MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - OS HERMETISTAS - OS ROSA CRUZES - 1ª PARTE
Autor: PEDRO NEVES
Vimos, em capítulo precedente, que a Franco Maçonaria, conservando certos ritos das iniciações antigas, sobretudo em uma parte daqueles que foram transmitidos pelo Egito, perdeu completamente o sentido esotérico de seus atos e que ela acreditou simplificar somente as suas práticas, suprimindo de suas obras tudo o que lhe dava uma verdadeira importância.
Vimos que a Maçonaria tem atualmente desprezo pelas ciências psíquicas, das quais muitas conclusões são hoje admitidas pelo ensino oficial.
Várias seitas, observando este lamentável estado de coisas, quiseram reviver os programas antigos, fazendo estudos sérios, relativos às experiências e aos ensinamentos iniciáticos.
Todos os agrupamentos foram espiritualistas, admitindo a imortalidade da alma, a existência de Deus e os renascimentos.
Entre estes ramos, os mais célebres têm sido os Rosa Cruzes, os Filósofos Desconhecidos e os Martinistas. No presente capítulo, que termina o nosso estudo retrospectivo das iniciações, trataremos da iniciação hermética que é em grande parte, o fim destas três últimas associações. Terminaremos esta primeira parte dizendo algumas palavras sobre a iniciação antiga.
Este assunto parece ser estranho, tratado neste lugar, mas não devemos esquecer que todas as fraternidades herméticas como os Rosa Cruzes, se ocupam tão cuidadosamente das pesquisas naturais e que a alquimia foi uma parte de seu fim. Em suma, esta ciência não nos afasta do nosso assunto pessoal.
Todos os alquimistas estão de acordo em dizer que se o alquimista deve ser versado nas ciências naturais, deve também ser um adepto do desenvolvimento pessoal, porque, por mais singular que isso possa parecer, os alquimistas afirmam que a ação sobre o metal é o corolário de uma ação sobre si mesmo; segundo esta crença, tais forças são solidárias e não devem ser separadas.
OS ROSA CRUZES
Tem-se falado muito dos Rosa Cruzes, ainda que esta fraternidade misteriosa seja sempre um centro particularmente secreto e desdenhoso de todas as realizações políticas mundanas. Os seus escritos mostram que eles são dedicados às ciências mais abstratas, procurando, em exercício ascético, o meio de operar sobre as forças invisíveis; mostram-nos como estudantes de curiosos processos para agir também sobre a matéria, especialmente na ordem das transmutações alquímicas.
É infinitamente verossímil que a Ordem dos Rosa Cruzes surgisse da Franco Maçonaria e que, desde os tempos remotos, em que estes hermetistas tomaram origem, vissem que outras facções da Ordem estavam ocupadas em objetos muito práticos. À medida que o segredo das iniciações desapareceram da Franco Maçonaria, os Rosa Cruzes precisaram o seu esforço de reação contra o materialismo invasor que corrompia a iniciação maçônica.
Sem negar a importância sob o ponto de vista filosófico, social e político, os Rosa Cruzes parecem ter pensado que tudo isso nada tinha que ver com a iniciação primordial.
Preferiram reviver os ritos e os ensinamentos dos mestres desaparecidos e é por este efeito que, sabendo a que ponto as vastas associações são impotentes, fazem um pequeno grupo de adeptos experimentados com cuidado, que, dizem, teriam lançado para longe e para muito alto os seus estudos das forças naturais e os meios de utilizá-las.
O que é certo é que quaisquer que tenham sido as opiniões manifestadas pelos membros, a Ordem sempre foi espiritualista.
Michel Maier diz-nos que os Rosa Cruzes teriam nascido na Alemanha e que o seu primeiro iniciador teria sido Christian de Rosencreutz, nascido em 1413.
É preciso ver em Rosencreutz o nome de um adepto que teria batizado a Rosa Cruz com seu próprio nome? Precisaria ver no nome iniciático, uma espécie de denominação de Templo tomado por um iniciador, consciente de ser o verdadeiro chefe da nova iniciação? Precisaria ver na Rosa Cruz uma participação qualquer com o movimento gnóstico e joanista de João Huss (que foi queimado, como se sabe, em 1415, no concílio de Constança)?
Isso é que é difícil de precisar.
Sobre a fundação da Ordem rosacruciana, Sédir reproduz o que diz a Fama, publicada em 1617, em Francforte sobre o Meno:
“No começo do século XIV, nasceu na Alemanha, de uma família nobre, Christian de Rosencreutz, que muito cedo ficou órfão: foi educado em um convento, que ele deixou, desde a idade de 16 anos, para viajar na Ásia, Arábia, Egito e Marrocos. Aprendeu, nestas viagens, com os conselhos dos sábios que freqüentou, uma ciência universal harmônica da qual zombaram os sábios europeus aos quais ele quis comunicar. Tirou esta ciência do Liber Mundi (o Livro do Mundo), que conheceu um certo Teofrasto. Concebeu um plano de reforma universal: político religioso, científico e artístico, para cuja execução se associou aos irmãos G. V., L. A., e P. D. O., aos quais aderiu o irmão B., pintor, e os irmãos G. G, e P. D.”.
“comunica-lhe a sua língua mágica, pede-lhe o voto de castidade e dá-lhe o seu nome de Rosa Cruz. Submeteram-se eles às seis obrigações que apresentamos aqui.”
1ª - Não ter outra profissão senão curar.
2ª - Não ter uniforme.
3ª - Reunir-se cada ano no dia de Ano Bom no Templo do Espírito Santo.
4ª - Escolher um discípulo.
5ª - Guardar o selo Rosa Cruz.
6ª - Ficar oculto cem Anos. (História dos Rosa Cruzes).
PEDRO NEVES .'. MI .'. 33 .'. MRA
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Pedro Neves e Durville
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