariah, Elihoresphs, Aliah, Bernaiah e Abiathar para nomeá-los “Gaobanitas”, guardas do “Sanctum Sanctorum”, a sala subterrânea onde estava localizada a “Arca da Aliança” e as joias e objetos sagrados do Templo. Salomão ordenou isso por temer que alguns malfeitores carregados de inveja poderiam destruir tão preciosos objetos e também para proteger a Arca da Aliança de todas as profanações.
Apesar de certa rivalidade com Hiram, devido ao prestígio excepcional que o arquiteto adquiriu durante a construção do Templo e sua recusa de dar ao Soberano o poder sobre as corporacões, Salomão amava os Maçons os quais, sabendo manejar os homens e dirigí-los, haviam colocado em pé as premissas de uma sociedade industrial hierarquizada. (não esqueçamos que na Suméria e Egito os pedreiros e trabalhadores em pedras estavam muito organizados e devidamente especializados). Se comunicavam por sinais e toques que só eles entendiam e eram iniciados nas escolas egípcias dos “Filhos da Luz”, por isso utilizamos o adjetivo “maçom” para os construtores do Templo do Rei Salomão.
Balkis, a rainha de Sabá
O Templo de Jerusalém era a obra mais admirável de todas que se havia visto tanto por sua magnitude como pela imensa riqueza empregada nele. Por todo lado se via cobertura do lendário ouro vermelho que era abundante nas montanhas do distante reino de Sabá, região mais meridional da Abisínia (Etiópia), a mais rica do oriente, que sua rainha Balkis governava como herdeira dinástica de Sab, primeiro filho de Hermes. A raina havia vendido seu ouro para Salomão em troca de trigo que seu povo necessitava para alimentar-se. A orgulhosa e sedutora Rainha, veio com sua numerosa comitia a render homenagem ao rei Salomão e a ver por si mesma a verdade das maravilhosas relações que havia ouvido falar do esplendo e das riquezas do templo e sabe a quais fins haviam servido as riquezas de Sabá que a rainha havia enviado a Salomão. O relato desta visita está na Bíblia e no Corão.
De maneira romántica a lenda da “rainha da manhã e de Solimon, Príncipe dos gênios” se conta como o rei Salomão foi seduzido por esta mulher de grande beleza, com a qual teve um filho, mas que na verdade tinha interesse pelo Mestre Arquiteto Hiram a quem ela queria conquistar e levar a seu distante reino para unir-se a ele e construir outros templos.
Outros autoresnarraram que o filho que a bela Balkis levava em suas entranhas era o fruto de seus amores com o Mestre construtor.
O magnífico Templo estava quase terminado; lhe faltava somente o teto de telha, mas Hiran não apareceu para a obra. Os Mestres Maçons se inquietaram e o buscaram sem êxito.
Tendo visto manchas de sangue na soleira das portas do ocidente, do norte e do oriente, um grupo de vigilantes chegou a convicção de que o Mestre Hiram havia sido morto.
Depois de investigações, nove companheiros descubriram que os chamados Jubelón (o Abairam, o Abi-Balah) Jubelás e Jubelós (o Halem, Sterkin e Hotherfurt), três maus companheiros decepcionados pela recusa de Hiram em lhes dar o título de Mestre e a quem haviam intentado arrancar pela força a palavra de passe dos Mestres Maçons o haviam golpeado até a morte com as ferramentas da obra.
Depois de sete dias de busca, o Satolkin, Chefe da corporação dos carpinteiros que encontrou o cadáver de Hiram em decomposição em uma fossa de sete pés de comprimento largura , dissimulada ao pé de uma acácia e coberta com um ramo dessa árvore, sobre a beirada do vale de Cedrón. O Mestre Hiram foi reconhecido por sua medalha peitoral de ouro onde estava gravado o olho de Adonai.
Três mil anos antes da construção do Templo de Jerusalém, encontramos no Egito, o mito do Mestre assassinado em uma das pinturas murais do santuário de Deir el-Medineh: a lenda do “Iniciado Perfeito”, aquela do Mestre Horemheb (o Nefehotep), assainado por um trabalhar que queria usurpar-lhe a função. O nome desse falecido mestre é formado de duas palavras egípcias que significam: “a perfeição – do conhecimento – na beleza)”.
O rei Salomão ordenou a Adoniram, eleito Chefe Arquiteto do Templo para suceder ao Mestre Hiram, que preparasse os funerais do Mestre com magnificência e que fosse construído um obelisco de mármore branco e negro no curto prazo de nove dias. O coração do Mestre Hiram foi embalsamado por Jeroboam e colocado em uma urna do ouro mais puro, que se colocou no pedestal de obelisco. Os sete Príncipes de Israel - os “Gabaonitas” - guardas do “Sanctum Sanctorum”, trouxeram o cadáver do Mestre que foi sepultado com grande pompa na “Câmara do Meio” localizada em um subterrâneo e dissimulada no centro do Templo, abaixo do “Santo dos Santos” . Essa Câmara foi construída com muita arte pelo próprio Hiram e era onde se reunia o capítulo dos Mestres, longe do olhar dos profanos
O rei Salomão ordenou que entre os Mestre mais adiantados fossem eleitos cinco para desempenhar a Intendência do Edifício para a finalização do Templo. Foram o Hebreu Gareb, Chefe dos obreiros em ouro e prata, Zelec de Gebal, Chefe dos obreiros em pedras. Satolkin, Chefe dos carpinteiros, o feício Yehu-Aber (o Joaberto ou Johaben), Chefe dos obreiros fundidores do bronze e Adoniram (filho de Abda), superintendente dos trabalhos.
TEMPLO DE SALOMÃO RECONSTITUIÇÃO
Após a morte do Mestre Hiram, Salomão concedeu para os obreiros umas constituições que lhes seriam particulares, emanando de dez das palavras escritas por Yahvé sobre as tábuas de pedra entregues a Moisés. A lenda pretende que Salomão confia ao povo a construção do colégio dos doze Mestres postos por Hiram na liderança dos corpos que conformavam a confraria, colocando-os à frente das doze tribos de Israel com a missão de lutar contra a extorção e as iniquidades tributárias nas tribulações, origem do estado de probreza em que achava o povo de Israel.
O CASTIGO DOS ASSASSINOS
Depois do trágico acontecimento da morte do Mestre Hiran, os autores do crime trataram de escapar do castigo que lhes aguardava e se esconderam.
Três meses depois da morte de Horam, um estrangeiro chamado Pharos, originário de Joppe (Jaffa), informou ao rei Salomão que havia visto um homem se esconder numa caverna a oreste de Jerusalém, próximo as encostas de Joppe; se ofereceu a conduzir os nove Mestres designados por Salomão para preder-lhe. É o Mestre Fenício Yehu-Aber, quem surpreende dormindo a Jubel´n, Chefe dos criminosos. Não podendo conter seu impaciente zelo, o matou com uma punhalada e separou a cabeça do tronco do traidor; a qual foi depois colocada na torre oriental do Templo de Jerusalém até que se encontrassem os seus cúmplices.
Haviam transcorrido seis meses desde que teve lugar o castigo de Jubelón, quando Bem Dekjar, intendente do palácio do rei Salomão, fez publicar um aviso no reinado vizinho de Gheth (ou Gath) no qual fazia a descrição dos assassinos do Mestre Hiram. Alguns dias mais tarde, recebeu a notícia de que os dois homicidas haviam se refugiado nas pedreiras nas cercanias de Gheth. O rei Salomão resovleu solicitar do rei Maachab (Makah) de Gheth, a prisão de Jubelás e Jubelós. O rei Maachab ordenou que se encontrasse os criminosos e os entregasse aos emissários do rei Salomão. Quinze Mestres, acompanhados de uma forte escola se apoderaram dos dois criminosos, e os acorrentaram com correntes e os levaram a Jerusalém para serem julgados e logo martirizados e decapitados; suas cabeças foram cravadas sobre as portas de Jerusalém.
O DELTA SAGRADO
Desde uma época muito remota, quando vivia o patriarca Enoch, não se pode dizer o verdadeiro nome de Deus até que ele foi pronunciado pelo próprio Yahvé quando apareceu a Moisés na sarsa ardente. O legislador do povo hebreu mandou fazer uma grande medalha de ouro, na qual gravou o nome sagrado de Deus e a colocou na Arca da Aliança.
Na época de Samuel, os Filisteus se apoderaram da Arca e fundiram a grande medalha de ouro para construir um ídolo, de tal maneira que o nome de Deus ficou perdido para sempre.
E nome sagrado subsistia somente sobre o delta de ouro embutido na pedra de ágata gravada por Enoch, no entando ninguém conhecia a localização do sítio onde o patriarca bíblico havia escondido o precioso segredo 2.770 anos antes.
Salomão quis obter o delta de ouro para consagrar o Templo de Jerusalém a Glória do “Grande Arquiteto do Universo” e ordenou a três Mestres: Zabulón, Satolkin e Yerhu-Aber que empreendessem a busca da abóbada secreta de Enoch para extrair a pedra e o delta nela gravado. Depois de grandes estudo e penosas viagens, os três Mestres lograram descobrir a entrada da abóbada subterrânea na qual encontraram o cubo de ágata onde em uma das faces estava encrustrado um triângulo de ouro muito brilhante que tinha esculpido em seu centro as quatro letras da palavra inefável.
Depois de terminado o Templo de Jerusalém, o rei Salomão construiu uma escola de arquitetura em Jerusalém, para que os obreiros do templo recebecem a instrução requerida e os meios de chegar a perfeição na “Arte Real”, porém, com a morte de Hiran, a alma da obra havia desaparecido. A obra do Grande Mestre devia ficar sem acabar. É por ele que para os Maçons “chove no Templo”, que espera todavia seu teto. Os obreiros se separaram, se repartiram pelo mundo, propagando as doutrinas das corporações de construtores e os altos conhecimentos da construção do Templo.
DESTRUIÇÃO E RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO
O décimo oitavo ano de seu reino (606 a.C), Nabucodonosor, rei da Babilônia, a frente de seus soldados assírios (persas) sitiou por dezoito meses a Jerusalém e foi vitorioso sobre os hebreus. Como represália a resistência ordenou a seu general Nabuzardan que destruisse a cidade e o Templo até suas fundações e que os habitantes de Jerusalém fossem conduzidos cativos a Babilônia e reduzidos a escravidão.
Antes da invasão babilônica, os fiéis Mestres Maçons destruiram o delta de ouro que continha o nome inefável do Grande Arquiteto do Universo para evitar que o depósito sagrado fosse profanado pelos assírios.
Muitos anos depois, o Príncipe judeu Sasbatzer (Zorobabel para os persas), defendeu a causa dos hebreus ante orei Cirus (ciro) da Pérsia que, durante um sonho, havia recebido a ordem de Deus para liberar os hebreus.
Foram liberados de seu cativeiro na Babilônia e puderam retornar a Jerusalém depois de 70 anos de cativeiro e construir um novo Templo com a proteção e ajuda econômica que o rei Ciro lhes ofereceu. O rei ordenou que lhes fossem restituídos os ornamentos e joias que pertenciam ao Templo.
Zorobabel foi nomeado Governador da Judéia e, com a ajuda do Grande Sacerdote Jousé e do profeta Agée, reanima a energia desfalecente das Lojas Obreiras que subsistiam na Judéia para a reconstrução do Templo. Seus vizinhos, os Samaritanos, apesar de serem vassalos do rei da Pérsia, se negaram a pagar o tributo ordenado por Ciro para a reconstrução do Templo e se propuseram a imperdir a obra pela força, atacando constantemente os hebreus, opondo-se a que executassem os trabalhos. Temerosos dos ataque de seus inimigos, os hebreus manejavam as ferramentas de construção com uma mão e com a outra empunhavam constantemente a espada para defender-se a qualquer momento em que intentassem surpreendê-los. Zorobabel, acompanhado de cinco emissários da perntarquia hebréia, reclamaram ao rei Dario, sucessor de Ciro, o cumprimento da promessa de proteção e ajuda oferecida ao povo de Israel por seu antecessor. O Monarca expediu um decreto no qual condenva a pena de morte todos os que perturbassem aos hebreus na obra de reconstrução da cidade de Jerusalém e de seu Templo. Graças a este decreto, os hebreus não foram mais molestados e puderam terminar a obra no ano de 535 a.C.
O Templo de Jerusalém sofreu muito durante o curso da história. Ele foi de fato sitiado por Nabucodonosor e por Lysias, invadido por Pompeu, roubado por Crasus, saquedo por Sosius, e depois remodelado com grande esplendor por Herodes no ano 20 antes de Jesus Cristo. Por fim, foi incendiado no ano 70 d.C pelos exércitos do general Romano titus (tito Vespasiano); tal como previu Jesus a um de seus discipulos: “Tu vês esses grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada” (Marcus XIII 1-2, Mateus XXIV – 2, Lucas XXI-6). Tito fez transladar a Roma os sagrados ornamentos do Templo que passaram a formar parte do tesouro dos palácios imperiais. (Aubourg Dejean Raymond Francois, Los Hijos de la Luz, Obra traducida del francés y editada por la Muy Resp:. Gran Logia de Colombia y Resp:. Logia Veritas Vincit Nº 13 del Or:. De Santa Fé de Bogota como homenaje a los 75 avo. Aniversario de la Gran Logia de Colombia, Año 5998 E:.M:., Pág. 26 al 31).
Quando da morte de Salomão, as tribos do norte se rebelaram contra seu filho e fundaram um reino independente com a ajuda do Egito. A Palestina ficou, póis, dividida entre o reino de Judá-Benamim ao sul e o de Israel, ao norte. Era o fim do Estado homogêneo e poderoso que Davi havia comesado a construir. Depois a história hebréia no goi mais que uma larga sucessão de intrigas palacianas, rebeliões militares e assassinatos. O país conheceu numerosas dinastias, das quais muito poucas reinaram mais de três gerações. Os hebreus nunca estiveram em condições de desempenhar um papel político importante, e sua contribuição na história será de índole religiosa e moral.
Extraído da Obra do Ir.´.
HERBERT ORE BELSUZARRI, "Maçonaria, Origem e Desenvolvimento"
Ir.´. JOSÉ ROBERTO CARDOSO
ARLS Estrela D´Alva nº 16 - GLMDF