domingo, 14 de junho de 2020


VÍCIOS E VIRTUDES NA VISÃO MAÇÔNICA

Por Luiz Marcelo Viegas



INTRODUÇÃO


Durante o ritual de Iniciação, o Venerável Mestre pergunta ao iniciando:

– “Senhor, que entendeis por Virtude?“

– “Senhor, que pensais ser o Vício?” 

Após, dadas as devidas respostas e definições, o Venerável Mestre deixa a decisão e escolha ao livre arbítrio do profano ao lhe perguntar:

– “Senhor, preferis seguir o caminho da Virtude ou do Vício?”

Meus Irmãos, se aqui estamos todos, é porque escolhemos o caminho da Virtude e renegamos o caminho dos Vícios.

Mas, o que, mais profundamente, são vícios e são virtudes? Como eles afetam as nossas vidas e nossos relacionamentos? Por que eles existem? Como eles aparecem e se manifestam?

Procurando buscar estas respostas e entender o mecanismo de aparecimento desses vícios e virtudes em nossas vidas, é que pensamos em elaborar este trabalho que é sintético, visto que a complexidade do assunto requereria mais tempo de pesquisa, consulta aos especialistas e mais tempo de exposição. Para tal, buscamos respaldo na Filosofia, Teologia e na Psicologia para melhor entender estes mecanismos.
História / Filosofia

Somos seres relacionais, estamos sempre relacionando com os outros. Este ato relacional sempre foi motivo de preocupação e estudos de legisladores e pesquisadores, uma vez que ele estabelece a harmonia e o equilíbrio do grupo e da sociedade. E nós, meus Irmãos, sabemos muito bem que para a construção deste ser social é necessário desbastarmos as asperezas e arestas representados pelos nossos vícios e aspirarmos às virtudes, caminho que escolhemos para esta construção social.

O estudo das virtudes se iniciou com Sócrates, na Grécia antiga… Para ele, a virtude é o fim, o objetivo da atividade humana e se identifica com o bem que convém à natureza humana.

Platão, também na Grécia antiga, desenvolveu a doutrina de Sócrates e apresentou a virtude como o meio para atingir as bem-aventuranças. Foi ele que descreveu as quatro virtudes Cardeais: a Sabedoria, a Fortaleza, a Temperança e a Justiça.

Aristóteles, sempre na antiga Grécia, ensinou que as virtudes não são hábitos do intelecto, mas sim, da vontade. Para ele, não existem virtudes inatas, mas todas se adquirem pela repetição dos atos, que gera o costume (mos ou more) gerando o nome virtude moral. O homem atormentado pelo vício perde de vista seu fim moral.

A filosofia de Aristóteles é a que melhor trabalha a questão dos vícios e virtudes, pois ele sustenta que todos os atos do homem têm consequências e essas consequências têm que ser pensadas. Conforme ele, no tocante à ética, toda ação humana tende a um fim, que é fazer o bem. O homem deve aperfeiçoar-se naquilo que o distingue de todas as outras criaturas: a razão. Para Aristóteles, a virtude deve ser o ponto de partida das ações para se fazer o bem. Ele reforça a virtude moral como sendo aquela que guia nosso comportamento e nossos relacionamentos, sendo, portanto, uma virtude relacional.

Tornamos-nos justos praticando atos justos e para a prática destes atos justos, Aristóteles nos indica o caminho da “moderação”, sinônimo de “prudência ” e mesmo de “sabedoria”, a primeira das quatro virtudes cardeais. Moderação, porque, toda virtude, toda ação, todo sentimento ou conduta que praticamos, sendo deficiente (falta) ou excessiva (excesso) pode tornar-se um vício. Há vícios por falta e vícios por excesso. Também sentimentos e paixões tendem à falta (deficiência) ou ao excesso. A virtude é a moderação. Entre os extremos, situa-se a virtude num justo meio.

A questão levantada por Aristóteles é: qual é este justo meio? Por isto a Prudência tem um papel importante. Há uma relação de algumas virtudes e seus vícios decorrentes das deficiências (falta) ou excessos. Por exemplo:

VÍCIOS POR DEFICIÊNCIA                             VIRTUDES                     VÍCIOS POR EXCESSO
covardia                                                                coragem                         temeridade
insensibilidade                                                     temperança                     libertinagem
avareza                                                                 liberalidade                    esbanjamento
modéstia                                                               respeito próprio             vaidade
desavergonhado                                                   modéstia                         timidez
moleza                                                                  prudência                       covardia
rusticidade                                                            agudez de espírito          zombaria

Aristóteles preconizava a Prudência como qualidade que devem ter todos os chefes de família e todos os homens de Estado. Para ele, a Prudência é uma qualidade que, quando guiada pela verdade e pela razão determina nossa conduta sobre as coisas que podem ser boas para o homem.
Teologia

São Tomaz de Aquino, em sua Suma Teológica, reafirma a colocação de Aristóteles, ao dizer que a Prudência é uma virtude especial, distinta das demais, regendo todas as outras virtudes. Enquanto para Aristóteles as quatro virtudes cardeais são frutos do esforço humano, a elas os teólogos acrescentaram outra três virtudes, ditas teologais, que não originam do homem, mas são concedidas a ele como dom de Deus. Vamos rapidamente repassar estas virtudes, seus significados e suas representações nas artes.

VIRTUDES CARDEAIS

Prudência (Sabedoria): dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e escolher os justos meios para o atingir. Todas as outras virtudes devem ser reguladas por ela. É representada pela imagem refletida no espelho, simbolizando o homem prudente que pondera e reflete antes de agir. Modernamente tem significado “cautela”;
Fortaleza: assegura a firmeza de superar adversidades e de não retroceder, bem como a constância na procura do bem. Por isto, “a Paciência”, é uma virtude subordinada à Fortaleza e consiste na capacidade constante de suportar adversidades. É representada pelo Leão;
Temperança: virtude que consiste no constante aperfeiçoar da potencialidade sensitiva de modo a conseguir equilibrar, colocar sob limites, moderar a atração dos prazeres, assegurando o domínio da razão sobre os instintos e propiciar o equilíbrio no uso dos bens. Serve, por exemplo, para controlar a gula;
Justiça: consiste na atribuição, na equidade, no considerar e respeitar o direito e o valor que são devidos a alguém ou alguma coisa. É a constante e firme vontade de dar ao outro o que lhe é devido. É representada por uma estátua de Sofia, a Sabedoria, com os olhos vendados, representando a imparcialidade, e a espada, símbolo do poder que dispõe para exercê-la. Nalgumas representações há também uma balança, representando o equilíbrio, e a ponderação entre partes em litígio.
Virtudes Teologais
Fé: é o consentimento do intelecto que crê, com constância e clareza, em alguma coisa. Não se geste a fé dentro de si. Ou a tem, ou não. A fé é uma crença acompanhada de ações que dão testemunho de suas convicções. É representada pela cor branca;
Esperança: é a expectativa, a espera de algo superior e perfeito. Não é um produto de nossas vontades, mas sim de uma espontaneidade que se manifesta nos corações daqueles que têm fé. É representada pela cor verde;
Caridade: é a mãe de todas as virtudes. É a raiz de todas as virtudes, pois ela a bondade suprema para consigo mesmo e para com os outros. A caridade supera nossa natureza, pois graças a ela o homem avança além de si mesmo, além de suas exigências biológicas. A caridade é representada pela cor roxa.
“Qual a mais meritória de todas as virtudes?”

Perguntam a Allan Kardec. E ele responde:

– “É aquela que se baseia na caridade mais desinteressada”.

O apóstolo Paulo, ao descrever o arco-íris do Amor, nos adverte: “permanecem a fé, a esperança e a caridade. Destas, no entanto, a caridade é a maior.”

Da mesma forma que os teólogos estudaram as virtudes, eles também se ocuparam de catalogar os vícios. Um monge da Idade Média, preocupado com as tentações da alma humana, catalogou os vícios em número de oito. O Papa Gregório Magno as reclassificou em número de sete, para que pudessem ser a contraposição das sete virtudes, e as chamou de “sete pecados capitais”, assim chamados, pois geram outros vícios. Estes pecados ou vícios são, portanto, uma interpretação dos cristãos da Idade Média feita a partir da Bíblia, já que não fazem parte das Sagradas Escrituras e sim, da tradição e doutrina cristã. Contudo em Provérbios, há um texto que diz:

“Seis coisas detesta Javé e sete lhe são abominação: olhos altivos, língua mentirosa,mãos que derramam o sangue inocente, coração que maquina planos malvados, pés que correm para a maldade, testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia discórdia entre irmãos.”

Como citado acima, estes vícios ou pecados eram as tentações que afligiam a alma humana. Procurou-se descrevê-los e mesmo catalogá-los, sem, contudo, entender suas causas e os mecanismos que os desencadeia. Hoje, com o avanço da ciência, da Psicologia e da Psiquiatria, estes mecanismos podem ser melhores conhecidos e suas causas trabalhadas e debeladas. Afinal sobre Freud se escreveu que ele “lançou seu bisturi nos horrores da alma”.
Psicologia

Para algumas vertentes da Psicologia, esses pecados capitais ou vícios, servem de base e referência para quem busca trilhar o caminho do autoconhecimento. Para enfrentá-los, é preciso conhecê-los e seus mecanismos de formação.

PECADOS CAPITAIS

Inveja: É uma das emoções mais primitivas do homem, geralmente negada por todos. Este mecanismo, responsável pelos nossos ressentimentos é o mecanismo da comparação. Nunca haverá inveja sem que antes tenha havido uma comparação. É um sentimento de inferioridade, fruto desta comparação que se faz com o outro, em algum aspecto específico, como bens materiais, sucesso na vida, beleza, e diversas outras qualidades. É um sentimento que mistura raiva e tristeza. E também pode se manifestar em um forte desejo que o outro se dê mal. Ao se sentirem menores que o os outros, geralmente as pessoas tendem a se aumentar, vangloriar, se enaltecer, como um mecanismo de defesa, para tentar evitar o mal-estar deste desequilíbrio na comparação. Também quando se critica em demasia, diminui ou se fala mal de alguém, provavelmente se está sentindo inferior a ela. “Olho gordo” também é sinônimo de inveja.

A inveja é a incapacidade de se ver a luz das outras pessoas, porque na verdade não nos percebemos com esta mesma luz. O que há de negativo na inveja é a rejeição, em algum momento, de seu próprio tamanho e sua incapacidade de acreditar ser capaz de também conseguir. Por isto, se a pessoa possui autodomínio, autoconhecimento, ela vai usar esta situação como motivação, alavancagem, para ações transformadoras em sua vida.

Ira: A ira é a indignação descontrolada da cólera, raiva e desejo de vingança. São emoções destrutivas tanto para quem a sente quanto para quem se torna objeto delas. Ao longo de sua existência, o homem conseguiu controlar sua agressividade através da razão. A agressividade gerada pela ira demonstra a incapacidade de raciocinar. Pode estar associada a fatores inconscientes, como traumas de infância, falta de amor ou mesmo incapacidade de amar. O que os psicólogos aconselham para extravasar e aliviar as crises de ira: surrar colchões ou travesseiros, imaginar que a outra pessoa está a sua frente e lhe dizer tudo que sente, entre outras coisas. Quanto mais se busca o autoconhecimento, melhor se domina as crises de ira. Não deixe que o outro determine seu nível de humor, seja dono de você mesmo.

Gula: Pode ser entendida como uma forma de fuga de problemas, dificuldades e sentimentos, bem como, forma de compensação para se proteger, por exemplo, de excesso de sexualidade no caso de algumas mulheres que se reprimem. A ansiedade também pode provocar a busca compulsiva por comida. Ao se devorar compulsivamente a comida, tenta-se, inconscientemente, destruir o problema. Pode se formar um círculo vicioso: come-se em excesso, para fugir do que se sente; depois se culpa por isto, se pune, comendo ainda mais. Hoje em dia se fala muito em bulimia, que são transtornos alimentares caracterizados por compulsões alimentares, seguidos de comportamentos compensatórios inadequados como o vômito. Então está claro que o que se queria colocar para dentro não era a comida, senão não precisaria de se livrar dela. O mais recomendado para evitar os excessos que a gula pode gerar, é descobrir o que está levando a pessoa àquela situação e lidar com ela com a consciência de que as suas necessidades estão muito além de comer, beber, ter poder: sua maior necessidade é ter amor por si mesmo.

Avareza: A palavra vem do latim “avere”, ter. Avareza é o excessivo e sórdido apego ao dinheiro, falta de generosidade e mesquinhez. A avareza geralmente gera outras atitudes negativas: falsidades, mentiras, fraudes, sempre na tentativa de enganar os outros para lucrar mais. Gera também a desumanidade derivada do excesso de apego e a inquietude e preocupação em sempre ganhar mais, isto é, aniquila qualquer paz de espírito. Ela está relacionada ao medo de faltar, à carência. Geralmente tem origem na infância, principalmente quando se passou privações, principalmente alimentares, ou se a criança associou dos pais ou dos adultos que o dinheiro compra tudo, dinheiro traz felicidade. A avareza é o produto de uma necessidade que se encontra na “psiquê”, na mente humana. Ela tenta disfarçar o conflito com a busca de bens, mas nunca consegue suprir a sensação de carência, fazendo com a pessoa sinta uma insatisfação constante. Na realidade, a avareza é a falta de contato com nosso próprio mundo interior, buscando incessantemente o que é exterior, tentando compensar o vazio que tem dentro de si. Jung, um dos pais da psiquiatria, relata que para este problema a solução é buscar um sentido para a vida. Somente quando o homem tomar conhecimento de seu próprio mundo interior, poderá deixar a doentia preocupação com o exterior. E um bom sentido para a vida pode ser o socorro às necessidades dos mais carentes, através de gestos concretos de caridade.

Luxúria: Luxúria representa o desejo desordenado pelos prazeres sexuais. Apesar de ocorrer também em mulheres, é mais uma característica dos homens. Procura-se compulsivamente satisfazer as próprias necessidades sexuais, não se importando com a satisfação da parceira. Sua origem pode estar na infância, quando os pais reprimem a criança de todo e qualquer impulso sexual. Estes pais geram, através da repressão, muita culpa e criam, assim, adultos reprimidos sexualmente ou liberados excessivamente. Do ponto de vista psíquico, a mulher dá mais valor ao amor e à intimidade do que ao sexo, ao contrário do homem que valoriza mais este último, fugindo do amor e da intimidade. E isto é uma das principais fontes de conflitos entre casais. Vivemos hoje a cultura da beleza, da aparência, da estética, do prazer. A mídia mostra isto o tempo todo. O apelo sexual entra em nossos lares, sem a nossa permissão, pela televisão, tornando-se um padrão de referência para nossos filhos…

Ora, se a vontade e a razão obedecem apenas ao prazer, a pessoa passa a buscar somente o que lhe dá prazer. E se vicia no prazer. Perde os valores espirituais e muitas vezes também os valores morais. O autoconhecimento, e, em conseqüência o crescimento emocional podem retomar o equilíbrio e restabelecer a capacidade de amar ao outro.

Preguiça: É a pouca ou falta de disposição ou aversão ao trabalho, demora ou lentidão para fazer qualquer coisa. É um sentimento que faz com que as pessoas desqualifiquem os problemas e as possibilidades de solução. Não é somente física, mas também mental; preguiça de pensar, de analisar e ponderar. Geralmente o preguiçoso usa o bordão: “deixa para depois”. São pessoas que não conseguem administrar o tempo, adiam compromissos, decisões e até mesmo simples afazeres rotineiros, comprometendo o resultado esperado. Na verdade ocultam uma insegurança exagerada sobre sua própria capacidade de agir, isto é, falta-lhes a autoconfiança. Utilizam-se do desânimo e do esquecimento como estratégia para fugir da necessidade de enfrentar a tarefa que lhes cabe. É como se estivessem imobilizados perante a vida. Somente com a pressão de outros e um trabalho profundo de conscientização, é que poderão sair deste estado de letargia.

Soberba: É o desejo destorcido de grandeza. A soberba leva o homem a desprezar os superiores e desobedecer as leis. Tem ligação com ambição desmedida, que é a cobiça, com a vanglória, a hipocrisia, a ostentação, a presunção, a arrogância, a vaidade, o orgulho excessivo, um conceito exagerado de si mesmo e, por fim, com a sede de poder. A soberba acarreta muitos conflitos nas relações pessoais, pois o soberbo, busca manter o controle, criticando, manipulando e dominando o outro com forma de poder. Ele precisa fazer com que o outro se sinta diminuído para que ele se sinta superior. Geralmente as pessoas acometidas pela soberba usam disto como uma máscara para compensar a falta de autoconfiança, falta de amor próprio, vazio interno, sensação de desamparo, provavelmente adquiridos na infância quando não encontraram este amparo nos adultos com quem conviviam. A soberba está muito distante da humildade, característica básica de quem possui autoconhecimento. Infelizmente algumas pessoas só percebem esse comportamento no fim de suas vidas, muitas vezes num leito de hospital, quando pouco ou nada se pode fazer para reconstruir o que destruíram nos outros e em si mesmo.

Para teólogos de várias religiões, a soberba é um pecado específico, uma forma básica de pecado. Os demais pecados podem encontrar uma explicação biológica ou psicológica, pois podem ser movidos pelo instinto de sobrevivência do homem, e mesmo dos animais. Mas soberba não encontra uma explicação nem biológica, nem instintiva. Ela não é percebida no comportamento do animal, por exemplo. Só o homem desenvolve a vaidade e a soberba. Ela foi, por exemplo, o pecado de Adão, que teve a ambição de se tornar Deus.

É preciso desenvolver a consciência de que seu valor como pessoa independe da posição que ocupa ou dos bens que possui e que somos seres humanos em constante processo de evolução.

Perguntaram a Allan Kardec qual era o vício mais radical e ele respondeu:

– “O egoísmo. Dele deriva todo o mal. No fundo, em todos os vícios existe o egoísmo. Nele se encontra a verdadeira chaga da sociedade”.
Conclusão

A Maçonaria conclama todos os Irmãos a desempenhar o glorioso papel de construtor social. Somos recebidos Pedras Brutas, para que, em nosso ser moral, desbastemos as arestas e asperezas e nos tornemos elementos úteis à construção deste edifício social que a ela compete erigir. Estas arestas, asperezas, são os vícios que atrapalham esta convivência relacional, e impedem a construção desta sociedade moral. Algumas destas asperezas são de difícil desbaste, mas as virtudes da Fortaleza e da Paciência por certo as removerão. Por isto nos reunimos em Loja, para levantar templos à Virtude e cavar masmorras ao Vício. A Maçonaria nos conclama a praticar a virtude, a pautar nossas ações pelas virtudes. Por isto, conhecendo nossa condição humana, nos adverte a não abusarmos de nossas próprias fraquezas e muito menos do enlevo de nossas vaidades, pois o mal e a tentação estão por todas as partes. Mas por todas as partes também está o bem e estão os bem-aventurados homens de boa-vontade. Portanto, direcionemos todas as nossas ações para o bem.

Hoje em dia outro tipo sorrateiro de vício toma conta da sociedade, invadindo os nossos lares fazendo de nossos filhos, seus reféns. São os chamados “vícios sociais”, causados pela dependência química do álcool, do fumo e das drogas. A droga é hoje o câncer que corrói a nossa sociedade. Basta vermos nos meios de comunicação, diariamente, o quanto ela destrói vidas, destrói lares e mobiliza todo um aparato policial para tentar contê-la. Por isso que é oportuna e louvável a campanha da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, conclamando a todos nós a engajarmos nesta luta.

Estas reflexões sobre virtudes e vícios visaram conhecermos melhor nossos instintos mais primitivos, nossas sombras, o lado escuro que todos nós temos, mas que é possível, através da conscientização e do autoconhecimento, colocarmos luz onde só era escuridão.

Afinal, meus Irmãos “não somos nós que deixamos os vícios; são eles que, desprovidos de nossa atração, nos deixam”.

Autor: Sílvio Maria de Abreu
ARLS Obreiros da Verdade nº 52- GLMMG

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