segunda-feira, 1 de julho de 2013

O POEMA REGIUS



                                                 POEMA REGIUS

Breve Histórico


Segundo informações disponíveis, o Manuscrito Régio foi escrito em torno do ano de 1390. Publicado em 1840 por James O. Halliwell, é mencionado em 1670 em um inventário da Biblioteca John Theyer. Esta foi vendida a Robert Scott - daí a razão de haver um segundo inventário, em 1678. O Manuscrito pertenceu depois à Biblioteca real até 1757 - daí o seu nome de “Regius” - data na qual o rei Jorge II fez a doação ao Museu Britânico.

O Regius se compõe das seguintes partes:

Fundação da Maçonaria Egípcia por Euclides.
Introdução da Maçonaria na Inglaterra sob o reinado de Athelstan, - rei saxão, que reinou entre os anos 925 e 939.

Os Deveres, em quinze artigos.
Os Deveres, em quinze pontos.
Lenda dos Quatro Coroados.
Lenda da Torre de Babel.
As Sete Artes Liberais
Exortação sobre a missa e como se comportar na Igreja.
Instrução sobre Boas Maneiras.

O Manuscrito Régio, ou Poema Régio, ou Manuscrito Halliwell, é considerado o mais antigo documento maçônico conhecido; supõe-se que tenha sido escrito na ano de 1390.
O Manuscrito Régio

(Texto Integral)

Tradução feita pelo Ir.: Ambrósio Peters

Um Poema Sobre Princípios Morais

Aqui começam os regulamentos da Arte da Geometria segundo Euclides.
Quem quer que com atenção procurar e ler
Encontrará escrito em algum antigo livro
Sobre senhores e também damas
Que tiveram muitos filhos ao mesmo tempo
E não tinha recursos para mantê-los consigo,
Nem na cidade, nem no campo, nem na floresta;
Juntos então em assembléia se reuniram
Para decidir o destino destas crianças,
De como poderiam melhor conduzir suas vidas
Sem grandes males, cuidados, ou discórdias;
Como também da multidão que viria
De seus filhos após a sua morte.
Eles os enviaram à procura dos altos funcionários
Para que lhes ensinassem uma boa profissão.
Então a eles pediram, para a causa de Nosso Senhor,
Para nossos filhos algum trabalho a fazer,
Assim que elas possam ganhar sua vida com isso
Bem e honestamente e com segurança.
Naqueles tempos, através da boa Geometria,
Esta honesta Guilda da Maçonaria
Foi assim instituída e fundada,
Imitada por aquelas funcionárias reunidos;
Imitaram a Geometria a pedido dos Senhores.
E deram o nome de Maçonaria
Para esta mais honesta Guilda de todas.
Os filhos desses Senhores por isso saíram livres
Para aprender deles o ofício de Geometria
Que ele havia criado tão perfeita.
A pedido dos pais e também das mães
Ele os pôs diante desta honesta Guilda
Ele que aprendera melhor, e era honesto,
E passou seus companheiros no interesse de aprender.
Se naquela Guilda ele os passou
Ele deveria ser mais respeitado que os outros
Este grande funcionário se chamava Euclides.
Seu nome era pronunciado com grande admiração.
Então este grande funcionário ordenou
Para quem fosse o mais alto neste grau
deveria ensinar com simplicidade
Como ser perfeito nesta honesta Guilda
Pois assim cada um poderia ensinar ao outro
E amar-se mutuamente como Irmão e Irmã.
Além disso ele ainda determinou
Que Mestre ele deveria ser chamado
Pois sendo o mais venerado
Assim ele deveria ser chamado,
Porém os Maçons nunca assim se chamariam
Entre eles todos quando na Guilda
Nem súdito, nem criado, nem meu caro Irmão,
Porquanto ninguém é mais perfeito que o outro.
Cada um chamará com afeição o outro
Porque todos nasceram de mulher.
Desta maneira, pelo saber da Geometria
Começou a Guilda da Maçonaria.
O Mestre Euclides desta forma fundou
Esta Guilda da Geometria na terra do Egito.
No Egito ele ensinou largamente
Em diversos lugares e por toda a parte;
Muitos anos depois, eu o sei,
Antes desta Guilda chegar a esta terra,
Esta Guilda chegou à Inglaterra como lhes digo
Nos dias antigos do bom rei Athelstane.
Ele construiu para ela então sedes e abrigos
E altos templos de grande esplendor
Para alegrá-los dia e noite
E para venerar seu Deus com todo o vigor
Este bom senhor amou sua Guilda com bondade
E propôs-se a reforçá-la em toda a parte.
Por causa de diversas falhas que numa Guilda ele achou
Ele enviou para todas as partes naquela Terra
A procura de todos os Maçons da Guilda
Para virem a Ele todos em ordem
Para corrigir estes erros todos
Com bons conselhos, e se puder ser,
Uma assembléia poderia ser constituída,
Entre as diversas autoridades em seus estados,
Duques, Condes, e Barões também
Cavaleiros, Escudeiros, e muitos mais,
E também os cidadãos daquela cidade,
Eles estariam aí todos em sua categoria
Todos estariam aí presentes
Para regular essa condição dos Maçons
E ali buscarem em sua sabedoria
Como melhor governar.
Quinze artigos eles então estudaram
E quinze pontos aí eles elaboraram.
Aqui começa o artigo primeiro.

Artigo I
O primeiro artigo desta Geometria:
O Mestre Maçom deve ser muito perfeito
Tanto quanto correto, confiável e franco
Pois disto ele jamais se lastimará;
Pagará seus companheiros descontadas suas despesas
Com seu alimento bem o sabe;
Então paga corretamente, por tua fé,
Tudo o que eles têm direito;
Conforme seu contrato e não mais.
Segundo as suas tarefas
E não economizará nem por amor ou nem por medo
De nenhum lado aceitará suborno;
Nem do Senhor, nem do companheiro, nem de quem seja
Não aceitará nenhuma forma de gratificação
como um Juiz permanecerá justo
Para assim fazer a ambos um grande bem
E com sinceridade faz isso aonde fores
E teu respeito e teu ganho será maior.

Artigo II
O segundo artigo da boa Maçonaria
Diz que deve ouvir com cuidado
Que cada Mestre, que é Maçom,
Deve estar presente à Assembléia Geral
Assim que com certeza seja informado
Onde a Assembléia terá lugar.
Àquela Assembléia ele estará obrigado a ir
A não ser que tenha razoável desculpa
Ou não seja da obediência da Guilda
Ou a engano seja induzido
Ou que tenha uma doença muito grave
Que impeça de estar no meio deles;
Isto são desculpas boas e coerentes
Sem mentiras para aquela Assembléia.

Artigo III
O terceiro artigo sem dúvida é este
Que o Mestre não tome um Aprendiz
Sem que tenha bastante certeza
de sete anos ficar com ele, como lhe digo,
Aprender seu ofício, isto é compensador
Com menos tempo ele não poderá estar capaz
De dar lucro nem ao Senhor nem a si mesmo
Como tu sabes por boas razões.

Artigo IV
O quarto artigo deve ser esse
Que o Mestre sempre o tenha sob sua vista
Que não faça do Aprendiz um escravo
Nem o contrate por cobiça;
O Senhor a quem ele é destinado
Pode vir buscar o Aprendiz onde estiver,
Se na Loja ele for aceito
Muito mal poderá causar
E se isso acontecer
Pode aborrecer a alguns ou até a todos.
Todos os Maçons que lá estão
Juntos devem ficar sempre
E se ele na Guilda permanecer
Com muitos infortúnios deverá contar;
Então em todo o caso, e por preocupação,
Toma sempre um Aprendiz de condição melhor
Como encontrei escrito em tempos antigos
que o Aprendiz seja de modos gentis;
Assim antigamente, sangue de importantes Senhores
Entrou nesta Geometria que é pleno de sucesso.

Artigo V
O quinto artigo é verdadeiramente bom
O Aprendiz deverá ser de sangue legítimo.
O Mestre não deve, por nenhum motivo
Tomar um Aprendiz que seja deformado;
Isto significa, como tu deves ouvir,
Que ele tenha todos os seus membros inteiros;
Pois para a Guilda seria uma grande vergonha,
Formar um homem coxo ou manco.
Pois um homem de tal sangue imperfeito
Traria a Guilda apenas pouco lucro
Assim isto tudo deves conhecer sempre,
Que a Guilda precisa de homens vigorosos;
E um homem mutilado não tem forças
Deves saber isso muito antes da noite.

Artigo VI
O sexto artigo não deves te enganar.
Que o Mestre não prejudique o Senhor
Ao tomar um Senhor como seu Aprendiz.
Quanto os Companheiros o fazem, de qualquer forma.
Que naquela Guilda eles sejam muito perfeitos.
Assim se ele não for, tu deves ver isto.
ambém é contra a boa razão
Receber seu aluguel como seus Companheiros fazem.
Este mesmo artigo neste caso
Manda que o Aprendiz dele receba menos
Que seus Companheiros, que já são perfeitos,
De diversos modos, sabe compensar isto,
O Mestre deve então informar ao Aprendiz
Que o seu salário logo aumentará.
E antes que seu contrato chegue ao fim
O seu salário deve estar reformado.

Artigo VII
O sétimo artigo é este agora
Tudo isso deve revelar a todos,
Que nenhum Mestre por sujeição ou imposição
Permita o roubo, nem de vestimenta nem de alimentos,
Ladrões ele jamais poderá abrigar,
Nem alguém que tiver matado um homem,
Nem mesmo quem tem o nome conspurcado,
A fim de não levar a Guilda à vergonha.

Artigo VIII
O oitavo artigo mostra isto
Que o Mestre deve fazer muito bem
Se ele tiver algum homem na Guilda
Que não seja tão perfeito quanto deveria
Ele deves substituí-lo logo sem demora
E colocar em seu lugar um homem mais perfeito.
Pois tal homem por essa imprudência
Poderia levar a Guilda a menor respeito.

Artigo IX
O nono artigo mostra muito bem
Que o Mestre deve ser tão sábio quanto forte;
Que ele não se incumba de um trabalho
A não ser que possa fazê-lo e terminá-lo;
E aos Senhores deve ser de proveito também
E para sua Guilda, onde quer que ele vá;
E que a fundação seja bem conduzida,
E que não tenha falhas e nem rache.

Artigo X
O décimo artigo é para que se saiba,
Que na Guilda, do menor ao maior,
Nenhum Mestre deve suplantar outro
Mas ficar juntos como Irmão e Irmã,
Nessa original Guilda, todos ou alguns,
Que pertencem a um Mestre Maçom.
Não devem tomar o lugar de nenhum homem,
Que tenha tomado sobre si um trabalho
Com pena de isso estar muito difícil,
Se não pesar não mais que dez libras.
Mas se isto houver é declarado culpado,
Quem tomou primeiro o trabalho nas mãos;
Pois nenhum homem na Maçonaria
Substituirá outro livre de perigo,
E se o trabalho for assim mesmo executado
E se neste caso o trabalho fracassar
Então o Maçom que o trabalho assumiu
O benefício do Senhor ele deve preservar.
Se neste caso o trabalho fracassar
Nenhum Maçom, por sua vez, se intrometerá
Na verdade ele que começou a fundação
Se ele for um Maçom bom e correto
Ele tem o firme propósito
Que levará seu trabalho a bom término.

Artigo XI
O décimo primeiro artigo que lhes cito
É tão justo quanto livre;
Pois ensina, por sua força,
Que nenhum Maçom deveria trabalhar à noite
Mas se o estiver praticando com prudência
Isso pode ser retificado

Artigo XII
O décimo segundo artigo é de alta dignidade
Todo o Maçom onde quer que ele esteja,
Nunca depreciará o trabalho dos seus Companheiros
Se ele quiser sua dignidade manter;
Com palavras dignas ele o louvará
Com inteligência que Deus te concedeu;
Mas isso corrige em tudo o que podes
Entre ambos, sem dúvida.

Artigo XIII
O décimo terceiro, assim Deus me ajude,
É que se o Mestre tem um Aprendiz
Dê-lhe então o ensino completo
E os pontos mensuráveis que lhe ensine,
Para que o ofício hábil ele possa conhecer
Onde quer que vá sob o Sol.

Artigo XIV
O décimo quarto artigo por bom motivo,
Mostra ao Mestre como ele deverá agir.
Ele não deverá tomar para si um Aprendiz
Sem que tome diversas precauções,
Ele deve dentro do seu período
Diversos pontos lhe ensinar.


Artigo XV
O décimo quinto artigo põe um fim
Naquilo que do Mestre é um amigo
Por ensinar-lhe, como a nenhum outro homem,
Que falsos compromissos não deve assumir.
Nem apoiar seus Companheiros em seus erros,
Pois nenhum bem que ele possa ganhar;
Nem falso juramento para o fazer sofrer
Pelo temor da salvação de sua alma.
A fim de que não se torne uma vergonha para a Guilda
E a ele mesmo trazer demasiada censura.
Outros Regulamentos
Nessa Assembléia outros pontos mais foram definidos
Por importantes Senhores e Mestres também,
Que quiserem conhecer esta Guilda e vir a sua sede.

I Ponto
Deve sempre amar muito a Deus e à Santa Igreja
E também ao Mestre a que estiver ligado
Onde quer que vá, no campo ou na floresta,
E seus Companheiros amará também,
Para que tua Guilda aceite o que fazes.

II Ponto
O segundo ponto como vos digo
Que o Maçom trabalhe na tarefa diária
Tão corretamente quanto pode ou deve,
Para merecer seu salário para o dia de descanso,
E lealmente trabalhe em sua tarefa
Para bem merecer ter sua recompensa.


III Ponto
O terceiro ponto deve ser rigoroso
Para que o Aprendiz o conheça bem
E do seu Mestre e conselho ele receba e guarde
E dos seus Companheiros com seus bons propósitos
As privacidade dos seu aposento não conte a ninguém
Nem da Loja, o que quer que se faça;
O que quer que ouvires ou os vires fazer
Não conte a ninguém onde quer que tu vás;
As deliberações da reunião na sede e também no abrigo.
Guarde-as bem em grande reverência
A fim de que não retorne a ti como censura
E leves a Guilda a grande vergonha

IV Ponto
O quarto ponto também nos ensina,
Que nenhum homem seja infiel a sua Guilda;
Em erro ele não deve apoiar ninguém
Contra a Guilda, mas afaste-se dele;
Nem prejuízos ele deve causar
Nem ao seu Mestre, nem aos Companheiros também;
E embora o Aprendiz esteja sob ordens
Ainda assim ele seguirá a mesma lei.

V Ponto
O quinto ponto é sem dúvida
Que quando o Maçom recebe o pagamento
Do seu Mestre destinado a ele
Cheio de humildade deve estar;
Sendo assim deve o Mestre por bons motivos
Avisá-lo legalmente antes do meio-dia
Se não o quiser ocupar mais
Conforme o fazia anteriormente;
Contra esta ordem ele não deve se opor
Se ele pensa muito em prosperar.

VI Ponto
O sexto ponto deve ser dado a conhecer
Tanto ao mais alto quanto ao mais baixo
Pois que este caso poderá acontecer;
Entre os Maçons, todos ou alguns,
Por causa de inveja ou raiva de morte
Freqüente se originam fortes discussões.
Então convém ao Maçom se isto ele puder
Colocá-los juntos durante um dia
Mas neste dia da amizade eles não farão nada
Faça que o dia do trabalho termine perfeito;
Ao dia Santo vocês devem chegar bem,
E fazer do descanso um dia de amizade
Para que não seja um dia que o trabalho
Que foi impedido com tal desordem.
Para tal desfecho, então, tu os induzas
A permanecerem fiéis à lei de Deus.

VII Ponto
O sétimo pode bem significar
Que boa vida longa Deus nos concedeu
Como o percebes claramente.
Não deves ao lado da esposa do teu Mestre deitar
Nem das de teus Companheiros, de modo algum
A fim de que a Guilda não te menospreze;
Nem com a concubina de teus companheiros
Não mais do que quisesses que ele fizesse com a tua
A pena por isto deves estar certo
Sendo ele Aprendiz por sete anos completos
E tiver faltado em alguns deles
Assim punido então ele deve ser;
Com muito cuidado deverá desse ponto iniciar
Por tal desonra mortalmente infame.

VIII Ponto
Do oitavo ponto, deves estar certo,
Se você tiver aceito qualquer remédio
Abaixo do teu Mestre seja sincero
E disto nunca terás arrependimento;
Um sincero mediador deves precisar ser
Para teu Mestre, e teus Companheiros livres;
Faça sinceramente o que for preciso
A ambas as partes, e isso é certamente correto.

IX Ponto
O nono ponto nós devemos chamá-lo
Para que seja um guarda de nossa sede,
Se estiveres juntos num recinto
Cada qual servirá outro com humildade;
Companheiro gentil, tu o deves saber
De ser guarda cada um em seu turno
semana após semana sem dúvida
Assim serão todos guardas cada um em sua vez
Para amáveis servir uns aos outros.
Como se fossem Irmãos e Irmãs.
Aí ninguém deve ser pesado um ao outro
Nem querer vantagens para si próprio.
Cada homem deve igualmente isento
Daqueles gastos, assim deve ser;
Cuides em corretamente pagar sempre cada homem
De quem compraste cada alimento consumido
Que nenhum pedido seja feito a eles
Nem aos teus Companheiros em nenhum escalão,
A homem ou a mulher, onde quer que seja,
Pague-os bem e honestamente, como nós queríamos.
Por isso de teu Companheiro boa recordação terás
Por isto paga bem como se fosse teu
A fim de não envergonhar teu Companheiro
E colocar a ti mesmo em grande culpa.
Então boa conta deves prestar
Das tais mercadorias que recebeste.
Dos bens de teus Companheiros, que tu gastaste,
Onde e como e com que finalidade;
Tais contas deves trazer contigo para
Quando teus Companheiros desejarem que tu o faças.


X Ponto
O décimo ponto apresenta uma vida boa
Para viver sem cuidados e disputas;
Pois se o Maçom viver impropriamente
E em seu trabalho for falso eu o sei
E através de falsa desculpa
Tentar difamar seus Companheiros sem motivo
Através de difamação falsa de tal forma
Pode trazer vergonha para a Guilda.
Se ele faz à Guilda tal vilania
Então nenhum favor lhe faça certamente.
Nem o manterás nesta vida imoral
Sem medo de que se transforme em preocupação e discórdia.
Mas ainda assim tu não adiarás
A menos que queiras obrigá-lo
A aparecer onde quer que tu o queiras
Onde tu o queira; irritado ou calmo;
Na próxima assembléia deverás chamá-lo
Para aparecer perante todos os seus Companheiros
E a menos que perante ele não apareça
A Guilda ele deve renunciar;
Ele será então punido perante a lei
Que foi criada nos velhos tempos.

XI Ponto
O undécimo primeiro ponto é de grande discrição
Conforme deves saber por bons motivos;
Um Maçom, se conhece bem a sua Guilda
E vê seu Companheiro desbastando uma pedra
E está a ponto de estragar aquela pedra
Corrige-o logo se isto puderes.
E ensina-o a se corrigir
Para que o trabalho do Senhor não seja danificado
E ensina-o rapidamente o emendar-se.
Com palavras justas, que Deus te concedeu
Por sua graça que paira sobre nós
Com doces palavras fomenta sua amizade.

XII Ponto
O décimo segundo ponto é de grande realidade
Onde a assembléia estiver reunida
Lá estarão os Mestres e os Companheiros também,
E muitos outros grandes senhores também;
Lá estará a autoridade suprema daquele país,
E também o prefeito daquela cidade,
Cavaleiros e Fidalgos também devem estar
E também os edis como você verá;
Aquela decisão que eles tomarem lá
Eles manterão todos em unanimidade
Contra aquele homem, onde quer que ele esteja
Ele pertence à Guilda, ou forçado ou livre
Ele deve ser tomado sob sua custódia.

XIII Ponto
O décimo terceiro ponto é para nós de proveito
Ele jurará que nunca será um ladrão,
De não auxiliá-lo em sua falsa ação.
Com nenhum bem que ele tenha roubado
E tu deves conhecer isto ou pecar
Nem pelo bem dele, nem pelo bem de sua família.

XIV Ponto
O décimo quarto está repleto de boa norma
A ele que devia estar sob temor;
Um juramento firme ele deve fazer.
Ao seu Mestre e a seus Companheiros que lá estão;
Ele deve estar imperturbável e correto
A todo esse regulamento, onde quer que ele vá.
E ao senhor de sua associação, o rei.
Será fiel acima de tudo
E a todas essas questões acima
A eles tu precisas jurar
E todos farão este igual juramento
Dos Maçons, sejam eles voluntários ou impostos;
A todos estes pontos acima
Isto foi instituído com grande sabedoria
E delas devem informar-se cada homem
de sua reunião, tão bem quanto possível;
E se algum homem for julgado culpado
Em qualquer dessas questões em especial
Seja quem ele for, deixem que seja procurado
E à Assembléia ele seja trazido.

XV Ponto
O décimo quinto ponto é de grande saber
Para aqueles que lá terão jurado
Este regulamento aprovado em Assembléia
Pelos grandes senhores e Mestres, acima citados
Para os mesmos que são desobedientes, eu sei
Contra o regulamento aqui descrito
E esse artigos que aqui foram alterados
Por grandes senhores e Maçons em conjunto.
E se eles foram examinados abertamente
E antes daquela Assembléia, detidamente
E não se emendarem de suas culpas
Então devem eles renunciar à Guilda
E nenhuma Guilda de Maçons os recusará
E jurarão nunca mais o usar;
Mas se eles quiserem se corrigir
Contra a Guilda nunca devem agir
E se eles assim não o quiserem fazer
A autoridade suprema logo os levará
E colocará seus corpos numa prisão profunda
Por causa da transgressão que cometeram
E tomarão seus bens e seu gado
E passarão para as mãos do rei, cada peça
E os deixarão lá ficar no silêncio total
Enquanto for vontade da liga do rei.

Outros Regulamentos da Arte da Geometria

Ficou combinado que uma assembléia haveria
Todos os anos, em qualquer lugar que se resolvesse
Para corrigir defeitos se algum fosse achado,
Na Guilda que naquela Terra,
A cada ano ou cada três anos deveria ter lugar
Em qualquer tempo que eles quisessem
Devendo data e lugar ser sempre avisados,
E no lugar deveriam se reunir.
Todos os homens da Guilda lá deverão estar
Como outros grandes senhores, como se verá,
Para corrigir as faltas de que se falou.
Se alguém deles as tiver transgredido
O que todos eles devem ter jurado.
Isto pertence à sabedoria da Guilda
Manter sempre os seus estatutos
Que foram ordenados pelo Rei Athelstane:
De acordo com este estatuto que aqui decretei
Eu ordeno que eles se observem em minha terra
Pela honra de minha Realeza
Que possuo por minha dignidade.
Também em toda assembléia que vocês realizarem,
Que vocês venham ao seu Rei soberano unidos
Suplicando sua altíssima graça
Para que estejamos convosco em todo lugar
Para confirmar os estatutos do Rei Athelstane
Que ele decretou a esta Guilda com boas intenções.

Extraído do site da ARLS Fraternidade Serrana, nº 37 – São Joaquim/SC, pelo Ir.´. José Roberto Cardoso da ARLS Estrela D´Alva nº 16 - GLMDF

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