OS HICSOS[1] E A MAÇONARIA
Por Orlando Dionísio Ribeiro Filho
Revista Hiran Abif – Edição 095 – fevereiro de 2008
Tradução: Pedreiro de Cantaria
Há muitas lendas e histórias sobre a origem da Ordem, algumas com certo fundamento e outras não tanto. Chama nossa atenção, uma delas em particular: a dos Hyksos. Para algumas de suas citações, acreditamos que isso pode ser provavelmente real.
É uma teoria do escritor Tom Valentine, escrita em um de seus livros: "The Great Pyramid". Em resumo, Valentine acredita que, na antiguidade, milhares de anos antes de Cristo, ao contrário do que se supõe, existiram pessoas altamente civilizadas, principalmente avançadas moralmente e intelectualmente, eram Hicsos ou Reis Pastores, que se infiltraram entre os Cidades do Egito, provenientes da região, que conhecemos como Etiópia, apoderando do governo sem violência e fazendo várias mudanças sociais.
Eles eram excelentes pedreiros e artesãos, sua tribo compreendia várias famílias, cada clã era governado por um homem sábio e engenhoso, o patriarca. Esses patriarcas eram os mais velhos, responsáveis pela preservação do conhecimento. Eles descendiam de uma civilização ainda mais antiga, chamada MU, razão pela qual eram denominados Mussons, sendo eles os guardiões da Arca do Testemunho, ou Arca da Aliança.
A pronúncia da palavra Musson no Egito seria equivalente aos maçons, porém, mais do que isso, pelo seu próprio modo de viver, os mussons, espalharam sua filosofia de vida, que era o esforço para a perfeição humana, acreditando que pela prática da Virtude, todo homem seria capaz de alcançar a perfeição.
Eles não tentaram introduzir uma nova religião no Vale do Nilo, sabendo da existência de crenças tradicionais, o que seria imprudente de alterar. Enquanto isso, lançaram novas concepções sobre a natureza humana em uma série de papiros egípcios que são conservados no Museu do Cairo, denominados "O LIVRO DO MORTE".
Eles foram responsáveis pela construção da "Grande Pirâmide de Gizé", que hoje desafia a ciência pela perfeição de sua construção. Este monumento foi construído para que o homem pudesse alcançar a "Gloriosa Luz".
Antes de desaparecer tão misteriosamente como surgiram, este povo deu origem a uma sociedade chamada “Hermética”, que permaneceu com a missão de zelar e guardar a “Arca da Aliança”.
Um de seus integrantes foi José, outro Moisés e finalmente se fala que Jesus, também descendia dos “Herméticos”, povo que tinha descendentes entre os Essênios.
Trata-se, somente de uma suposição, uma teoria, mas, porém, tão profundamente interessante que é merecedora de maiores e mais cuidadosas investigações e estudos.
Dos cinco continentes lhes haviam sido enviados excelente e original planta motivadora, sinalizando nossos caminhos. Tão cheios de perguntas ainda hoje ...
Se os Hicsos fossem nossos pais originais, então muitos temas maçons teriam muito mais claridade, maior definição e melhor precisão. Excemplo:
- Sua alta qualidade como sociedade civil e, em tal virtude, nossa fraternidade universal teria tarefas totalmente distintas das atuais;
- Seu elevado prestígio como cientistas, em tal virtude, os ensinamentos maçônicos, dentro das oficinas, seriam muito mais rigorosos e de alto poder;
- Seu modelo de conduta virtuosa, em tal virtude, as poses epidérmicas, corteses e de mero tratamento seriam conversas da filosofia real e substantiva de vida e de distante existência maçônica.
- Porém, sobretudo, sua organização, sua ideologia, sua doutrina e sua práxis política, em tal virtude as Grandes Lojas e Oficinas, teriam outra conotação, configuração, apresentação e práxis[2]
Tudo isso, podemos especular de forma válida, porque os Hyksos ou Mussons eram pessoas altamente civilizadas e muito efeticases para concretizar, erguer, planejar e perpetuar obras tangíveis de alcance universal e orgulho para a raça humana ... que nem o tempo tem sido capaz de destruir...
Muito ao contrário, o tempo deu às suas magníficas obras maior brilho, mais luzes e maior glória.
Será que esta política não está pronta e acabada para a maçonaria ou será que existem interesses que isto seja da forma como se preconiza hoje.
Ao que parece, essa a política não tem sido guardada pela Maçonaria ... ou será que existem interesses no que se ensina hoje?
Finalizando, talvez seja esse o motivo de tanta incompreensão, de tanta cisão, de tanta falta de humildade, pois a ciência dos nossos antepassados ficou esquecida na poeira do tempo.
[1] Os hicsos (em egípcio heqa khasewet, "soberanos estrangeiros"; em grego Ὑκσώς ou Ὑξώς; em árabe: الملوك الرعاة, "reis pastores", ou como em versão atualizada "reis cativos") foram um povo asiático que invadiu a região oriental do Delta do Nilo durante a décima segunda dinastia do Egito, iniciando o Segundo Período Intermediário da história do Antigo Egito. São mostrados na arte local vestindo os mantos multicoloridos associados com os arqueiros e cavaleiros mercenários mitanni (ha ibrw) e Canaã, Aram, Kadesh, Sídon e Tiro.
[2] O termo práxis provém de um termo grego e diz respeito à prática. Trata-se de um conceito que é utilizado em oposição ao de teoria. O termo costuma ser usado para fazer alusão ao processo pelo qual uma teoria passa a fazer parte da experiência vivida. A praxis é considerada uma etapa necessária na construção de conhecimento válido. A teoria é implementada nas aulas e foca-se na abstração intelectual; a práxis, por sua vez, ocorre a partir do momento em que essas ideias são experimentadas no mundo físico para continuar com uma contemplação reflexiva dos seus resultados.
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