O REVISIONISMO HISTÓRICO E O TERCEIRO GRAU
Autor: Ir.´. Gabriel Grande (Oriente da Argentina)
Tradução de Pedreiro de Cantaria
Revista Hiram Abif – Edição 135 – outubro/novembro de 2011
Participando de uma reunião maçônica, realizada entre família, porque não havia "quórum", por falta de MM. ‘. mas haviam muitos AApp:. e Comp:., nesta conversa e um M:. Maç:. , perguntei quantos eram os graus simbólicos e, depois de algumas respostas, tiradas à laço, um M: Maç:. deu uma explicação de acordo com sua condição. E eu simplesmente disse que o terceiro Grau não foi sempre como o conhecemos hoje, mas, acrescentei que antes ele não existia. Um grande maçom, em anos, me disse que eu estava falando sem sentido. Como ele era um homem velho, não lhe contestei, mas esclareço que uma coisa é ser ancião e outra coisa é ser velho. O ancião tem anos e também sabedoria, o velho só os anos.
A história da Maçonaria no que diz respeito a suas origens poderia ser dividida em dois ramos principais, um o místico, baseado em lendas, fábulas, expressões religiosas e outro racional, alimentado por fatos comprovados , ou pelo menos deduzido de premissas históricas
Há muitos anos eu li a biografia de Hipólito Yrigoyen, de Manuel Gálvez. Ele foi o primeiro presidente eleito, dentro da nova lei do sufrágio, conhecida como lei "Sáenz Peña". Deste Ir.´. ficaram várias impressões, por exemplo, que ele era comissário no bairro de Balbanera, sua paixão pelas mulheres, disputas com seu tio, nosso Excelso Ir. '. Leandro Alem, (que logo soube que não era pela condução do partido político, mas por problemas familiares, por um fato obscuro realizado por D. Leandro, que o levou ao suicídio. O Ir. '. Ap. '. Hippolytus, gastando sua fortuna, para fazer sua campanha política, essa riqueza não era de ascendência (herança), mas acumulada por ele, no exercício de "invernador" de gado, mas tinha uma maneira de comprar consciências, por exemplo, convidou um personagem de valia, que lhe fazia oposição política, e quando o tinha nas mãos, comentava sobre suas aspirações, sobre seus sonhos de uma pátria próspera, das grandes qualidades do fulano, e que necessitava de seu apoio para realizar o seu intento. Ou seja, quando conseguiu domar o opositor o levou abraçado e o acompanhou até a porta e comentou com atenção: “ah!, sobre esse empréstimo que lhe foi negado no Bando, dê por certo, amigo! E o primo tornou-se "Yrigoynista" até a última hora de sua existência.
Uma maneira de fazer política, própria do caudilho, o líder, que conhece a alma humana e sabe onde encontrar sua fraqueza, primeiro em sua afeição e depois no bolso. Também me lembro do luto com o eterno denunciante de Lisandro de la Torre, este foi para às espadas, e embora Lisandro fosse um espadachim eximio, don Hipólito colocou um plano em açãor e, depois de derrotá-lo, recusou-se a estender-lhe a mão, tirou seu chapéu coco e o ordenou a se mudar, deixando o também I. '. , La Torre com a cabeça partida e a boca aberta. É para entender que há muito mais lembranças sobre esse político argentino, do qual não sou correligionário, mas eu o respeito. Outro fato que me lembro, que don Hipólito, era a favor do Krausismo. Esta foi a primeira vez que aprendi sobre a existência da corrente filosófica, dominada pelo alemão Krause.
Trate de burilar esta prancha sem viorlar esse sutil mandato, de "não passar de grau".
Em 1805, Carlos Cristian Krause foi iniciado na Loja “Arquimedes”. Em 1810, recebeu o chamado do secretário da sua nova Loja "Três Irmãs", na cidade de Dresden, capital da Saxônia, citando-o ao Conselho no qual ocupou Orador. Aos trinta anos, seu nome já era de prestígio nas Grandes Lojas da Alemanha. Mas nem todos gostavam de seu trabalho. Sempre Interessado na investigação dos documentos maçônicos que tiveram relação com o pensamento e a origem da Maçonaria. Foi assim que ele entendeu a dimensão da Maçonaria e sua utilidade como ferramenta para executar o sistema filosófico que ele havia organizado em sua mente, já que ele era doutor em filosofia
Pensava sobre a maçonaria e na tarefa do maçom:
"É a única instituição histórica cujo propósito e razão de ser é o cultivo do homem em sua pura e completa humanidade", "A arte de educar o polifaceticamente homem enquanto homem, e a humanidade enquanto a Humanidade, isto é, a arte de despertar, dirigir e formar completamente sua vida; A arte de alcançar tudo aquilo para o que o homem foi chamado. E é ao mesmo tempo a totalidade de todos os conhecimentos e artes que necessariamente pertencem a esta tarefa"." Você dará à humanidade o que o Estado, a Igreja, a família e a amizade não podem lhe dar: perfeição multiforme, equilibrada e harmoniosa de toda natureza humana, alcançada em uma paz definitiva, numa sociedade linda e cheia de amor "
Para Krause, a humanidade era uma unidade orgânica, argumentando que o maior problema disso era que era muito frágil. E ele acreditava que a Maçonaria era a organização mais adequada para concentrar a população humana, com o objetivo de alcançar o bem-estar de todos. Ele sonhava com uma superintendência política, uma espécie de "Grande Confederação Universal", capaz de congregar diferenças religiosas, raciais e sociais em uma união fraterna, onde o bem comum estava acima das facções e dos interesses pessoais. Krause sabia que suas idéias incomodavam a "velha guarda" que via nele, um elemento perigoso, para a velha liderança. Grande sonhador, o Q. '.Ir.'. , Krause, era o tipo de pessoa que, apesar de tudo, se comprometeu a mudar, em busca de uma existência mais equitativa entre os homens.
Na Alemanha, como na Inglaterra, na França e na América do Norte, estavam os centros mais ativos da Maçonaria, que teria espalhado as correntes "filosóficas", alegando que a origem da Ordem remonta aos primeiros mistérios do Egito e da Índia. Multiplicaram-se os Ritos e os “Altos Graus”. Os únicos trabalhos recebidos com prazer foram aqueles que confirmaram, independentemente dos fundamentos, a relação da Maçonaria francesa com as antigas escolas iniciáticas, sejam egípcias, indianas, gregas, essênicas ou do planeta Marte. Qualquer hipótese sobre esse relacionamento era crível, mesmo que fosse ridículo.
Krause estava contra esta posição. "Recriminava que os rituais careciam de uma historiografia cientificamente analisada e acreditava que com os antigos registros poderiam ser reconstruídos, usando um critério racional, com base em uma investigação histórica imparcial. Ele acreditava firmemente que todo este labirinto esotérico não veio da Maçonaria, mas que havia sido implantado por pressões das tendências dos rosacruzes, cabalistas e místicos da época. Ele descreveu as ocorrências do Ir. '. Marquês de Ramsay, no mito templário. Ele afirmou que a origem da Irmandade nas Faculdades de Arquitetos da Roma antiga deveria ser buscada. E ele provaria isso em seu livro.
A rebeldia de Krause seria objeto da perseguição dos anquilosados[1] de sempre, que se opõem a qualquer estrutura de pensamento que não se encaixa na sua estreiteza mental.
Diante do fracasso das ameaças do conservadorismo maçônico, as Lojas recalcitrantes enviaram-lhe um anúncio, dispostos a pagar um preço elevado em "medalhas profanas" por seu manuscrito, mas isso também falhou. É de se entender que o Ir. '. Krause não estava à venda. E publicou seu livro, intitulado "Os três mais antigos monumentos fundamentais da Maçonaria e sua História" (editado em Dresden, 1813), este se espalhou nas lojas alemãs e determinou a sorte de Krause. Ele foi expulso, um costume arraigado em nossa Irmandade Universal, que se orgulha de ser amante do progresso, tolerante e amorosa, de estar na vanguarda das novas ideias. Mas todos os IIr. '. que tem uma visão diferente, é atingido de forma peremptória, segundo dispõe o imobilismo.
Mas eles não puderam evitar a mudança, que o tempo esclarecedor, impõe. O historiador Gallatin Mackey comentou que esses fatos foram a página mais negra da Maçonaria alemã. Krause foi isolado e a Ordem o impediu receber o título de Catedrático. Ainda assim, Krause foi um extraordinário professor de filosofia. Continuou escrevendo e morreu excomungado por seus Irmãos e para a eterna vergonha da Maçonaria Universal, o dia 27 de setembro de 1832. Mas, a partir de então suas ideias, com o esforço de outros Irmãos, começaram a gerar uma nova literatura maçônica.
Comenta o já citado Ir.´. Gallatin Mackey:. "Krause tornou-se, ao longo do tempo, o paradigma de uma grande contradição; o de uma Maçonaria que, a partir de então, passou a possuir no seu coração ardentes partidários daquela continuidade iniciática, sem interrupções e dos revisionistas que constantemente procuraram compreender as origens reais da Ordem, investigando em fontes confiáveis, convencido de que aquela tradição iniciática se infiltrou nas Corporações de Construtores em tempos relativamente modernos. Entre ambas posições existem infinidade de teorias cuja complexidade de matizes se tornou necessária para a realização de verdadeiros trabalhos enciclopédicos.
Se recordarmos as obras clássicas da história da Maçonaria, encontraremos duas teorias bem diferenciadas que estabelecem as origens da Ordem. Uma nas escolas do mundo clássico, e outra nas grandes corporações dos construtores do período medieval. Essas obras, que surgiram principalmente nos séculos XVIII e XIX, tiveram que ajustar a direção de suas investigações de acordo com a lenda central da Maçonaria, tirada do Antigo Testamento, quero dizer, a construção do "Templo de Salomão". Essas expressões são atenuadas, embora eu seja absolutamente racional e totalmente inclinado à origem da maçonaria nas corporações medievais. Eu entendo, por outro lado, que uma instituição, especialmente a nossa, deve ter uma origem, mesmo que seja um mito. Simplesmente para reforçar o sentido do corpo, de associação, é o mesmo que acontece nos países, quando se engrandece a personalidade do herói, quando é endeusado, porque tem que ter paradigmas, impossíveis de igualar. Mas isso não justifica roer unhas. Todos sabemos que os Iir.´. San Martin e Sarmiento usavam calcinha, e eram homens, grandes homens, mas nada sobrenatural. O mesmo acontece com nossas lendas, são isso e nada mais.
A necessidade de dar caráter histórico à tradição do Antigo Testamento forçou encontrar um fio orientador que se relacionasse com as associações de construtores de todas as idades, tornando-os repositórios de uma tradição comum e de uma doutrina secreta transmitida ao longo dos séculos. Este pensamento estabeleceu então uma ligação direta entre diferentes instituições, surgidas em diferentes épocas e culturas. Este elo é cortado continuamente, por não ter sustentação em semelhante
Em uma síntese próxima, poderíamos dizer que, nesta teoria, os "Mitos dionisíacos", os "Colégios romanos", os "Construtores de catedrais" são raios da mesma roda, uns outros reais e outros imaginários que contêm um argumento exemplar. Então, através de manobras entrelaçadas, esta roda nos une aos "Trabalhadores do Templo de Jerusalém" e até mesmo com construtores muito mais antigos, chegando ao próprio Éden, são aqueles que afirmam que não só o próprio Adão foi Maçon, mas Jesus também e que foi iniciado no Egito.
A historiografia deve basear-se no uso científico dos recursos que lhe são próprios, enquanto a Tradição não precisa de fatos, mas de significados. A tradição não requer uma conexão real ao longo dos milênios, uma vez que o mito que a sustenta é inato para a humanidade e para a psique do homem, independentemente do tempo e do lugar em que se manifesta.
Por outro lado, desde o surgimento das primeiras civilizações na Ásia Menor, Mesopotâmia e Egito, nunca se parou de construir. Esta é a razão pela qual podemos ter certeza de que houve uma continuidade entre gerações de novos arquitetos de construção.
Eles reuniram a experiência de seus predecessores, mas este nexo ocorreu em áreas próximas, e eles passaram de uma região para outra em um período parcial e em um tempo, muito extenso, tão extenso quanto séculos, demasiado para toma-lo como continuidade. Claro, não existe um fio comum entre eles. Ainda não temos a menor ideia de como as pirâmides foram construídas, no planalto de Gizé.
Em oposição a esta corrente, autores como o expulso Carlos C. Krause instalaram a opinião mais razoável de que a origem da Maçonaria deveria ser buscada nas sociedades de arquitetos da Roma antiga e em corporações de construtores medievais.
O vínculo entre a origem da Ordem e as Escolas do Mistério da Índia, Oriente Médio e Egito cresceu dentro da instituição com o mesmo impulso que cresceu na sociedade europeia de ontem, as grandes descobertas arqueológicas e um forte ressurgimento com as filosofias do Oriente, que se tornaram de moda novamente. Se sustentava de forma caprichosa, que nessas civilizações, havia nascido a Irmandade Maçônica, além de que essas escolas estavam relacionadas umas com as outras historicamente.
Assim, os construtores que chamaram Salomão a Jerusalém para construir o Templo, faziam parte de uma organização muito extensa e distribuída por todo o Mediterrâneo, por sua vez entrelaçados com as grandes Escolas dos Mistérios do Oriente e do Egito. Essas corporações do Oriente Próximo daqueles tempos estão diretamente relacionadas aos essênios e às instituições dionisíacas. Algo desse ponto de vista racional impossível. Levemos em conta as distâncias, os tempos desiguais, as linguagens e a pouca mobilização da humanidade. Não esqueçamos que a vela latina, utilizada pelos árabes durante séculos, foi adotada pelos europeus nos séculos mais tarde. Foi esse avanço tecniconológico, que deu origem a grandes descobertas geográficas
Em todo caso, o que viria a unir a Maçonaria moderna com os Mistérios Antigos, é a Lenda de Hiram Abif. Mas isso tampouco é provávelo, como assinala o historiador Goblet d'Alviella em seu livro "As Origens do Terceiro Grau em Franco-Maçonaria", não há menções de Hiram, nem de sua lenda como parte do ritual maçônico em documentos anteriores ao século XVII. O mesmo se aplica aos documentos antigos, como o manuscrito "Regius" ou "Cook". Igualmente assinala este respeitado historiador que até o ano de 1757 não havia sido generalizado o Grau de M. 'Maç.'. O ritual do grau de M. não foi introduzido na Maçonaria, mas sim depois da transição da maçonaria operativa para a especulativa. A Maçonaria atual usa a lenda de Hiran na cerimônia de elevação para o terceiro grau. Até 1738, esta iniciação não era obrigatória. .
O historiador e H.Samuel Pritchard escreveu que naquele ano: "Não havia um Mason em cada cem que pagasse as despesas exigidas pela “Parte do Mestre”, se não fosse motivado pelo interesse".
Embora a Maçonaria não tenha uma sucessão histórica desde os templos de Delfosa ou Luxor não implica que a incorporação dos antigos mistérios seja uma falha, especialmente se entendemos que são de alguma forma uma fonte de conhecimento universal. Mas se os adotarmos como uma fonte inspiradora, uma forma de ensino, isso é o melhor, mas outra coisa é acreditar, ou fazer-nos acreditar, que nossa origem é daqueles tempos remotos.
Finalmente, a crença comum de que os três graus simbólicos foram obtidos pela divisão do trabalho medieval e, ainda mais antigamente, não é aceito, pois somente se encontraram documentos em Londres, onde, onde se menciona o terceiro grau. Isso aconteceu no G:. L:. de I:. em 1738, quando o terceiro grau é sancionado, como eu disse, e foi generalizado em 1757
Apesar de alguns testemunhos que remontam a lenda de Hiram no século XVII, se aceita por unanimidade que essa foi incorporada na maçonaria especulativa entre 1720 e 1723 e isso, não sem causar certa resistência. É provável que, quando Anderson foi encarregado de compilar os antigos costumes e costumes da Maçonaria Operativa, ele tenha destruído muitos documentos. Muitos historiadores descreveram isso como um verdadeiro "auto de fé", não nos esqueçamos de que Anderson era um pastor presbiteriano, capelão de um registro " e é discutido ainda hoje, se foi iniciado na G: .L: .U:. da I.´..
A partir desse momento, tornou-se muito difícil reconstruir o que eram as lendas e as tradições do período anterior. É possível que Anderson e seu genro Desaguliers aproveitassem alguns dos escritos que encontraram nesses documentos e, com eles, construíram a lenda de Hiram. É possível, ainda, que eles tomassem essa figura secundária na mitologia dos maçons "operativos" e a ampliasse para fins didáticos. . Em 1738, a lenda já se espalhara pelas Lojas. Desta forma, pouco a pouco, foi difundida pela nova maçonaria especulativa. Assim chegou a lenda ao acervo maçônico e a importância que tem na doutrina da Irmandade
"A Sombra de Salomão", assim se intitula um dos livros de Laurence Gardner, que era M. 'Maç.'. , na G:. L:. U:. da I:. - Ele tem se dedicado à pesquisa. Editou vários livros. Em seu trabalho "A Sombra de Salomão", mostra alguns dos mitos criados em torno da Maçonaria e que se encaixam com outras publicações. Se lemos o Manuscrito Regio, a menção de Euclides não parece estar errada, , por exemplo, na referência de Noé.
Este autor deixa claro algumas dúvidas sobre certas inconsistências. Primeiro, diz que o terceiro grau foi instituído após 1724. Por outro lado, a lenda de Hiram foi formulada gradualmente no período já mencionado, de 1723-1757. "A morte de Hiram não é mencionada na Bíblia, nem no primeiro ou segundo grau da Maçonaria, mas fica no centro da cena no terceiro grau. Ela é nomeada nas Constituições Anderson de 1723, mas a lenda maçônica de sua morte não é mencionada. Por outro lado, Hiram é citado em um obscuro catecismo maçônico conhecido como "Manuscrito Grahan" de 1726 e em A Maçonaria Dissecada de Samuel Pritchard", de 1730. Isso é tudo o que existe da lenda de Hiram até que ela faça sua primeira aparição nas "Constituições Revisadas de Anderson em 1738". Se o terceiro grau de Maçonaria foi introduzido ao redor do ano, 1724, isto indica que a história do assassinato de Hiram, atualmente em vigor, tem apenas 273 anos (em 03 Set 17)
O termo "Abif" não é mencionado na Bíblia, mas sua origem é atribuída ao francês como vários termos adotados pela Maçonaria e tem sido distorcidos pelas traduções. É provável que venha de Hiram a biffe, o que significa "Hiram, o que foi eliminado". Os maçons, e aqueles que não são, conhecem essa lenda, que não é um segredo, já que a lenda de Hiram é uma das mais divulgadas quando se trata da Maçonaria
Embora Hiram tenha sido colocado em primeiro plano por Desaguliers e Anderson, criando uma parafernália mitológica para apoiar e fortalecer a nova instituição e o novo grau, Gardner coloca "o tapete" alguns fatos que, à luz de suas análises, fazem mais sentido , e diz: "Antes que Hiram fosse colocado em cena, o personagem principal na representação da indústria da construção, dentro da tradição maçônica, era Noé". A história, tirada do Antigo Testamento conta que os filhos de Noé, Sem, Cam e Jafé, teriam ido ao seu túmulo para descobrir um segredo que teria sido enterrado com ele e aqui os delírios começam a surgir porque a história que se segue e que não está na Bíblia, lembra a história de Hiram e, em outras palavras os nomes dos três filhos foram substituídos por três trabalhadores do templo: Jubela, Jubelo e Jubelun.
Gardner explica assim: "Seja qual for o propósito original dessa estranha história, faltava os elementos-chave para torná-la uma boa história, por isso lhe adicionaram mais elementos, tais como: a traição, o assassinato, o martírio e uma vingança. Com essas adições, Desaguliers conseguiu um enredo emocionante, mas acreditava que seria necessário mudar o personagem central para associar a história à pedreira, em vez de um Noé que trabalhasse a madeira. Assim, a lenda de Noé tornou-se a lenda de Hiram Abiff, tendo como base a construção do Templo de Salomão.
Bibliografia
1 “Vida de Hipólito Yrigoyen” de Manuel Gálvez
2 “Enciclopedia de la Masonería”, de Gallatin Mackey
3 “Historia General de la Francmasonería”, de José Gabriel Findel
4 «Los orígenes del grado de Maestro en la Francmasonería» de Eugenio Goblet D’Alviella
5 “La Sombra de Salomón” de Laurence Gardner.
6 “Historia de los Hermanos Tres Puntos” de Alberto J. Triana
7 La Biblia en su “El Antiguo Testamento”
[1] Anquilose ou Ancilose (do grego ἀγκύλος, dobrado) é uma adesão anormal com rigidez de uma articulação, resultado de uma lesão ou doença.
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