terça-feira, 15 de novembro de 2016


REFLEXÃO MAÇÔNICA


Autor: José Roberto Cardoso (Pedreiro de Cantaria)

É comum encontrar  IIr.´. discutindo a origem da maçonaria e apresentando defeitos e incompreensão com o pensamento alheio.

A busca da Verdade é inerente a todos nós e a imaginação que fazemos dela é bem pessoal.

Nossa história se perde no tempo. Nossas raízes estão fincadas nas civilizações  e culturas antigas.

O homem primitivo, ao constituir a primeira família, depois as tribos, os clãs, observou que para viver em paz necessário era o estabelecimento de regras e então criou seus códigos de leis naturais,

Observou, ainda, que na parentela haveria de ter uma liderança, uma hierarquia e uma disciplina que colocasse ordem na comunidade.

Ao mesmo tempo observava a natureza das coisas e começou a viver o dilema da sua própria existência criado pela curiosidade (quem eu sou? de onde vim? para onde vou?) e, em sua grande maioria, deduziu que tudo teve origem em um ser superior, Criador do Universo, a que chamamos de Grande Arquiteto.

Viu que para preservar a coletividade teria que criar um sistema de previdência para amparar solidariamente aquele que adoecesse e não pudesse trabalhar ou a família, caso viesse a óbito.

Desde as mais remotas eras estão presentes os elementos básicos da maçonaria que são: uma associação; hierarquia, disciplina, princípios morais e éticos; princípios transcendentais; prática das virtudes (que aprendeu a identificar) e o combate aos vícios. Estes mesmos princípios não foram definidos na idade média e nem tampouco nos dias atuais.

Na minha opinião devemos a existência da maçonaria aos antigos canteiros e artífices; àqueles que trabalharam a argila dos tijolos queimados ou lapidaram as pedras, aos adoradores do sol e dos deuses, aos místicos e esotéricos de antanho que nos fizeram herdar através do DNA contido em nossos antepassados.

Essas experiências arraigadas em nosso corpo físico, fizeram com que variadas crenças habitassem nossas mentes e corações. Alguns de nós nasceram e se tornaram ateus, outros acreditam em um Deus antropomórfico, outros em um Deus da razão, enfim.

Assim, embora alguns condenem o misticismo e o esoterismo eles estão presentes entre nós, pois em nossa caminhada através dos séculos carreamos ao nosso espírito esse aprendizado.


A história da humanidade se assenta na tradição e não é à toa que o vencedor das batalhas procurava anular a história e cultura dos vencidos, absorvendo aquilo de melhor que tinham.

A maçonaria vai se adaptando à modernidade sem que haja a necessidade de mexer nos antigos costumes, até por que, sem eles, tornar-se-ia uma sociedade comum e deixaria de ter o esplendor da Arte Real.

É comum IIr.´. criticarem o “misticismo” e o “esoterismo”, talvez por não entenderem em profundidade o que significam. O Sublime Peregrino era místico por excelência, pois os milagres que praticava não eram explicados pelas leis naturais ou físicas. Os grandes sacerdotes egípcios eram esotéricos vez que seus ensinamentos eram ministrados a grupos fechados de alunos.



Este texto tem apenas o condão de chamar a atenção daqueles que criticam por criticar sem respeitar a Verdade do outro. 

Outro objetivo é chamar os Irmãos à meditação e à pesquisa animando-os a procurar nas brumas da existência nossas raízes e com isso as origens de cada instrumento, de cada ferramenta, de cada mobília, a fim de que possamos preservar nossa tradição e transmiti-la aos que estão entre nós e àqueles que irão nos suceder.

Que o Grande Arquiteto ilumine nossas mentes.







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