terça-feira, 6 de dezembro de 2016


O TRIÂNGULO DA SABEDORIA



Tradução José Filardo



O tema genérico do triângulo já foi tratado em profundidade por muitos autores que agregaram elementos históricos, geométricos, de arquitetura e esotéricos. Às vezes, esse triângulo tem uma função ocultas ou secretas e diante das muitas perguntas sobre os detalhes específicos dessas formas triangulares, é útil resumir sua presença nos símbolos que permeiam todos os Ritos “maçônicos” ou correntes exotéricas e ocultas referindo-se a outras “Vias Iniciáticas”… Esse lembrete, publicado sobre a evolução do triângulo não pretende ser exaustivo, pelo contrário, é simplesmente um olhar sobre algumas maneiras de abordar o “Triângulo” para que ele seja ativo…

DO PONTO AO TRIÂNGULO

Nesse local: “Você pode ver ali a construção do Triângulo de nossa Sabedoria antiga! Muitas longas tarefas esperam por você para fazer nascer a luz em você, a luz que você está procurando!…”

Tendo recebido esse símbolo nos primeiros momentos da cerimônia de Iniciação, o questionamento é particularmente mais vivo em descobrir que essa forma representa a figura geométrica primitiva sucedendo ao ponto isolado e uma linha reta traçada; as duas primeiras expressões desenhadas sobre uma superfície plana. Assim, esse triângulo tem suas origens nos primeiros estágios da humanidade e se torna rapidamente a base de vários traçados, planos, principalmente transpostos para edifícios que foram projetados pelos construtores dessas civilizações distantes. Já na Mesopotâmia desenhos de triângulos são visíveis sobre cerâmica perto de 7.000 anos a.C. Em seguida, os sumérios usaram com frequência triângulos que faziam parte de seus costumes.

O auge da devoção aos triângulos floresceu no Egito, onde representa praticamente a seção vertical da construção das pirâmides, assim como de suas faces. Esse traçado é então elevado ao grau de divindade e sua forma responde a dimensões precisa. A importância desse símbolo contribuiu para carregar significados divinos até lhe impor o valor de “criação do mundo.”

Há uma abundância de formas triangulares, pois basta ligar três retas para obter essa figura geométrica. Para recapitular, aqui estão algumas definições comuns:

– Um triângulo qualquer se diz ” escaleno ” (Desigual).

– Um triângulo com dois lados iguais se diz ” isósceles “(igual).

– Um triângulo com três lados iguais é chamado ” equilátero “.

– Um triângulo com um ângulo reto (90°) se diz ” retângulo “.

3+4+5 = 12

Todas essas figuras têm sido amplamente utilizadas por milhares de anos e Pitágoras (cerca de 580 a.C. a 495 a.C.) a elevou em valor um caso particular de um triângulo retângulo, aplicando-lhe sua famosa fórmula: 32 + 42 = 52 (Ou seja, 9 +16 = 25).

De acordo com papiros do antigo Egito, o uso dessa fórmula desenvolvida foi amplamente aplicado na vida diária, seja para os traçados de construções, seja para as implantações em parcelas de terreno onde a corda era a ferramenta ideal.

É esta progressão de 3 para uma base, e 4 para a segunda em ângulo reto, o que dá automaticamente a diagonal 5 fechando o triângulo. Quando se soma 3+4+5, a linha assim desenvolvida é dividida em 12 segmentos iguais, ou reconstituída em um quadrado de quatro linhas retas de valor 3, sem mencionar a criação de um retângulo de valor 12.


Parece óbvio que todas as civilizações procuraram introduzir elementos simbólicos nas formas construídas em torno de um triângulo. Um dos significados primordiais é a posição do triângulo equilátero apontando para cima representando a mulher (símbolo feminino) e a ponta para baixo referindo-se ao homem (símbolo masculino). Esse recurso simbólico tem a particularidade de ser invertido considerando-se que o triângulo apontando para cima é uma representação refinada do sexo do homem e que a ponta para baixo corresponde à parte íntima da mulher.


O legado de nossos antepassados construtores está repleto de oportunidades simbólicas de formas geométricas incorporando valores numéricos que eles utilizavam para seus ofícios. Essa geometria tornou-se “secreta” pela força das coisas, em função da complexidade da elaboração dos planos. Toda a parte esotérica que é enxertado nessa geometria veio da imaginação transbordante desses mesmos construtores com o objetivo de motivar seus ofícios esperando uma proteção divina sobre o seu trabalho. As oferendas aos deuses foram substituídas por rituais para honrar o Divino. A lista desses símbolos geométricos excede essas poucas observações sobre a figura primária que representa o triângulo. Tomemos por exemplo a reta composta de 12 segmentos e juntemos as duas extremidades para formar um círculo; e em seguida, coloquemos os dois símbolos feminino-masculino no interior desse novo traço. Para alguns “iniciados”, esses dois triângulos invertidos juntos simbolizam simetricamente o material e o espiritual, e á ainda a síntese da Tábua de Esmeralda.


Este símbolo assim formado foi gravado na construção de edifícios marcados pela cultura judaico-cristã. Um exemplo é a catedral de Basileia (Suíça).


Os 12 segmentos do desenvolvimento horizontal do triângulo retângulo de Pitágoras pode ser associada aos laços de amor (lac = laço) da corda de nós que decora a maioria dos lugares onde se reúnem os irmãos e irmãs.


Os laços de amor também representam, com um olhar mais penetrante, o céu estrelado (abóbada celeste) e sua divisão em relação aos 12 espaços do Zodíaco.

Para simplificar, algumas paredes são decoradas com uma corda TRÊS nós reduzindo o número 12 a 3 (1 +2 = 3) oferecendo um paralelo simbólico aos TRÊS pontos de um traçado triangular tornado misteriosa e invisível ou, ainda, uma ligação direta com uma trilogia em relação aos construtores de catedrais. Os mitos e lendas situavam ainda três lugares distintos: – a Terra para os seres humanos – céu para os deuses – o inferno para os demônios muitas vezes sinônimo da morte.

Esse símbolo geométrico TRÊS convertido em versão numérica 3 é assim o fundamento de toda a hierarquia da “criação do mundo” e do equilíbrio de forças vivas da vida. Dada a extrema importância atribuída a este símbolo, parece evidente que as três pequenas Luzes representadas no centro da loja contêm tanto o traçado do triângulo, o valor numérico 3 e a luz que completa esse ternário único e inabalável. Em destaque, essa declinação do TRÊS estará presente na maioria dos graus do Rito sob todas as suas formas: a) sua adição, b) sua multiplicação, c) seu alcance em poder, etc.


DO TRÊS AO NOVE

Essa presença evocadora do TRÊS resultará em muitas baterias em torno deste número, assim como as idades em diferentes graus de iniciação, amplamente atribuídos à família do TRÊS. Esse fio vermelho percorrendo o Rito pode ser objeto de um desenvolvimento particular, que encontramos principalmente nos Telhadores em que é possível tirar algumas lições. A bateria de TRÊS golpes está presente nos seguintes graus (no REAA):

1º. grau Aprendiz Maçom

12º. grau Grão Mestre Arquiteto

20º. grau Mestre Ad Vitam

21º. grau Cavaleiro Prussiano ou Patriarca Noaquita

23º. grau Chefe do Tabernáculo

Vejamos como o TRÊS é descrito por Irene Mainguy: “A unidade primordial ao se dobrar conduz à dualidade. Mas não podemos parar por aí, porque sob seu aspecto negativo ela é a oposição, e sob seu aspecto positivo ela é complementar. Um terceiro termo conciliador permite reencontrar a unidade e sair do binário das oposições. Três é um número arquetípico: 1 representa o Céu, 2 a Terra, 3 representa o ser vivo nascido simbolicamente da união do Céu e da Terra, o Espírito e a Matéria… ”

O escritora também afirma que o TRÊS está ligado aos “Três mundos: mineral, vegetal e animal ou, ainda, aos três mundos físico, psíquico e espiritual”.

Para que esse simbolismo do TRÊS encontre seu equilíbrio e corresponda a um conjunto estruturado, convém também mencionar sua multiplicação por si mesmo que correspondente ao número 9. O sistema de base NOVE daí resultante impõe essa redução automática dos números superiores a 9. Assim, seja os múltiplos de 9 ou de 3 vezes 3 representando a apoteose do Ritual do 3 o grau Venerável Mestre (REAA) pela manifestação do Respeitabilíssimo Mestre: “Meus veneráveis Irmãos e Irmãs, eu vos saúdo por três vezes três…”

Irene Mainguy prossegue em seu estudo afirmando: “… Ele representa o estado perfeito, limite humano ideal… O número 9 recorda os 9 meses de gestação necessários para cada nascimento; esse mesmo número encontra-se nos nove mestres que partiram em busca de Hiram… Esse número 9 simboliza bem a realização necessária do ciclo de perfeição e sua implantação, antes de subir ao outro ciclo luminoso do conhecimento.”

O NOVE está presente na bateria do 3 o grau Venerável Mestre e também é introduzida no 25 o. grau Cavaleiro da serpente d’Airan bem como no 29 o grau Grande Escocês de Santo André. Em seguida, a bateria baseada no NOVE retorna no 31º. grau Grande Inspetor Inquisidor.

Da mesma forma, o número DOZE, originário do triângulo através de seu desenvolvimento 3 +4 +5 em uma linha reta se encontra mencionado em várias ocasiões nos Rituais de diferentes graus, como, por exemplo do 11 o grau Sublime Cavaleiro eleito e também no 19 o grau Grande Pontífice.

Claude Le Moal afirma em uma de suas obras 3 : “3+4+5 = 12, a figura do pendurado no Livro de Thoth, o Lamed do alfabeto hebraico, sinal de tudo o que se estende, se eleva, se espalha, ou ainda de toda ideia de extensão, de elevação, de posse; é um movimento de reunião e dependência… …12 O Pendurado (The Iniciado), o equilíbrio entre Necessidade e Liberdade, a experiência adquirida através do Conhecimento, o Iniciado realizando a Grande Obra através da sublimação das leis da Providência e as do Destino, e que expande sua Consciência nas esferas superiores sutis. Impotência, espírito escapando da matéria e não tendo tido domínio dela, apóstolo, mártir da estupidez “.

A multiplicação de figuras e suas complicações demonstram o campo do possível perto de infinito que os arquitetos e construtores tiveram o cuidado de criar em todas as épocas. Uma ginástica cerebral que permitiu ocultar dados secretos em símbolos anódinos para os profanos. Um meio sutil e lúdico de garantir essa transmissão entre gerações.


OS TRIÂNGULOS DE PLATÃO

Jules Boucher em “O simbolismo maçônico História e Tradição 4 ” evoca Platão (428/427 a.C. morto em 348/347 a.C.), que classificou os diferentes triângulos da seguinte forma: “Platão relatou os poliedros regulares, e em que os lados e ângulos sólidos são iguais aos Elementos … Ele classificou a poliedros regulares da seguinte forma:

– O Tetraedro (Quatro faces formadas de triângulos equiláteros) correspondente para o elemento Fogo.

– O Octaedro (oito faces formadas por triângulos equiláteros) corresponde ao elemento Ar.

– O Icosaedro (vinte faces formadas por triângulos equiláteros) corresponde ao elemento Água.

– O Hexaedro ou Cubo (Seis faces quadradas) correspondente para o elemento Terra.

– A Dodecaedro formado por doze faces que são pentágonos regulares correspondentes correspondente ao que podemos chamar de Éter. (Fim de citação).

As figuras descritas são reproduzidas como segue:


Tetraedro.


O Octaedro.

O Icosaedro.

O Hexaedro.

 
O Dodecaedro.

Para determinar as circunstâncias das descobertas de Platão, é indispensável lembrar que ele tinha conhecimento de várias narrativas históricas que alimentavam seus contemporâneos, tão longe quanto a Atlântida, a Mesopotâmia e o Egito Antigo. Por isso, é possível manter a suposição de que suas descobertas geométricas remontem aos tempos antes da extinção dessas civilizações, depois de desastres naturais ou a passagem do tempo que levou às suas quedas. Essa suposição é baseada na probabilidade de que essas formas triangulares tenham sido criadas e recriadas em cada etapa da história humana registrada sobre nosso planeta.


A figura reunindo o triângulo, a pirâmide e o Hexaedro tornou-se um dos mais conhecidos símbolos nos Ritos “maçônicos” sob a forma da “pedra cúbica”, que contém os fundamentos da tradição dos construtores desaparecidos.

DO TRIÂNGULO AO TETRAGRAMA

Através dos séculos, a existência extraordinária do triângulo carregou-se de mitos e lendas inevitáveis; ele carrega um exoterismo que é gravado em pedra, bem visível aos olhos de todos. Mas o seu lado esotérico permaneceu encerrado em um “segredo” que lhe foi prejudicial, pois a cada vez é preciso voltar a descobrir sua fonte original em um caminho semeado de dúvidas e muitas vezes de incompreensão.

De uma maneira mais geral, Jules Boucher continua sua explicação: “O triângulo evoca a ideia da Trindade, e essa não é uma concepção própria apenas da religião cristã. A Trindade é encontrada:

No Trimurti Hindu: Brama (Criador);

Vishnu (Conservador); Siva (Destruidor). No Egito incluem: a Tríade de Mênfis, composta do deus Ptah, sua esposa Sekhmet e seu filho Nefertum;

A Tríade Osiriana: Osiris, Isis, Horus;

A Tríade Tebana: Amon, Mut, Khonsu. Persia: Auramazda ou Ormazd, o Mestre ou o Sábio Gênio; Vohu Mano, o bom pensamento; Asha Vahista a justiça mais perfeita.

Poderíamos multiplicar os exemplos de “trindades” na maioria das religiões. (Fim de citação).

Trimurti Hindu.

(Templo de Halebid, região de Karnataka.)

Tríade Menfita. (Museu do Cairo).

Tríade Osiriana. (Louvre, Paris).

Tríade Tebana. (Museu de Luxor).

Para concluir a seção dedicada ao triângulo, Jules Boucher acrescenta: “O Delta Luminoso maçônico, muitas vezes traz, é verdade, em seu centro, o Tetragrama sagrado IEVE em letras hebraicas ou então o Olho Divino. O Tetragrama formado pelas letras Yod, He Vau, He é o nome divino cuja pronúncia era reservada ao sumo sacerdote entre os hebreus, somente uma vez por ano.

O “Tetragrama”, dentro do Triângulo. O “Olho Divino” dentro do Triângulo.

Os estudos sobre o Tetragrama sagrado são numerosos e variados e, digamos, muito confusos; não podemos examiná-los aqui. O Olho simboliza, no plano físico, o Sol visível de onde emana a vida e a luz; no plano intermediário ou “astral”, o Verbo, o Logos, o Princípio criador; no plano espiritual ou divino, o Grande Arquiteto do Universo.” (Fim da Citação).

Frontão da fachada da Basílica de São Pedro (Vaticano)


A igreja de São Vicente de Paula (Marseille) com seus dois símbolos: O Triângulo em sua parte superior e no seu centro a Rosa de 12 intervalos com os laços de amor.

Nos mitos e lendas do REAA, evoca-se que o rei Salomão, junto com o rei de Tiro, restaura o Ternário graças ao reencontro casual do Secretário Jhoaben; três personagens que se reúnem no Triângulo Divino. Em um outro nível: 3 “visitantes” vindos da Babilônia encontram-se em Jerusalém e descobrem o Templo destruído de Salomão… Logo, muitos irmãos e irmãs consideram este Ternário Divino, representado por seu Olho ” que tudo vê ” como a profundidade do” Logos “da primeira frase: “No início… ” do Livro de João, um componente das Três grandes Luzes.

OS TERNÁRIOS TRÊS E NOVE

O que liga o ternário e sua funcionalidade na construção de um movimento imutável de causa e efeito, os arcanos do Tarot e atendem ali as condições. Para completar as observações mencionadas em outras disciplinas estudadas, examinemos os números 3 e 9 que estão diretamente associados à base TRÊS.

A LETRA “GUIMEL” OU O NÚMERO 3

Ela é ilustrada pela carta da “Imperatriz”. Ela usa uma coroa, geralmente com um fundo de 9 estrelas. Algumas leituras fornecem 12 estrelas, das quais 3 escondidas, relacionando-se assim ao Universo pelos 12 signos do Zodíaco. Ela carrega um cetro na mão esquerda apontando sua autoridade na serenidade. A letra “Guimel”, originalmente relacionada com o camelo, também está mais próxima do nome divino Gadol (que atua através das forças Aralym).

Claude Le Moel diz: A “Imperatriz no Livro de Thoth; o Destino do Ternário Divino; na Enéada Heliopolitana o Três é Tefnut. É também a sedução e a manifestação dos desejos, que será o princípio de Formas animadas que não poderão se manifestar na esfera temporal, a não ser recebendo a Consciência animadora do Dois. A reunião da Forma e a Consciência ocorrendo após o estado de evolução cármica da última. Unificação sem a qual nem a Forma nem a Consciência podem se cristalizar e permanecem em dissolução no Oceano infinito do não manifestado, o Zero. No plano planetário, Vênus será a manifestação simbólica desse poder sedutor e atraente que atrairá a alma da vida na matéria e o masculino em direção ao feminino, para permitir a frutificação concreta. O Número Três também é um fogo destruidor, que vai decompor o invólucro que protege a semente para permitir o seu desenvolvimento em sua terra matriz. Fogo que encontramos nas paixões amorosas devoradoras, como era a deusa Sekmet com cabeça de leão do Egito antigo e que personalizava o princípio da energia ígnea do Número Três. A cor verde atribuída a Vênus será também a da vegetação, assim o poder do número três é, por meio da árvore da vida, a função transformadora pela metamorfose das formas. É, portanto, por esta função, o número da Magia Sagrada dos milagres da natureza que consegue unir o visível e o invisível, o espírito e a matéria, o alto e o baixo, o sutil e o espesso, o fixo e o volátil”…

– Meus olhos se arregalam, e eu não enxergo: é chamado o Invisível.

– Meus ouvidos estão atentos, e eu não escuto: é chamado o Inaudível.

– Minhas mãos se estendem e nada encontram: é chamado o Impalpável.

– Três aspectos indefinidos que fazem a unidade… “

A LETRA “TETH” OU O NÚMERO 9

Ela está no alto da carta do “Eremita” ou “Ermitão”. Ele caminha sozinho na noite (ou na escuridão) com sua capa e uma lanterna na mão que é a sua fonte de luz. Ele segura em sua mão esquerda o bastão de peregrino indicando que permanece em movimento apesar de sua solidão, sua busca pela sabedoria. A letra “Teth” significa proteção, resistência ou o escudo, ela simboliza o nome divino Tehor (Mundus Purus).

Para definir a sua presença no Tarot, Claude Le Moel a descreve da seguinte forma: “…Em sua representação hieroglífica nas folhas do Livro de Thoth, o sábio traz consigo a lâmpada da razão iluminada pela fé (o verdadeiro Conhecimento); ele está envolto em seu manto da humildade, virtude sem a qual não existe grandeza possível e se apoia no cajado do Poder, o famoso cetro que Adão recebeu no 6o. dia. O signo de Gêmeos lhe dá dupla filiação, a de ser do mundo adâmico na esfera mortal, e de pertence por essência divina de sua alma ao mundo imortal e angélico, que lhe traz o desenvolvimento de suas faculdades espirituais que elevam à a supraconsciência, e que lhe permitirá em Noé/Capricórnio reconectar-se com o sopro (Palavra Viva) de Aelohim (Ele-o-Deus). O Número Nove no Egito antigo era um Número particularmente divino porque representava a Enéada das origens à ou seja, Atoum, Amon-Rá, Shu, Tefnut, Geb, Nut, Osíris, Ísis, Seth e Nephty. É também através desse Número Nove que nossa Enéada de Poderes termina; Hermes torna este Número Nove aquele da iniciação e das reflexões divinas em que se expressa todo o poder abstrato. Noé está no final das Nove manifestações diretas das Luzes da Divina Providência, os Números que se seguirão serão declinações e combinações desses Números das Potências originais (Enéada) a que dizem respeito por redução teosófica. Nenhum desses Números princípios pode ser concebida de forma isolada, cada um se manifesta tendo nele a assinatura dos outros. Esse Número Nove é o terceiro do nosso terceiro ternário (7-8-9), ele é, assim, a mais forte de expressão do Destino. Se fizermos a adição teosófica dos Nove primeiros Números: 1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9 obtemos um total de 45, que corresponde ao total que são letras hebraicas que compõem o nome de Adão e que por redução teosófica (4 +5) nos traz de volta ao Nove, Noé, o iniciado… “.


EM DIREÇÃO AO TRIÂNGULO DE SABEDORIA

Toda essa riqueza simbólica levanta a questão de saber como compartilha-la e vivê-la no presente. Na verdade, seria frustrante, perto do fracasso intelectual, perceber-se que todas as teorias e as demonstrações relacionadas com “ternário” permanecem letra morta. É, portanto, todos os dias e em todos os momentos que o triângulo acompanha a vida na Terra. Esse triângulo, ou na realidade esses triângulos definem uma construção natural e imutável de nosso Universo. Ele tende inalteravelmente em direção ao “Triângulo de Sabedoria”.


Para desfrutar de todas as virtudes capitais, convidemos Claude Le Moel a especificá-las: “A palavra hebraica Cabala, sem dúvida, tem semelhanças com o Ternário Divino das Tábuas da Lei, que inclui Kether, Chok-mah, Binah, o zero sendo o Ain Soph, o equivalente ao Momento Eterno Presente infinito de Aelohim

Mas é o mesmo para os trigramas de Fo-Hi, criador do hexagramas do I Ching, ou ainda com as Tríades Bardicas:

Existem três unidades primitivas e não pode haver mais. São elas: Um deus, uma Verdade, uma Liberdade, ponto de equilíbrio de todas as oposições.

Há três coisas emanadas, por sua vez, de três unidades primitivas. Estas são: a Vida, O Bem, o Poder.
Em Deus há três necessidades primordiais que podem não ser completadas em um outro ser. São elas: Deus é necessariamente a Vida em sua plenitude; Deus é necessariamente o Conhecimento em sua plenitude; Deus é necessariamente O Poder em sua plenitude.

Em Deus há três impossibilidades, porque ele não pode ser ao mesmo tempo: a Plenitude do Bem enquanto Devir; a Plenitude do Bem enquanto Desejo, a Plenitude do Bem enquanto Possibilidade.
As três provas que Deus nos dá daquilo que ele faz e o que ele fará são: seu Poder Infinito, sua Sabedoria Infinita, seu Amor Infinito.

Podemos encontrar o traçado desse Ternário Divino em todas as grandes tradições místicas, mas em minha modesta opinião, nenhuma se igualará jamais à sublime clareza do Ternário Divino que nos oferecem as Tábuas da Lei do Sepher de Moisés, tão felizmente decodificadas por Fabre d’Olivet em seu livro ” A Língua Hebraica recuperada Edições l’Age d’Homme”.

Essa fonte da Cabala é, provavelmente, a única que, em sua pureza original, nos permite alcançar a compreensão, altamente complexa, e como não poderia deixar de ser, do trabalho do Divino Criador, sob a forma de uma Cosmogênese que por reduções sucessivas (adensamento) das forças da Criação, oferece ao entendimento humano, apesar de sua degeneração, os meios espirituais e intelectuais de se elevar através deste ensinamento, sua consciência até suas raízes astrais, cósmicas e divinas.

Pois é evidente que essa Cabala das Tabuas da LeI não é um resumo histórico da história da humanidade, como ela foi abusivamente apresentada, mas um conjunto de poderosos algoritmos espirituais, montados como um sistema e que deve servir para a programação de nossas faculdades intelectuais e sobretudo espirituais, afim de nos permitir acessar as funções mais sofisticadas (espirituais e metafísicas) de nossa aparência divina, e que permaneceriam inativos sem os recursos deste poderoso sistema, conforme evidenciado pela realidade histórica das civilizações. As riquezas desse ensinamento usando uma das faculdades próprias de nossa elevação que é a perfectibilidade, mas sempre respeitando o livre arbítrio que temos, nos deixa o cuidado, seja de ativar o nosso desejo de ascender pelo esforço a essa riqueza, de modo que ela se torne a matriz do nosso Conhecimento; seja a faculdade de tratá-la casualmente com indolência e desenvoltura, deixando assim se perder nessa encarnação, os benefícios da frutificação dos cinco talentos, e aqueles de nossa herança cármica. “

É assim que os “saberes” imemoriais vêm até nós até hoje, a prova está bem aí. É preciso ainda reconhecer que esses “saberes” sofreram degradações consideráveis ??que alteraram os verdadeiros significados dessas tradições. O trabalho consiste em voltar no tempo, ao mais longe possível, às primeiras traduções, já que não é possível reviver a língua de três mil anos atrás. Nesse contexto, certos arqueólogos e historiadores dedicaram suas vidas à busca de “palavras perdidas” e Fabre d’Olivet é um exemplo preciosos.

Deixemos Claude Le Moel continuar sua descrição: “O Número 1, a Providência, em sua função de Eterno Momento Presente de sete manifestações fenomênicas, assim que tenhamos identificado corretamente as analogias sutis, torna-se para todos os efeitos o símbolo dos poderes que ele manifesta. Ele se harmoniza com os outros Números que estão inextricavelmente ligados por osmose e interações.

O Número 2, a Consciência, que polariza o Número 1 para nele manifestar as múltiplas arborescências, como uma Matriz fecundante, dá origem ao movimento (vontade) da Consciência que ela conserva no seu interior, e que o encontraremos quando a resolução de um Número estruturado resultará na sua redução teosófica, o Número 2.

O número 3, o Destino que é a manifestação sob a forma de luz cristalizada do Número 1, que por si só é o centro do círculo dessas manifestações, e do Número 2, a Energia Vital da Matéria Prima, contém todos sem ser nada em particular, será, por sua vez, o símbolo dessa cristalização da Luz original em um material mais ou menos densa; cada vez que por resolução, um número estruturado (além dos primeiros 9) dará por redução teosófica a soma de 3. Exemplo: o 12, o Pendurado nas folhas do Livro de Thoth, que está na categoria do Destino no ternário a que pertence, e é por redução teosófica 1 +2 = 3, será, portanto, uma variação da Imperatriz, o Destino, nesse ternário do Pendurado.

Aqui, você entende o interesse daquilo que os ocultistas chamam de redução ou adição teosófica, e que nunca são claramente explicados em cabala alguma. Se há apenas Nove Números (ou poderes), além do Zero, e cada Número representa uma contingência do ser do Momento Presente Eterno, a filiação as múltiplas declinações possíveis de cada Número ocorrerá graças a essa redução ou adição teosófica. Sem esquecer que cada um desses Números, a partir do 4, está sob a influência de um dos três Números do Ternário Divino.

Assim, cada Número superior a nove, será apenas a expressão mais forte de um desses nove Números dos quais será apenas uma emanação, e do qual sofrerá a influência de suas origens, como um indivíduo sofre a influência de seu progênie, sem ser, no entanto, idêntico a ela…

…esse Ternário Divino … (Providência, Consciência, Destino) contém Tudo, em princípio, em um Momento Presente Eterno, ele se manifestará na criação, sob a forma analógica de um rio com quatro braços, em que cada braço é o símbolo de um dos quatro elementos. Esse Ternário adicionado a suas quatro manifestações (3 +4) nos dará a gama (as cores) das sete tonalidades de seu poder. Esse Ternário multiplicado por suas quatro manifestações (3×4) nos dará as doze manifestações do poder do Zodíaco. O Número 4, portanto, é a chave para todas as manifestações na Obra da Criação, de onde sua importância esotérica em todas as grandes tradições místicas (as quatro letras do nome de Deus), mas também filosóficas, conforme evidencia a tradição pitagórica e sua famosa Tetractys.

As Tábuas da Lei nos plantaram o cenário imutável do Ternário Divino, e a verdadeira magia deste ensinamento reside, como já vimos, no fato de que ela é atemporal; não é suficiente constatar, ainda é necessário tirar as consequências práticas, como aquela de saber: que aquilo que surge a partir dessa sublime fonte de Cabala era rigorosamente Justa e de mesma eficácia há 10, 100, 100.000 anos ou 1 milhão de anos, que é igualmente hoje…

… o Ternário Divino ao se manifestar sob qualquer forma, gera automaticamente a Consciência animadora, nossa sombra (alma-da-vida) específica para essa forma. O Ternário (1 +2 +3) manifestando-se em 4 dá uma quintessência em 5, que encontramos na tradição cristã sob o aspecto do Pai (o Ternário), o filho (a forma), e o Espírito Santo (a Consciência animadora). “ (Fim de citação).

Os elementos do quebra-cabeça se juntaram! Oferecidos à humanidade como um todo, sem distinção de lugar ou de cultura sob a forma TERNÁRIA… Resta apenas reconhecer nele o “Triângulo de Sabedoria” …?

BIBLIOGRAFIA:

1) Trecho do Ritual da Iniciação do REAA.

2) Simbologia dos Graus de perfeição e das ordens de sabedoria: Nos Ritos Escocês Antigo e Aceito Ritos e Francês … de Irène Mainguy. Edições Dervy, Paris, 2003.

3) A Verdadeira História de Adão e Eva finalmente revelada Claude Le Moel. Edições Thot, 2005.

4) O Simbolismo maçônico de Jules Boucher. Edições Dervy, História e Tradição, 1976.

5) Fabre d’Olivet (1767-1825). Para download: http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k647859

SEIS SÉCULOS DE RITUAIS MAÇÔNICOS

Por Henry Carr [i]                                                             Tradução José Filardo


Irmãos, muitos de vocês sabem que eu viajo grandes distâncias no decurso das minhas funções de conferencista e quanto mais eu viajo, mais atônito eu fico ao ver quantos Irmãos acreditam, muito sinceramente, que o nosso ritual maçônico veio direto do céu, diretamente nas mãos do rei Salomão. Todos eles estão bastante certos de que era em inglês, é claro, porque essa é a única língua que eles falam lá em cima. Eles estão igualmente certos de que tudo foi gravado em duas tábuas de pedra, de modo que, Deus perdoe, nenhuma única palavra seja jamais alterada; e a maioria deles acredita que o rei Salomão, em sua própria loja, praticava o mesmo ritual que eles praticam nas deles.

Mas, não foi nada disso, e esta noite tentarei esboçar para vocês a história do nosso ritual desde seus primórdios até o ponto em que foi praticamente padronizado em 1813; mas vocês devem se lembrar, enquanto eu estou falando sobre ritual inglês também estou lhes dando a história de seu próprio ritual. Uma coisa será incomum sobre a palestra dessa noite. Hoje vocês não vão receber nenhum conto de fadas. Cada palavra que eu proferir será baseada em documentos que podem ser provados: e nas raras ocasiões em que, apesar de ter os documentos, ainda não conseguimos a prova completa e perfeita, direi alto e em bom som “Nós achamos…” ou “Nós acreditamos…”. Então vocês saberão que estamos, por assim dizer, em terreno incerto, mas eu lhes darei o melhor que sabemos. E uma vez que uma conversa desse tipo deve ter um ponto de partida adequado, deixe-me começar por dizer que a Maçonaria não começou no Egito, ou na Palestina, ou na Grécia ou em Roma.

INÍCIO DA ORGANIZAÇÃO MERCANTIL DOS PEDREIROS

Tudo começou em Londres, Inglaterra, no ano de 1356, uma data muito importante, e ela começou como o resultado de uma boa e antiga grande briga acontecendo em Londres entre os canteiros, os homens que cortavam a pedra, e os pedreiros assentadores e alinhadores, os homens que realmente construíam as paredes. Os detalhes exatos da briga não são conhecidos, mas, como resultado desta briga, 12 mestres pedreiros qualificados, com alguns homens famosos entre eles, foram diante do prefeito e vereadores em Guildhall, em Londres, e, com a permissão oficial, elaboraram um simples código de regras da atividade.

As palavras de abertura desse documento, que ainda sobrevive, dizem que esses homens tinham se reunido, porque sua atividade nunca havia sido regulamentada na forma como outras atividades tinham sido. Então, aqui, neste documento, temos uma garantia oficial de que esta foi a primeira tentativa de algum tipo de organização da atividade para os pedreiros e, à medida que continuamos a ler o documento, a primeira regra que eles elaboraram dá uma pista sobre a disputa de demarcação de que eu falava. Eles estabeleceram “Que cada homem do comércio pode trabalhar em qualquer trabalho relacionado com a atividade se ele estiver perfeitamente qualificado e formado na mesma”. Irmãos, esta era a sabedoria de Salomão! Se você soubesse o trabalho, você poderia fazer o trabalho, e ninguém poderia impedi-lo! Se nós pelo menos tivéssemos aquele senso muito comum hoje em dia na Inglaterra, quanto melhor nós seríamos.

A organização que foi criada na época tornou-se, no prazo de 20 anos, a London Masons Company, a primeira guilda de pedreiros e um dos ancestrais diretos de nossa Maçonaria de hoje. Este foi o verdadeiro começo. Agora, a London Masons Companhia não era uma loja; era uma guilda profissional e eu deveria gastar muito tempo tentando explicar como as lojas começaram, um problema difícil porque não temos registros da fundação efetiva das lojas operativas iniciais.

Resumidamente, as guildas eram organizações urbanas muito favorecidas pelas cidades porque elas ajudavam na gestão dos assuntos municipais. Em Londres, por exemplo, a partir de 1376 em diante, cada uma das atividades profissionais elegeu dois representantes, que se tornaram membros do Conselho Comum, todos juntos formando o governo da cidade. Mas a atividade de pedreiros não se prestava à organização da cidade. A maior parte do seu trabalho principal era fora das cidades – os castelos, as abadias, mosteiros, as obras de defesa, os trabalhos realmente grandes de construção eram sempre muito longe das cidades. E acreditamos que era nesses lugares, onde não havia nenhum outro tipo de organização profissional, que os pedreiros, que estavam envolvidos nesses trabalhos por anos a fio, organizaram-se em lojas, imitando as guildas, de modo que eles tinham alguma forma de autogoverno no trabalho, enquanto estavam longe de todas as outras formas de controle da atividade.

A primeira informação efetiva sobre lojas nos chegam de uma coleção de documentos que conhecemos como do ‘Antigas Obrigações’ ou as Constituições Manuscritas de maçonaria, uma coleção maravilhosa. Elas começam com Manuscrito Regius c1390; o próximo, o Manuscrito Cooke é datado de c1410 e temos 130 versões destes documentos direto até o século XVIII.

A versão mais antiga, o Manuscrito Regius, está em verso rimado e difere, em vários aspectos dos outros textos, mas, em sua forma geral e conteúdo eles são todos muito parecidos. Eles começam com uma oração de abertura, Cristã e trinitária, e, em seguida, eles prosseguem com uma história do ofício, começando nos tempos bíblicos e em terras bíblicas, e traçam a origem do ofício e sua disseminação por toda a Europa, até que chegou à França e foi então levado através do canal e, finalmente, estabeleceu-se na Inglaterra. História incrivelmente ruim; qualquer professor de história cairia morto se fosse desafiado a prová-la; mas os pedreiros acreditaram. Esta foi a sua garantia de respeitabilidade como um antigo ofício.

Em seguida, após a história, encontramos os regulamentos, as Obrigações efetivas, para mestres, companheiros e aprendizes, incluindo várias regras de caráter puramente moral, e isso é tudo. Ocasionalmente, o nome de um dos personagens muda, ou a formulação de um regulamento será um pouco alterada, mas todos seguem o mesmo padrão geral.

Além dessas três seções principais, a oração, a história e as Obrigações, na maioria deles encontramos algumas palavras que indicam o início da cerimônia maçônica. Devo acrescentar que não podemos encontrar todas as informações em um único documento; mas quando os estudamos como uma coleção, é possível reconstruir o esboço da cerimônia de admissão daqueles dias, a primeira cerimônia de admissão no ofício.

Sabemos que a cerimônia, tal como era, começava com uma oração de abertura e, em seguida, havia uma “leitura” da história. (Muitos documentos posteriores se referem a esta “leitura”.) Naqueles dias, 99 pedreiros em 100 não sabiam ler, e acreditamos, portanto, que eles selecionavam seções específicas da história que eles memorizavam e recitavam de memória. Ler todo o texto, mesmo que soubessem ler, teria levado tempo demais. Assim, a segunda parte da cerimônia era a “leitura”.

Então, encontramos uma instrução, que aparece regularmente em praticamente todos os documentos, geralmente em latim, e ela diz: “Então um dos anciãos segura um livro (às vezes “o livro”, por vezes, a “Bíblia”, e às vezes a “Bíblia Sagrada”) e ele ou eles que devem ser admitidos colocarão sua mão sobre ele, e as seguintes Obrigações serão lidas.” Nessa posição os regulamentos eram lidos para o candidato e ele fazia o juramento, um simples juramento de fidelidade ao rei, ao mestre e ao ofício (maçonaria), de que ele obedeceria aos regulamentos e nunca levaria vergonha à maçonaria. Este foi uma derivação direta do juramento da guilda, que era, provavelmente, a única forma que eles conheciam; sem frescuras, sem penalidades, um simples juramento de fidelidade ao rei, ao empregador (o mestre) e à atividade.

Deste ponto em diante, o juramento torna-se o coração e medula, o centro crucial de toda cerimônia maçônica. O manuscrito Regius, que é a primeira das versões a sobreviver, enfatiza isso e vale a pena citá-lo. Após a leitura das Obrigações no Manuscrito Regius, temos estas palavras:

“E todos os pontos a partir daqui A todos eles, ele deve ser jurado, E todos jurarão o mesmo juramento Dos maçons, estejam eles dispostos, estejam eles relutantes.”

Quer eles gostassem ou não, só havia uma chave que abriria a porta para a maçonaria e esta era o juramento do maçom. A importância que o Regius atribui a ele, encontramos repetida repetidamente, não com as mesmas palavras, mas a ênfase ainda está lá. O juramento ou obrigação é a chave para a cerimônia de admissão.

Assim, descrevi a vocês a cerimônia mais primitiva e agora eu posso justificar o título do meu trabalho, Seis Séculos de Ritual Maçônico. Temos 1356 como a data do início da organização de atividade de maçonaria, e cerca de 1390 as primeiras evidências que indicam uma cerimônia de admissão. Dividam a diferença. Em algum lugar entre essas duas datas foi quando tudo começou. Isso é quase exatamente 600 anos de história provável e podemos provar cada estágio de nosso desenvolvimento a partir de então.

A maçonaria, a arte da construção começou há muitos milhares de anos antes disso, mas, para os fins dos antecedentes da nossa própria Maçonaria, só podemos voltar à linha direta de história que pode ser provada, e que é 1356, quando ela realmente começou na Grã-Bretanha.

E agora há outro ponto que precisa ser mencionado antes de eu ir mais longe. Tenho vindo falando de uma época em que havia apenas um grau. Os documentos não dizem que há apenas um grau, eles simplesmente indicar apenas uma cerimônia, nunca mais do que uma. Mas eu acredito que ela não pode ter sido para o aprendiz; ela deve ter sido para o companheiro, o homem que estava totalmente treinado. As Antigas Obrigações não dizem isso, mas há ampla evidência externa da qual tiramos essa conclusão. Temos muitas ações e decisões judiciais que mostram que nos anos 1400 um aprendiz era uma propriedade, um ativo, de seu mestre. Um aprendiz era uma peça de equipamento, que pertencia a seu mestre. Ele podia ser comprado e vendido quase da mesma maneira que o mestre compraria e venderia um cavalo ou uma vaca e, sob tais condições, é impossível que um aprendiz tivesse qualquer status na loja. Isso veio muito mais tarde. Então, se é que podemos voltar no tempo ao momento em que havia apenas um grau, ele deve ter sido para o pedreiro totalmente treinado, o companheiro.

Quase 150 anos se passariam antes que as autoridades e o parlamento começassem a perceber que talvez um aprendiz fosse realmente um ser humano também. No início dos anos 1500, temos na Inglaterra uma coleção inteira de estatutos de trabalho, leis trabalhistas começam a reconhecer o status dos aprendizes, e por volta dessa época começamos a encontrar evidências de mais um grau.

De 1598 em diante, temos atas de duas Lojas escocesas que estavam praticando dois graus. Eu voltarei a isso mais tarde. Antes daquela data, não há nenhuma evidência sobre graus, exceto, talvez, em um documento inglês, o manuscrito Harleian nº 2054, datado de cerca de 1650, mas acredita-se ser uma cópia de um texto do final dos anos 1500, agora perdido.

PRIMEIRO SINAL DE DOIS GRAUS

O Manuscrito Harleian é uma versão perfeitamente normal das Antigas Obrigações, mas encadernado a uma nota com a mesma caligrafia contendo uma nova versão do juramento do maçom, de particular importância, pois mostra uma grande mudança em relação a todas as formas anteriores do juramento. Aqui está:

Há palavras e sinais de um pedreiro livre a serem reveladas a você que você responderá: diante de Deus, no Grande & Terrível dia de Julgamento você mantém segredo e não revela o mesmo aos ouvidos de qualquer pessoa, a não ser aos Mestres e companheiros da referida Sociedade dos Maçons livres, assim Deus me ajude.

Irmãos, eu sei que recitei rápido demais, mas agora eu vou ler novamente a primeira linha:

Há várias palavras e sinais de um pedreiro livre a serem reveladas a você.

. . . ” Várias palavras e sinais. . .” plural, mais de um grau. E aqui em um documento que deveria ter sido datado de 1550, temos o primeiro indício da expansão das cerimônias em mais de um grau. Poucos anos depois, temos atas efetivas que provam dois graus em prática. Mas notem, Irmãos, que as cerimônias também devem também ter assumido algo de sua forma moderna.

Elas provavelmente começavam com uma oração, um recitativo de parte da “história”, a postura de mão-sobre-o-livro para a leitura das Obrigações, seguido de um compromisso e, em seguida, a incumbência com palavras e sinais secretos, o que quer que fossem. Nós não sabemos o que eles eram, mas sabemos que em ambos os graus, as cerimônias estavam começando a tomar a forma de nossas cerimônias modernas. Temos que esperar um bom tempo antes de encontrar os conteúdos, os detalhes reais dessas cerimônias, mas nós os encontramos no final dos anos 1600, e este é o meu próximo tema. Lembrem-se, Irmãos, ainda estamos com apenas dois graus e eu vou lidar agora com os documentos que realmente descrevem essas duas cerimônias, como elas apareceram pela primeira vez em papel.

PRIMEIRO RITUAL PARA DOIS GRAUS

O primeiro indício que temos é um documento datado de 1696, lindamente escrito à mão, e conhecido como o Manuscrito Edinburgh Register House, porque foi encontrado no Cartório de Registro Público de Edinburgh. Eu lido primeiro com a parte do texto que descreve as cerimônias efetivas. Ele é intitulado ‘THE FORME OF GIVING THE MASON WORD’ (A forma de dar a palavra do maçom), que é uma maneira de dizer que é a forma de iniciar um maçom. Ela começa com a cerimônia que transforma um aprendiz em um “Aprendiz Maçom (geralmente cerca de três anos após o início de seu emprego), seguido da cerimônia para a admissão do mestre maçom ou companheiro”, o título do segundo grau. Os detalhes são fascinantes, mas eu só posso descrevê-los muito rapidamente, e onde sempre que puder, usarei as palavras originais, de modo que vocês possam ter a sensação da coisa.

Somos informados de que o candidato ‘era colocado de joelhos’ e “depois de um grande número de cerimônias para assustá-lo” (coisa áspera, judiação; aparentemente eles tentavam apavorá-lo) ‘depois de um grande número de cerimônias para assustá-lo’, ele tomava o livro e naquela posição ele fazia o juramento, e aqui está a versão mais antiga do juramento do maçom descrita como parte de uma cerimônia completa.

Pelo próprio deus e você responderá a deus quando você estiver nu diante dele, no grande dia, que você não revelará qualquer parte do que você ouvir ou ver, neste momento, seja por palavra, escrita, nem colocará por escrito em momento algum nem desenhará com a ponta de uma espada, ou qualquer outro instrumento sobre a neve ou a areia, nem você falará sobre isso, a não ser com um maçom iniciado; assim deus lhe ajude.

Irmãos, se vocês estiverem ouvindo muito cuidadosamente, acabaram de ouvir a versão mais antiga das palavras ‘compor, esculpir, marca, gravar ou de outra forma delineá-los’. A primeira versão é a que acabo de ler, “não o escreverá nem o colocará por escrito, nem o desenhará com a ponta de uma espada ou qualquer outro instrumento sobre a neve ou a areia.” Observem, Irmãos, não havia nenhuma penalidade no compromisso, apenas uma obrigação clara de segredo.

Depois de ter terminado a obrigação, o jovem era levado para fora da loja pelo último candidato anterior, a última pessoa que foi iniciada antes dele. Fora da porta da loja, ele era ensinado o sinal, posturas e palavras de entrada (não sabemos quais eram elas, até que ele voltasse). Ele voltava, tirava o chapéu e fazia ‘uma mesura ridícula’ e, em seguida, ele dava as palavras de entrada, que incluíam uma saudação ao mestre e aos irmãos. Ele terminava com as palavras “sob não menos dor do que cortar minha garganta” e há uma espécie de nota de rodapé que diz “pois que você deve fazer esse sinal quando diz isso”. Esta é a primeira aparição em qualquer documento do sinal de um aprendiz maçom.

Agora, Irmãos, esqueçam tudo sobre suas lojas lindamente decoradas; eu estou falando de maçonaria operativa, quando a loja era ou uma pequena sala na parte de trás de uma taverna, ou em cima de uma taverna, ou então um galpão ligado a um grande trabalho de construção; e se houvesse uma dúzia de pedreiros lá, teria sido um bom quórum. Então, depois que o garoto tinha feito o sinal, ele era levado até o Mestre para a “incumbência”. Aqui está o Mestre; aqui, ao lado, está o candidato; aqui está o ‘instrutor’, e ele, o instrutor, sussurra a palavra no ouvido de seu vizinho, que sussurra a palavra para o homem seguinte e assim por diante, por toda a volta da loja, até que chegue ao Mestre; e o Mestre dá a palavra ao candidato. Neste caso, existe um tipo de nota de rodapé bíblica, que mostra, sem sombra de dúvida, que a palavra não era uma palavra, mas duas. B e J, dois nomes de pilar, para o aprendiz maçom. Isto é muito importante mais tarde, quando começamos a estudar a evolução de três graus. No sistema de dois graus havia dois pilares para o aprendiz maçom.

Isso era realmente a totalidade do trabalho em loja, mas era seguido por um conjunto de perguntas e respostas simples intitulado “ALGUMAS PERGUNTAS QUE MAÇONS COSTUMAM FAZER ÀQUELES QUE TÊM A PALAVRA, ANTES QUE ELES O RECONHEÇAM”. Ele incluía algumas perguntas para testar um estranho do lado de fora da loja, e este texto nos dá a primeira e mais antiga versão do catecismo maçônico. Aqui estão algumas das quinze perguntas. “Você é um pedreiro? Como posso saber? Onde você ingressou? O que faz uma loja verdadeira e perfeita? Onde era a primeira loja? Existem luzes em sua loja? Existem joias em sua loja?” Os primeiros começos fracos do simbolismo maçônico. É incrível o quão pouco havia no início. Lá, Irmãos, 15 perguntas e respostas, que deviam ser respondidas pelo candidato; ele não tinha tido tempo para aprender as respostas. E essa era toda a cerimônia de aprendiz maçom.

Agora lembrem-se, Irmãos, estamos falando de maçonaria operativa, na época em que os maçons ganhavam a vida com martelo e cinzel. Nestas condições o segundo grau era tomado cerca de sete anos após a data da iniciação quando o candidato voltava a ser feito ‘mestre ou companheiro de ofício’. Dentro da loja esses dois graus eram iguais, ambos pedreiros totalmente treinados. Fora da loja, um era um empregador, o outro um empregado. Se ele era o filho de um Burguês livre da cidade, ele poderia levar sua liberdade para a loja e ser feito mestre imediatamente. Caso contrário, ele tinha que pagar pelo privilégio, e, até então, o companheiro permanecia como empregado. Mas dentro da loja ambos tinham o mesmo segundo grau.

Assim, após o fim de seu contrato de aprendizagem, e servindo mais um ano ou dois por “carne e honorário”, (ou seja, comida mais um salário), ele vinha em seguida, para o segundo grau. Ele era “colocar de joelhos e fazia o juramento de novo”. Era o mesmo juramento que ele tinha feito como aprendiz, omitindo apenas três palavras. Em seguida, ele era levado para fora da loja pelo mestre mais jovem, e lá lhe eram ensinados os sinais, postura e palavras de entrada (ainda não sabemos quais eram elas). Ele voltava e dava o que era chamado de “sinal de mestre”, mas este não é descrito, por isso não posso falar a vocês sobre ele. Em seguida, ele era levado para a incumbência. E agora, o mestre mais novo, o sujeito que o havia levado para fora, sussurrava a palavra ao seu vizinho, cada um, por sua vez a passava adiante a toda a loja, até chegar ao Mestre, e o Mestre, sobre os cinco pontos de companheirismo – segundo grau, Irmãos dava a palavra ao candidato. Os cinco pontos naqueles dias – pé com pé, joelho com joelho, coração contra coração, mão na mão, orelha contra orelha, que é como era em sua primeira aparição. Nenhuma legenda de Hiram e nenhuma frescura; apenas os cinco pontos e uma palavra. Mas neste documento, a palavra não é mencionada. Ela aparece pouco tempo depois e eu abordarei isso mais tarde.

Havia apenas duas perguntas de teste para um grau de companheiro, e isso era tudo. Dois graus, muito bem descritos, não só neste documento, mas em dois outros textos irmãos, o Manuscrito Chetwode Crawley, datado de cerca de 1700 e o Manuscrito Kevan, muito recentemente descoberto, datado de cerca de 1714. Três maravilhosos documentos, todos do sul da Escócia, todos contando exatamente a mesma história – materiais maravilhosos, se vocês se atreverem a confiar neles. Mas, lamento dizer-lhes, Irmãos, que nós, enquanto cientistas em maçonaria, não ousamos confiar neles, porque eles foram escritos em violação a um juramento. Para colocar de forma mais simples, quanto mais eles nos contam, menos eles são confiáveis, a menos que, por algum acaso ou por algum milagre, possamos provar, como precisamos fazer, que esses documentos foram efetivamente usados em uma loja; caso contrário eles são inúteis. Neste caso, por um acaso muito feliz, temos a prova e ela é uma bela história. Isso é o que vocês terão agora.

Lembrem-se, Irmãos, os nossos três documentos são de 1696 até 1714. Bem no meio desse período, no ano de 1702, um pequeno grupo de cavalheiros escoceses decidiu que queriam ter uma loja em seu próprio quintal, por assim dizer. Estes eram cavalheiros que viveram no sul da Escócia, próximo a Galashiels, cerca de 50 km a sudoeste de Edimburgo. Eles eram todos proprietários notáveis nessa área – Sir John Pringle de Hoppringle, Sir James Pringle, seu irmão, Sir James Scott de Gala (Galashiels), seu cunhado, mais cinco vizinhos se reuniram e decidiram formar sua própria Loja, na aldeia de Haughfoot perto de Galashiels. Eles escolheram um homem que tinha uma caligrafia maravilhosa para ser o seu escrivão, e pediram-lhe que comprasse um livro de atas. Ele o fez. Um livrinho lindo com capa de couro (tamanho octavo), e ele pagou “catorze xelins” escoceses por ele. Eu não vou entrar em detalhes de moedas, mas hoje seria o equivalente a cerca de vinte e cinco centavos. Sendo um escocês, ele tomou nota muito cuidadosamente da quantidade e lançou em seu livro de atas, para ser reembolsado a partir do primeiro dinheiro devido à sociedade. Então, em preparação para a primeira reunião da loja, ele começou com o que teria sido a página um com algumas notas, de que não sabemos os detalhes. Mas ele continuou e copiou um desses rituais escoceses inteiro, completo do começo ao fim.

Quando ele terminou, ele tinha enchido dez páginas, e suas últimas vinte e nove palavras de ritual foram as primeiras cinco linhas na parte superior da página onze. Agora, este era um escocês, e eu disse a vocês que ele tinha pagado “catorze xelins” por esse livro e a ideia de deixar três quartos de uma página vazia ofendia sua parcimônia escocesa nativa. Então, para evitar desperdiçá-la, abaixo das vinte e nove palavras, ele colocou um título ‘O Mesmo Dia’ e foi direto em frente com a ata da primeira reunião da Loja. Eu espero que vocês possam imaginar tudo isso, Irmãos, porque eu escrevi a história da ‘Loja de Haughfoot’, o a primeira Loja totalmente não operativa na Escócia, trinta e quatro anos mais antiga que a Grande Loja da Escócia. As atas foram lindamente mantidas por sessenta e um anos e, eventualmente, em 1763, a Loja foi engolida por alguma das lojas vizinhas maiores. O livro de atas foi para a grande Loja de Selkirk e desceu de Selkirk a Londres para eu escrever a história.

Nós não sabemos quando isso aconteceu, mas, em algum momento durante esses sessenta e um anos, alguém, talvez um dos secretários posteriores da loja, deve ter aberto esse livro de atas e avistado as páginas de abertura e ele deve ter tido um ataque! Ritual em um livro de atas! Fora! E as primeiras dez páginas desapareceram; elas estão completamente perdidas. Aquele açougueiro teria tomado a página onze também, mas nem mesmo ele teve coragem de destruir a ata da primeira reunião desta maravilhosa loja. Assim, foi a ata da primeira reunião que salvou essas vinte e nove palavras do ouro na parte superior da página onze, e as vinte e nove palavras são praticamente idênticas às partes correspondentes do manuscrito Edinburgh Register House e seus dois textos irmãos. Essas palavras preciosas são uma garantia de que os outros documentos podem ser confiáveis, e isso nos dá um ponto de partida maravilhoso para o estudo do ritual. Não só temos os documentos que descrevem as cerimônias; temos também uma espécie de critério, pelo qual podemos julgar a qualidade de cada novo documento à medida que ele chega, e neste momento eles começam a chegar.

Agora Irmãos, deixe-me avisá-lo que até agora estamos falando de documentos escoceses. O céu abençoe os escoceses! Eles cuidaram de cada pedaço de papel, e se não fosse por eles, não teríamos praticamente nenhuma história. O nosso material mais antigo e mais fino é quase todo escocês. Mas, quando os documentos ingleses começam a aparecer, eles parecem se encaixar. Eles não só se harmonizam, muitas vezes eles preenchem lacunas nos textos escoceses. De agora em diante, citarei o país de origem daqueles documentos que não são ingleses.

Nos próximos anos, encontraremos uma série de valiosos documentos de rituais, incluindo algumas da maior importância. O primeiro deles é o Manuscrito Sloane, datado de cerca de 1700, um texto inglês, hoje na Biblioteca Britânica. Ele dá vários “toques” que não tinham aparecido em qualquer documento antes. Ele dá uma nova forma de juramento do Maçom, que contém as palavras “sem equívoco ou reserva mental”. Aquilo aparece pela primeira vez no Manuscrito Sloane, e Irmãos, a partir deste ponto em diante, cada detalhe ritual eu dou a vocês, será uma novidade. Não repetirei os detalhes individuais conforme eles reaparecem nos textos posteriores, nem posso dizer com precisão quando uma determinada prática, na verdade, começou. Vou simplesmente dizer que este ou aquele item aparece, pela primeira vez, dando-lhe o nome e data do documento pelo qual ele pode ser provado.

Se estiver me acompanhando, você perceberá – e lhes peço que pensem nisso desta maneira – que vocês estão assistindo uma plantinha, uma muda de Maçonaria, e cada palavra que eu proferir será um novo rebento, uma nova folha, uma nova flor, um novo ramo. Vocês estarão assistindo o ritual crescer; e se vocês o virem dessa forma, Irmãos, eu sei que eu não estou perdendo meu tempo, porque essa é a única maneira de vê-lo.

Agora, de volta ao Manuscrito Sloane que não tenta descrever a cerimônia inteira. Ele tem uma fantástica coleção de ‘toques (apertos de mão)’ e outros modos estranhos de reconhecimento. Tem um catecismo de cerca de vinte e duas perguntas e respostas, muitas delas semelhantes às dos textos escoceses, e há uma nota que parece confirmar dois pilares para o Aprendiz.

Um parágrafo posterior fala de uma saudação (?) ao Mestre, uma curiosa postura de ‘abraço’, com ‘a garra de mestres por suas mãos direitas e parte superior dos dedos da mão esquerda batendo fechados na omoplata um dos outro. . . ‘. Aqui, a palavra é dada como Moha – Bon ‘, metade em uma orelha e metade na outra, para ser utilizada como uma palavra de telhamento.

Essa foi sua primeira aparição em qualquer um dos nossos documentos, e se você estivesse telhando alguém, você diria ‘Moha’ e o outro teria que dizer ‘Bon’; e se ele não disse “Bon” você não teria nenhum negócio com ele.

Falarei sobre várias outras versões à medida que elas surgirem mais tarde, mas devo salientar que aqui é um documento inglês preenchendo lacunas nos três textos escoceses, e esse tipo de coisa acontece continuamente.

Agora temos outro documento escocês, o Manuscrito Dumfries No. 4 datado de cerca de 1710. Ele contém uma massa de material novo, mas eu só posso mencionar alguns dos itens. Uma de suas perguntas é: “Como você foi trazido? Vergonhosamente, com uma corda em volta do pescoço”. Este é o primeiro cabo de reboque; e uma resposta mais tardia diz que a corda “é para me enforcar se eu trair a minha confiança”. Dumfries também menciona que o candidato recebe o ‘Real Segredo’ ajoelhado no “em meu joelho esquerdo”.

Entre muitas Perguntas e Respostas interessantes, ele lista algumas das penalidades incomuns daqueles dias. “Meu coração retirado vivo, minha cabeça cortada, meu corpo enterrado dentro da enchente da maré”. “Dentro da enchente da maré” é a versão mais antiga do “comprimento do cabo desde a praia”. Irmãos, há muito mais, ainda, mesmo nesta fase inicial, mas eu tenho que ser breve e lhes dar todos os itens importantes à medida que avançamos para a próxima fase.

Enquanto isso, esta era a situação na época em que a primeira Grande Loja foi fundada em 1717. Temos apenas dois graus na Inglaterra, um para o Aprendiz e o segundo para o “mestre ou companheiro de ofício”. O Dr. Anderson, que compilou o primeiro Livro Inglês das Constituições em 1723, na verdade, descreveu o segundo grau inglês como “Mestres e Companheiros”. O termo escocês já tinha invadido a Inglaterra.

A próxima grande etapa na história do ritual é a evolução do terceiro grau. Na verdade, sabemos muito sobre o terceiro grau, mas existem algumas lacunas terríveis. Não sabemos quando ele começou ou por que ele começou, e não podemos ter certeza de quem o começou! À luz de uma vida de estudo, eu vou dizer a vocês o que sabemos, e tentaremos preencher as lacunas.

Teria sido fácil, é claro, se se pudesse estender a mão em uma biblioteca muito boa e puxar um grande livro de atas e dizer: “Bem, aqui está o mais antigo terceiro grau que já aconteceu”; mas isso não funciona dessa maneira. Os livros de atas vieram muito mais tarde.

INDÍCIOS DE TRÊS GRAUS

Os primeiros indícios de terceiro grau aparecem em documentos como os que eu tenho falado – principalmente documentos que foram escritos como memorandos para os homens a quem pertenciam. Mas nós temos que utilizar exposições também, exposições impressas para o lucro, ou ofensa, e nós temos algumas indicações úteis do terceiro grau muito antes de ele realmente aparecesse na prática. E assim, começamos com um dos melhores, um adorável pequeno texto, uma única folha de papel conhecida como o Manuscrito Trinity College, Dublin, datado de 1711, encontrado entre os papéis de um médico irlandês famoso e cientista, Sir Thomas Molyneux. Este documento tem como cabeçalho uma espécie de Triplo Tau, e debaixo dele as palavras “Sob nada menos que uma penalidade”. Isto é seguido por um conjunto de onze P&R e sabemos imediatamente que algo está errado! Já temos três conjuntos perfeitos de quinze perguntas, então onze perguntas deve ser ou má memória ou cópia ruim – algo está errado! As perguntas são perfeitamente normais, apenas não há o suficiente delas. Em seguida, após as onze perguntas seria de se esperar que o escritor desse uma descrição de toda ou parte da cerimônia, mas, em vez disso, ele dá uma espécie de catálogo de palavras e sinais da Maçonaria.

Ele dá este sinal (AM demonstrado) para o AM com a palavra B.

Ele dá “toques & sinais” como o sinal para o “companheiro”, com a palavra ‘J ………’. O “sinal de Mestre é a espinha” e para ele (ou seja, o MM) o escritor dá pior descrição do mundo dos cinco pontos de perfeição. (Parece claro que nem o autor desta peça nem o escritor do Manuscrito Sloane, jamais ouvira falar dos Pontos de Companheirismo, ou sabia como descrevê-los.) Aqui, como eu demonstro, estão as palavras exatas, nem mais nem menos:

“Aperte o Mestre pela espinha, coloque o seu joelho entre os dele, e diga Matchpin.”

Isso, Irmãos, é a nossa segunda versão da palavra do terceiro grau. Começamos com ‘Mahabyn’, e agora ‘Matchpin’, horrivelmente degradada. Deixe-me dizer agora, alto e claro, ninguém sabe qual era a palavra correta. Era provavelmente hebraico originalmente, mas todas as primeiras versões estão degradadas. Deveríamos trabalhar para trás, traduzindo do Inglês, mas não podemos ter certeza de que nossas palavras inglesas estão corretas. Então, aqui no Manuscrito Trinity College, Dublin, temos, pela primeira vez, um documento que tem segredos separados para três graus distintos; o aprendiz, o companheiro e o mestre. Não é prova de três graus na prática, mas mostra que alguém estava brincando com essa ideia em 1711.

A próxima peça de prova sobre esse tema vem da primeira exposição impressa, impressa e publicada para entretenimento ou por despeito em um jornal de Londres, The Flying Post. O texto é conhecido como um “Telhamento de Maçom”. Por esta época, 1723, o catecismo era muito mais longo e o texto continha várias peças de rima, todas interessantes, mas apenas uma de particular importância para o meu propósito presente e aqui está ela:

“Um Maçom iniciado eu fui, Boaz e Jaquim eu vi; Um companheiro que eu fui jurado mais raro, e conheço a Pedra Bruta, Polida e o Esquadro: Eu sei a parte do Mestre muito bem, tão honesta Mohabin você dirá”.

Observem, Irmãos, ainda existem dois pilares para a AM, e mais uma vez alguém está dividindo os segredos maçônicos em três partes para três categorias diferentes de Maçons. A ideia de três graus está no ar. Nós ainda estamos procurando atas, mas elas não chegaram ainda. Em seguida, temos outro documento de valor inestimável, datado de 1726, o Manuscrito Graham, um texto fascinante que começa com um catecismo de cerca de trinta perguntas e respostas, seguido por uma coleção de lendas, principalmente sobre personagens bíblicos, cada história com uma espécie de distorção Maçônica no seu relato. Uma lenda conta como três filhos foram ao túmulo do pai deles. Tentar, se pudessem, encontrar alguma coisa sobre ele para levá-los até o segredo de virtude que este famoso pregador tinha. Eles abriram a sepultura nada encontrando, exceto o corpo morto quase totalmente consumido. Agarrando um dele, ele se soltou de junta a junta até o pulso até o cotovelo, assim eles ergueram o corpo morto e o sustentaram colocando pé com pé, joelho com joelho, peito com peito, rosto com rosto e a mão nas costas e pediram socorro, ó pai… então alguém disse aqui há ainda medula nesse osso, e o segundo disse, apenas osso seco e o terceiro disse que cheirava mal, assim eles concordaram em dar-lhe um nome que é conhecido da Maçonaria até hoje…

Esta é a primeira história de uma elevação em um contexto maçônico, aparentemente, um fragmento da lenda de Hiram, mas o velho cavalheiro na sepultura era o Pai Noé, e não Hiram Abif.

Outra lenda se refere a “Bazalliel”, o artesão maravilhoso que construiu o Templo móvel e a Arca da Aliança para os israelitas durante a sua peregrinação pelo deserto. A história diz que perto da morte, Bazalliel pediu que uma lápide fosse erguida sobre seu túmulo, com uma inscrição “de acordo com seu desserviço” e que foi feito da seguinte forma:

“Aqui jaz a flor de maçonaria superior de muitos outros companheiros a um rei e dois príncipes um irmão. Aqui jaz o coração que todos os segredos conseguia esconder. Aqui jaz a língua que jamais revelou.”

As duas últimas linhas não poderiam ter sido mais aptas se elas tivessem sido escritas especialmente para Hiram Abif; elas são praticamente um resumo da lenda de Hiram.

No catecismo, uma resposta fala daqueles que. . . obtiveram uma Voz tripla através de iniciação, elevação e exaltação e conformado por 3 lojas diferentes…

“Iniciado, elevado e exaltado” é bastante claro. “Três lojas diferentes” significa os três graus separados, três cerimônias separadas. Não há dúvida de que tudo isso é uma referência a três graus em prática. Mas ainda queremos atas e nós não as temos. E eu sinto muito dizer-lhes, que as primeiras atas em que temos registro de um terceiro grau, por mais fascinantes e interessantes que elas sejam, referem-se a uma cerimônia que nunca aconteceu em uma loja; ela ocorreu no interior de uma Sociedade Musical de Londres. É uma linda história e é isso que você vai receber agora.

Em dezembro de 1724, houve uma pequena reunião agradável de loja na Taverna Queen’s Head, em Hollis Street, no Strand, cerca de trezentos metros do nosso atual Freemason’s Hall, a sede da Maçonaria na Inglaterra. Pessoas agradáveis; o melhor da sociedade musical, arquitetônica e cultural de Londres eram membros desta loja. Na noite especial em que eu estou interessado, Sua Graça, o duque de Richmond era o Mestre da Loja. Devo acrescentar que a Sua Graça, o Duque de Richmond também era o Grão-Mestre da época, e você pode chamá-lo de ‘pessoa agradável’. É verdade que ele era descendente de um bastardo real, mas hoje em dia até mesmo os bastardos reais são contados como pessoas agradáveis. Um par de meses depois, sete dos membros dessa loja e um irmão que eles tinham tomado emprestado de outra loja decidiram que queriam fundar uma sociedade musical e arquitetural.

Eles deram a ela um título Latino de um quilômetro de comprimento – Philo Musicae ET Architecturae Societas Apollini – que traduzindo, “A Sociedade Apolínea Para os Amantes da Música e Arquitetura” e elaboraram um livro de regras incrivelmente bonito. Cada palavra dele escrita à mão. Parece que o impressor mais magnífico o tinha impresso e decorado.

Agora, essas pessoas estavam muito interessadas ​​em sua Maçonaria e para sua sociedade musical, eles elaboraram um código incomum de regras. Por exemplo, uma regra era que cada um dos fundadores deveria ter seu próprio brasão de armas estampados em cores nas páginas de abertura do livro de atas. Quantas lojas vocês conhecem, em que cada fundador tem o seu próprio brasão de armas? Isso lhes dá uma ideia do tipo de garotos que eles eram. Eles amavam a sua Maçonaria e eles fizeram outra regra, de que qualquer um poderia vir às suas palestras arquiteturais ou às suas noites musicais – os melhores condutores eram membros da sociedade – qualquer pessoa poderia vir, mas se ele não era um Maçom, ele tinha que ser iniciado Maçom antes que eles o deixassem entrar; e porque eles estavam tão interessados ​​sobre o status Maçônico de seus membros, eles mantiveram notas biográficas maçônicas de cada membro quando ele ingressou. É a partir dessas notas que podemos ver o que realmente aconteceu. Eu poderia falar sobre eles a noite toda, mas para os nossos propósitos atuais, precisamos somente seguir a carreira de um dos seus membros, Charles Cotton.

Nos registros da Sociedade Musical lemos que em 22 de dezembro de 1724 “Charles Cotton Esq.”. foi iniciado um Maçom pelo dito Grão-Mestre [isto é, a Sua Graça, o Duque de Richmond] na Loja na Queen’s Head. Não poderia ser mais regular do que isso. Em seguida, em 18 de fevereiro de 1725 “… antes que fundássemos Esta Sociedade uma Loja foi realizada… a fim de iniciar Charles Cotton Esq.”. . . e porque foi no dia em que a sociedade foi fundada, não podemos ter certeza se Cotton foi elevado na Loja ou na Sociedade Musical. Três meses depois, em 12 de maio de 1725 o “Irmão Charles Cotton Esq. e o Ir .’. Papillion Ball foram regularmente exaltados a Mestres”.

Agora temos a data da iniciação de Cotton, sua elevação e sua exaltação; não há dúvida de que ele recebeu três graus. Mas, Mestres regularmente exaltados – Não! Não poderia ter sido mais irregular! Esta era uma Sociedade Musical – não uma loja! Mas eu lhes disse que eles eram pessoas agradáveis, e eles tinham alguns visitantes ilustres. Em primeiro lugar, o Grande Primeiro Vigilante veio vê-los. Em seguida, o Grande Segundo Vigilante. E então, eles receberam uma carta desagradável do Grande Secretário e, em 1727, a sociedade desapareceu. Nada resta agora, exceto o seu livro de atas na Biblioteca Britânica. Se você alguma vez for a Londres e visitar o Freemason’s Hall, você verá um fac-símile maravilhoso daquele livro. Vale a pena uma viagem a Londres apenas para vê-lo. E este é o registro dos primeiros terceiros graus. Eu gostaria que pudéssemos produzir uma novidade mais respeitável, mas esta foi a primeira.

Devo dizer-lhes, Irmãos, que Gould, o grande historiador maçônico acreditou, toda a sua vida, que este era o mais antigo terceiro grau de que havia qualquer registro. Mas, pouco antes de morrer, ele escreveu um artigo brilhante nas Transações da Quatuor Coronati Lodge, e ele mudou de ideia. Ele disse: “Não, as atas estão abertas à interpretação ampla, e não devemos aceitar isso como um registro de terceiro grau.” Francamente, eu não acredito que ele provou seu caso, e sobre este ponto me atrevo a discutir com Gould. Observem-me cuidadosamente, Irmãos, porque eu posso ser atingido por um raio neste momento. Ninguém discute com Gould! Mas eu discuto isso porque no prazo de dez meses a partir desta data, temos provas irrefutáveis ​​de terceiro grau na prática. Como vocês poderiam esperar, benditos sejam, elas vêm da Escócia.

A Loja Dumbarton Kilwinning, agora no. 18 no registo da Grande Loja da Escócia foi fundada em janeiro de 1726. Na reunião de fundação havia o Mestre, com sete mestres maçons, seis companheiros e três aprendizes; alguns deles eram maçons operativos, alguns não operativos. Dois meses depois, em março de 1726, nós temos esta ata:

Gabriel Porterfield que apareceu na reunião de janeiro como um Companheiro foi admitido por unanimidade e exaltado como Mestre da Fraternidade e renovou seu juramento e pagou suas taxas de admissão.

Agora, observem Irmãos, aqui estava um escocês, que começou em janeiro como Companheiro, um companheiro fundador de uma nova Loja. Então, ele veio em março, e renovou seu juramento, o que significa que ele passou por outra cerimônia; e ele deu sua taxa de admissão, o que significa que ele pagou por ela. Irmãos, se um escocês pagou por isso você apostar sua vida que ele conseguiu! Não há dúvida sobre isso. E há o mais antigo registro 100 por cento dourado de um terceiro grau. Dois anos depois, em dezembro de 1728, outra nova Loja, Greenock Kilwinning, em sua primeira reunião, prescrevia taxas separadas para a iniciação, elevação e exaltação.

A MAÇONARIA DISSECADA DE PRICHARD

A partir de então, temos ampla evidência dos três graus em prática e, em seguida, em 1730, temos a mais antiga exposição impressa que alegava descrever todos os três graus, a Maçonaria Dissecada, publicada por Samuel Prichard em outubro de 1730. Foi o trabalho ritual mais valioso que tinha aparecido até aquele momento, todo sob a forma de perguntas e respostas (exceto por uma breve introdução) e teve enorme influência na estabilização do nosso ritual inglês.

Seu ‘Grau de Aprendiz Maçom’ – a esta altura com noventa e duas perguntas – dava duas palavras pilar para o AM, e o primeiro deles era ‘soletrada’. Prichard conseguiu espremer muito trabalho prático em suas perguntas e respostas do AM. Aqui está uma pergunta para o candidato: “Como ele fez de você um Maçom?” Ouçamos a sua resposta:

“Com o meu joelho nu dobrado e o corpo dentro do esquadro, o compasso estendido contra meu seio esquerdo nu, minha mão direita nua sobre a Santa Bíblia: ali eu tomei a Obrigação (ou Juramento) de um Maçom.”

Todas essas informações em uma resposta! E a pergunta seguinte era: ‘Você pode repetir essa obrigação? Com a resposta: “Farei meu esforço.”, e Prichard seguia isso com uma obrigação magnífica que continha três conjuntos de sanções (corte na garganta, coração arrancado, o corpo cortado e cinzas queimadas e espalhadas). Isto é como elas apareceram em 1730. Documentos de 1760 as mostram separadas, e os desenvolvimentos posteriores não nos interessam aqui.

O “Grau de Companheiro” de Prichard era muito curto, apenas 33 perguntas e respostas. Eu dei J sozinho ao Companheiro (não soletrei), mas agora o segundo grau tinha um monte de novo material relativo aos pilares, à câmara do meio, à escada em espiral, e um longo recitativo sobre a letra G, que começava com o significado “Geometria” e acabava denotando “O Grande Arquiteto e Inventor do Universo”.

O “Grau de Mestre ou Parte do Mestre” de Prichard era composto de trinta perguntas com algumas respostas muito longas, que continham a versão mais antiga da lenda de Hiram, literalmente, toda a história, como ela era contada naquela época. Ela incluía o assassinato por “três Rufiões”, os investigadores, “Quinze Amantes Irmãos” que concordaram entre si “que se não encontrassem a Palavra nele ou sobre ele, a primeira palavra deveria ser a Palavra do Mestre”. Mais tarde, a descoberta “o Deslizamento”, a elevação com os cinco pontos de perfeição, e outra nova versão da palavra* de MM, o que se diz significar “O Construtor está morto”.

Não há nenhuma razão para acreditar que Prichard inventasse a lenda de Hiram. Ao lermos sua história em conjunto com aquelas coletadas por Thomas Graham em 1726 (citado acima), não pode haver dúvida de que a versão de Prichard surgiu de vários fluxos de lenda, provavelmente um resultado inicial da influência especulativa naqueles dias.

Mas o terceiro grau não era uma nova invenção. Ele surgira de uma divisão do primeiro grau original em duas partes, de modo que o segundo grau original com seus Pontos de Perfeição e uma palavra moveu-se para cima, para o terceiro lugar, ambos os segundo e terceiro adquirindo materiais adicionais durante o período de mudança. Isso ocorreu em algum momento entre 1711 e 1725, mas se ele começou na Inglaterra, Escócia, ou Irlanda é um mistério; nós simplesmente não sabemos.

De volta agora a Samuel Prichard e sua Maçonaria Dissecada. O livro criou uma sensação; ele vendeu três edições e uma edição pirata em 11 dias. Ele varreu todas as outras exposições fora do mercado. Pelos próximos 30 anos, Prichard estava sendo reimpresso continuamente e nada mais poderia ter uma chance; não havia nada apto a chegar perto dele. Perdemos alguma coisa com isso, porque não temos registros de quaisquer desenvolvimentos de rituais na Inglaterra durante os próximos 30 anos – uma grande lacuna de 30 anos. Apenas um novo item apareceu em todo esse tempo, o “Obrigação para o Iniciado”, uma miniatura da nossa versão moderna, em belo inglês do século XVIII. Ele foi publicado em 1735, mas não sabemos quem o escreveu. Para novas informações sobre o crescimento do ritual, temos que atravessar o Canal, para a França.

MAIS PROVAS DA FRANÇA

Os ingleses plantaram a Maçonaria na França em 1725, e ela tornou-se um passatempo elegante para a nobreza e a aristocracia. O Duque Fulano de Tal realizaria uma loja em sua casa, onde ele era o Mestre para sempre, e a qualquer momento, ele convidava alguns amigos de sua roda, eles abririam uma loja e ele iniciaria mais alguns Maçons. Foi assim que começou, e levou cerca de dez ou doze anos antes que a Maçonaria começasse a se infiltrar para baixo, através dos níveis mais baixos. A essa altura, as lojas estavam começando a se reunir em restaurantes e tavernas, mas por volta de 1736, as coisas foram se tornando difíceis na França e temia-se que as lojas estivessem sendo usadas ​​para tramas e conspirações contra o governo.

Em Paris, em particular, precauções foram tomadas. Um edital foi emitido por René Herault, Chefe geral da Polícia, que os taberneiros e restauradores não deviam a dar guarida a lojas maçônicas, sob pena de ser fechado por seis meses e uma multa de 3.000 libras. Temos dois registros, ambos em 1736-1737, de restaurantes bem conhecidos que foram fechados pela Polícia por esse motivo. Não deu certo, e a razão era muito simples. A Maçonaria tinha começado em casas particulares. No momento em que os funcionários começaram a pressionar as reuniões em tavernas e restaurantes, ela voltou para casas particulares; ela passou à clandestinidade por assim dizer, e a Polícia ficou inerme.

Eventualmente, Herault decidiu que ele poderia fazer muito mais danos à Maçonaria se pudesse torná-la alvo de chacota. Se ele pudesse fazê-la parecer ridícula, ele tinha certeza de que poderia colocá-la fora de ação para sempre, e ele decidiu tentar. Ele entrou em contato com uma de suas amigas, uma certa Madame Carton. Agora, Irmãos, eu sei que o que eu vou dizer a vocês soa como o nosso English News of the World (Noticias Populares), mas o que eu estou lhes dando está gravado história, e é história muito importante para isso. Então, ele entrou em contato com Madame Carton, que é sempre descrita como uma dançarina na Ópera de Paris. O fato simples é que ela seguia uma profissão muito antiga. A melhor descrição que dá uma ideia de seu status e suas qualidades, é que ela dormia nas melhores camas da Europa. Ela tinha uma clientela muito especial. Agora ela não era jovem; ela tinha 55 anos de idade na época e tinha uma filha que também estava na mesma linha interessante de negócio. E eu tenho que ser muito cuidadoso com o que eu digo, pois se acreditava que um de nossos próprios Grãos Mestres estava enredado com uma delas ou com ambas. Tudo isso estava nos jornais da época.

De qualquer forma, Herault entrou em contato com Madame Carton e pediu-lhe para obter uma cópia do ritual maçônico de um de seus clientes. Ele tinha a intenção de publicá-lo, e expondo os maçons ao ridículo, ele ia colocá-los fora do negócio. Bem! Ela o fez, e ele o fez. Em outras palavras, ela conseguiu sua cópia do ritual e passou-a a ele. Ela foi publicada pela primeira vez na França em 1737, sob o título “Reption d’un Frey-Maçon”. Dentro de um mês, ela foi traduzida em três jornais de Londres, mas não conseguiu diminuir o zelo francês pela Maçonaria e não teve qualquer efeito na Inglaterra. Eu resumo brevemente.

O texto, em forma de narrativa, descrevia apenas uma única cerimônia de dois pilares, lidando principalmente com o trabalho em loja e apenas fragmentos do ritual. O Candidato era privado de metais, joelho direito nu, sapato esquerdo usado “como um chinelo” e trancado em um quarto sozinho na escuridão total, para colocá-lo no estado de espírito certo para a cerimônia. Seus olhos estavam vendados e seu padrinho batia três vezes na porta da Loja. Depois de várias perguntas, ele era apresentado e admitido sob os cuidados de um Guarda (Vigilante). Ainda com os olhos vendados, ele era levado três vezes em volta do desenho do pavimento no centro da Loja, e havia “brilhos de resina”. Era costume nas lojas francesas naqueles dias ter uma panela de brasas vivas dentro da porta da loja e no momento em que o candidato era trazido, eles polvilhavam resina em pó sobre as brasas, para fazer um enorme clarão, que assustaria o candidato, mesmo que ele estivesse com os olhos vendados. (Em muitos casos eles não os vendavam até que chegasse à Obrigação.) Então, no meio de um círculo de espadas, temos a postura para a Obrigação dos três lotes de penalidades, e detalhes dos Aventais e Luvas. Isto é seguido pelos sinais, toques e palavras relativas a dois pilares. A cerimônia continha várias características desconhecidas na prática inglesa, e algumas partes da história parecem ter sido contadas na sequência errada, de modo que, ao lê-lo, de repente percebemos que o cavalheiro que estava ditando teve sua mente mais ligada a assuntos muito mais mundanos. Então, Irmãos, esta foi a primeira exposição da França, não muito boa, mas foi o primeiro de um fluxo realmente maravilhoso de documentos. Como antes, discutirei apenas os mais importantes.

Meu próximo é Le Secret des Francs-Maçons (O Segredo dos Maçons), 1742, publicado pelo Abbè Perau, que era Prior na Sorbonne, a Universidade de Paris. Um belo primeiro grau, tudo em forma de narrativa, e cada palavra a favor da Maçonaria. Suas palavras para o AM e CM estavam na ordem inversa (e isso se tornou uma prática comum na Europa), mas ele disse praticamente nada sobre o segundo grau. Ele descreveu o beber e brindar maçônico em grande extensão, com uma descrição maravilhosa do ‘Fogo Maçônico’. Ele mencionou que o grau de Mestre era “um grande lamento cerimonial sobre a morte de Hiram”, mas ele nada sabia sobre o terceiro grau, e disse que os Mestres Maçons apenas têm um novo sinal e isso foi tudo.

Nosso próximo trabalho é Le Catéchisme des Francs-Maçons (O Catecismo da Maçonaria), publicado em 1744 por Louis Travenol, um jornalista francês famoso. Ele dedica seu livro “Ao Belo Sexo”, que ele adora, dizendo que ele está deliberadamente publicando essa exposição em benefício delas, porque os Maçons as excluíram, e seu tom é ligeiramente antimaçônico. Ele continua com uma nota “Ao Leitor”, criticando vários itens na obra de Perau, mas concordando que Le Secret está, de maneira geral, correto. Por essa razão (e Perau era irremediavelmente ignorante do terceiro grau), ele limita sua exposição ao nível de MM. Mas isso é seguido por um catecismo que é um composto para todos os três graus, sem divisões, embora seja fácil ver quais perguntas pertencem ao Mestre Maçom.

Le Catéchisme também contém duas excelentes gravuras dos Painéis de Loja ou Desenho do Pavimento, um chamado “Plano da Lodge para o Aprendiz-Companheiro” combinado, e outro para “A Loja de Mestre”.

Travenol começa seu terceiro grau com ‘A História de Adoniram, Arquiteto do Templo de Salomão’. Os textos em francês costumam dizer Adoniram em vez de Hiram, e a história é uma versão esplêndida da Lenda de Hiram. Na melhor das versões em francês, a palavra do Mestre (Jeová) não foi perdida; os nove Mestres que foram enviados por Salomão para procurá-lo, decidiram adotar uma palavra substituta por medo de que os três assassinos tivessem obrigado Adoniran a divulgá-la.

Isto é seguido por um capítulo à parte que descreve o leiaute de uma Loja de Mestre, incluindo o “Desenho do Pavimento”, e a mais antiga cerimônia de abertura de uma Loja de Mestres. Aquele contém um curioso “sinal de Mestre” que começa com uma mão ao lado da fronte e termina com o polegar na boca do estômago. E agora, Irmãos, temos uma descrição magnífica do desenho do pavimento do terceiro grau, toda a cerimônia, tão bem descrita e em tais detalhes, que qualquer Preceptor poderia reconstruí-la do começo ao fim – e cada palavra de todo este capítulo é material novo que nunca tinha aparecido antes.

É claro que há muitos itens que diferem das práticas que conhecemos, mas agora você pode ver porque eu estou animado com esses documentos franceses. Eles dão detalhes maravilhosos, numa época em que não temos o material correspondente na Inglaterra. Mas antes que eu saia de Le Catechisme, devo dizer algumas palavras sobre a sua figura do Painel de Loja ou Desenho do Pavimento do terceiro grau que ele contém, como seu tema central, um desenho de um esquife, cercado por gotas de lágrimas, as lágrimas que nossos irmãos antigos derramam com a morte de nosso Mestre Adoniram.

Sobre o esquife está um ramo de acácia e a palavra “JEHOVA”, “ancien mot du Maitre”, (antiga palavra de um Mestre), mas no grau francês ela não foi perdida. Ela era o Nome Inefável, que nunca devia ser pronunciado, e aqui, pela primeira vez, a palavra Jeová está no caixão. O diagrama, em pontos, mostra como três passos em zig-zag sobre o caixão devem ser dados pelo candidato ao avançar do Ocidente para o Oriente, e muitos outros detalhes interessantes, numerosos demais para mencionar.

O catecismo, que é o último item principal do livro, está baseado (como todos os primeiros catecismos franceses) diretamente sobre a Maçonaria Dissecada, de Prichard, mas ele contém uma série de expansões e explicações simbólicas, resultado da influência especulativa.

E assim chegamos à última das exposições francesas que eu quero abordar hoje, L’Ordre des Francs-Maçons Trahi (A Ordem dos Maçons Traída) publicada em 1745 por um escritor anônimo, um ladrão! Não havia nenhuma lei de direitos autorais naqueles dias e este homem conhecia uma coisa boa quando ele a via. Ele levou o melhor material que pode encontrar, colecionado em um livro, e acrescentou algumas notas de sua autoria. Então, ele roubou o livro de Perau, 102 páginas, inteirinho, e o imprimiu como seu próprio primeiro grau. Ele disse muito pouco sobre o segundo grau (o segundo grau sempre foi um pouco órfão). Ele roubou o adorável terceiro grau de Travenol, e acrescentou algumas notas, incluindo algumas linhas dizendo que antes da admissão do candidato, o MM mais recente na Loja deita-se no caixão, com o rosto coberto com um pano manchado de sangue, de modo que o candidato o verá levantado pelo Mestre, antes que ele avance para a sua própria parte na cerimônia.

De seu próprio material, não há muito; capítulos sobre a Cifra Maçônica, sobre os Sinais, Toques e Palavras, e sobre costumes maçônicos. Ele também incluía dois desenhos melhorados do Pavimento e duas gravuras excelentes ilustrando os primeiro e o terceiro graus em progresso. Seu catecismo seguia a versão de Travenol de muito perto, mas ele acrescentou quatro perguntas e respostas (aparentemente uma contribuição menor), mas elas são de grande importância em nosso estudo do ritual:

P. – Quando um Maçom encontra-se em perigo, o que ele deve dizer e fazer para chamar os irmãos em seu auxílio?

R. – Ele deve colocar suas mãos postas sobre a testa, os dedos entrelaçados, e dizer: “A mim os filhos da viúva”.

Irmãos, eu não sei se “dedos entrelaçados” eram utilizados nos EUA ou no Canadá; só vou dizer que eles eram bem conhecidos em várias jurisdições europeias, e “Filhos da Viúva” aparece na maioria das versões da lenda de Hiram.

Mais três novas perguntas são:
Qual é a Palavra de um Aprendiz? Resp: T
A de um companheiro? Resp: S
E a de um Mestre? Resp: G

Esta foi a primeira aparição de senhas impressas, mas o autor acrescentou uma nota explicativa:

Estas três senhas são pouco utilizadas, exceto na França e em Frankfurt am Main. Elas têm a natureza de palavras de passe, introduzido como uma salvaguarda mais segura (quando se lida) com irmãos que não as conhecem.

As senhas nunca tinham sido ouvidas antes desta data, 1745, e elas aparecem pela primeira vez, na França. Vocês devem ter notado, Irmãos, que algumas delas parecem estar na ordem errada, e, por causa da lacuna de 30 anos, não sabemos se elas estavam sendo usadas ​​na Inglaterra naquele momento ou se eram uma invenção francesa . Neste enigma temos uma curiosa peça de evidência indireta, e devo divagar por um momento.

No ano de 1730, a Grande Loja da Inglaterra foi grandemente perturbada pelas exposições que estavam sendo publicadas, especialmente a Maçonaria Dissecada de Prichard, que foi oficialmente condenada na Grande Loja. Mais tarde, como medida de precaução, certas palavras nos dois primeiros graus foram trocadas, um movimento que deu motivo, no devido tempo ao surgimento de uma Grande Loja rival. Le Secret, 1742, Le Catéchisme, 1744 e o Trahi, 1745, todos dão essas palavras na nova ordem, e em 1745, quando as Senhas fizeram sua primeira aparição na França, elas também aparecem em ordem inversa. Sabendo quão regularmente a França adoptou – e melhorou – práticas rituais inglesas, parece haver uma forte probabilidade de que as Senhas já estivessem em uso na Inglaterra (talvez na ordem inversa), mas não há um único documento inglês para apoiar essa teoria.

Então, Irmãos, até 1745 a maior parte dos principais elementos nos graus da Maçonaria já existiam, e quando o novo fluxo de rituais ingleses começou a aparecer na década de 1760, o melhor daquele material tinha sido incorporado em nossa prática inglesa. Mas ainda estava muito crua e uma grande quantidade de polimento precisava ser feita.

O polimento começou em 1769 por três escritores – Wellins Calcutt e William Hutchinson, em 1769, e William Preston, em 1772, mas Preston superou os outros. Ele foi o grande expositor da Maçonaria e seu simbolismo, um professor nato, constantemente escrevendo e melhorando seu trabalho. Por volta de 1800, o ritual e as Palestras (que eram os catecismos originais, agora se expandiram e explicavam em belos detalhes) estavam todos em seu melhor resplendor. E então, com um descuido típico inglês, nós estragamos tudo.

Vocês sabem, Irmãos, que a partir de 1751 até 1813, tivemos duas Grandes Lojas rivais na Inglaterra (a original, fundada em 1717, e a Grande Loja rival, conhecida como os “Antients”, fundada em 1751) e eles se odiavam com zelo verdadeiramente maçônico. Suas diferenças eram principalmente em questões menores de ritual e em seus pontos de vista sobre a Instalação e o Arco Real. A amargura continuou até 1809, quando os primeiros passos foram dados no sentido de uma reconciliação e uma união muito desejada das rivais.

Em 1809, a Grande Loja original, os ‘Modernos’, ordenou as revisões necessárias, e a Loja de Promulgação foi formada para aprovar o ritual e trazê-lo a uma forma que pudesse ser considerada satisfatória para ambos os lados. Isso tinha que ser feito, ou ainda teríamos duas Grandes Lojas até nossos dias! Eles fizeram um excelente trabalho, e muitas mudanças foram feitas em assuntos de rituais e procedimentos; mas uma grande quantidade de material foi descartada, e que poderia ser justo dizer que eles jogaram fora o bebê com a água do banho. A Colmeia, a Ampulheta, o Alfanje, o Pote de Incenso, etc. que estavam em nossos Painéis de Loja no início do século XIX desapareceram. Nós temos que ser gratos de fato pelo material esplêndido que eles deixaram para trás.

UMA NOTA PARA IRMÃOS NO EUA

Devo acrescentar aqui uma nota para Irmãos nos EUA. Vocês perceberão que até as alterações que acabo de descrever, eu venho falando sobre o seu ritual, bem como o nosso na Inglaterra. Depois da Guerra da Independência, os Estados rapidamente começaram a criar as suas próprias Grandes Lojas, mas o seu ritual, principalmente de origem inglesa – seja Antients ou Modernos – ainda era basicamente inglês. Suas grandes mudanças começaram em e por volta de 1796, quando Thomas Smith Webb, de Albany, NY, uniu-se a um maçom inglês, John Hanmer, que era bem versado no sistema de palestras de Preston.

Em 1797, Webb publicou seu Monitor do Maçom ou Ilustrações da Maçonaria, em grande parte baseados nas Ilustrações de Preston. O Monitor de Webb, adaptado do nosso ritual quando, como eu disse, ele estava em seu melhor brilho, tornou-se tão popular que as Grandes Lojas americanas, principalmente nos estados do leste naquela época, fizeram tudo que puderam para preservá-lo em sua forma original; eventualmente, com a nomeação de Grand Conferencistas, cujo dever era (e é) garantir que as formas adotadas oficialmente permaneçam inalteradas.

Eu não posso entrar em detalhes agora, mas a partir dos Rituais e Monitores que estudei e as Cerimônias e Demonstrações que vi, não há dúvida de que o seu ritual é muito mais completo que o nosso, dando ao candidato muito mais explicação, interpretação e simbolismo, do que normalmente é dado na Inglaterra.

Com efeito, devido às mudanças que fizemos no nosso trabalho entre 1809 e 1813, é justo dizer que em muitos aspectos, o seu ritual é mais antigo que o nosso e melhor do que o nosso.

Finis

[i] Henry Carr foi Past Master e Secretário por muito tempo da Quatuor Coronati Lodge No. 2076, CE, que é conhecida como a “Primeira Loja de Pesquisas Maçônicas.”.