sexta-feira, 23 de junho de 2017


MAÇONARIA E OS FARISEUS


Por João Anatalino Rodrigues

UM POUCO DE HISTÓRIA


O que chamamos de Maçonaria Corporativa são os grupos que, ao longo da história, se organizaram em sociedades com o objetivo de preservar suas conquistas econômicas, sociais e espirituais. Não se refere, especificamente, a sociedades secretas ou grupos pararreligiosos, como as antigas associações dos pedreiros medievais. Nem se reporta a seitas religiosas da antiguidade ou de períodos mais recentes como a Idade Média e as épocas modernas ou contemporâneas, ou ainda às fraternidades religiosas nascidas no seio da Igreja Católica, como os franciscanos, os beneditinos, os jesuítas e as diversas irmandades fundadas pela Igreja com objetivos específicos de praticar a filantropia, promover a educação ou mesmo trabalhar uma face política que a Igreja tenha interesse em desenvolver, mas sim a todas elas.[1]

Entendemos que todos esses grupos comportam um elemento de Maçonaria, no sentido de que são sociedades cujos membros são ligados por um compromisso, nem sempre secreto, mas geralmente corporativo no qual o vínculo que os une assume características pararreligiosa. E, grosso modo, todos esses grupos praticam uma tradição, que em menor ou maior grau integram elementos de caráter iniciático.

Essas corporações, ao que parece, têm origem nas antigas civilizações do Oriente, onde elas se desenvolveram, principalmente para preservar as conquistas do grupo e elementos culturais relacionados com a religião, mas historicamente, os modelos mais elaborados dessas organizações parecem ter sido as seitas que se desenvolveram no período helenístico da história de Israel, como reação à própria aculturação do país pelo Ocidente. Essas seitas são aquelas conhecidas pelos nomes de fariseus, saduceus e essênios. Dada a importância cultural delas para a história do corporativismo e a influência que legaram à Maçonaria, cada uma seria tratada em capítulo próprio.


A ORIGEM DOS FARISEUS

A seita dos fariseus foi uma sociedade corporativa formada por judeus de nascimento, cujos membros costumavam ser recrutados nas famílias mais abastadas da sociedade judaica. Ignora-se a época de sua origem e os detalhes de seu surgimento, mas é praticamente certo que apareceram na metade do século II a. C. como grupo de reação política e religiosa à helenização conquistada pela família dos macabeus.[2]

Os judeus haviam perdido sua independência em 586 a.C., quando Jerusalém foi conquistada pelos caldeus. Levados cativos para a Babilônia eles lá permaneceram durante 40 anos até ser libertados pelo rei Ciro da Pérsia, que permitiu sua volta para a Judeia e a reconstrução do Templo de Jerusalém.[3] Quando o Império Persa passou para as mãos dos gregos, a Judeia tornou-se uma província do reino da Síria, uma das quatro partes em que foi dividido o império conquistado por Alexandre Magno. Desde então a Judeia, governada por reis da dinastia selêucida (descendentes de Seleuco, um dos generais de Alexandre), foi submetida a uma intensa colonização cultural, que deformou completamente sua cultura.

Essa situação não agradava aos judeus, reconhecidamente um povo tradicional e muito aferrado às suas crenças. Daí o nascimento de vários grupos de reação à crescente helenização que estava sendo imposta ao país. A liberdade conseguida na guerra dos macabeus, que acabou por libertar a Judeia do domínio sírio, não reconduziu, como era esperado, o país às antigas tradições.

Embora os líderes macabeus fossem todos oriundos de uma família de sacerdotes oficiantes da religião judaica, eles eram de origem mestiça. Mesmo tendo restituído a religião mosaica ao pais, eles simpatizavam com a cultura helênica e durante todo o reinado da dinastia dos hasmoneus (descendentes dos macabeus), os judeus viveram expostos a um grande conflito espiritual. De um lado a religião monoteísta de Israel, com suas rígidas regras de conduta e a exigência de estrita observância das leis deixadas por Moisés, de outro um ambiente liberal e politeísta, que contrastava violentamente com as tradições legadas por deus ancestrais.[4]

O surgimento dos essênios, dos fariseus e dos saduceus provavelmente se deve ao fato de a maioria dos judeus não aceitar a helenização de seu país. De uma maneira ou de outra, todos esses grupos não concordavam com o abandono de suas tradições religiosas e advogavam uma volta à origem. Os fariseus foram o grupo que mais se destacou nessa reação, e nesse sentido Israel deve a eles a sobrevivência de sua cultura religiosa.


OS DONOS DO TEMPLO

Os fariseus defendiam a aplicação da lei mosaica acima de toda e qualquer imposição que lhes viesse de fora, mesmo estando o país sob domínio estrangeiro. Acreditando sempre que os judeus eram o povo escolhido de Deus, e que ele comandava sua história, eles defendiam com unhas e dentes sua tradição sem nunca duvidar de que Deus cuidaria deles acontecesse o que acontecesse.

Afirmavam que quem não se desviasse desse caminho, por mais que sofresse, ou mesmo morresse no cumprimento dos estatutos conferidos por Deus ao povo escolhido, seria ressuscitado no último dia e comporia a nova nação dos eleitos que seria formada após o triunfo final de Israel sobre os inimigos, triunfo esse que seria comandado pelo Messias. Essa era, pelo menos, a doutrina que professavam e faziam questão de ensinar ao povo. Com isso criaram, eles mesmos, um vasto conjunto de ritos e obrigações, que impunham ao povo como comportamentos obrigatórios, o que tornava a vida do cidadão comum muito complicada, e por vezes, bastante onerosa.

O apóstolo Paulo foi membro desse grupo antes de se tornar cristão. Flávio Josefo, historiador que viveu cerca de uma ou duas gerações após a morte de Jesus, também afirma ter feito parte dessa seita que ele chama de Escola de Pensamento. Os fariseus eram reputados pela interpretação rigorosa que faziam da lei mosaica e pela defesa das tradições outorgadas por seus antepassados. Eram os professores da lei e suas posições na administração do Templo de Jerusalém e nas sinagogas nos leva a pensar que entre suas funções estivesse também a de julgar as transgressões que o povo fizesse contra os estatutos postos por Moisés e as tradições legadas pelos antepassados.

Na época de Jesus havia na Judeia uma disputa religiosa muito forte que opunha o Templo de Jerusalém e os demais locais de adoração dos judeus. O Templo era considerado a casa dos fariseus e saduceus, onde a lei mosaica costumava ser adulterada em benefício da própria classe sacerdotal. Quem dizia isso eram principalmente os essênios, que se jugavam puros e verdadeiros aplicadores da lei. Por isso a maioria deles se retirou para o deserto, e os essênios que viviam nas cidades se mantinham apartados dos outros, evitando se misturar com aqueles a quem julgavam ímpios. Não é improvável que a sinagoga de Nazaré, onde Jesus estudou até sua juventude, tenha sido dirigida por essênio, pois, segundo os documentos recuperados no Mar Morto, eles dirigiam muitas sinagogas no país. Daí a linha francamente essênia da doutrina ensinada por Jesus e principalmente por João Batista.

Os fariseus, entretanto, eram o que podemos chamar de tradicionalistas. Eles reconheciam que seus preceitos não podiam ser encontrados literalmente na Torá, mas justificavam-nos pelo apelo às tradições já consagradas em Israel há milênios, portanto seriam tão verdadeiras como se fizessem parte da lei escrita. Eram, por assim dizer, partidários de um direito consuetudinário, enquanto os essênios só aceitavam o que estivesse rigorosamente escrito na lei e nos profetas.

Os fariseus eram, na maioria, professores nas sinagogas e escribas que trabalhavam para o Templo. Por isso se preocupavam em ensinar ao povo sua doutrina. Jesus os criticava por defraudar as casas das viúvas com suas longas orações e sacramentos, que, ao que parece, eram cobrados, como são cobrados os serviços religiosos feitos pela Igreja. Por isso, tanto Jesus quanto os essênios criticavam os fariseus dizendo que eles haviam se apropriado do templo, fazendo-se donos deles.


A GRANDE ASSEMBLEIA

Apesar de pouco respeito que Jesus mostrava ter por eles, os fariseus parecem ter gozado de muito prestígio nos sucessivos governos da Judeia, desde a restauração do trono, feita na época dos macabeus, até a conquista romana, em 70 a. C. Flávio Josefo fala da influência desse grupo nos reinados de Hircano, Aristóbulo I e Salomé Alexandra, e o evangelista Lucas (Atos 22, 3) se refere ao prestigio que o fariseu Gamaliel, professor do aposto Paulo, gozava em seu tempo.

Ao que parece, a grande maioria dos fariseus se concentrava em Jerusalém, no serviço do Templo. Não há registros no Novo Testamento desses adversários de Jesus em outros locais da Judeia ou Galileia por onde ele tenha passado, a não ser em algumas sinagogas onde ele pregou e sofreu algumas contestações por parte dos presentes, como em sua própria cidade, Nazaré, mas o cronista evangélico não esclarece se os contestantes se tratavam de fariseus, saduceus, essênios ou simplesmente gente do povo com algum conhecimento das Escrituras.

Os fariseus diziam que a lei dada por Deus a Moisés no Monte Sinai fora transmitida de duas formas: a escrita, constante da Torá, e a oral, que era uma tradição passada de geração em geração a uma corrente de sábios, que faziam a interpretação da lei e a ensinavam ao povo. A ideia era a de que Moisés havia recebido a torá não escrita diretamente das mãos de Deus, depois a passara a Josué; Josué a transmitira aos anciãos das tribos, estes aos profetas e os profetas aos membros da Grande Assembleia.

A “Grande Assembleia” é uma mítica organização referida nos textos rabínicos. Teria sido formada provavelmente no reinado do rei Josias (século VII a. C), para interpretar, preservar e transmitir, por tradição oral, a parte secreta da doutrina mosaica, ou seja, a Torá não escrita. Essa Grande Assembleia era composta pelos rabinos mais sábios de cada época. Figuram entre eles os famosos Simeão, o Justo, Iossé Bem Joezer, Simeão Bem Shatah, Hilel e Shamai, e Gamaliel, o conhecido professor do apóstolo Paulo. Desse grupo teria feito parte também o famoso codificador da Cabala, Simão Bem Hiohai. A Mishná registra os nomes dos mestres dessa escola desde Moisés até Gamaliel (época de Jesus), mas depois dele silencia, como se essa corrente de tradição oral tivesse sido interrompida depois da Diáspora e nunca mais retomada. Essa tradição é que comporia o corpo doutrinário constante do Talmude e da Mishná.[5]

AS DOUTRINAS DOS FARISEUS

Entre as tradições observadas pelos fariseus e por eles tidas como leis, embora não constantes da Torá escrita, estavam as regras de higiene concernentes aos alimentos e limpeza das mãos, os preceitos que impunham proibição de contrato com cadáveres e a entrada em túmulos, as regras de pureza com relação aos objetos de culto no Templo e a forma correta de oferecer sacrifícios, bem como as leis quanto ao recolhimento de dízimos e contribuições devidas aos sacerdotes e a correta observância dos sábados e dias santos, regras observáveis para as relações conjugais, casamentos, divórcio, etc.

Flávio Josefo, que afirma ter sido fariseu em sua juventude, assim como o apóstolo Paulo, diz que os fariseus se assemelhavam aos estoicos gregos em termos de doutrina. Que eles acreditavam na imortalidade da alma e na ressurreição dos mortos no último dia. Diz ainda o polêmico historiador judeu que os fariseus atribuíam todas as coisas a Deus e ao destino, mas acreditavam que as boas obras e o correto agir podiam influir muito no destino das pessoas, pois “Deus dera ao homem um livre-arbítrio”, e mediante suas próprias escolhas ele poderia interferir em seu destino.[6]

Em princípio essas informações parecem conter teses conflitantes, pois se o destino dos homens está nas mãos de Deus, não poderiam eles por meio de sua força de vontade e de sua capacidade de escolher entre o bem e o mal, influir nesse processo. Mas essa é a linha de pensamento defendida pelos sábios de Israel desde os primórdios de sua existência e transparece claramente não só nos escritos rabínicos com também na própria Bíblia, nos ensinamentos dos profetas e dos eclesiásticos. Em toda a história do povo de Israel o que se vê é Deus conduzindo a vida do povo israelita para um fim escatológico anunciado. Mas, em meio a esse processo fatalista, já anteriormente desenhado, sobra espaço para ações pessoais que ensejam punições e recompensas pessoais e coletivas.

Desta forma, Deus castiga a nação de Israel quando ela desobedece a seus comandos e premia quando faz sua vontade. Nesse esquema está implícito o livre-arbítrio de Israel em escolher a obediência ou a desobediência e o consequente prêmio ou castigo. Sobressai, nesse processo aparentemente contraditório, o espírito fatalista dos povos orientais e o natural anelo pela liberdade que sempre impregnou a mente do povo israelita. De um lado a crença em um destino controlado pela divindade e de outro o desejo de ser livre. Esse conflito filosófico parece estar refletido na doutrina dos fariseus, e talvez aí esteja o motivo das ácidas críticas que Jesus fazia a esse grupo.[7]

Com o tempo os fariseus se tornaram um partido político de grande poder e importância na Judéia. Na época de Jesus eles aparecem mesmo como um dos componentes do poder político judeu. O Sinédrio ou Sanedrin, espécie de Senado judeu, em sua maioria era composto por saduceus e fariseus, a se acreditar nas informações do evangelista Lucas.

Após a guerra de 66-76, em que os romanos destruíram o Templo de Jerusalém e espalharam os judeus pelo mundo no episódio conhecido como Diáspora, os fariseus se organizaram fora de Jerusalém e criaram o movimento rabínico. Esse movimento foi responsável pela conservação da cultura judaica e preservou a identidade do povo de Israel como uma nação. Essa talvez seja a razão de os judeus não terem se extinguido totalmente como os antigos povos, deles contemporâneos.


CRISTÃOS VERSUS FARISEUS

Jesus em suas pregações, mostra não ter muito respeito pelos fariseus. “Os escribas e os fariseus”, dizia ele, “sentam-se na cadeira de Moisés. Observai, pois, e fazei tudo que eles vos disserem. Mas não imiteis suas ações, pois dizem e não fazem (...) atam sobre os ombros dos homens cargas pesadas e insuportáveis, e as põem sobre os ombros dos outros, mas nem com um dedo as querem mover (...)[8].

Uma boa parte do conhecimento que hoje temos dos fariseus vem das informações que sobre eles nos dão os evangelistas. É nítido o conflito que houve entre eles e Jesus sobre diversos aspectos da lei mosaica e com respeito a diversos comportamentos que, segundo os ensinamentos dos fariseus, o povo de Israel devia adotar. É certo que Jesus criticava veementemente a doutrina dos fariseus, particularmente o excesso ritualístico e as exigências comportamentais que eles pregavam como necessárias para que alguém pudesse entrar no Reino dos Céus.

Jesus os tinha como um bando de hipócritas, pois dizia que eles exigiam um tal rigor do povo, mas eles mesmos não cumpriam tais exigências. Ele era um positivista que via na lei escrita e nos ensinamentos dos profetas a única verdade doutrinária, por isso as exegeses feitas pelos fariseus eram motivo para suas ácidas críticas. É claro que nas informações bíblicas se deve separar o que é claramente literário, escrito com claras intenções doutrinárias, daquilo que é realmente histórico. O conflito entre Jesus e os fariseus, conforme aparece no Novo testamento, é normal. Afinal se tratava de dois grupos doutrinários disputando a atenção do povo judeu, cada qual com visível interesse de fazer valer suas teses. Assim, do ponto de vista cristão, é lógico que os Evangelhos ataquem os fariseus e os faça aparecer aos nossos olhos sobre um prisma tão detestável, de tal modo que a palavra fariseu até adquiriu a conotação de indivíduo falso e hipócrita.[9]

ANALOGIA COM A MAÇONARIA

Historicamente, porém, não há registros que justifiquem a visão tão desfavorável que os cronistas cristãos divulgaram acerca dos fariseus. Na verdade, como grupo político e seita religiosa, eles não divergem de qualquer outra associação formada para a defesa de interesses particulares ou difusos em tempos de crise cultural, social ou política. Ao estudar sobre sua organização, embora muito pouca informação sobre esse aspecto em particular tenha sobrevivido, nós não podemos deixar de ver nela uma ligeira semelhança com a Maçonaria, em seus aspectos organizacionais. Pois esse grupo era defensor de uma ética particular, que entendia ser desejável para a sociedade judaica, como necessária para sua manutenção e sobrevivência. Eles também, como os maçons advogariam mais tarde, se organizavam como um grupo de “eleitos” dentro do povo eleito (circunstância que também foi criticada por Jesus), cuja missão seria preservar o núcleo fundamental da tradição judaica.

E em sua organização, a se comparar as chamadas “casas rabínicas”, especialmente a de Hilel e Chamai, definidas como as duas principais “escolas” de judaísmo nos séculos I e II, há uma clara analogia com a Loja Maçônica, no sentido que lhe é dado, como escola de pensamento. É de se lembrar também que nenhum outro povo levou tão longe a noção de irmandade quanto o povo de Israel. E podemos dizer que foi mesmo essa noção que os manteve vivos como povo, ao longo de séculos de perseguição e tentativas de extermínio por eles sofridas.

Por fim, há ainda o fato de que os fariseus não eram somente um grupo religioso com interesses políticos. Constituíam uma organização que atendia a finalidade que iam além da política e da religião. Sabe-se que mantinham uma espécie de seguro que todos os membros pagavam, para servir a todos que dele necessitassem. Era um tipo de mútua, semelhante à que hoje existe na Maçonaria.

Conquanto tivessem como missão precípua o ensino da religião e a observância dos costumes legados pelos antepassados, exercendo inclusive sobre o povo funções judicantes, os fariseus tinham os segredos que somente entre eles eram divulgados. Essa rica tradição oral deu origem ao famoso mito da Assembleia Sagrada, de onde saiu, inclusive, a grande tradição da Cabala. Todas essas características em nossa visão aproximam a seita dos fariseus da Maçonaria e não pode ser esquecida em qualquer estudo que se faça sobre a Arte Real.

(TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO “O TESOURO ARCANO”, Anatalino João, Editora Madras)

[1] Como a Opus Dei, por exemplo. 
[2] Velho testamento, Livro dos Macabeus I e II 
[3] A reconstrução de Jerusalém é a alegoria fundamental que informa o catecismo maçônico dos graus filosóficos. Sobre esse assunto, ver nossas obras Conhecendo a Arte Real, Madras Editora, 2007 e Mestres do Universo, publicada pela biblioteca24x7, 2010. 
[4] Macabeus *do hebraico makabim ou maqabim) significa “martelo”, em grego: makkabatot. Começando com o sumo sacerdote Matatias, a família dos macabeus liderou a revolta que libertou a judeia do domínio sírio. Depois da vitória eles fundaram a dinastia dos reis hasmoneus, que governou o país entre 163 a 63 a. C. 
[5] A Mishná é o conjunto de escritos rabínicos que interpreta as leis e as tradições do povo de Israel. O Talmude é uma coletânea de textos rabínicos que veicula as interpretações da Bíblica, feitas por esses famosos rabinos. 
[6] Antiguidade dos Judeus, Livro III 
[7] Jesus acusava os fariseus de ser hipócritas, isto é, de dizer uma coisa e fazer outra. Ou seja, mandavam o povo seguir estritamente as leis de Moisés, mas pessoalmente eram os primeiros a violá-las 
[8] Mateus, 21, 1 a 5. 
[9] Para um estudo dos fariseus, do ponto de vista doutrinário, recomendamos a leitura do trabalho de John P. Meier, Um Judeu Marginal, vol. 2, Livro III, Imago, 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário