sexta-feira, 27 de outubro de 2017


A HERANÇA GREGA DA MAÇONARIA
PARTE 4

Extraído do blog "O Ponto dentro do Círculo"

Grécia: Nascimento da Filosofia? As influências do Pensamento Grego e os Filósofos Gregos mais estudados no âmbito da Maçonaria. Os estudiosos maçons e suas considerações sobre a Filosofia

Desde o início dessa proposta, buscamos mostrar aqui o que a Maçonaria absorveu da cultura grega, incluídos vários dos aspectos pertinentes. Este que pretende ser o último trabalho da série irá tratar da filosofia grega e dos seus luminares. A Maçonaria vem se utilizando desde muito tempo desse cimento cultural, dessa sabedoria toda que, antes de tudo, é necessário dizer, é patrimônio da humanidade inteira. Veremos ao longo deste trabalho, então, quais as maiores influências recebidas pela Maçonaria, quais os filósofos gregos que no seio da nossa doutrina maçônica são mais estudados e aproveitados. Mas, para começar, que tal nos municiarmos com algumas informações a respeito das prováveis origens da filosofia? 
Da Mitologia para a Filosofia?

Antes de darmos início, uma pergunta já vem embutida, se é que queremos falar das origens da Filosofia: Como se deu o rompimento do pensamento mítico, que precedeu ao pensamento filosófico na Grécia antiga?

Em um determinado momento, compreendido no período que vai do século X ao VI a.C., uma série de condições históricas acabaram sendo favoráveis para que houvesse o surgimento de uma nova maneira de pensar. Uma nova forma de abordar a realidade, responsável por romper aos poucos com aquilo que se convencionou chamar de pensamento mítico.

Esse pensamento mítico, para entendermos melhor, tinha muito da sua fundamentação registrada em quatro obras cujos títulos e autores são: a “Ilíada” e a “Odisseia” de Homero, e a “Teogonia” e “Os Trabalhos e os Dias” de Hesíodo.

Essas epopeias podem ser consideradas então, a essência do pensamento mítico. Elas são definidas por Joel Gracioso em seu artigo “Investigação da Existência” da seguinte forma: “As epopeias são o resultado da mistura de lendas jônicas e eólias, incorporando relatos sobre viagens marítimas e outros elementos advindos do contato do mundo grego com a cultura de outros povos.”

Mas, depois de todos aqueles deuses mostrando seus inúmeros poderes, que se envolvem com os mais variados tipos de transformações, que interferem nas vidas dos seres humanos e na natureza, eis que, no discurso mítico, o fabuloso e o fantástico são coisas normais, algo começa a mudar. Essa maneira que até aquele período vigorara, de entender o mundo e também de pensá-lo com a presença maciça dos deuses, começa a definhar e uma nova e instigante matriz de pensamento irrompe. O seu nome: filosofia.

Vejamos o surgimento da filosofia sob mais de uma ótica, e isso assim, vai ajudar a alargarmos os horizontes dos nossos pensamentos.
O Nascimento da Filosofia

No “Vade-Mécum Maçônico”, de autoria do Irmão João Ivo Girardi, no verbete “FILOSOFIA, HISTÓRIA DA”, em seu item 1, intitulado Filosofia Pré-Socrática, em suas primeiras linhas, é possível termos uma visão sucinta dos primeiros tempos da Filosofia grega:

“Por filosofia entendemos uma forma completamente nova de pensar, surgida na Grécia por volta de 600 a. C. Antes disso, todas as perguntas dos homens haviam sido respondidas pelas diferentes religiões. Essas explicações religiosas tinham sido passadas de geração para geração através de mitos. Um mito é a história de deuses e tem por objetivo explicar por que a vida é assim como é. Ao longo de milênios, espalhou-se por todo o mundo uma diversificada gama de explicações mitológicas para as questões filosóficas. Os filósofos gregos tentaram provar que tais explicações não eram confiáveis. Criticaram os deuses porque tinham muita semelhança com os homens. Eles eram tão egoístas e traiçoeiros como qualquer um de nós. Pela primeira vez na história da humanidade foi dito claramente que os mitos talvez não passassem de frutos da imaginação dos homens. Um exemplo dessa crítica aos mitos pode ser encontrado no filósofo Xenófanes, nascido por volta de 570 a.C. Para ele, as pessoas teriam criado os deuses a sua própria imagem e semelhança. Naquela época os escravos faziam todo o trabalho braçal e os cidadãos livres podiam dedicar-se exclusivamente à política e à cultura; sob tais condições de vida, o pensamento humano deu um salto; sem depender de nada e de ninguém, cada indivíduo podia agora opinar sobre como a sociedade devia ser organizada. Desse modo, o indivíduo podia formular suas questões filosóficas sem ter que para isso recorrer à tradição e mitos. E assim a filosofia se libertou da religião.”

Há seguramente, os prós e os contras. Vejamos um pouco do que essas outras cabeças pensam:

John Burnett (1863-1928), professor de origem escocesa, diz que a filosofia nasceu quando as velhas explicações míticas já não convenciam mais, por conseguinte, os pensamentos de ordem filosófica somente poderiam florescer num local onde não existisse qualquer influência da mitologia.

E podemos perguntar: Será que foi tão simples assim? F.M.Cornford (1874-1943), professor e poeta inglês, procurou mostrar que a estrutura dos Mitos ainda estava presente nos filósofos que se sucederam. Isso quer dizer que, além de se utilizarem dos termos próprios do universo da mitologia, eles faziam uso de um empréstimo conceitual. Resumindo: a Filosofia herdou e continuava a se utilizar do conteúdo do Mito.
Comentários

Com relação ao nascimento da Filosofia há várias teses. Para uns, nem caberiam eventuais discussões, pois, ela tem data e local de nascimento: final do século VII e início do século VI nas colônias gregas da Jônia na Ásia menor. Mas, há controvérsias. Há os que defendem uma origem oriental da Filosofia, e nesse caso ela seria uma mera continuação do próprio passado dos orientais. Lá na Antiguidade, Diógenes Laércio já defendia a criação da Filosofia como produto grego, sem que eles tivessem se apropriado de nada dos orientais, ou seja, para aqueles ditos ocidentalistas, ela era uma invenção totalmente nova.

A título de ilustração, e mesmo para evitar o que possa ser entendido como omissão, demonstraremos rapidamente que em relação ao nascimento da filosofia na Grécia, são várias as linhas de pensamento. Vejamos um pequeno trecho recolhido dessa obra importante que é “Civilizaciones de Occidente” da autoria de Edward McNall Burns, onde está sacramentada a existência de mais de uma forma de pensar sobre o assunto, ainda que contrarie algumas posições arraigadas:

“Antecedentes de la Filosofia Griega – Por lo descripto en los capítulos anteriores resulta evidente que es errónea la idea popular de que los griegos crearon la filosofía. Siglos antes, los egípcios habían meditado mucho sobre la naturaleza del universo y los conflictos sociales y morales del hombre. Lo que hicieron los griegos fue más bien dar a la filosofía un contenido más amplio que el que tenia entonces. Trataron de hallar respuestas para todas las preguntas posibles sobre la naturaleza del universo, el problema de la verdad y el significado y la finalidad de la vida. Evidencia la magnitud de su hazaña intelectual el hecho de que la filosofia haya sido desde entonces en gran parte una discusión sobre la validez de las conclusiones a que ellos llegaron.” 

Também, não sei se por casualidade ou por sorte, tenho em mãos a revista “Cult” em sua edição de agosto de 2015, portanto, recém chegada às bancas com um dossiê em seu interior com o título de “Filosofia da Ancestralidade” onde à pág. 40 o título é altamente sugestivo: “Os gregos não inventaram a Filosofia”. Neste artigo, é mencionada a obra “A Filosofia Antes dos gregos” de José Nunes Carreira, onde o Egito aparece como uma região rica em produção filosófica. Mas, a questão em si continua, pelo visto, gerando polêmicas, objeções, argumentos diversos, críticas. Inclusive, fica claro, que uma agenda da de leitura dos textos africanos mais antigos (há muitos autores que advogam dessa hipótese: a filosofia não nasceu grega), não sinaliza um interesse em substituir a Grécia pelo Egito. Mas, e sempre tem o “mas”, como é dito ao final do artigo: “O projeto de dominação do Ocidente tem um aspecto epistemológico que pretende calar qualquer filosofia que tenha sotaques diferentes. Afinal, a filosofia foi ‘eleita’ como suprassumo da cultura ocidental.”

E a esta altura do campeonato, já poderá alguém, que esteja lendo o presente trabalho, inquirir: Mas, por que será que ele está falando disso tudo, quando o assunto é mesmo a Filosofia grega e a Maçonaria?

Bem, eu não desperdiçaria a oportunidade de atiçar a curiosidade daqueles Irmãos que tem as condições necessárias para valorizar isso que é uma busca pela verdade (o que eu acho que deveria ser o motor de todo o Maçom: a curiosidade por esmiuçar as questões e a certeza de que não existem verdades absolutas),

Há um autor e estudioso Maçom, que sempre cito em meus trabalhos, o Irmão Theobaldo Varoli Filho. Pois, utilizando-me agora das obras também desse outro sábio Irmão que se chama Raimundo Rodrigues, vejo que no seu livro ”A Filosofia da Maçonaria Simbólica’’, ele numa das páginas iniciais, que precedem aos textos, faz a citação de uma frase lapidar do Irmão Varoli Filho, com a qual concordo em gênero, número e grau, e é digna de ser repetida aqui:

“A Maçonaria tem por princípio a constante investigação da verdade. Não é maçom quem não for investigador da Verdade.” (Theobaldo Varoli Filho, in Curso de Maçonaria Simbólica, vol.III, pág. 16).

Pelo fato de que ainda temos mais a dizer sobre a questão das origens da filosofia, e com o intuito de bem assimilar o que disse um estudioso do porte de Pierre Vernant, antes, vamos a uma definição do termo “Pólis”, pois, detendo o seu conceito antes em nossa memória, será de muita importância para entender na íntegra a opinião desse historiador francês.
A Pólis: uma definição

Façamos um condensado a seguir, do que era a “Pólis” com base em dados colhidos da Internet:

A “Pólis” era o modelo das cidades antigas da Grécia, que vigorou desde o período arcaico até o clássico. Pelas suas características, o termo pode ser utilizado como sinônimo de cidade. “A pólis possuía uma configuração espacial própria: normalmente ficava justaposta ou circundava a acrópole (a parte alta da cidade, destinada aos templos); possuía um espaço central público, a ágora, onde também se localizava o mercado, além de um gymnasion. A cidadania de uma ‘pólis’ normalmente estava reservada aos homens adultos que ali nasceram.” As ‘poleis’ perderam sua importância durante o domínio romano. Resumindo: é a cidade, entendida no sentido de comunidade organizada, e que é formada pelos cidadãos (politikos). Modo de vida urbano que pode ser considerado a base da civilização ocidental.

Agora que sabemos o que é pólis, podemos falar de Pierre Vernant, renomado historiador e antropólogo francês, que vê o aparecimento da Filosofia de outro ângulo, ou seja, vê como um grande e principal fator incidindo para o seu nascimento e de sua diferença em relação ao Mito, justamente o aparecimento da Pólis, o que pode ser considerado um acontecimento político. Eis que, com o advento da Pólis, o universo espiritual, assim como a mentalidade das pessoas começou a mudar. O que girava então em torno do palácio real, e que pode ser traduzido por vida econômica, social e religiosa, a partir do momento que começou a entrar em crise foi dando lugar a um novo modelo de organização social: a Pólis.
Maçonaria e Filosofia

A Filosofia e o seu estudo no ambiente maçônico tem o aval de vários Irmãos estudiosos. Que tal esse comentário do Irmão Theobaldo Varoli, para começar?

“Como dissemos, a Grécia foi o reino da dialética. Por sinal, ‘dialética’ é uma das obras de Platão. Falar em Dialética é falar em Maçonaria. Daí nunca é demais recomendar às Lojas o dever de escolherem obreiros versados em filosofia, encarregados de proferir palestras culturais, principalmente sobre os ensinamentos da antiga Grécia.“
Sobre a Dialética e um comentário

Para não deixarmos nenhuma lacuna com relação a algumas palavras que vão surgindo, e pelo fato de que vale saber sempre, um dicionário comum definiria a Dialética como:

‘DIALÉTICA: Arte e argumentar ou discutir./ Maneira de filosofar que procura a verdade por meio de oposição e conciliação das contradições. (lógicas ou históricas)’

Já li também que a dialética, pode ser definida como, “a arte do diálogo”.

Com relação à opinião que o Irmão Theobaldo Varoli emitiu no trecho acima, retirado do seu livro, eu somente queria comentar que essa foi mesmo uma virtude do Irmão Varoli, no sentido de que, em seus livros esteve sempre focado em orientar, demonstrar, dar um parecer em muitas questões que iam surgindo ao longo dos seus escritos, preocupado em fazer que a versão mais próxima da verdade fosse a que prevalecesse. Além do mais, suas recomendações eram o resultado da sua sabedoria e experiência.

O Irmão Raimundo Rodrigues, o nosso Mestre maior em Filosofia, em seu livro “A Maçonaria e o Hábito da Virtude”, brinda-nos com sábias palavras quando faz esclarecimentos importantes sobre Maçonaria e Filosofia:

“Conforme o leitor já sabe, a filosofia maçônica não é produto de um filósofo, mas de dezenas e dezenas de filósofos, de várias épocas diferentes. É exatamente por isso que se torna coisa difícil querer seguir o curso da filosofia maçônica ou ter a pretensão de querer ordenar suas posições. Podemos afirmar que já o fizemos várias vezes, que a filosofia maçônica engloba muito do esoterismo quer oriental quer ocidental, todavia o seu conteúdo não apresenta os desvios de opinião, os acidentes de percurso da filosofia grega. Temos, de nós para nós mesmos, que tal coisa se deve ao fato de que o ideário maçônico só é alcançado através da interpretação dos símbolos. Note-se que os símbolos podem proporcionar várias interpretações. O que faz com que a doutrina maçônica não apresente aquele rigor próprio da filosofia. E é exatamente aí que se verifica que a Ordem proporciona a seus exegetas, plena e completa liberdade de pensamento.”

Em outro livro de sua autoria, “Templo de Salomão”, no artigo que leva o título de “A Filosofia e a Arte Real” o Irmão Raimundo Rodrigues assim se pronuncia:

“Filosoficamente, a Maçonaria não se prende a uma escola ou a um sistema porque, então, estaria negando os princípios fundamentais de sua doutrina. Temos de nós para nós, que se a Ordem se deixasse prender a uma escola ou a um sistema filosófico, estaria impondo a seus membros um determinado rumo, obrigando-os a palmilhar sempre a mesma estrada; se assim fosse, certamente ela não mais existiria, pois estaria negando um de seus mais sagrados princípios: a liberdade de pensamento. Através de seu posicionamento filosófico a Maçonaria está mostrando aos Maçons que, antes de tudo, ele tem um compromisso consigo mesmo, com o seu pensar, com o que fazer de sua própria existência.”

Dito isso que é de uma importância extrema, podemos dar continuidade. Aliás, daqui em diante é imprescindível a nossa recorrência direta às obras do Irmão Raimundo Rodrigues, visto ele ser o nosso autor que mais tem abordado assuntos de ordem filosófica, creio eu, no meio maçônico. Ainda bem, que em minha biblioteca devem estar presentes, pelo que me consta, todas as suas obras.

Voltando ao seu livro “A Maçonaria e o Hábito da Virtude”, extraímos dali uma citação que o Irmão Raimundo Rodrigues fez da lavra do filósofo Mussa Battal com relação aos filósofos que devem ser mais estudados no contexto maçônico:

“Os grandes filósofos da Grécia, os da época helenística, os filósofos do Renascimento e os da Ilustração são que estão mais próximos de nossa doutrina maçônica.”

E num trabalho publicado na revista “O Prumo”, inserido numa coletânea mais recente, da lavra do Irmão Raimundo Rodrigues intitulado “A Incidência Filosófica nos Graus Simbólicos”, em determinada altura ele escreveu:

“Os Graus Simbólicos estão impregnados da filosofia dos grandes avatares da Grécia antiga: Tales, Xenófanes, Heráclito, Parmênides, Pitágoras, Empédocles, Anaxágoras, Sócrates, Platão e Aristóteles.”

Consoante então a nossa proposta escancarada desde o começo desse trabalho, de elencar os filósofos gregos mais estudados nos meios maçônicos, ou mais recorrentes, veremos os mesmos sendo citados em conjunto com as informações e orientações que forem julgadas pertinentes, em sucintas biografias, como forma de ajudar aqueles Irmãos que desejem se aprofundar mais nas suas obras.

Como já foi dito, os livros do Irmão Raimundo Rodrigues por si só já seriam uma excelente introdução ao mundo da filosofia, de um modo geral, desde os seus primórdios já que ele mais do que ninguém sabe expor de maneira bastante acessível os filósofo gregos, assim como os que vieram depois.

No final deste trabalho, constam os títulos de suas obras que foram utilizadas com os dados pertinentes e necessários para quem quiser buscá-las junto a sua editora.
Período Pré-Socrático ou Filosofia Pré-Socrática (Séc. VII e VI a.C.)

Os primeiros gregos a fazerem indagações sobre o sentido da existência humana, no tempo e no espaço, foram denominados de pré-socráticos. Estes homens materializaram o mundo em palavras, e para isso foi preponderante o uso da razão. O fato de haver essa delimitação no universo do pensamento grego, ou seja, os que antecederam Sócrates, os que vieram depois, etc., têm o objetivo de facilitar o estudo da Filosofia, ou seja, é uma forma dialética encontrada para absorver melhor os seus conceitos, pois, sabemos que tal universo é grande e complexo demais.

Esses filósofos também conhecidos por naturalistas possuíam como escopo das suas especulações o problema cosmológico, e com isso, buscavam o princípio das coisas.

Um dos grandes filósofos desse período e de fundamental importância para a Maçonaria foi Pitágoras, o qual já mereceu um estudo na segunda parte deste trabalho, em razão da Escola Pitagórica ou Pitagorismo. Portanto, para mais informações, recomendamos ao leitor que consulte o trabalho citado.

De qualquer maneira aproveitando um trabalho recente do Irmão João Ivo Girardi no JB NEWS nº 1.767, intitulada “Filósofos a.C.” extraímos do mesmo a pequena biografia relativa a este filósofo. Com certeza, muito mais poderá ser encontrado sobre Pitágoras, também, no “Vade-Mécum Maçônico’ da autoria do Irmão João Ivo Girardi. Vejamos então os dados sobre Pitágoras no JB NEWS: “Pitágoras (570 a.C.) Filósofo e matemático grego. Temas: metempsicose e matemática. Refrão: ‘Todas as coisas são baseadas nas formas geométricas.’ Mais conhecido pelo Teorema de Pitágoras, Cesura pitagórica. Atribuem-se mais coisas a Pitágoras do que se conhece sobre ele. Aparentemente, pregou a doutrina da metempsicose (a transmigração das almas, ou reencarnação), e absteve-se de comer feijão. A ele é atribuído o famosos teorema da geometria euclidiana, que levou seu nome. Também a ele é creditada a descoberta de que a escala musical de tons e semitons não permite à afinação perfeita dos instrumentos. Essa anomalia acabou levando à afinação de temperamento igual na época de J.S. Bach. (p.ex. O Cravo Bem Temperado).”

Somente para termos uma ideia geral dos muitos filósofos e suas escolas, que antecederam a Sócrates, citaremos os principais, com base na Wikipédia:
Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso.
Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento.
Escola Eleática: Xenófanes, Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia e Melisso de Samos.
Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.
Escola Eclética: Diógenes de Apolônia, Arquelau de Atenas.

E a título de complementação, podemos ainda dizer que, Tales de Mileto, Anaximandro e Heráclito eram físicos. Pitágoras desenvolveu a sua doutrina defendendo a idéia de que tudo preexiste à alma, já que a mesma é imortal. Demócrito e Leucipo defenderam a formação das coisas todas, com base na existência dos átomos.
Período Clássico ou Filosofia Clássica (470 a 320 a.C.)

“(…) ênfase nas questões antropológicas e maior sistematização do pensamento. Desse período fazem parte os sofistas, o próprio Sócrates, seus discípulos Platão e Aristóteles, discípulo de Platão.”
Sócrates

Sócrates é considerado uma espécie de divisor de águas. O período em que ele viveu dentro do contexto filosófico grego é chamado de Período Clássico, onde juntamente com ele destacaram-se os sofistas.

Quem eram os sofistas? “Os sofistas, entre eles, Górgias, Leontinos e Abdera, defendiam uma educação, cujo objetivo máximo seria a formação de um cidadão pleno, preparado para atuar politicamente para o crescimento da cidade. Dentro desta proposta pedagógica, os jovens deveriam ser preparados para falar bem (retórica), pensar e manifestar suas qualidades artísticas.”

O Irmão Theobaldo Varoli Filho comentou sobre Sócrates, esse que foi um dos luminares da filosofia grega:

“O surto da alta filosofia grega começa com Sócrates, ateniense, filho do escritor Sofrênico e da parteira Fenarete. Foi escritor mas nada deixou escrito. (…) Diz a história que Sócrates, acusado de corromper a juventude e criar novos deuses, não quis defender-se e seus juízes demagogos o condenaram a beber cicuta e morrer. 

Sócrates restabeleceu a preponderância do inteligível, pois os sofistas, sensualistas acima de tudo, preferiam o império do sensível na busca do conhecimento. Assim, na lógica socrática, o objeto da ciência seria o conceito e a busca de definição (o que é e para que fim). Para se atingir esse alvo, mister se tornaria empregar principalmente a observação e a comparação, examinando seres ou indivíduos da mesma espécie, excluindo-lhes as diferenças e conservando as características comuns e estáveis, até perceber-lhes a natureza, a essência. A esse método Sócrates chamou de ‘indução’, palavra que atualmente seria ‘partir do particular para o geral’, tal como, Galileu, que, verificando as oscilações de um pêndulo nas mesmas condições e em vários lugares, chegou à generalização, ou lei do isocronismo e das amplitudes oscilatórias. Da dialética de Sócrates, o que muito interessa aos maçons é o processo da polêmica empregada no sentido didático, tal como o mestre a ideou, dividindo o diálogo em duas partes: a ‘ironia’ e a maiêutica (parto das ideias). Pela ironia o mestre ouvia o antagonista com atenção e humildade, com o interesse de quem deseja aprender e, assim colhia os elementos convergentes dou divergentes , com a atenção de quem deseje aproveitar-se da ‘antanagoge’ (método de usar dos argumentos do adversário, para derrotá-lo). Iniciadas as perguntas, o interlocutor, procurando defender as suas teses, chegaria a contradizer-se a confessar a própria ignorância. Pela ‘maiêutica, o discípulo era interrogado e levado a obter os conceitos e definições, partindo de casos particulares e concretos. Assim, o próprio discípulo ‘paria’ as ideias.

NOTA DO AUTOR AO APRENDIZ – Maçonaria considera a Lógica uma de suas sete ‘luminárias’, ao lado da Aritmética, Geometria, Gramática, Retórica, Música e Astronomia, completando as sete artes liberais da antiguidade, instituídas oficialmente entre os beneditinos e denominadas, por Boécio, na divisão ‘Trivium et Quadrivium’.(…)

O método, caminho ordenado e lógico para se chegar à Verdade, é o objeto principal da Lógica. Os dois métodos fundamentais são o dedutivo e indutivo. O dedutivo vai do geral para o particular, como ocorre na matemática, principalmente na Geometria, na qual, de uma verdade geral, como, por exemplo, da demonstração da tese de um teorema, decorrem corolários ou particularidades que, de certo modo, passam a constituir generalidades. O indutivo ou de generalização, começa no particular e chega à verdade geral. As ciências naturais se fundaram principalmente na observação dos fenômenos particulares. Há ainda os métodos mistos ou correlatos com os dois principais. Assim, há os métodos psicológico, matemático, experimental, de análise e síntese de observação dos fatos (…) e o método dialético, (…) um dos grandes métodos empregados pela maçonaria. 

A regra ‘conhece-te a ti mesmo’, de Sócrates, é um dos lemas fundamentais da maçonaria (autognose) e a sua filosofia é desenvolvida principalmente no grau de Companheiro, por meio de uma entre várias interpretações do pentagrama pitagórico. A doutrina socrática admitia a existência de Deus, a espiritualidade e imortalidade da alma.” 
Platão

Platão foi discípulo de Sócrates e defendia que “as ideias formavam o foco do conhecimento intelectual”.

Conforme o resumo dos “Filósofos a.C.” do Irmão João Ivo Girardi, no citado JB NEWS, temos o seguinte:

“Platão (429-327 a.C.) Filósofo e acadêmico grego. Tema: essencialismo. Refrão: As essências da bondade, da beleza e da justiça só podem ser compreendidas através de uma jornada filosófica. Obra mais conhecida: Os Diálogos de Platão (incluindo A República). Platão fundou a Academia (protótipo da universidade) em Atenas. Seus diálogos envolvendo seu professor Sócrates abrangeram a maior parte do que sabemos sobre a filosofia de Sócrates, por isso fica difícil separar as idéias dos dois. Platão é considerado o fundador do estudo e do discurso filosófico como ainda praticado hoje.”

Da obra do Irmão Theobaldo Varoli Filho, extraio as seguintes considerações sobre Platão:

“Contudo, Platão deixou algo para a Maçonaria, que é a síntese de que há de melhor das lições de todos os sábios. Quanto à ética individual, o mestre ensinou a consideração pelas ideias e, principalmente, pelas idéias do Bem. A seu ver, deveria o sábio desligar-se do corpóreo e sensível e aprimorar as tendências superiores. Essa ética platônica se consubstanciava no quaternário Sabedoria, Fortaleza, Temperança e Justiça.”

No “Dicionário de Maçonaria” do Irmão Joaquim Gervásio de Figueiredo, no verbete PLATÃO consta:

‘(…) Tão vivo foi e continua a ser o seu pensamento, que os antigos o cognominaram ‘o divino Platão’, e modernos pensadores ocidentais ainda o consideram ‘o pai da filosofia’. Nos ensinos ministrados no grau de Companheiro (2º), da Maçonaria Simbólica, se reflete muito da filosofia platônica.”
Aristóteles

Sobre Aristóteles, utilizamo-nos mais uma vez do Irmão João Ivo Girardi, em sua série de biografias sucintas:

“Aristóteles (384-322 a.C.). Filósofo grego, cientista e naturalista. Temas: lógica, metafísica, ética. Refrão: O meio-termo (evitar extremos em ideais e comportamento). Obras mais conhecidas: Metafísica, Ética a Nicômaco. Quando estudava na Academia de Platão, a principal preocupação de Aristóteles era o conhecimento, obtido por meio da observação de fenômenos naturais. Ele gostava de classificar as coisas (chegou a escrever um livro chamado Categorias). Praticamente inventou a lógica e foi pioneiro em várias ciências. Foi tutor de Alexandre Magno. Por quase dois milênios, Aristóteles foi conhecido como O Filósofo.”

O Irmão Antônio Nami, autor do livro “Maçonaria de A a Z”, incluiu nessa sua obra, o verbete ARISTOTELISMO, que em seu bojo guarda muitos assuntos de interesse e objeto de estudos dos Maçons. O termo possui o seguinte significado:

“Grupo de doutrinas de Aristóteles, filósofo grego, e de seus seguidores. São temas centrais do Aristotelismo a teoria da abstração e do silogismo, os conceitos ato e potência, forma e matéria e substância e acidente; doutrinas todas que serviram à criação da lógica formal e da ética e que exerceram, e ainda exercem enorme influência no pensamento ocidental.”
Pós-Socráticos ou Filosofia Pós-Socrática (320 a.C. até o início da Era Cristã)

Esta época vai do final do período clássico (320 a.C.) até o começo da Era Cristã. Preponderou o interesse pela física e pela ética. Nesse período temos as doutrinas: Ceticismo, a qual no pensamento dos seus filósofos, a dúvida deveria estar sempre presente, pois o ser humano não tem como conhecer nada de forma exata e segura. O filósofo de destaque é Pirro de Élida. O Epicurismo ou Hedonismo: os filósofos defendiam a ideia de que o bem era originário da virtude. O filósofo de destaque é Epicuro. Estoicismo: a razão era defendida ao extremo. A emoção, o prazer e o sofrimento deveriam ser deixados de lado. Sobre o estoicismo veremos um pouco mais, dado ao interesse e estudo do mesmo pelos maçons.O filósofo de destaque é Zenão de Cítio.
O Estoicismo

Evidentemente o estoicismo merece um tratamento especial, ou bem mais do que algumas simples linhas. Conforme o nosso Irmão Raimundo Rodrigues em sua obra “Sutilezas da Arte Real”, os estoicos eram uma corrente filosófica da Grécia que são muito estudados pelos Maçons. Vejamos o seguinte trecho, que pertence ao capítulo intitulado “A Filosofia dos Estoicos e a Arte Real”:

“O estoicismo surgiu no período helenístico que é o grande movimento filosófico depois do período pré- socrático que alguns críticos denominam de pós-aristotélico. Além do estoicismo, surgiram nessa época o epicurismo, o ceticismo e o ecletismo. É de ver-se que o ramo filosófico criado por Zenão de Citim, foi uma Escola de grande influência e que conseguiu atravessar alguns séculos, talvez porque apresente uma gama de originalidades que surpreende a quem se resolva estudá-lo em profundidade. Nota-se desde logo, que a ética maçônica tem muito a ver com o estoicismo que, na essência, esposa o racionalismo ético. Assim como o estoicismo, a Maçonaria grita a seus membros que não se deixem dominar por paixão alguma. Aliás, a grande similitude existente entre a filosofia estoica e a doutrina maçônica reside na oferta de normas claras de comportamento. E tem mais: além de ser uma doutrina essencialmente moral, o estoicismo contém importantes ensinamentos sobre a estrutura dos cosmos e sobre o conhecimento humano, o que também é de grande interesse da Arte real. (…) Pode-se hoje, estudar o estoicismo sob vários ângulos porque, apesar de terem chegado até nós poucos fragmentos dos escritos de Zenão, temos as obras completas dos maiores seguidores dos estoicos, como Epicteto, Sêneca e Marco Aurélio. Às vezes os estoicos se afastam tanto de Platão quanto de Aristóteles. Eles têm uma visão bem deles (poderíamos até dizer – maçônica) sobre o sentimento, a emoção e a paixão. A nós nos parece que a maçonaria buscou no estoicismo os ensinamentos que nos fornece sobre eles. Vejamos: o estoicismo nos ensina que o sentimento é a emoção racionalizada. Já a emoção é o tônus vital do psicossomático, enquanto que a paixão é o domínio bruto do sentimento e que, muitas vezes, nos leva ao fanatismo. É esta, exatamente esta, a doutrina maçônica.”

E do “Vade-Mécum Maçônico” do Irmão João Ivo Girardi, com o objetivo de ilustrar melhor a utilização que a Maçonaria faz da filosofia estoica, reproduzo o seguinte trecho pertencente ao verbete ESTOICISMO:

“7. A Maçonaria vale-se da ética dos estóicos quando vê na virtude o único bem da vida. Viver de acordo com a virtude significa viver conforme a natureza, que se identifica com a razão, no sentido cósmico universal. O lado patológico da realidade humana é constituído quando são desprezados os afetos e as inclinações, constituindo a virtude, na liberdade, na igualdade e na fraternidade. Sendo a virtude um dos únicos bens, o vício e a ignorância são o mal, e a noção do dever, de viver segundo a razão, significa o senso de responsabilidade, cujo conjunto forma a sua ética.”

Ainda, do clássico “História da Filosofia”, de Gonzague Truc, retiro as seguintes passagens:

“É no domínio da moral que a doutrina se expande e assume toda a sua amplidão. (…) Em face do dever não pode haver transigência, como não pode haver abstenção. (…) A grande máxima será: ‘Viver em conformidade com a natureza’ (entenda-se: ‘Viver em conformidade com a razão.’)”
Comentários

De maneira evidente, os estoicos e a sua moral, que para uns chega a ser definida como uma das mais elevadas, e ao mesmo tempo, uma das mais absurdas, faz com que detectemos uma certa infantilidade no seu “viver segundo a razão”, pois, entendemos também que a razão não pode legislar tudo, e além do mais, não se pode lidar com nosso sentimento na base do ON/OFF. Os anelos que a escola estoica idealizou, no entanto, acabaram sendo cumpridos pela moral cristã, consubstanciados em pureza e desprendimento.
Conclusão

Para o leitor que até aqui pacientemente acompanhou essa série de trabalhos, todos relacionados com aquelas áreas em que a cultura grega muito se destacou, aliás, não haveria nem como tentar estipular a dimensão disso tudo em termos de benefícios para o progresso da humanidade, e para o desenvolvimento intelectual do homem, fica mais uma vez uma amostra, dessa vez, a grega, dentre tantas outras, desde as tradições orientais, a hermética, a cabalística, a bíblica, a dos construtores de catedrais, enfim, que convergem para esse rico universo que é o da Maçonaria. Vou recair naquela “ladainha” se assim alguém achar por bem entender, mas, não custa nada dizer que há muito mais esperando para quem tem a curiosidade de saber, a vontade de buscar incessantemente a verdade, ou para aquele que trabalha constantemente a sua pedra bruta e que a exemplo de Sócrates, Platão, Aristóteles e tantos outros gregos maravilhosos, e aqui uma ênfase para os estoicos, que pensaram e trabalharam sobre as Virtudes, busca com supremo afinco a sua pedra filosofal, porque, antes de tudo, acredita que ela pode ser encontrada. Este é o Maçom, um eterno buscador. Então, usando do que já pode ser considerado um chavão, assumo o risco, mas, vou dizer também que a totalidade desses trabalhos não tem a pretensão de ser definitivos, já que há muitos outros desdobramentos que possam ser trabalhados. Com uma gama tão grande de filósofos, e estamos falando da Grécia antiga, escolhemos alguns, que como dissemos tem seus conceitos, suas doutrinas, suas idéias mais aproveitadas, e em conformidade com a nossa doutrina, o que não quer dizer que outros também não sejam importantes e que não mereçam ser lidos. Eu sou daqueles que comungam da ideia de que para o Maçom a leitura da Filosofia, e aqui numa referência à Filosofia e aos filósofos de todas as épocas, para o Maçom, é leitura fundamental.

O Irmão João Ivo Girardi inaugurou seu texto “Filósofos a.C.” com esse parágrafo que se adapta perfeitamente, e que agora escolho com o propósito de utilizá-lo neste fechamento:

“A Maçonaria sempre encontrou franca correspondência com os filósofos, pois ambos condenam todo e qualquer dogmatismo e cada membro tem o direito de formar seus próprios conceitos sobre a Divindade, como princípio de tolerância. Também a doutrina moral dos maçons, que se baseia no maior aperfeiçoamento do ser humano durante a existência terrena encontra em muitos filósofos, uma base segura de seus conceitos e práticas.”

Essa base, conforme pudemos constatar ao longo do trabalho que ora finda, tem muitos filósofos da Grécia antiga.
Autor: José Ronaldo Viega Alves
Mestre Maçom – ARLS Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Fonte: JB News


Consultas Bibliográficas


Internet:
JB NEWS, nº 1.767, de 2 de agosto de 2015. “Filósofos _ a. C.” – Trabalho de autoria do Irmão João Ivo Girardi “Os Primeiros Filósofos e a Busca do Princípio de Todas as Coisas” postado por Elaine Barbosa – Disponível em: parquedaciencia.blogspot.com.br “Pré-Socráticos” – Disponível em: https.//pt.wikipedia.org/wiki/Pré-socráticos “Conceitos Diversos: Pólis” – disponível em: WWW.Ceap.br/material/ “Pólis” – disponível em: WWW.dicionarioinformal.com.br/pólis/


Revistas:
CULT, nº 204, Agosto de 2015. “Os Gregos Não Inventaram a Filosofia” Artigo de Renato Noguera FILOSOFIA ESPECIAL GRÉCIA, Ano I, nº 1. “Investigação da Existência” – Artigo de Joel Gracioso – Editora Escala


Livros:
BURNS, Edward McNall. “Civilizaciones de Occidente” – Tomo 1 – Ediciones Siglo Veinte – 14ª Edicion – Buenos Aires, Argentina – 1983 FIGUEIREDO, Joaquim, Gervásio de. “Dicionário de Fiklosofia” – Editora Pensamento GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite – Vade-Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Editora Ltda. 2ª Edição – 2008 NAMI, Antônio. “Maçonaria de A a Z” – Madras Editora Ltda. 2013 O PRUMO 1970-2010 COLETÂNEA DE ARTIGOS – GRAU 3 – MESTRE – VOLUME 1- “a Incidência Filosófica nos Graus Simbólicos” – Trabalho do Irmão Raimundo Rodrigues de Albuquerque PEQUENO DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO KOOGAN LAROUSSE – Editora Larousse do Brasil – 1980 RODRIGUES, Raimundo. “A Maçonaria e o Hábito da Virtude” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. – 1ª Edição – 2004 RODRIGUES, Raimundo. “Templo de Salomão” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª Edição – 2005 RODRIGUES, Raimundo. “A Filosofia da Maçonaria Simbólica” –Volume 4 – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. – 1ª Edição – 2007 RODRIGUES, Raimundo. “Sutilezas da Arte Real” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. – 1ª Edição – 2003 TRUC, Gonzague. “História da Filosofia” – Editora Globo – 1ª Edição – 2ª Impressão – 1968 VAROLI FILHO, Theobaldo. “Curso de Maçonaria Simbólica” – 1º Tomo (Aprendiz) 2ª Edição – Editora A Gazeta Maçônica S.A. 1977

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