A ESPADA NA MAÇONARIA
A Espada é um dos acessórios mais usados nas cerimônias maçônicas. No seu aspecto mais vulgar, é a arma da vigilância, por meio da qual seu condutor procura defender os mistérios maçônicos de toda e qualquer violação profana.
A Maçonaria consagrou dois tipos de Espadas: a comum, comumente empunhada pelos irmãos da Loja; e a Flamígera ou Flamejante, usada pelo Venerável Mestre. Empunhada com a mão direita, a Espada representa uma arma e simboliza ação física. Os maçons a seguram com a mão esquerda, transformando-a, assim, em instrumento de transmissão e de ação iniciática. Os construtores do Segundo Templo de Jerusalém, chamados de Zorobabel, seguravam-na com a mão esquerda, tendo na direita a Trolha de Pedreiro. Assim os maçons também o fazem, pois, simbolicamente, a mão direita está ocupada, constantemente, no trabalho ativo da construção do Templo perfeito.
Sem este simbolismo, a Espada poderá parecer fora de seu lugar em um Templo Maçônico, ou de uma instituição eminentemente pacífica como é a Maçonaria. Empunhada com a mão esquerda, a espada simboliza a faculdade passiva do pensamento. A interpretação moral de seu simbolismo é que na luta constante entre os dois princípios – o Bem e o Mal -, existe reservado, para o segundo, o castigo do fogo destruidor da consciência.
A Espada é obrigatória em certas cerimônias e desempenha o simbolismo da honra, do valor e da dignidade. Nenhum maçom é considerado investido em seus diferentes graus, sem antes prestar solenemente seu compromisso, perante o símbolo da honra e da dignidade representado pela Espada.
O uso de Espada no passado exigiu qualificação de nobreza.
O uso da Espada dentro dos Templos Maçônicos, em um determinado período histórico, ou seja, no século XVII, serviu para nivelar os homens, pois antes da Revolução Francesa somente os fidalgos poderiam usá-la. A Espada era, então, um símbolo da nobreza, de sangue azul de seus possuidores, e leis severas proibiam os seus uso por quem não tivesse tais qualificações ou carta de nobreza, somente na Maçonaria essa lei não era válida, pois todos são iguais e irmãos.
A Espada, além de simbolizar a honra e a dignidade, é a insígnia do poder e do mando. Por isso, cada Mestre Maçom deve possuir a sua.
Para o cobridor e guarda do templo, a Espada é empunhada com a mão direita, é uma arma de proteção de defesa efetiva da Oficina, podendo, inclusive, transforma-la em arma de ataque.
A Espada Flamígera, tem a lâmina em forma ondulada, simbolizando a chama do fogo sagrado proveniente de GADU. A origem desse símbolo está na Escritura Sagrada “Gênesis 3.24 e havendo lançado para fora o homem, pôs ao Oriente do Jardim do Éden os Querubins, e uma espada Flamejante que se envolvia por todos os lados, para guardar o caminho da árvore da vida”. Essa Espada é a verdadeira insígnia do mais puro trabalho do Venerável Mestre e deve estar presente sobre seu altar, para ser utilizada nos juramentos prestados perante a loja.
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