IIr.´. EM QUEM DEVEMOS NOS INSPIRAR?
Certamente que onde estivermos seremos o retrato do meio em que vivemos, até mesmo na Maçonaria, uma Ordem que se fundamenta nos princípios da Moral e da Razão e que vem sendo vilipendiada por profanos de avental que comungam das idéias dos políticos atuais e até fazem parte delas. Onde está nossa tradição, nossa inspiração, nosso dever?
Há muitos anos, um velho amigo me dizia: "a humanidade é podre e canalha"! Se voltarmos no tempo veremos que pouco mudou ou quase nada. As mesmas falcatruas e barbaridades do Senado romano estão ainda hoje presentes. A mesma proposição do Imperador Vespasiano, se referindo a pão e circo estão presentes...
Dá um desânimo danado...
Dá vontade de desistir de tudo, até por que nada mudou e nada vai mudar. Mas ainda assim, posso dizer que não sou como eles, não concordo com eles e vou continuar lutando.
Nós, Obreiros da Arte Real, devemos estar atentos e fazer o nosso papel, construindo um mundo melhor e honrando a letra do nosso Hino! Maçons alerta, tende firmeza!!!
Ir.´. José Roberto Cardoso - Loja Estrela D´Alva 16 - Oriente de Ceilândia - DF (GLMDF)
Como ponto de reflexão transcrevo o texto a seguir:
Não há, nem poderia haver, a pretensão de publicar neste espaço um resumo que fosse de 'Ética a Nicômaco'. Aqui só pretendemos lembrar que esse tratado mais do que nunca precisa ser lido em nosso país. Ética e Política são inseparáveis em toda a obra de Aristóteles.
O filósofo não negligencia nem a Política, nem a Moral ao desenvolver sua concepção do que deve ser a vida dos cidadãos e se pronuncia sempre em direção à busca da Virtude, que deve ser a essência da Cidade. (Que, é bom recordar, tem na época o sentido de Cidade-Estado).
*A virtude ética é adquirida pelo hábito; não nascemos com ela, mas nossa natureza é capaz de adquiri-la e aperfeiçoá-la. A virtude tem dois aspectos, o intelectual e o moral; a virtude intelectual (sabedoria) provém em sua maior parte da instrução, que lhe é necessária para se manifestar e se desenvolver. Também exige prática e tempo, enquanto a virtude moral (prudência) é filha dos bons hábitos.
*Não nascemos com nenhuma virtude moral; na verdade, nada modifica uma condição que nos é dada pela natureza; por exemplo, a pedra tem um peso que é seu: nada muda essa situação, nem que ela seja jogada ao ar mil vezes ela perderá seu peso; o fogo não saberia descer, só sabe subir; e assim sucessivamente com todos os corpos que não podem modificar suas características originais. Ao nascer, não temos nem virtudes, nem vícios.
*Não é pois por um dom da natureza que uma virtude nasce em nós; somos sim naturalmente predispostos a adquiri-la e vivenciá-la, desde que a aperfeiçoemos pelo costume, assim como acontece com as artes e os ofícios.
*Aquilo que deve ser estudado, aprendemos pela prática: é construindo que nos tornamos arquitetos; é tocando a cítara que nos tornamos citaristas.
*O mesmo acontece com as virtudes. De tanto enfrentar situações perigosas e de nos habituar ao medo ou à audácia, passamos a ser pusilânimes ou corajosos.
*A virtude ética está relacionada com sentimentos e ações. No entanto, agir virtuosamente e ser virtuoso são coisas diferentes. Ser virtuoso requer três coisas: a) que a pessoa saiba o que está fazendo; b) que tenha a intenção de fazer o que está fazendo; c) que tenha essa intenção por saber que é o mais correto e por nenhum outro motivo; d) e que aja com firmeza e determinação.
*Sendo assim, o modo como somos educados desde a infância não tem pouca importância. Que digo? Tem importância extrema, na verdade é essencial. Por isso é importante exercer nossas atividades de modo virtuoso, determinadamente, pois as diferenças de conduta podem criar hábitos diferentes em quem nos cerca.
*Vejamos o que acontece nas cidades: os legisladores, ao bem habituá-los, formam cidadãos virtuosos. E essa deve ser a intenção de todo legislador. Todos aqueles que não se comportam assim, deixam de cumprir seu papel, pois é só por aí que uma Cidade difere da outra, uma boa Cidade de uma cidade má.
Aristóteles nasceu em 384 a.C, em Stagira, na margem norte do Mar Egeu. Seu pai, médico do rei da Macedônia, se chamava Nicômaco, nome que ele depois deu a seu filho. Foi preceptor de Alexandre, o Grande. Quando Alexandre já não precisa mais dele, ele volta para Atenas onde funda o Liceu. É a um seu aluno que devemos a herança de ler o que ele escreveu. Faleceu em Atenas, em 322 a.C.
Excertos traduzidos livremente de diversas traduções do original grego.
Extraído do Blog do NOBLAT.
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