domingo, 14 de junho de 2020


PEQUENAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O "3"



Para qualquer Maçon o número “3” tem uma relevância especial, pois este é um número cujo o seu carácter esotérico encontra presença na Arte Real.


O número “3” na sua forma numeral/sinal foi nos dado a conhecer pelos Povos Árabes que utilizavam esta sinalização. Mas existe a teoria de que a sua origem remonta à Índia e que fora conhecida pelos árabes através das suas incursões comerciais por terras do Extremo Oriente. O número “3” ao ser desenhado, ele é formado por três ângulos.


Por sua vez, na Escola Pitagórica, este número era tido em grande importância, mas não na sua forma numeral, mas antes na sua forma geométrica. E isto porque na Escola Pitagórica era estudada a Geometria e tudo o que em Natureza era análogo à relação entre ambas.


Mas o número “3” também representa a “Trindade”. Não uma trindade apenas, mas as várias trindades existentes, sejam elas de cariz religioso, social ou filosófico. E é quase sempre nesta forma que ele aparece à Luz profana.


Eis algumas de entre as várias trindades conhecidas:
A trindade Cristã: Pai, Filho e Espírito Santo.
A trindade Hindu: Brahma, Shiva e Visnhu.
A trindade Egípcia: Hórus, Ísis e Ósiris.
A trindade Cabalística: Kether, Chokmah e Binah.
A trindade Familiar: Pai, Mãe e Filho.
A trindade Alquímica: Nigredo, Rubedo e Albedo.
Os três Planos ou Dimensões: Material, Espiritual e Físico.
O Lema: Bem Pensar, Bem Falar e Melhor Fazer…


E por aí fora…


Sobretudo na Maçonaria (o mais relevante neste texto por razões óbvias) o “3” tem presença “obrigatória”, ou seja:
Nos três princípios Maçónicos: Liberdade, Fraternidade e Igualdade.
As três Luzes da Loja Maçónica: Venerável Mestre, Primeiro Vigilante e Segundo Vigilante.
As três Ordens Arquitectónicas Gregas usadas nas colunetas maçónicas: Dórica, Jónica e Coríntia.
As três qualidades maçónicas: Sabedoria, Força e Beleza.
Os três pontos usados nas Abreviaturas e Códigos Maçónicos.
A célebre frase latina que aborda a aprendizagem maçónica (na qual são citados os três principais sentidos): “Audi, Vide et Tace”.
O Triângulo Equilátero (também ele, símbolo da Divindade).
As romãs que se encontram sobre as Colunas que estão à entrada do Templo…


E principalmente nos seus deveres principais de um Maçom (outra manifestação da presença do “3”):
O respeito pelos Usos e Costumes da Maçonaria Regular,
A vontade em aprender, trabalhar e em progredir como Ser Humano,
e finalmente, o guardar absoluto silêncio do que assistir ou ouvir em sessão maçónica, principalmente nunca revelando a condição de um Maçom a profanos.


E desta forma simples, ficaram demonstradas algumas das formas com que o “3” nos aparece no nosso dia-a-dia…


Nuno Raimundo

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