sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A VELHICE NA MAÇONARIA

A VELHICE NA MAÇONARIA

(Pura realidade)
Outrora, a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso. "Francois Chateaubriand"

Quando fui iniciado, a vida para mim ganhou um novo sentido, pelas novas amizades e pelo ensinamento que recebia nas instruções de meus preceptores. 

A sessão maçônica era uma coisa extraordinariamente nova e reveladora. Sonhava em crescer na ordem e ser como aqueles irmãos mais antigos, pois via neles tanto conhecimento e amizade, meus sábios inspiradores.

Aqueles “velhinhos” eram a porta para meu ingresso no conhecimento e na filosofia da Arte Real .Para mim, eles viviam num mundo de felicidade e que aquilo era uma herança, que levariam até os dias da velhice.


Esse sentimento inundava o meu espírito de paz e esperança.


Jamais poderia pensar que o caminhar dos anos trouxesse consigo mudanças tão importantes. Parece que a juventude não conhece o segredo para a transmutação e quando a idade avança, somos pegos por uma realidade surpreendente, às vezes desalentadora.

A ordem que servimos por décadas a fio, dispensando os maiores esforços, nos abandonara na idade senil. Justamente quando estamos mais carentes e fragilizados.


Na America do Norte, os maçons idosos vão para o albergue da ordem onde vivem em paz e dignamente.

Toco nesse assunto, levando em conta casos de irmãos que vivem no mais completo abandono maçônico. Vitimados por uma enfermidade não saem para lugar algum, aprisionados em suas casas.

Essa realidade é bem diferente dos templos aconchegantes e das amplas festas e Copos D'Água que um dia freqüentaram. Aquela alegria barulhenta e os abraços fraternos deram lugar ao abandono, ao ostracismo involuntário e ao silêncio cósmico que arrasa seu moral. 

Se tivessem a mão amiga de um irmão, poderiam ir à Loja, aos almoços e de novo serem felizes.

A maçonaria, pródiga em ajudar os velhinhos dos asilos profanos, vira a cara para seus próprios membros que nem sempre precisam de apoio pecuniário, apenas de uma visita.

A tentativa de levar irmãos à casa de um enfermo sempre resulta em fracasso, pois ninguém se interessa. Os Veneráveis Mestres, esses, nunca vão.

O tempo corre célere e a vida escapa pelos dedos como o mercúrio. 

Irmãos, ainda há tempo, embora curto, para amar o próximo, pois o Céu não pode esperar.

T.'. F.'. A.'

Texto enviado pelo Des. Ir.´. Juracy Vilela de Sousa – Grão-Mestre de Honra do GORS que me foi repassado pelo Grão-Mestre Ad Vitan Edelcides Lino de Melo - GLMDF.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

OS TEMPLÁRIOS E SUA RELAÇÃO COM A MAÇONARIA

OS TEMPLÁRIOS E SUA RELAÇÃO COM A MAÇONARIA

Cavaleiros Templários
Nestes dois últimos séculos, muito tem sido falado sobre a relação entre a Ordem dos Templários e a Maçonaria. Tanto é assim que alguns autores têm tentado mistificar, não sabemos com que intenção, alguns atores que participaram do cenário do Templo e bem assim, numerosas passagens históricas caindo em especulações de difícil credibilidade.

Agora, no entanto, não se quer dizer que o mito seja uma ferramenta ruim para sustentar ou analisar um fato histórico,como se pode inferir, e tem sido demonstrado que qualquer história escrita, basicamente, é uma forma de mito. O problema é está essencialmente no fato de que qualquer relato histórico se inclui e se retira elementos, de acordo com as necessidades, aspectos e transcendências do tempo em que foi criado e não da época a que se refere. Nestas condições podemos afirmar que é um equívoco; por conseguinte, falsifica forçosamente o que realmente aconteceu. Não se deve pensar, ademais, que queremos ditar um aula sobre a teoria e filosofia da história, pois não somos autoridade para isso, de repente isso é uma loucura nossa. Porém, essa não é a discussão, só para chamar um pouco da atenção se verdadeiramente os Templários tinham qualquer relação com a Maçonaria, apesar de se ter gastado rios de tinta sobre esse tema. No entanto, muitas pessoas, incluindo os maçons, estão se perguntando, de onde veio a maçonaria? Quem são os Cavaleiros Templários? Os Templários tem algo a ver com as Cruzadas? Os Templários foram os fundadores da Maçonaria? A maçonaria atual conserva símbolos Templários? Esta maçonaria tem graus dedicados aos Templários e aos Cruzados? Com certeza temos todas as perguntas necessárias para desvendar esse tema e, para respondê-las, temos que falar sobre as origens da Maçonaria e em seguida faremos uma análise suscinta sobre algumas variáveis históricas que temos considerado de certa relevância para alcançar o objetivo a que nos propomos neste ensaio, como o de demonstrar a relação existente entre os Cavaleiros Templários e a Francomassonaria.

O assunto sobre a origem da Maçonaria tem dado muito o que falar; se tem especulado com algumas lendas que carecem de suporte histórico, maçônico e científico. Tudo isto é possível por que desde o começo a tradição oral na Maçonaria tem servido como ferramenta defensora de seus inimigos; por tal motivo os antigos maçons procuravam não deixar nada escrito sobre os assuntos próprios da Instituição para evitar serem perseguidos e muitas vezes assassinados. Como nos expressamos no livro “Antigos Documentos da Maçonaria”, a tradição oral é muito importante na Maçonaria, até o ponto que todos os documentos escritos, e sobre tudo os rituais, impressos ou manuscritos, tão-somente podem ser considerados como “espaço-memória”. No entanto, a evolução do mundo em que a Ordem Maçônica está inserida tem chegado a tal extremo que as faculdades de memorização da generalidade dos maçons tem declinado muito, fazendo-se necessário recorrer a esses “espaços-ajuda”. De todo modo os citaremos com a finalidade de refletirmos e assim tratarmos das muitas dúvidas a respeito.

Pois bem, em várias oportunidades temos ouvido teorias idealistas, fantásticas e tão absurdas que provocam risos naqueles que pesquisam o tema. Dizem: “que nossa origem se remonta ao preciso instante da creação”, ou “que nossa Luz invadiu os paradisíacos locais onde um homem chamado Adão surgiu do nada no tempo”. Também sugerem: “que Deus, o Grande Arquiteto do Universo, fundou a Francomassonaria, e que esta teve por padroeiro Adão, os patriarcas, os reis e filósofos de outrora”, e os mais ousados incluem Jesus Cristo na lista como Grão-Mestre da Igreja Cristã. Tudo isso sem nenhum embasamento histórico ou proto-histórico. Igualmente pretendem sustentar as afirmações anteriores, assimilando-se à Maçonaria a construção da Arca de Noé, a Torre de Babel, as Pirâmides do Egito, ao Templo de Salomão, etc. Autores posteriores encontram a origem da Maçonaria nos mistérios egípcios, Dionísiacos, de Eleusis, Mitra, e Druidas; em seitas e escolas tais como a dos Pitagóricos, Essênios, Caldeus, do Zoroastrismo, e as do Agnosticismo, nas sociedades Evangélicas que precederam a Reforma; nas Ordens de Cavalaria (Hospitalários e Templários); entre os alquimistas, Rosacruzes, Cabalistas; em sociedades secretas da china e dos árabes. Se afirma, além disso, que Pitágoras fundou a Instituição Druídica e portanto que a Maçonaria provavelmente existia na Inglaterra 500 anos antes de nossa era.

Um grupo importante de historiadores, especialista na matéria, consideram seu início no Sufismo, escola mística e virtuosa do Islamismo, nascida na Pérsia (Século VIII de nossa era) como resultado da união das doutrinas islâmicas com as religiões da Índia, em especial o budismo, e a qual se incorporaram elementos cristãos e neoplatônicos. Outra corrente muito respeitável crê que os Templários são a ligação entre a Maçonaria, o Templo de Salomão e o Sufismo. Do mesmo modo há quem, sem depreciar essas teorias, pensam que encontraremos o nascimento da Maçonaria nos grêmios dos construtores de catedrais e a forte influência que tiveram de uma equipe de sábios, pertencentes em certos casos, à Real Sociedade de Londres. Outros, ensaistas maçônicos, os mais ortodoxos, afirma que a verdadeira Maçonaria surge no século XVIII quando deixa de ser Operativa e se converte em Especulativa.

Sufistas


Moeda do Século II ressaltando a meia lua com as estrelas – típica do Islã

Estudiosos como Lacarrière, Leroy e Festugière afirma que o início da Maçonaria pode ser encontrada na seita dos “sabeos”[1] que cultuavam os astros, principalmente ao sol e a lua. De acordo com eles, nesta linhagem semítica de origem babilônica, podemos observar uma sucessão de elementos que poderiam ser o suporte de uma possível Maçonaria. Por conseguinte, estes supostos fundadores da Maçonaria perecem sob a irrupção das cruzadas. Logo, seu trabalho passa ao Ocidente onde nascem Ordens como a dos Templários, que por sua vez, terminariam na Maçonaria. Em todo caso existem numerosas provas arqueológicas de que os Templários que mudaram para a Escócia tiveram contato com as primeiras Lojas Maçônicas.
Capela de Rosslyn
Assim, por exemplo, na Capela dos Saint Clair de Rosslyn, os símbolos templários convivem com os Maçônicos. No entanto, não podemos comprovar qual foi a hipótese formidável da exata relação que os Templários tiveram com a Maçonaria. É muito factível que se vinculam com ela de uma maneira natural induzida, primeiro, pelo prazer que determinados cavaleiros tinham demonstrado ainda no Oriente sobre cosmovisões gnósticas e, segundo, pelo desejo de vingar-se do papado e da coroa francesa que haviam destruído sua Ordem. Nesse sentido, as mortes do Papa Clemente V e dos herdeiros ao trono francês tem sido interpretadas como assassinatos templários embora, indiscutivelmente, tais presunções não passem de uma teoria irreal.

A Ordem do Templo, que incorporara tanto o fator monástico com o militar na sua vocação espiritual, liderada inicialmente pelo francês Hugo de Payens, o flamengo Godofredo de Saint-Adhemar e mais sete cavaleiros, foi criada no calor da Primeira Cruzada pelos anos de 1118, em Jerusalém, com o objetivo de proteger os peregrinos que a visitavam. Por esta razão recebeu o apoio entusiasta de São Bernardo de Claraval. Igualmente o grupo havia jurado, ante o patriarca de Jerusalém, votos monacais de castidade, pobreza e obediência, e o rei de Jerusalém, Balduíno II, lhes concedeu quarteis nas mesquitas de Koubet al-Sakhara e Koube al-Aks, situadas sobre o solar do antigo Templo de Salomão. Por eles a Ordem se chamaria, com o tempo, “Ordem do Templo” e seus membros “Templários”.

São Bernardo de Claraval
A grande maioria dos historiadores concordam de que os nove cavaleiros fundadores da Ordem, participaram anos antes, a partir de 1095, da Primeira Cruzada a Terra Santa. Por tanto, esta Fraternidade está intimamente ligada às Cruzadas já que nasce como consequência da primeira e morre pouco depois que o último projeto de Cruzada se fizera inviável, no início do século XIV.

Os autores maçons Christoplher Knight e Robert Lomas pensam que durante o assédio a que foi submetida a Ordem do Templo a partir de 13 de outubro de 1307 por Felipe IV da França – para apoderar-se das riquezas dos Templários – com o beneplácido do Papa Clemente V, alguns de seus membros conseguiram escapar e instalaram-se em terras escocesas, levando parte dos tesouros e maniscritos que haviam encontrado sob os estábulos do Templo de Salomão. Logo se mudaram para a localidade de Rosslyn, não longe de Edimburgo, onde esperava outro Templário William Sinclair, neto de Henry Sinclair, um cruzado que havia visitado a Terra Santa muito antes de que se descobrissem essas relíquias. Ao que parece, William queria construir um templo cujas fundações seriam idênticas da do Templo de Salomão, com a intenção de ocultar nele as relíquias e manuscritos num lugar equivalente ao de sua procedência. O templo de Willian Sinclair, construído em 1447, é a Capela de Rosslyn e, segundo Marcus Allen, periodista e investigador desses assuntos, e distribuidor na Inglaterra da revista australiana “Nexus”, uma parte da Capela está fechada atualmente ao público com a desculpa de estar sendo submetida a “reformas” no sótao. Allem crê que estão buscando o esconderijo da Arca da Aliança.

Por outro lado é interessante assinalar que não cabe nenhuma dúvida que os exércitos dos Cruzados, conhecendo de fato que tinham que sitiar as cidades da Asia Menor que se encontravam em seu caminho até Jerusalém, levaram também todos os dispositivos humanos necessários, competentes na arte da construção de fortificações. Assim mesmo preocupados pelo misticismo religioso fanático que lhes conduzia, levaram homens expertos na construção de igrejas. Depois, ao regressar a Europa, trouxeram consigo muitos segredos da construção aprendidos dos arquitetos e construtores do Oriente.

Os chefes dos Grêmios de Construtores fizeram o possível para que tais segredos não fossem divulgados. Em consequência, os que ingressavam como membros da Fraternidade, juravam não revelar jamais os segredos do oficio que aprendiam, nem tampouco as fórmulas e sinais de reconhecimento da Sociedade.

Cada Loja tinha seus próprios regulamentos e, certamente, tinham muitos fatores comuns neles. No entanto, José Dotzinger, que havia sido reconhecido a época como o Grão-Mestre da Fraternidade dos maçons para a Alemanha livre – constituída só de Mestres, Companheiros e Aprendizes – organizou um congresso em 1459, em Ratisbona e ali foram unificados todos os Estatutos que regiam os destinos dos construtores.

Fosse como fosse, durante os séculos seguintes, essa vinculação de alguns templários com a Maçonaria se converteu em um ponto centra de sua história e de sua propaganda. Se insistiu que os Templários haviam tomado parte da cadeia de receptores de segredos ocultos existentes desde o início dos tempos - um fato mais que duvidoso - a que se deu o nome deu o nome de “Templárias” a algumas obediências Maçônicas como a Ordem dos Cavaleiros Templários Admitidad no seio da Grande Loja da Inglaterra e outras ordems Templário-Maçônicas na Escócia, Irlanda e Estados Unidos., Tampouco, devemos estranhar o fato de que tanto a Maçonaria como os Templários se apresentavam como inimigos declarados da Santa Sé. A relação, portanto, dos Cavaleiros Templários com a Maçonaria Escocesa do século XIV resulta inegável. Da mesma maneira se afirma que foram estas fraternidades de construtores chegadas ao Ocidente que deram origem à Maçonaria moderna

Trouxeram com eles a arte gótica cuja propagação foi financiada pelo Templo. Do mesmo modo a tradição templária havia incorporado também os ritos e a simbologia do Templo nas primeiras Lojas Maçônicas escocesas.
Batalha de Bannockburn
Outra situação que chama muito a atenção é que na Escócia – no início do século XIV, se falava em guerra com a Inglaterra – as bulas pontifícias de supressão da Ordem jamais foram promulgadas, pelo que os Templários daquele país nunca se dissolveram oficialmente. Parecem existir provas de que o Templo escocês se manteve como um corpo coerentes durante mais quatro séculos. Inclusive, se diz que um forte contingente de templários lutou às ordens de Robert Bruce na Batalha de Bannockburn, em 1314. Precisamente é ao Rei Robert Bruce a quem se cita como fundador das primeiras Lojas Escocesas.

Podemos afirmar com segurança que as tradições templárias perduraram nesta região. Não é casual que a constituição da Maçonaria especulativa na Inglaterra se deve a dinastia escocesa dos Stuarts.

Na atualidade encontramos um templarísmo vigente nos graus maçônicos, já que entre os Graus 15 e 30, estão presentes muitas características relacionadas com os Cavaleiros Templários e o Templo de Salomão. Assim, por exemplo, temos que os graus dezesseis e dezessete se denominam respectivamente “Cavaleiros de Jerusalém” e “Cavaleiro do Oriente e Ocidente”; no grau 27 é o grau do “Grande Comendador do Templo”, que ressalta a autoridade suprema do Mestre sobre a Ordem Templária; e o grau 30, intitulado “Cavaleiro Kadosch” se refere a vingança do Templo contra a coroa francesa e o papado, responsáveis pelo desaparecimento da Ordem.

Emblema do Cavaleiro Kadosch – Grau 30

Já expressamos que alguns Cavaleiros Templários francesses se refugiaram na Escócia onde as Lojas Maçônicas lhes brindaram com hospitalidade e, em agradecimento a esse fato, aqueles maçons foram iniciados nas doutrinas secretas de sua Ordem e criaram um grau Maçônico com as características do Cavaleiro Templário. Desta forma os Maçons se constituíram em seus sucessores e continuadores de suas práticas e ritos. Logo, um Cavaleiro Kadosch era naquele momento histórico um vingador do assassinato de Jacques De Molay, último Grão-Mestre da Ordem do Templo que foi preso durante cinco anos e meio, período em que foi submetido aos sofrimentos e indignidades mais extremas com o propósito de se obter dele, pela força, a confissão do delito de sua Ordem, No entanto, foi firme e leal, e em 11 de março de 1314, o conduziram a frente da Catedral de Nossa Senhora, em Paris, onde foi queimado publicamente. Por trás desta crueldade estavam as obscuras personagens: Felipe IV, o Belo, rei da França e o papa francês Bertrand de Goth, Clemente V.

Jacques De Molay na Fogueira

No ano de 1305, Felipe IV logrou que a eleição papal recaísse em um de seus partidários que se converteu no papa Clemente V e ao qual obrigou residir na França. Deste modo teve inicio o chamado “Cativeiro da Babilônia” do papado (1309-1377), durante o qual os papas viveram em Aviñon, submetidos ao controle da monarquia francesa.

Felipe IV deteve, em 1307, o Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários, Jacques de Molay, e no ano de 1312 obrigou o Papa Clemente V a suprimir esta Ordem Religiosa e Militar cujas riquezas foram confiscadas e muitos de seus membros foram queimados na fogueira.

Felizmente, a prudência e o bom senso, fizeram que este grau fosse modificado substancialmente e a partir de 1797, o Cavaleiro Kadosh interpreta esta lenda de maneira simbólica e com um caráter eminentemente filosófico, não é o terrível vigador das vítimas da Ordem do Templo, é o homem ilustrado, íntegro, justo e bom, que serve a pátria e acata suas leis.

Outro aspecto que valioso que devemos recordar é quando Jerusalém foi tomada e destruída pelos exércitos do imperador romano Tito Flávio Vespasiano no ano 70 (E.´.V.´.), expulsando da cidade aos pacíficos Kadosch, que como sábios só se ocupavam do aperfeiçoamento moral do ser humano.

Tito Flávio Vespasiano

Muitos anos depois, os valentes militares do duque da Baixa Lorena (França), Godofredo de Bouillon, chefe da primeira Cruzada contra os sarracenos, recobrou Jerusalém, convertendo-se assim no primeiro rei desta cidade em 1099 (E.´.V.´.).
Emblema do Príncipe do Real Segredo – Grau 32

Logo após terem ocupado o Templo de Jerusalém os Kadosch foram mais uma vez expulsos, documentos importantes foram perdidos, onde constava a história da Maçonaria e sua ocupação no campo científico. Esse fato fez com que os sábios se dispersassem por toda a terra para continuar suas investigações e outros foram escolhidos para esconder e proteger no Ocidente o que restou do grande arquivo, tomando o nome de Príncipes do Segredo Real ou do Real Segredo, equivalente ao Grau 32, do Rito Escocês Antigo e Aceito, o sexto e último de sua classe, e o segundo dos Graus Sublimes (Maçonaria Branca ou Graus Administrativos).

Como podemos ver, a criação dos Sublimes e Inefáveis graus do Rito Escocês Antigo e Aceito, teve lugar pouco depois do término da primeira cruzada, estabelecendo-se simultaneamente na Escócia, França e Prússia; porém, por circunstâncias que não são conhecidas, estes cairam muio rapidamente em desuso e permaneceram esquecidos durante muitos anos, ou seja de 1648 até 1744. No entanto, semelhante afirmação não tem podido ser demonstrada nem apoiada por nenhum documento autêntico e confiável que mereça o menor crédito. Estamos de acordo, em reconhecer que a introdução da Maçonaria Templária teve lugar na França no ano de 1727, através do nobre francês Barão Ramsay. Portanto, com as reflexões históricas feitas até aqui, fica demonstrado que houve sim uma relação entre a Ordem dos Templários e a Maçonaria.
Cavaleiro de Ramsay

NOTAS
[1] Morales, Charris Mario. ANTIGUOS DOCUMENTOS DE LA MASONERÍA –manuscritos antes de 1717–. Editor, Gran Logia del Norte de Colombia. Imprenta, Cencys 21. B/quilla., Colombia. Marzo de 2004. P. 9. [2] Citados por Blashke, Jorge y Río, Santiago. LA VERDADERA HISTORIA DE LOS MASONES. Editorial Planeta, S. A. Primera edición. Barcelona, España. Enero de 2006. P.40. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Abrines, Lorenzo Frau. DICCIONARIO ENCICLOPÉDICO DE LA MASONERÍA. Editorial del Valle de México, S. A. Tomo III. México. 18 de septiembre de 1981. 

2. Baigent, Michael y Leigh Richard. MASONES Y TEMPLARIOS –sus vínculos ocultos–. Ediciones Martínez Roca, S. A. Madrid, España. Abril de 2005. 

3. Beck, Ralph T. LA MASONERÍA y otras sociedades secretas. Editorial Planeta. Bogotá, Colombia. Agosto de 2004. 

4. Blashke, Jorge y Río, Santiago. LA VERDADERA HISTORIA DE LOS MASONES. Editorial Planeta, S. A. Primera edición. Barcelona, España. Enero de 2006. 

5. Mackey, Albert Gallatin. ENCICLOPEDIA DE LA FRANCMASONERÍA. Editorial Grijalbo, S. A. Tomo IV. México. Marzo de 1984. 

6. Morales, Charris Mario. ANTIGUOS DOCUMENTOS DE LA MASONERÍA – manuscritos antes de 1717–. Editor, Gran Logia del Norte de Colombia. Imprenta, Cencys 21. B/quilla., Colombia. Marzo de 2004. 

7. Origen de la Orden del Temple de los Pobres Caballeros de Cristo. En Internet: 

http://platea.pntic.mec.es/~rmartini/origenes.htm 8. Orígenes e Historia de la Masonería. En Internet: http://www.masoneria-uruguay.org/quees.htm 

9. Read, Piers Paul. LOS TEMPLARIOS –monjes y guerreros–. Ediciones B. Argentina, S. A. Buenos Aires. Junio de 2005. 

10. Solano Bárcenas, Orlando. LA LOGIA UNIVERSAL. Ediciones Universidad INCCA. Bogotá. Mayo de 1994. 

11. Templarios y Masones. En Internet: 

http://sirauras.iespana.es/sirauras/leyendas/masones.htm 

12. Vidal, Cesar. LOS TEMPLARIOS Y LA MASONERÍA. Revista digital Conoze.com. En Internet: http://www.conoze.com/doc.php?doc=1235

Por: Mario Morales Charris 33º Ven.´. Mestr.´. ARLS Lealdade nº 7 – Grão Mestre Ad Vitan de da Mui Resp.·. Gr.·. Loj.·. do Norte da Colômbia - Pres.·. Gran Conselho de Cav.·. Kadosch «Lealdade Nº 3», Cám.·. 30º

Os Sabaeans ou sabeus (em árabe : as-Saba'iyūn السبأيون) eram um povo antigo que falam um antigo idioma do Sul da Arábia que viviam na terra bíblica de Sheba, hoje Yemen , no sudoeste da Península Arábica .

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

MAÇONARIA - DA TEORIA E DA PRÁTICA

DA TEORIA E DA PRÁTICA






Desde os primórdios dos tempos, queiramos ou não, há registros de livres pensadores preocupados com a natureza e transformação humana.



Seres muito adiante do nosso tempo chegaram até nós, e mesmo libertos da sansara, nos guiaram, nos mostraram atalhos e às vezes caminhos tortuosos para que pudéssemos aprender um tanto mais.

Diante de nós o Grande Arquiteto postou sábios e ignorantes. Ignorantes que se julgam sábios e sábios que dizem nada saber. Coisas assim...

Alguns pensadores nos deixaram o legado de sua obra filosófica observando o pulsar da vida.

Aprendemos coisas lindas que nunca colocamos na prática, que nunca exercitamos.

A Torre de Babel, um dos primeiros Templos do homem, construída para a contemplação de um deus. Não era tão alta para propiciar vertigens e nem o fato de terem por trabalhadores pessoas de várias origens, causaria tanto espanto, nem tanto tumulto.

A necessidade da boa convivência para preservar a espécie humana fez surgirem leis e normas de condutas as quais são colocadas em evidência pelo uso e costume.

Os primeiros códigos de ética estão ligados ao medo do castigo de um ser superior quer seja do bem ou do mal.

O certo é que através dos debates, discussões, necessidade, enfim, surgiram as leis que, em tese, deveriam ser respeitadas.

Na antiguidade se usava a Lei de Talião, aquela que nos fala do “olho por olho e do dente por dente”. Depois, veio o Sublime Peregrino que nos trouxe a Lei do Amor ao próximo.

No decorrer dos séculos os poderes constituídos foram elaborando seus códigos de moral e de ética dos quais surgiram os direitos difusos.

Ocorre que quase sempre essas Leis NÃO se mantêm íntegras. Quase sempre são utilizadas pelo Senhor Feudal, ou seja, pelo poder e de acordo com seu interesse.

Embora esse sistema tenha caído junto com as cabeças que rolaram da Guilhotina e tenha inspirado os idéais da revolução francesa na frase: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, e pouco mais adiante tenha surgido a Declaração dos Direitos Humanos, há aqueles que além de não reconhecer os direitos comuns deles se apropriam para cometer injustíças.

Nós somos um retrato da sociedade, dessa sociedade heterogênea, onde nem sempre a verdade prepondera e a justiça é feita.

Se observarmos a história da humanidade com vagar e zelo, iremos observar que ela se repete e é cíclica.

Hoje, na Arte Real, que deveria ser o baluarte do direito e da justiça, encontramos equívocos e contradições tremendas.

Fala-se de uma associação composta de homens justos e perfeitos que lutam para a construção do Edifício Social com base na moral e na ética, combatendo os vícios e enaltecendo as virtudes, mas o que vemos é o oposto, ou seja, os vícios se sobrepondo a razão, às leis e aos objetivos para os quais foi tão duramente criada.

Fala-se na coesão de uma fraternidade e que somos todos Irmãos, mas os que estão no poder lá querem se perpetuar, fazer seus substitutos, ter suas mordomias com viagens suntuosas à custa de seus subalternos.

Fazem de tudo para calar aqueles que discordam de suas atitudes. Usam de ameaças veladas, interpretam a legislação de maneira equivocada, enchem os templos de informantes, enfim... Uma lástima!!! 

Ah! E o pior... dizem que são maçons 24 horas por dia. Credo em cruz! E se não fossem...???

É certo que a maioria dos valentes Cavaleiros da Arte Real são realmente homens de valor, mas esses poucos que se intitulam líderes, que felizmente são a minoria, não dão bons exemplos.

Mas onde estão esses Cavaleiros? Onde estão os homens justos e perfeitos? Por que se calam diante de tanta iniquidade?

Esqueceram suas bandeiras e da cruz templária tremulando.

Esqueceram o que diz no seu hino: “maçons alertas, tende firmeza, vingai direitos da natureza”

Esqueceram de si mesmos.

Esqueceram dos juramentos que fizeram, e a Ordem está morrendo, corroída pelo vício, pela ambição e pela ignorância.

Armem-se da Fé, da Esperança e da Caridade tão cultuadas pela Cavalaria Templária e vamos ao bom combate!

A Teoria é bem diferente da prática!



Pedreiro de Cantaria
Oriente Lusitano