quarta-feira, 9 de outubro de 2013

OS SANTOS NA MAÇONARIA




A santidade, por incrível que pareça, é um costume pagão, decorrente das grandes crenças e religiões do passado.


Se nos despirmos das influências que estão em nós arraigadas, decorrentes dos costumes religiosos herdados daqueles nossos familiares mais distantes, veremos que os Santos representam nada mais, nada menos, o mesmo que os deuses pagãos.

Nas tábuas de argila da Suméria encontramos relatos de deuses fantásticos, os annunakis. Estes deuses passaram a representar categorias sociais, profissões, fenômenos da natureza, sentimentos, enfim. Conta-se que Ptah teria sido o colonizador ou fundador do Egito, Maat a deusa da justiça, etc.

Maat

Esse tipo de comportamento social se expandiu influenciando as civilizações da antiguidade.

Exemplo disso são os deuses romanos e gregos.

Segundo Plutarco, o mitraismo chegou até roma através de milhares de prisioneiros Cilicianos feitos por Pompeu no ano de 67 a.C.

Essa religião de origem indo-persa se espalhou entre os Soldados Romanos e Mitra se tornou o Sol Invictus, o Deus poderoso, o Comandante dos exercitos.

Mitra

Tendo o Cristianismo influenciado alguns imperadores Romanos e estes desejosos de converter seus soldados, tiveram que anexar alguns costumes daquela religião e substituí-los pouco à pouco pelos costumes cristãos. 

A Eucaristia adotada pela Igreja Católica Romana já existia no Mitraísmo (zoroastrismo). Foi Zoroastro que substituiu a carne e o sangue do boi que era sacrificado pelo pão e o vinho. 

As imagens dos deuses passaram a ser imagens de santos protetores e assim é até hoje.

Uma parte pequena da antiguidade e toda a Idade Média européia sofreram influência absoluta da Igreja Católica, até a chegada da Reforma Luterana.

O período das construções das Igrejas e Catedrais comandadas pelos monges e chamado de Monacal teve grande importância na maçonaria operativa.

Era costume, na Idade Média, cada categoria de trabalhadores (artífices, pedreiros, construtores de barcos, etc) comemorarem seus santos padroeiros ou mesmo de nomeá-los durante encenações teatrais que faziam

Tem-se conhecimento, através do discurso do Cavaleiro Ramsay, que ele divulgou como sendo o patrono da maçonaria JOÃO ESMOLER, com base nos trabalhos realizados pelos monges beneditinos. Os Templários já adotaram como padroeiro JOÃO BATISTA. Alguns seguimentos maçônicos mais ligados ao misticismo e ao esoterismo adotavam os dois Joões como sendo originários do culto ao deus JANUS e ligados aos Solstícios.

Essas coisas dão um nó em nossas cabeças, mas aparentemente não é nada demais, apenas homenagens a santos aos quais tinham devoção e pediam proteção.

Nas festividades de “Corpus Christi” todas essas categorias comemoravam seus santos padroeiros. Ex. Os trabalhadores que construíam os aquedutos ou barcos adotavam como padroeiro NOÉ ou até mesmo JONAS e a baleia.

Com base nesse simples texto podemos notar que essa questão dos santos está intrinsicamente ligada à Igreja, a festividades pagãs ou a tradições que foram acolhidas por ela.

Existem debates contuntendes entre nós a respeito disso e há ritos que adotam “santos diferentes”.

Hoje, provavelmente, aqueles que recebem o “bolsa família” teriam uma forte tendência para ter como patrono o “santo” Luiz Inácio Lula da Silva.


Ir.´. José Roberto Cardoso MM – Loja Estrela D´Alva 16 - GLMDF

RITO, RITUAL E RITUALÍSTICA

RITO, RITUAL E RITUALÍSTICA


RITO = é um método utilizado para transmitir os ensinamentos e organizar as cerimônias maçônicas. Cada rito tem suas características, assemelhando-se ou divergindo do outro em aspectos gerais, em detalhes, mas convergindo em pelo menos um ponto comum a “regularidade maçônica”, isto é, o reconhecimento internacional amparado pela Constituição de Anderson.

O Rito, em sua organização possui: forma (do rito), dinâmica (do uso dos símbolos), ordenação(sequência lógica de eventos), significação (conteúdo do rito) e codificação (simbolismo e chave).

Ex. O rito é a forma escrita ou não de se desenvolver uma cerimônia, é uma roupagem que reveste a cerimônia. O ritual é o livro que guarda o rito. A ritualística é o rito em movimento. 

RITUAL = é tudo o que é relativo a rito, ou que contém ritos; é, também, o livro que contém a ordem e a forma das cerimônias maçônicas, com as palavras que devem acompanhá-las; mais extensamente, refere-se a qualquer cerimonial, ou conjunto de regras a seguir. Por essa definição, até atos diários da vida de uma sociedade, ou de um ser humano isolado, que se repetem, sempre da mesma maneira, são formas de um ritual. 




Pode-se simplificar sua definição dizendo que é a forma grafada ou não do rito, que descreve, regula, orienta e preceitua o catecismo ritualístico

RITUALÍSTICA = confunde-se com rito. É tudo aquilo que é próprio de um ritual e compreende a interpretação coerente dos símbolos, a prática continuada dos mistérios sem perder o fulcro nos princípios, preceitos e proposições. É o desenvolvimento do Rito, o seu espraiar, o seu desdobrar. 

A Ritualística deve ser sempre fiel ao Rito contito no Ritual. 

Ir.´. Luis Genaro Ledereche Fígoli 
Oriente de Porto Alegre – Apresentado na Loja Tradição, Justiça e Liberdade.
Pequenas inserções foram feitas pelo Ir.´. José Roberto Cardoso - Loja Estrela D´Alva 16 - GLMDF - Oriente de Ceilândia DF.