PARADOXOS MAÇÔNICOS
(site Bibliot3ca)
Tradução: José Filardo
Dizem que o Paradoxo, é uma proposição que parece ser falsa ou que viola o senso comum; mas não envolve uma contradição lógica.
Um dos mais curiosos paradoxos da Maçonaria; um dos muitos; é aquele sobre O Silêncio Tanto é que às vezes eu encontro textos, pranchas e exposições mais próximas do misticismo religioso que justificam, pedem e forçam o silêncio como um paradigma de formação do maçom e da loja em particular, como grupo e lista e, assim, o Mestre de Cerimônia pede silêncio para entrar na loja na forma de um espaço sacral; não profano.
Isso tem um certo grau de contradição no contexto da Maçonaria que praticamos; que é a maçonaria especulativa, nascida em 1717 em um ambiente efusivo como eram as tabernas de Londres; onde se reuniram diversas lojas para fundar a primeira Grande Loja de Londres, e não parece que os cavalheiros, pedreiros e pessoas diversas estivessem muito propensos ao silêncio que às vezes se impõe na loja; tão sacral e espiritualista cujo recolhimento parece contradizer as gravuras que nos chegaram de reuniões maçônicas.
Reunião Maçônica do século XVIII (Viena)
E também não é possível pensar que a Maçonaria operativa composta de grêmios – guildas de pedreiros – eram algo como um coro de pedreiros do tipo cartuxo no momento do desenvolvimento das obras de cantaria e, portanto, é difícil pensar que, quando chegasse a hora das obras de debate de sua loja, estas seriam de recolhimento; se não completamente ao contrário.
Quando se olha para as gravuras de diferentes épocas, veem-se grupos de maçons mais dispostos a sussurrar, a comentar e levar a maçonaria com uma certa alegria, que, como dizia aquele apelo permanente ao recolhimento do silêncio traçado pelos místicos para o uso; por outro lado, os rituais apenas falam de silêncio; nada mais que diante dos compromissos e dos momentos da Iniciação.
Em geral, oa maçons somos pessoas dadas ao debate; a falar pelos cotovelos, dizem, e a prova é um ágape maçônico, sem ou com ritual, muito distante dos cenáculos religiosos que exigem silêncio como escola.
E não pensem que esta situação mudou muito, porque muitas décadas atrás o GOdF proibia a seus membros os pequenos grupos, os jogos e reuniões; como vemos no quadro acima.
O que não impede que o silêncio seja também uma boa arma de debate e de trabalho; conforme mostrado no texto que nos leva a este link
Publicado em SILENCIO EM LOJA
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