sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014


MAÇONARIA, DEUS e DEUSES

(TEÍSMO E DEÍSMO)

Ir.´. José Roberto Cardoso -MM
Loja Estrela D´Alva nº 16 - GLMDF

A MESOPOTÂMIA


Para muitos cientistas o homem teria se originado da Eva Mitocondrial, na África, e dali povoado todo o globo.

Em princípio, o homem era nômade, vivia da caça, da coleta de frutos, até começar a domesticar os animais e a conhecer a agricultura.

Numa dessas correntes migratórias o homem teria chegado à região da Mesopotâmia e ali se aninhou, se tornou sedentário, formou suas tribos, clãs, cidades e estados. Isso teria ocorrido, pelo que se tem registrado nas tábuas de argila dos sumerianos, seis mil anos a. C. No entanto, tal fato, pode remontar alguns milênios a mais.

A mesopotâmia era uma região muito fértil, cercada pelos rios Tigres e Eufrates e por esse motivo foi considerada o Eden, o Paraíso.


Inserida na área do Crescente Fértil - de Lua crescente, exatamente por ter o formato de uma Lua crescente e de ter um solo fértil - uma região do Oriente Médio excelente para a agricultura, exatamente num local onde a maior parte das terras vizinhas era muito árida para qualquer cultivo, a Mesopotâmia tem duas regiões geográficas distintas ao Norte a Alta Mesopotâmia ou Assíria, uma Região bastante montanhosa, desértica, desolada, com escassas pastagens, e ao Sul a Baixa Mesopotâmia ou Caldéia, muito fértil em função do regime dos rios, que nascem nas montanhas da Armênia e desaguam separadamente no Golfo Pérsico. O termo também designa o estudo do período histórico entre o III e o I milênios a.C., quando a região desenvolveu uma cultura em comum e apresentou momentos variáveis de unificação territorial, desde o surgimento das primeiras cidades, como Ur e Uruk até o fim da dominação persa aquemênida.[1]

A SUMERIA


A civilização sumeriana é a mais antiga civilização da humanidade, da qual se tem evidência. Situava-se na parte Sul da Mesopotâmia, embora os proto-sumerianos tivessem surgido na parte norte, no atual Curdistão. 

Essa civilização floresceu, teve seu apogeu, mas devido a liberdade que se dava às suas cidades-estado foi se enfraquecendo e dominada posteriormente por vários povos, dentre eles os babilônios.

Nessa região foram construídos os primeiros grandes templos de adoração a um deus, conhecidos como zigurates que são muito parecidos com as pirâmides encontradas na América do Sul. Um famoso zigurate foi a Torre de Babel, ou Torre da Confusão por ter sido construída por povos de diferentes idiomas.

Os registros mais antigos da história de um povo foram encontrados naquela região e são as famosas tábuas de argila dos sumerianos.


AS TÁBUAS DE ARGILA


Essas tábuas de argila nos relatam a história dos annunakis, extraterrestres oriundos de Nibiru e bem assim fazem um relato de como teria surgido nossa raça. Dizem os registros que esses annunakis, que tinham facilidade de se locomover em naves e com muita rapidez, teriam realizado uma experiência genética em uma mulher-macado de origem africana inserindo em seu útero esperma de um extraterestre e depois transplantando o embrião para o útero de uma mulher anunnaki. Dessa experiência genética teria surgido a raça humana, fazendo sentido a história da “Eva Mitocondrial”.

A experiência teria sido um sucesso, e da mistura “dos gens” da Eva Mitocondrial com os “gens dos anunnakis” surgiu nossa espécie.

Os anunnakis viviam centenas e centenas de anos, chegando bem próximo a um milênio, e eram vistos como deuses pela raça recém criada que trabalhava como escravos.

Os primeiros deuses com forma antropomórfica adorados pelos homens foram os “anunnakis” e foi através desses deuses que, mais tarde, surgiram os deuses dos panteões egípcio, grego e romano.

Naquela comunidade haviam os grandes comandantes e dentre eles estavam Yaweh e Baal que sempre entravam em contenda, sendo que numa dessas batalhas Yaweh foi o grande vencedor e ficou representando o bem e Baal passou a simbolizar o mal, embora fossem ambos annunakis.

O povo de Nibiru tinha como líder ANU que proibia o relacionamento entre os “annunakis” e “terráqueos”, no entanto, cerca de duzentos desses desobedeceram seu rei e, por isso, foram expulsos e ficaram conhecidos como “os anjos caídos”.

Contam as tábuas de argila que Yaweh, embora tivesse boas intenções, era tido como um deus vingativo e rancoroso e por conta da traição dos “anjos caídos” e da decepção com a raça que haviam criado resolveu se vingar provocando uma grande enchente (dilúvio) com o objetivo de exterminarná-los. Mas, diante da ponderação de alguns importantes annunakis resolveu salvar alguns.


O DRAMA DOS HUMANOS

Da desobediência dos “anjos caídos” vieram descendentes que viviam um drama relacionado a existência, pois seus pais poderiam viver quase mil anos e eles uma migalha desse tempo. Foi daí que surgiu a famosa lenda de Gilgamesh, que não se conformava em saber que morreria tão cedo, como todos os demais humanos. É por conta dessa lenda que sabemos a respeito de outra que fala da “fonte da juventude” tão procurada por antigos reis e grandes comandantes.

OS SUMERIANOS E OS RELATOS BÍBLICOS

Conta a Bíblia, em Genesis, sobre Noé, que teria recebido de Deus (Yaweh) a incumbência de construir uma arca para salvar sua família e a criação.

É interessante se observar que de acordo com o pentateuco[2] Noé viveu 950 anos e era filho de Lameque, que era filho de Matusalém[3], que era filho de Enoque, que era filho de Jared, que era filho de Malalel, que era filho de Cainan ou Quenã, que era filho de Enos, que era filho de SETE, que era filho de ADÃO, que era filho de Deus.

Ora, é fácil observar que os ascendentes de Noé, assim como ele, eram “annunakis”, pois viviam como os deuses e que ADÃO também o era e, provavelmente tenha sido um dos “anjos decaídos”. Me parece que essa linhagem é paralela a linhagem humana obtida da experiência genética na qual ADÃO que teria cedido o experma para fertilizar a Eva africana.

Por fim, a região da Mesopotâmia era conhecida como o Paraíso ou o Eden e era lá que vivia Adão, que “comeu o fruto proibido” (desobedeceu a Anu) dando origem a raça humana, ou seja, ao pecado original.

UM TIQUINHO MAIS SOBRE NOÉ

O nascimento de Noé é relatado no apócrifo de Enoque e relata a história de uma estranha criança.

Conta a história que Matusalém escolheu uma esposa para o seu filho Lameque e esta ficou grávida de um filho. Quando este nasceu repararam que era um bebê muito diferente dos outros e o seu pai teve medo. Ao ter medo, dirigiu-se a Matusalém para lhe contar o sucedido e disse-lhe: "Eu tive um filho estranho, diferente de qualquer homem, e a sua aparência é como a dos filhos de Deus do céu; e a sua natureza é diferente e não é como um de nós." (Enoque 106:7)

Matusalém, ouvindo isto, viajou para longe, ao encontro de Enoque e contou-lhe o sucedido e este, ouvindo tudo, lhe respondeu: "O Senhor fará algo de novo na terra, porque na geração de meu pai Jared, alguns dos Anjos do Senhor transgrediram a palavra de Deus e a sua lei, e uniram-se pecaminosamente com as filhas dos homens e tiveram filhos (anjos caídos). Estes filhos resultantes desta união foram gigantes, não de acordo com o espírito mas de acordo com a carne. Por isto, Deus destruirá a terra com um grande dilúvio e haverá grande destruição e castigo. E este filho que nasceu de teu filho será salvo, e os seus filhos com ele. E toda a humanidade restante morrerá." (Enoque 106:13-17)

Os livros de Enoque e esta história não foram aceitos pelos Judeus, porque, segundo a sua doutrina, os Anjos não se poderiam misturar com as mulheres comuns. Além disto, Matusalém não poderia ter feito qualquer menção a respeito de Noé a Enoque, pois este já não podia ser encontrado mesmo alguns anos antes do nascimento de Noé, conforme a Bíblia, no capítulo 5 do Livro de Gênesis, versículos 21 a 29. Afirma-se entretanto que a origem deste episódio, estaria na Bíblia, em uma das interpretações para os versículos 1 e 2 do capítulo 6 do livro de Gênesis.

O PATRIARCA ABRAÃO

O nome Abrãao significa: chefe de muitas nações, pai de reis, aliado do Senhor.[4]

Abrãao, segundo a Bíblica Sagrada, teria vivido 175 anos. Nasceu em Ur na Caldéia, mesma região da Babilônia, da Suméria, na Mesopotâmia e lá aprendeu com seus ascentrais sobre os deuses e sobre Deus. Ele abominava os “outros deuses” e adorava apenas o “deus vencedor: YAWEH ou JAVÉ e por isso é o pai do monoteísmo judeu.

De Abraão vieram as três grandes religiões da humanidade: judaísmo, cristianismo e islamismo. O judaísmo veio de Isaque e o Islamismo de Ismael. O Cristianismo nasce de dentro do judaísmo.

O Judaísmo compila o Velho Testamento e o segue (Torá) tendo como Deus Todo Poderoso a Yaweh, o mesmo “deus” Yaweh dos sumerianos e nota-se nas antigas escrituras o mesmo Deus vingativo que fará com que Moisés crie a Lei de Talião, olho por olho, dente por dente. É o Deus dos sacrifícios e das guerras. É bom lembrar que o Yaweh sumeriano devia obediência a um rei, a um ente superior.

O Cristianismo surgiu com o sacrifício de Jesus, O Cristo. Jesus Cristo teria sido enviado à Terra por ABBA o Deus Supremo do Universo, para corrigir os erros de Yaweh e implantar a Lei do Amor.

Jesus “batia de frente” contra os sacerdotes judeus e membros do Sinédrio e a inveja, a ambição, levaram-no à morte na cruz.

Após a morte de Jeus, os primeiros cristãos saiam em pregação aos gentios levando a boa nova, ou seja, os maravilhosos ensinamentos do Mestre dos Mestres.

Nessas idas e vindas de uma cidade para outra pernoitavam em casas que estrategicamente eram construídas e que ficaram conhecidas como “Casas do Caminho”.

Das reuniões desses cristãos nessas chamadas Casas do Caminho surgiu o esboço do clero e, um pouco mais além, começou a surgir a organização da Igreja Católica Apostólica Romana e seus bispos.

Não muito além, o Cristianismo se espalha pela Europa e pelo mundo e nesse trajeto muitos foram os cristãos primitivos martirizados principalmente por imperadores romanos, cujos soldados adotavam o mitraísmo como religião.

Tempos depois, no século IV São Jerônimo compila a Vulgata Latina (Bíblia Sagrada) e Teodósio, imperador Romano, defende o Cristianismo como religião e o implanta, cautelosamente, em substituição ao Mitraísmo. O Cristianismo toma força e domina o mundo trazendo e centralizando em si a educação, a cultura e a ciência, que compartilhava com a aristocracia. A partir de então, todo conhecimento que confrontasse as leis e parâmetros estabelecidos pela igreja era considerada heresia.

Todos esses fatos tiveram início já na idade média conhecida também por “A idade das trevas”.

A MAÇONARIA E A IGREJA

Nâo se sabe com exatidão a origem da Maçonaria.

A palavra “mason” ou “maçom” significa pedreiro, construtor e creio que Maçonaria é uma organização de pedreiros e de construtores.

Se levarmos por esse lado veremos que as primeiras organizações maçônicas vieram da antiguidade e claramente as enxergamos nas construções dos zigurates sumerianos, na construção das pirâmides egípcias, principalmente na região de Deir El-Medineh, onde já havia algo semelhante às guildas e corporações da idade média. Os obreiros se ajudavam, amparavam as famílias, tinham seus segredos inerentes à profissão, enfim.

Em razão do caráter sempre sagrado do trabalho e da ciência, as associações profissionais foram sempre sacerdotais entre os povos da Antigüidade.

No Egito, os sacerdotes formavam classes separadas e consagravam-se ao ensino de algum ramo especial do conhecimento humano. Em todos os casos, os alunos passavam por um noviciado e por provas de iniciação para se assegurar de sua vocação.

Como as demais ciências, a Arquitetura também era ensinada em sigilo. A função sagrada de arquiteto construtor era exercida pelos sacerdotes como, por exemplo, Imhotep, sacerdote do Deus Amon, que era conselheiro do faraó Sozer (3.800 a.C.) e que construiu a primeira pirâmide em Sakkarah. Sennemout, arquiteto da rainha Hatsepout, era o controlador dos domínios de Amon e chefe dos sacerdotes de Monthou, na cidade de Armant.

O caráter sacerdotal e místico das associações de construtores é encontrado entre os persas, os caldeus, os sírios e os gregos. A religião também era o fundamento dos Colégios Romanos e de nossas antigas confrarias.[5]

Ao longo da trajetória da humanidade até o Renascimento a maçonaria operativa esteve sempre presente.

Essa maçonaria operativa da Idade Média era a partir dos séculos VI praticada por monges, portanto os maçons eram monges católicos e sofriam influência da religião e tanto é assim que Bento de Nursia dá origem ao período conhecido como MONACAL responsável pela construção de Igrejas e Catedrais.

Esse período vai se esgontando com a chegada do Renascimento onde a cultura e o conhecimento em geral, na Itália, tem uma explosão, surgem os engenheiros e outros profissionais da área de construção e os prédios tomam outra forma. Entre esse período e a chegada do Iluminismo a Maçonaria Operativa, antes composta de construtores e de pessoas com pouco ou quase nenhum estudo, passa a sofrer o assédio das pessoas com formação acadêmica e, pouco a pouco, durante mais de dois séculos, vai desaguar na formação da Grande Loja Unida da Inglaterra, em 1717.

O interessante é que essa Grande Loja foi criada pelos aceitos, ou seja, justamente por aqueles que assediavam os operativos.

No ano de 1751 vários maçons vindo da Irlanda aportaram em Londres e pediram filiação nas Lojas e como eram simples homens, gente sem “sangue azul”, não tiveram o MICTMR. O que fizeram eles então? Simplesmente fundaram uma outra Grande Loja (vou tratá-la como Segunda Grande Loja).

Antes de prosseguir devo responder a uma pergunta que com certeza alguém mentalmente formulou: - Por que ao invés de fundar uma outra “Grande Loja” não fundaram um “Grande Oriente”? Simplesmente porque a expressão “Grande Oriente” só começou a fazer parte do vocabulário maçônico muitos anos depois. Naturalmente as duas Grandes Lojas não se reconheciam e ainda trocavam “farpas”; os membros das Lojas jurisdicionadas à Segunda Grande Loja usavam os rituais primitivos e atacavam os Irmãos da Primeira Grande Loja, chamando-os de perjúrios, profanadores e “moderninhos” (afinal eles haviam alterados os antigos rituais) e a si mesmos eles chamavam-se de “Antigos”.

Durante 72 anos, ambas as Lojas discutiram a unificação que só foi levada a cabo em 1823.

De qualquer forma, em 1723, Anderson, um pastor presbiteriano foi encarregado de elaborar a Constituição da Maçonaria que ficou conhecida como Constituição de Anderson, a base da regularidade maçônica das potências de todo o mundo junto àquela Grande Loja

A maçonaria na Inglaterra sempre foi conflituosa, mas Cristã. Com o advento da reforma e a influência política da nobresa ocorriam as lutas pelo poder e, coincidentemente, entre católicos e protestantes. Os católicos eram os jacobitas (dinastia dos Stuarts) e os protestantes os da Casa de Hanover. 

A dinastia Stuart tendo perdido o poder se exilou na França e influenciará na criação do Rito Escocês Antigo e Aceito.

De qualquer forma, até aqui, estamos falando de uma maçonaria altamente influenciada pelo Cristianismo e, principalmente, pela Igreja Católica. 

Essa é a maçonaria TEÍSTA que segue os ensinamentos da cultura judáico-cristã tendo como referência a Bíblia Sagrada, aceitando os dogmas e ditames da Igreja em princípio e, depois, no conceito do Grande Arquiteto do Universo e na forma como ELE é designado nas outras demais religiões.

A MAÇONARIA DEÍSTA

Sabemos que a Idade Média ficou conhecida como a Idade das Trevas e que além do imenso poder da Igreja Católica a população era praticamente analfabeta, submetida ao jugo do feudalismo e a tirania da Aristocracia.

O conhecimento era restrito à nobreza e a Igreja que às vezes se misturavam para deter o poder temporal ou espiritual. 

De repente eclode o Renascimento, na Itália, que permite a muitos o conhecimento nas artes, na filosofia, na cultura em geral e isso vai despertar, no Iluminismo, as condições necessárias para a retirada dos grilhões do povo, trazendo consigo a liberdade, a igualddade e a fraternidade por ocasião da Revolução Francesa, fazendo com que caia a aristocracia e retirando da Igreja o poder absoluto.

Desse cadinho surgem os grandes pensadores e dentre eles Baruch Spinoza e Jonh Locke que trazem consigo o uso da razão, da ética e da moral.

É dessa corrente de pensamento filosífico que nasce o Grande Oriente de França, em 1728, que adota o Deus da Razão, o Deus Absoluto e Supremo, que não influencia diretamente em nossas vidas e não se subordina à dogmas. 

Isso se dá pelo fato de que eram livres pensadores e, para buscar a verdade, o maçom não poderia ter amarras e limitações.

Essa maçonaria adotou os ideais da revolução francesa de liberdade, igualdade e fraternidade e, por isso as pessoas poderiam ser livres para escolher o seu caminho, a sua crença e serem iguais independentemente da sua condição social. E, por esse motivo, não havia a necessidade da crença em um ser Supremo, as mulheres tinham o mesmo direito que os homens.

É bom esclarecer que embora a Grande Loja da Inglaterra tenha surgido em 1717, isso representava tão-somente os aceitos, já que os antigos não aceitavam os modernos e nem a forma como procederam para fundar aquela Grande Potência. Por conta dessa contradição os antigos fundaram outra Grande Loja e a partir de então começaram as discussões para a unificação que só veio a ocorrer em 1823.

Portanto, a Grande Loja de França era e ainda é, nos dias atuais, DEÍSTA.

O Grande Oriente de França é uma organização laica, não admitindo interferência religiosa em questões temporais. Por isso não exige a crença em um ser supremo para iniciar novos membros.

O Grande Oriente de França conta desde 2012 com Lojas Mistas onde homens e mulheres trabalham em pé de igualdade, além de manter relações fraternas com Obediências mistas e femininas,


CONCLUSÃO

Embora existam, em relação à crença, as maçonarias Teístas e Deístas, a essência da maçonaria é mantida em ambas.

Nós, do Rito Escocês Antigo e Aceito das Grandes Lojas Maçônicas, somos Teístas, no entanto se observarmos nossos rituais veremos que eles estão repletos de conceitos e palavras oriundos da maçonaria Deísta, inclusive com aspectos contraditórios.

Está bem claro que NÃO HÁ LIMITES Á LIVRE INVESTIGAÇÃO DA VERDADE e isso só poderia ser levado a efeito se adotássemos a maçonaria Deísta. A Maçonaria que nos encerra de certa forma nos estritos limites dos dogmas da Igreja Católica, não nos permitiria essa liberdade de pensamento e isso ficou muito evidente por ocasião da Inquisição, onde o conhecimento era restrito à Igreja e ao Estado.

Seria muito fácil conceituar Teísmo e Deísmo. 

O Teísmo - é posição que resulta da crença na existência de Deus através da fé, designadamente por via da crença na Revelação em textos sagrados e ou nas profecias de portadores de mensagens tidas como oriundas da Divindade.[6]

O Cristianismo para se impor como religião no mundo ocidental teve que se curvar a Roma para destituir o deus Mitra, no entanto, tanto a Eucaristia, quando a Chave de Roma, quanto o chapéu que o Papa usa (mitra) são símbolos pagãos.

Aliás, há que se observar que aqueles mesmos deuses da antiguidade (deuses pagãos) estão presentes, de forma velada, na Igreja Católica.

Nas tábuas de argila dos sumerianos está escrito que Ptah, um annunaki, teria fundado o Egito e os egípcios passaram a adorar seus deuses: Maat, uma sumeriana, no panteão egípcio era a “Deusa da Justiça”. Depois vieram os panteões romanos com deuses parecidos entre si: Baco, deus do vinho; Marte, deus da guerra; Netuno, deus dos mares e das águas e por aí vai.

Agora vejam a similaridade entre os “SANTOS” da Igreja Católica, quem em muitos casos foram guerreiros: Santa Bárbara, que nos protege das tempestades; Santa Luzia, que nos protege das doenças dos olhos; Santo Expedito, protetor dos motoristas, e por aí se segue.

O Deísmo – é a posição filosófica que pretende enfrentar a questão da existência de Deus, através da razão, em lugar dos elementos comuns das religiões teístas tais como a "revelação divina", os dogmas e a tradição.[7]

Sem querer entrar no mérito das religiões e respeitando todas elas, precisamos entender que o FANATISMO, A IGNORÂNCIA e a AMBIÇÃO, que tanto combatemos, sempre estiveram presentes nas religiões. “Alguém já disse: a religião é o ópio do povo”; outro disse: “os dogmas escravizam”, etc.

Pelo que concluí posso ser considerado um ateu, mas não o sou. Acredito no Grande Arquiteto do Universo e, particularmente no Deus daqueles que seguem a filosofia espírita, como sendo: “A Inteligência Suprema e a Causa Primária de Todas as Coisas”. Sou daqueles que procuram conversar com Deus sem amarras, sem dogmatismo, portanto, acreditar nesse Deus é fácil, lógico e racional, o grande problema é saber se ELE acredita em mim.

BIBLIOGRAFIA

1. A Escada para o Céu – Zecharia Sitchi – Editora Madras;
2. A Bíblia Sagrada
3. Wilkipedia.
[1] Wilkipédia.
[2] Pentateuco = cinco primeiros livreos da bílbia escritos por Moisés.
[3] Matusalém = considerado o homem mais velho
[4] Wilkipédia.
[5] Irmão Antonio Rocha Fadista - AS ORIGENS RELIGIOSAS E CORPORATIVAS DA MAÇONARIA.
[6] Rui Bandeira – Blog A partir da Pedra
[7] Idem.