segunda-feira, 18 de dezembro de 2017



A BALAUSTRADA MAÇÔNICA


A Maçonaria pela sua universalidade, agrega no interior do Templo Consagrado ao Grande Arquiteto do Universo, diferentes símbolos esotéricos oriundos das mais diversas culturas, inclusive, as que foram usadas por povos que viveram nos primórdios de nossa civilização.

Convém que recordemos, na Maçonaria Operativa não havia um lugar específico, previamente determinado para que acontecessem seus encontros e suas sessões; pois, reuniam-se, até mesmo no interior das construções, e, em locais, como as tavernas, e ao ar livre, dependendo da região que se encontrassem os nossos irmãos maçons do passado, quando montavam, estabeleciam no local escolhido, fixavam, o estandarte que os individualizava e diferenciava de outras corporações.

Após advento da Maçonaria Especulativa encontramos na França, o início da construção e Sagração dos Templos, destinados a glorificar ao Supremo Criador, Deus, nos moldes da religião católica, que tinha grande influência, notoriedade, e poder naquele tempo.

Na Inglaterra, primeiramente, foram escolhidos lugares denominados de salas, destinados às Sessões, fato que, com o passar do tempo, certamente, pelo belo feitio dos que foram sendo erigidos na França, também, os ingleses adotaram as mesmas técnicas e formatações, as quais, permanecem basicamente estruturadas até os dias hoje.

Porém, sabemos que o Templo maçônico possui outras partes que o compõe, como a sala dos passos perdidos e a denominação de loja ou oficina, certamente, tais nominações originaram-se na Inglaterra; o átrio foi adotado, inspirado pelo arcabouço do Templo de Salomão, que os possuía em número de três, reservados para o ingresso ao interior do Templo, um para os não hebreus, outro apenas para os hebreus e o terceiro para os sacerdotes.
Faço estas considerações, porque entendo, precisamos acima de tudo valorizar o trabalho realizado pelos irmãos maçons que viveram numa época de profundas mudanças e transformações no mundo; e com inteligência, com sabedoria nos legaram não só a ritualística e a liturgia que praticamos, mas, também, o modelo da construção do espaço físico, com suas dimensões proporcionais, largura, comprimento, altura, o norte e o sul.

Neste contexto, surgiu a balaustrada, anteriormente, presente nos templos católicos; estabelecendo limites, formando uma espécie de barreira, entre o oriente e o ocidente do Templo.

Para transpor a balaustrada é preciso o ganho, a conquista de quatro degraus:

· Força
· Trabalho
· Ciência
· Virtude.

A Força que sustenta o conhecimento adquirido, assim, como também, a capacidade do querer, progredir, avançar, protegendo, compreendendo e amando a todos os irmãos.

O Trabalho árduo e constante de desbaste da própria pedra bruta, usando de indulgência com as falhas e os erros alheios, e mantendo a humildade que proporcionará o alcance da capacidade de poder avaliar bem, todas as situações, - sem vaidades, orgulho exacerbado e ostentações profanas.

A Ciência que provém do Soberano Árbitro de todos os mundos e todas as coisas, é a Perfeita e Infinita Sabedoria que se revelará gradual, positiva e amorosamente aos que sinceramente se dedicarem à obtê-La.
Dito isto, lembremos que podemos edificar em nossas vidas as balaustradas que nos mantenham afastados dos vícios, tanto os de caráter orgânico, físico, mental, comportamental, como os de ordem espiritual, pois vivemos em meio a tantas contradições, onde a virtude é tida por alguns, como alguma coisa ultrapassada, pois importa para estes, o ter, de qualquer jeito, sem respeito aos direitos dos outros, sem amor, sem a fraterna solidariedade.


Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'.I.'. 33º



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