O FIRMAMENTO, O ZODÍACO E A ABÓBADA CELESTE
Uma das primeiras visões de infinitude e de harmonia que o homem teve foi a do firmamento. E foi através dessa imensidão que o homem percebeu a importância da luz e da
escuridão, do sol e da chuva, da influência da lua nas marés,
das estações do ano.
Dessas observações - que eram constantes - desde a mais remota antiguidade entre os povos da região da mesopotâmia: caldeus, sumerianos e assírios, egípcios hindus e, um pouco mais tarde, pelos gregos e romanos, surgiu a Astrologia, tida por eles como uma ciência que demonstrava, de alguma forma, influência sobre os homens e a natureza de um modo geral.
Ela teve um importante papel na formação das culturas, e sua influência é encontrada na Astronomia antiga, nos Vedas, na Bíblia, e em várias disciplinas através da história.
Existem vestígios de que os primeiros registros sobre o zódiaco tenham ocorrido por volta de 3.000 anos a.C, mas isso pode ter ocorrido antes ou depois.
Em Dendera, encontra-se uma das mais antigas representações do zodíaco, pintada no teto do Templo de Hathor. Embora este templo tenha sido construído pelos Gregos Ptolomaicos, por volta de 600 a.C, seus dados astronõmicos refletem "o plano estabelecido nos tempos dos Companheiros de Horus", ou seja antes da primeira Dinastia do Egito, por volta de 3100 a.C. , portanto muito antes dessa ciência surgir entre os Sumérios, na Mesopotâmia.
Zódiaco de Dendera
Dendera (em árabe: دندرة) ou Dandara (também chamada em fontes antigas de Belzoni e, na Antiguidade, conhecida como de Tentyra) é uma pequena cidade do Egito, localizada na margem ocidental do Nilo, a cerca de cinco quilômetros a sul de Qena, na margem oposta do rio.[i]
A versão do zodíaco que conhecemos hoje, com os 12 conjuntos de estrelas que representam os signos, foram padronizados ainda na Antiguidade e sofreu influências da astrologia milenar dos babilônios, dos egípcios, dos gregos e, mais recentemente, dos romanos.
Além da que se chama hoje ocidental, são praticadas hoje no mundo todo outras formas de astrologia.
Na China, a astrologia é conhecida a partir de 2000 a.C. Diz a tradição que Buda, ao morrer, chamou os animais para se despedir e somente 12 vieram e estes são os anos da Astrologia Chinesa.
A Índia conheceu a astrologia da Mesopotâmia quando foi invadida, por volta de 1500 a.C.
Os Astecas usavam uma astrologia com 20 signos. Um padre espanhol, que acompanhou a tomada de Hernán Cortés, codificou a astrologia dos Astecas.
Há várias correntes recentes - dos séculos XIX e XX - na astrologia. A astrologia inglesa do século XIX teve forte influência da teosofia, como praticada porAlice Bailey. Alan Leo e Charles Carter são dois de seus expoentes, e dessa linha surgiu a Faculdade de Astrologia de Londres.
Na Maçonaria a Astrologia é uma das 7 Artes Liberais.
Em nossos templos e em nossos materiais de trabalho e de estudos, dos doze signos do zodíaco nas colunas onde se encontram representados, igualmente, os quatro elementos da natureza [Terra, Água, Fogo e Ar] e os planetas e astros conhecidos desde a mais remota Antigüidade [Marte, Vênus, Mercúrio, Júpiter, Saturno, Sol e Lua], para em seguida, destacar a existência de um simbolismo que associa a Astrologia à Maçonaria, seja pela orientação física e espacial de cada templo maçônico, seja pela reprodução da abóbada celeste no teto das lojas, ou seja, pelo simbolismo e esoterismo hermético emanado da sabedoria perdida dos antigos adoradores do Sol.
Esta divisão é aplicada ao Céu, onde determina doze espaços iguais, que o Sol percorre, regularmente, na sua trajetória anual, aparentemente em torno da Terra. As Constelações, que coincidiram, outrora, com esses espaços, lhes deram seus nomes, tirados de animais ou de seres animados. Assim, formou-se o duodenário zodiacal, cujo simbolismo é de máxima importância, porque oano se torna o protótipo de todos os ciclos, emblematizando tanto as fases davida humana como as da Iniciação. Nos mistérios de Ceres, o Iniciadopartilhava, de fato, dos destinos da semente confiada ao solo. Como esta, eledeveria sofrer a influência solar para se desenvolver e frutificar, depois do quetornava a passar por esse encadeamento de transformações de que resulta ociclo da vida. Cada signo do Zodíaco tem, sob este ponto de vista, umasignificação particular que será compreendida depois de algumas indicaçõesgerais sobre o simbolismo dos doze signos. O Zodíaco é uma faixa circular docéu, de 17° de largura, como uma pista na qual circulam o sol aparente, aTerra, a Lua e os planetas. Zodíaco (do grego Zodiakós que se sub-entendeKyklos = Círculo de Animais), seu verdadeiro sentido iniciático é o de CICLOVITAL, com as modificações cíclicas e regulares do fenômeno das estações,portanto deve-se entender como Animado = com vida e movimento. Os signosdo Zodíaco não devem ser confundidos com as constelações. Essasconstelações por onde passa o Sol aparente durante o ano, são de tamanhosdesiguais, compostos por estrelas e são na realidade 14 (os 14 pedaços de Osíris da iniciação egípcia que deu origem às 14 etapas da paixão na TradiçãoCristã). Dos vários zodíacos, existem 3 principais: o das constelações com as estrelasfixas, cuja influência maior se reflete sobre a humanidade como um todo etem seu início na estrela Zeta Piscium - Revati dos Hindus. O ZodíacoTrópico, contando a partir do equinócio de primavera boreal é o ciclo dasestações e dividido por 12 setores de 30° (12 x 30 = 360°), já que o número 12é o ideal para dividir os ciclos ou circuitos vitais.Em terceiro lugar, temos o Zodíaco de Rotação ou terrestre, que os astrólogoschamam de Casas Terrestres, que nada mais é do que o ciclo de rotação de 24horas, dividido por 12 setores de 2 horas cada um.O significado dos Signos, Casa ou Setores é sempre o mesmo, já que osfenômenos se repetem seja no Macrocosmo, como no Microcosmo (1ª lei deHermes Trimegisto = o que está no Grande Universo é igual ao que está nomenor).
Essas doze casas do zodíaco só foram aparecer em nossa Lojas no século XVIII e estão em nossa Oficina, dispostas em duas fileiras de seis colunas e dizemos, simbolicamente, que elas apoiadas na terra sustentam a Abóbada Celeste.
Abóbada Celeste
O Templo maçônico é coberto por uma abóbada celeste semeada de estrelas e nuvens, na qual circulam o Sol, a Lua e inúmeros outros astros, que se conservam em equilíbrio pela atração de uns sobre os outros e se o Templo representa o Universo, o pavimento é a Terra e o teto é o Céu.
Em arquitetura, uma abóbada é uma construção em arco, feitas de pedras ou tijolos, que são colocados em cunha para se auto-sustentar, ficando uma estrutura suspensa que resulta em uma solução acústica e também estética. Esta solução foi muito usada nas catedrais de estilo gótico.
Entre tantas especulações existentes na história da Maçonaria, atribui-se a Elias Ashmole a criação da abóbada celeste que adorna o teto dos Templos maçônicos, e que de 5.000 astros conhecidos na época (1648 dc) haveria escolhido 36 para formar parte dela e que seriam os regentes de Luzes, Oficiais e graus maçônicos.
Esta é mais uma especulação sem base, das tantas que rodeiam à Maçonaria e que não resiste o mais simples análise. Elias Ashmole escreve no seu Diário que foi iniciado em Warrington, condado de Lancashire junto do Coronel Henry Mainyaring em Outubro de 1646 e que ficou sem participar de nenhuma reunião maçônica durante 35 anos e por outra parte, lembremos que as reuniões maçônicas nessa data (século XVII) eram tradicionalmente realizadas em tabernas, numa condição muito diferente da que poderia oferecer um Templo como é atualmente.
Dos 36 astros, Marte, por razões até certo ponto lógicas foi deixado no Átrio já que ele representa a guerra, a violência não podendo, obviamente, ocupar um lugar dentro do Templo maçônico.
No quadro que figura a continuação estão descritos os 36 corpos celestes, o cargo ou grau que representam e uma breve descrição dos motivos pelo qual foram considerados dentro da simbologia maçônica. Só cabe dizer, que estes corpos foram considerados conforme o conhecimento astronômico existente 3 séculos atrás. Os aparelhos daquela época eram precários e somente permitiam ver os 3 maiores dos famosos anéis de Saturno e as Pleiades são uma nebulosas com infinidade de estrelas, das quais o homem antigo conheciam só sete. Uma explicação especial merece a Stella Pitagoris, regente do Segundo Vigilante. Conforme Pitágoras, quando são discutidas coisas divinas, o que realmente acontece dentro de uma Loja maçônica, deve existir um facho que ilumine o Templo. Como o Sol era a luz mais intensa do Universo conhecido foi reservada para o Venerável Mestre, simbolizando a sabedoria de Deus vinda desde o Oriente, não sendo conhecido outra estrela que emitisse tanta luz. Hoje se sabe que existem muitas outras estrelas mais brilhantes e maiores que o nosso Sol, por exemplo Arcturus, Antares e Formauhalt. Por isso, foi criada uma estrela virtual que recebeu o nome de Stella Pitagoris.
Elias Ashmole
Na verdade, no nosso Ritual da Grande Loja Maçônica do DF, constam na parte interna da Loja apenas 34 uma vez que a Constelação da Ursa Maior conta com seis estrelas quando na visão de Ashmole teria sete.
O objetivo do trajeto dissertativo até esse ponto é o de estudarmos o porque e quando surgiu no teto das Lojas Maçônicas a construção e a decoração da Abóbada Celestre.
Os povos mais antigos não tinham o conhecimento necessário para a construção de uma abóbada.
A Abóbada Celeste no Templo Maçônico
A origem da Abóbada Celeste no Templo Maçônico foi perdida. A versão mais aceita pelos historiadores é que ela representa o céu de 21 de março, quando, o Sol, cruza a linha do equador no equinócio de primavera no hemisfério norte. É, ambém, quando começa o calendário maçônico mais usado, o hebraico. A criação artística da Abóbada Celeste que temos atualmente é da mesma época dos Painéis dos Graus, pintados por John Harris em 1813 por encomenda da Grande Loja Unida da Inglaterra. Não há rigor, sob o ponto de vista astronômico, na disposição dos astros na figura da Abóbada Celeste, mas, devemos manter a tradição que já perdura próximo aos 200 anos, que é a do hemisfério norte.[ii]
Um dos legados culturais mais importantes que os etruscos deixaram aos romanos foi o uso do arco e da abóbada nas construções. Esses dois elementos arquitetônicos - desconhecidos na Grécia - permitiram aos romanos criar amplos espaços internos, livres do excesso de colunas, próprio dos templos gregos. Antes da invenção do arco, o vão entre uma coluna e outra era limitado pelo tamanho da travessa. E esse tamanho não podia ser muito grande, pois quanto maior a viga, maior a tensão sobre ela. E a pedra, que era o material mais resistente usado nas construções, não suporta grandes tensões. É por isso que os templos gregos eram repletos de colunas, o que reduzia muito o espaço de circulação. O arco foi, portanto, uma conquista que permitiu ampliar o vão entre uma coluna e outra, pois nele o centro não se sobrecarrega mais que as extremidades e, assim, as tensões são distribuídas de forma mais homogênea. Além disso, como o arco é construído com blocos de pedra, a tensão comprime esses blocos, dando-lhe maior estabilidade. Mas no final do século I d.e., Romajá havia superado essas duas infuências - a grega e a etrusca - e estava pronta para desenvolver criações artísticas independentes e originais.
OS ETRUSCOS
Os etruscos eram um aglomerado de povos que viveram na península Itálica na região a sul do rio Arno e a norte do Tibre, mais ou menos equivalente à atual Toscana, com partes no Lácio e aÚmbria. Eram chamados Τυρσηνοί, tyrsenoi, ou Τυρρηνοί, tyrrhenoi, pelos gregos e tusci, ou depoisetrusci, pelos romanos; eles auto-denominavam-se rasena ou rašna. É pela sua designação grega que se fala de mar Tirreno.
Desconhece-se ao certo quando os etruscos se instalaram aí, mas foi provavelmente entre os anos1 200 a.C. e 700 a.C.. Nos tempos antigos, o historiador Heródoto acreditava que os Etruscos eram originários da Ásia Menor, mas outros escritores posteriores consideram-nos itálicos. A sua língua, que utilizava um alfabeto semelhante ao grego, era diferente de todas as outras e ainda não foi decifrada, e a religião era diferente tanto da grega como da romana.
A Etrúria era composta por cerca de uma dúzia de cidades-estados (Volterra, Fiesole, Arezzo,Cortona, Perugia, Chiusi, Todi, Orvieto, Veios, Tarquinia e Fescênia), muito civilizadas que tiveram grande influência sobre os Romanos. A Fescênia, próxima a Roma, ficou conhecida como um local de devassidão. Versos populares licenciosos, na época muito cultivados entre os romanos, ficaram conhecidos como versos fesceninos (obscenos).
Os últimos três reis de Roma, antes da criação da república em 509 a.C., eram etruscos. Verificaram-se prolongadas lutas entre a Etrúria e Roma, terminando com a vitória desta última noséculo III a.C.
Por volta de século IX a.C. (c.a. 850 a.C.), os etruscos já estavam estabelecidos na região da Etrúria, entre os rios Arno e Tibre, a oeste e sul da cadeia dos Apeninos. Nos três séculos posteriores, difundiram seus domínios submetendo os povos locais, ocupando vastas áreas da planície do rio e fundaram cidades que existem até hoje. Em direção ao sul, tomaram Roma - então um aglomerado de aldeias - e transformaram-na em uma cidade cercada de muros. Acredita-se que os Tarquínios - uma dinastia de reis etruscos - governaram Roma por volta de 616 a.C. a 509 a.C..
Localização da Etruria na Antiguidade
Durante o processo de expansão, os etruscos atingiram até a região da Campânia, onde fundaram Cápuaque, desde o início do século VI a.C., representou um centro comercial capaz de rivalizar com as colôniasgregas vizinhas: Cuma e Neápolis (Nápoles). Por volta de 540 a.C., aliados aos cartagineses, derrotam osFócios da Córsega. Essa vitória assegurou-lhes o controle da ilha e marcou o apogeu da expansão territorial.
Entretanto, os etruscos foram expulsos de Roma pelos latinos em 509 a.C.; tiveram sua fronteira destruída pelos gregos de Siracusa e Cuma em 476 a.C. Em 424 a.C., perderam a Campânia para os samnitas e, logo a seguir, o vale do rio Pó foi ocupado pelos celtas. Em 396 a.C., com a tomada de Veios, os romanos incorporaram ao seu território o que restava da Etrúria.
Para os templos utilizava-se a pedra, enquanto para as moradias utilizava-se o adobe, com estrutura de madeira e revestimento de argila cozido.
Os etruscos conheciam o arco de meio ponto, a abóbada de canhão, e a cúpula, elementos que utilizaram –entre outras coisas– para a construção de pontes. Também construíram canais para drenar as zonas baixas, levantaram muralhas defensivas de pedra, mas, sobretudo, destacou a arquitetura funerária, em forma de impressionantes hipogeus. Os templos estavam inspirados no modelo grego, embora apresentassem notáveis diferenças: costumavam ser menores, de planta quadrangular, fechados, sem peristilo, somente com uma fileira de colunas da ordem chamada "toscano" a jeito dos pronaos gregos, e o altar estava sobre um fojo, chamado pelos latinos mundus -limpador, purificador- (a palavra talvez seja de origem etrusca), é dizer, um orifício que, simbolicamente, serviria para jogar os restos dos sacrifícios.
Chama-se arco de volta perfeita, arco de volta inteira, arco de pleno centro, arco de meio ponto ou arco romano aos arcos que formam um semicírculo inteiro, apoiados em duas extremidades e fechados por uma única pedra em forma de cunha, que pressionava os demais.
Arco de volta perfeita.
É um tipo de arco com um único centro localizado a nível da linha superior das impostas, exactamente no centro do arco. Este tipo de arco começou a usar-se na Mesopotâmia (Arquitectura caldaica) no terceiro milénio a.C.Usado ainda na Arquitectura etrusca foi depois tornado muito comum na Arquitectura romana, que o difundiu por toda a Europa e Mediterrâneo, tornando-se numa das principais características da arte romana e dos estilos que nela se basearam como o estilo românico.
Abóbada de berço, também referida como abóbada de canudo, abóbada cilíndrica ou abóbada de canhão, é um tipo de abóbada construída como um contínuo arco de volta perfeita.
É um elemento arquitetónico característico da arquitetura romana, retomado posteriormente pela arquitetura do Renascimento.
Abóbada de berço
Sé de Lisboa: nave coberta por abóbada de berço. Note-se a ausência de Clerestóriodas janelas, com toda a luz natural a ser fornecida pela janela em Rosácea na extremidade da abóbada.
A abóbada em cruzaria é um elemento arquitetónico. É um dos elementos característicos da arquitetura gótica.
Constitui-se em uma derivação da chamada abóbada de aresta, da qual se distingue pela utilização de nervurasdiagonais estruturais que lhe suportam o peso e o descarregam sobre pilares compostos ou polistilos) e a que pertencem, e geralmente com elas são identificadas, as chamadas abóbadas de ogivas (também referidas como abóbadas em cruzaria de ogivas) e as abóbadas de nervuras (também referidas como abóbadas de nervos).
Refira-se que quando se utiliza neste contexto o termo "ogiva", este não se refere aos arcos quebrados ou ogivais, embora também característicos do Gótico, mas sim aos arcos (quebrados ou não) que, nestas abóbadas têm a função de aumentar ("augere", em latim), a resistência e segurança da estrutura.
Dentro desta tipologia distingue-se a abóbada de seis painéis, resultante de 6 arcos: 2 arcos torais (que se cruzam ao centro) e 4 arcos formeiros (que limitam os quatro lados da abóbada) com um fecho no centro daabóbada, como na torre-lanterna da Sé de Coimbra.
Representação esquemática de uma abóbada de cruzaria sexpartida.
A abóbada de aresta é um elemento arquitetónico que consiste numa abóbada formada pela intersecção de duas abóbadas de berço com a mesma flecha. Os seus arcos mestres limitam um tramo.
Abóbada de aresta
Uma cúpula ou domo é uma abóbada hemisférica (metade de uma esfera) ou esferoide. Se a base é obtida paralelamente ao menor diâmetro da elipse, resulta-se em uma cúpula alta, dando a sensação de um alcance maior da estrutura. Se a seção é feita pelo maior diâmetro o resultado é uma cúpula baixa.
Cúpula da Santa Maria del Fiore
Uma inovação espetacular, base do estilo barroco, é a cúpula oval. Apesar de ser identificada em catedrais de Bernini eBorromini, sua primeira versão foi construída por Vignola para uma pequena capela chamada Sant'Andrea, encomendada em1552 pelo Papa Júlio III.
A cúpula dourada do Domo da Rocha
Três cúpulas que tiveram muita influência em arquiteturas posteriores foram as de Santa Sofia em Constantinopla, o Domo da Rocha em Jerusalém e o Panteão de Roma. Na arquitetura ocidental, as cúpulas de maior influência desde o período renascentista foram a Basílica de São Pedro no Vaticano e a de Jules Hardouin-Mansart em Paris. A cúpula da Catedral de São Paulo, em Londres, foi uma inspiração do Capitólio em Washington.
Em italiano, uma catedral é geralmente chamada um duomo, não porque tantas possuem tal estrutura na sua arquitetura, mas porque em latim domus significa "lar" ("o lar de Deus"). Uma cúpula é uma marca de um palácio ambicioso. A primeira cúpula residencial foi a de Nero, construída após o grande fogo de Roma em 64 a.C..
No século XX, cúpulas finas de concreto de arquitetos como Nervi abriram novas direções para a arquitetura.
Domo na Prefeitura de São Francisco, Califórnia
Domo do Milênio é a maior cúpula ou domo do mundo
Um domo pode ser considerado um arco que foi rotacionado em torno de seu eixo vertical. Como tais, domos têm uma grande força estrutural. Um domo pequeno pode ser construído de materiais de marcenaria comuns, unidos por fricção e forças de compressão. Domos maiores construídos após o domo de Fillippo Brunelleschi que triunfantemente cobre o cruzamento deSanta Maria del Fiore, o duomo de Florença, têm todos sido construídos como domos duplos, com conchas internas e externas.
As secções triangulares ou trapezoidais do abobadado que provê a transição entre um domo e a base quadrada em que ele fica e transfere o peso do domo são chamados pendentes (uma versão menos sofisticada de pendente é um squinch). Sob o domo ilustrado à esquerda, os pendentes têm medalhões circulares em baixo relevo.
Assim, podemos dizer que haveria a possibilidade de se construir uma Abóbada no Templo já na época de Elias Ashmole.
Alguns dizem que já no século XV e XVI haviam Lojas Maçônicas, no entanto, temos também conhecimento de que muitos dos maçons operativos se reuniam em alojamentos ou até mesmo no tempo, demarcando a área.
Todos sabemos que a Loja Maçônica como a conhecemos hoje, começou a ser adornada a partir do século XVIII e que os símbolos que nela foram sendo colocados vieram das eras mais remotas, principalmente das civilizações orientais, dentre elas aquelas que se localizavam na mesopotâmica, na Egito e parte da Europa e também na Ásia.
Alguns símbolos e posições do mobiliário e das Luzes e Oficiais em Loja trazem muito do Parlamento Inglês.
Poderíamos dividir a Maçonaria em quatro etapas: a proto-maçonaria; a maçonaria primitiva; a maçonaria operativa e a maçonaria especulativa.
Essas duas primeiras fases e parte da terceira estavam carregadas de misticismo e esoterismo e parte da segunda e terceira estavam impregnadas do sentido religioso, principalmente da Igreja Católica.
Da Antiguidade e da Idade Média herdamos muito da alquimia, do hermetismo, do rosacruzianismo, das ordens militares (templários, rosacruzes e outros).
O Teto da Loja Maçônica
Acompanhem no Ritual a planta do céu da Loja.
O Rito Escocês Antigo e Aceito colocou no céu da Loja trinta e cinco astros. Esses corpos celestes, cuidadosamente escolhidos, obedecendo a uma posição geométrica, regem os cargos dos maçons em Loja.
O SOL
A luz do céu da Loja, representando o Ven:. M:.
Colocado no oriente e no eixo da Loja. Para os gregos representava o deus Hélios percorrendo o céu numa carruagem de fogo, puxada por quatro cavalos (estações do ano).
A LUA
Selene rege o Primeiro Vig:. Era filha de Hyperion e de Tela e irmã de Hélios. Mais tarde, identificada como Artêmis, pelos gregos, e Diana pelos romanos, também percorria os céus numa carruagem, mas de prata.
STELLA PITAGORIS – ESTRELA VIRTUAL OU FLAMEJANTE
A estrela Virtual ou Estrela Flamejante, colocada sobre o altar do Segundo Vig.´.. O Homem, Deus, Cristo, Buda ou mesmo Hércules, o iluminado que transcende a condição humana. É o astro regente do Segundo Vig:.
SATURNO
É o sexto planeta e o segundo em tamanho, possui três anéis na altura do Equador e quinze satélites, dos quais só nove eram conhecidos na época em que os rituais foram escritos. Saturno e Cronos para os gregos, senhor do tempo e da eternidade, pai de Zeus, por ele destronado.
Na Loja, Saturno é representado com seus três anéis e seus nove satélites, exatamente sobre o centro geométrico do ocidente.
Saturno rege a cadeia de união. Os seus três anéis representam os AApr:., CComp:. e MM:. . Os nove satélites representam os nove cargos: Ven:., Primeiro Vig:., Segundo Vig:., Secr:., Orad:., Tes:., Chanc:., M:. de CCer:. e Guarda do Templo.
MERCÚRIO
Símbolo da astúcia, protetor dos viajantes e dos comerciantes. Identificado como Hermes dos gregos, era filho de Maia e de Zeus (Júpiter) de quem recebeu o encargo de mensageiro dos deuses. Tinham um par de sapatos alados e um capacete também alado (Petasa). Carregava um bastão com duas serpentes enroladas (Caduceu) símbolo da paz, (Harmonia e Forças Opostas).
É menor e mais rápido dos planetas, e também o primeiro e o mais próximo do Sol e por isso representa o Primeiro Diac:.
JÚPITER
Era Zeus para os gregos. O maior planeta do sistema solar era o guardião do Direito, o defensor do Estado, protetor das fronteiras e do matrimônio.
Seu atributo é o raio, temido por todos os deuses e mortais. Júpiter éo astro regente do Ex-Ven:. e por isso fica no Oriente.
VÊNUS
É o segundo planeta e o mais próximo da Terra. Para os gregos era Afrodite, a deusa da beleza e do amor. Surge sempre próximo à Lua (Primeiro Vig:.) e é o astro regente do Segundo Diac:.
Conhecido ainda hoje como "Estrela Vésper", a primeira a aparecer nocéu, Vênus era o "Mensageiro do Dia", anunciava a hora de começar e de encerrar o período de trabalho.
ARCTURUS
Estrela Alfa da constelação de Bootes que em grego quer dizer guardiã de animais. Por sua posição junto à Ursa Maior é conhecida como a "guardiã do Urso".
A palavra Arcturus em grego significa "guardiã do Urso" e correspondente ao cargo de Orador, guardião do Oriente. Sua posição é em cima da grade do Oriente.
ALDEBARAN
Estrela Alfa da constelação de Touro, a qual pertencem as Plêiades e as Hyades. O nome é Aldebaran significa, em árabe, o "sequaz" ou "o adepto" por causa da posição próxima às Plêiades e as Hyades. Na abóbada maçônica rege o cargo do Tesoureiro.
FORMALHAUT
Alfa Piscis Austrinis - em latim significa peixe do sul, é aqui uma correlação com a coluna zodiacal dos peixes.
Fomalhaut é uma palavra árabe que significa "a boca do peixe do sul", o que se aplica ao cargo de Chanceler.
REGULUS
Alfa Leonis é a estrela mais brilhante na constelação de Leão. Na Astrologia, Regulus sempre manteve posição de comando. Ela dirige todos os trabalhos do paraíso. Foi Nicolau Copérnico quem a batizou com o nome Regulus, que significa "Regente". Correspondente ao cargo de Mestre de Cerimônia.
SPICA
Alfa Virginis, em latim, "a Espiga", é a estrela regente do cargo de Secretário, além de estar nitidamente associada à coluna da Beleza feminina. Por outro lado, os primitivos instrumentos de escrita usados pelos gregos e romanos não eram penas, mas canetas feitas de caules ocos de vegetais chamadas de "Spícula".
ANTARES
Alfa Scorpii, a estrela vermelha gigante. DuRante muitos séculos, a maior estrela conhecida. Às vezes confundida com Marte; com efeito, Antares em grego significa "O Rival de Marte". Tanto Antares como Marte, são vermelhas e, ocasionalmente, aparecem próximas. Antares é o astro regente do Guarda do Templo.
AS CONSTELAÇÕES
Na abóbada da Loja aparecem quatro grupos de estrelas pertencentes a quatro constelações:
ORION
Constelação equatorial é formada por quatro estrelas brilhantes com uma linha de três estrelas que formam o "Cinto de Orion" e são popularmente conhecidas como "as Três Marias" ou "os Três Reis Magos". No Teto do Templo só são representadas as três estrelas, porque representam a idade do Aprendiz, que ainda não tem o domínio do espírito sobre a matéria. Na tradição árabe mais antiga, Orion era chamada de "A Ovelha de Cinto Branco" e o avental de Aprendiz era feito, na sua origem de pele de carneiro, (ainda o é pele em alguns países) com um cinto (fitas) branco. As três estrelas de Orion são regentes dos Aprendizes.
HYADES ou HÍADAS
É o notável grupo de cinco estrelas formando a ponta de uma flecha na constelação de Touro. As Híadas são as regentes dos Companheiros.
PLÊIADES.
É um outro grupo de estrelas da mesma constelação de Touro. São também conhecidas como "As Sete Irmãs". Elas regem os Maçons, a paz, plêiade de homens justos.
URSA MAIOR
"O Grande Urso". É considerada a constelação mais antiga. No teto da Loja são Representadas as sete estrelas mais importantes que formam a "Charrua". A última estrela da cauda da Ursa Maior é ALKAID, também conhecida como BENETNASCH; ambos os nomes fazem parte da frase árabe "QUAID AL BANAT AD NASCH", que significa "A Chefe dos Filhos do Ataúde Maior". Este nome provém da concepção árabe mais antiga, que representava a Ursa Maior como um caixão e três carpideiras.
Esta interpretação interessa à Maçonaria, pois a representação egípcia coincidia com a arábica, de um sarcófago (de Osíris) e sua viúva (Ísis) e o filho da viúva (Orus) em procissão fúnebre.
Assim contamos trinta e cinco astros existentes na abóbada Maçônica, faltando um para completar os trinta e seis. O último astro não está dentro do Templo, é o planeta Marte, para os gregos, Ares.Marte era o deus da guerra e, como tal, não poderia figurar entre aqueles que buscam a paz e a harmonia universal, por isso foi para o átrio, o reino profano dos tumultos e das lutas.
Assim, foi dado a Marte a incumbência de "cobrir o Templo", sendo o astro do Cobridor Externo.
Do lado de dentro foi colocado Antares, do Cobridor Interno, para garantir a fronteira entre o mundo iniciático e o profano.
O Duodenário Maçônico
Todos sabemos que a abóbada celeste é parte integrante de todo e qualquer templo maçônico que se preze e, de igual modo, sabemos que os números e suas relações internas de caráter ocultista retratados nos ensinamentos maçônicos formam a base de um sistema teórico que foi elaborado especialmente em combinação com o conhecimento cabalístico. Neste contexto, a abóbada celeste e o duodenário maçônico são nosso exemplo final do entrelaçamento maçônico e astrológico.
O duodenário corresponde à divisão mais antiga e mais natural do círculo, e nos ensinamentos maçônicos encontra-se representado por dois diâmetros que se contam em ângulos retos e por quatro arcos, do mesmo raio que da circunferência, traçados, tomando-se como centro os extremos da cruz. Esta mesma divisão é aplicada ao céu, onde determina doze espaços iguais, que o Sol percorre, regularmente, na sua trajetória anual aparente, em torno da Terra. Aristóteles já revelava este arcano desde a antiga Grécia. E ele disse que o magistério ou habilidade da obra é a separação dos quatro elementos da matéria prima, e depois a realização de sua unidade na quintessência ou no Éter [Substância ou Espaço Cósmico] dos antigos. Em suas palavras: “Divide lapidemtuu in quattuor elementa… et conjunge in unum et totum habedis magisterium”, ou seja, “divide a tua pedra em quatro elementos… e une-os numa coisa só e terás o magistério todo” [Aristótoles, De Coelo 1,3]. Temos aqui a explicação da máxima solar que inspirou a construção de grandes catedrais em toda a Europa e dos maravilhosos vitrais e jogos de luzes encontrados no mundo muçulmano, e essa geometria sagrada não foi só um segredo dos maçons, dela compartilharam os maias, egípcios, hindus e árabes, a Igreja e os místicos de todos os tempos, e, sobretudo, os astrólogos.
O duodenário maçônico corresponde às doze casas zodiacais, não só porque o ano se torna o protótipo de todos os ciclos, emblematizados nas fases da vida humana e das iniciações maçônicas, mas porque o número doze é significativo na história da humanidade. Quem dentre nós poderá explicar porque todo o reino animal, vegetal e mineral, inclusive o subumano encontra-se ajustado ao Doze? Vejamos alguns exemplos. A Terra faz uma órbita do sol através dos 12 signos do zodíaco; 12 são os meses do ano; 12 foram os filhos de Jacob que fundaram as 12 tribos de Israel; 12 foram os Cavaleiros da Távora Redonda do Rei Arthur; 12 foram as divisões do Templo de Salomão; 12 foram os Trabalhos de Hércules; Osíris, o rei-deus egípcio, tinha 12 discípulos; o deus-rei asteca, Quetzotcoatl, também tinha 12 discípulos; Jesus teve 12 discípulos; Sidharta Gautama [O Buda] teve 12 discípulos; 12 era o número dos deuses gregos do Olimpo; usamos 12 para designar uma dúzia e usamos 12 polegadas para um pé em nosso sistema de pesos e medidas; 12 são as luas novas do ano; foram 12 os reis do lendário e perdido continente de Atlântida; há na medicina homeopática 12 sais minerais básicos; ao pesar o ouro ou as drogas, usam-se 12 onças por um libra; diamantes e outros cristais piezeléricos tem 12 lados, ou eixos, e devem ser lapidados ao longo dessas linhas; e muitas frutas e vegetais, em seu estado natural, crescem em 12 seções. Será tudo apenas coincidência? Cremos que não.
A ilustração estampada neste artigo é encontrada nas páginas dos compêndios maçônicos oficiais e condensa o ensinamento maçônico sobre o zodíaco, representando, ao mesmo tempo, a inserção da influência astrológica na Maçonaria. Nas lojas maçônicas, cada um dos pentaclos encontrados nas colunas, caracterizando um signo, um planeta e um dos elementos da natureza, evidencia um simbolismo que está a merecer maiores considerações dos estudiosos das duas áreas de conhecimento humano: Maçonaria e Astrologia.
Assim, cada uma das colunas, em sentido horário, apresenta um pentaclo simbolicamente explicado como sendo relativo aos maçons em sua evolução na senda maçônica. Podemos referenciar na coluna I, o signo de Áries [Fogo-Marte], o ardor iniciático a procura da iniciação e do iniciado; na coluna II, de Touro [Terra-Vênus], a elaboração interior ou o profano admitido às provas iniciáticas; na coluna III, de Gêmeos [Ar-Mercúrio], a vitalidade do neófito recebendo a luz; na coluna IV, de Câncer [Água-Lua], o iniciado que se instrui ou o iniciado assimilando os ensinamentos iniciáticos; na coluna V, de Leão [Fogo-Sol], a razão aplicada exercendo crítica severa sobre todas as lições iniciáticas recebidas ou o iniciado julgado, por si próprio, as idéias que acaba de conceber; na coluna VI, de Virgem [Terra-Mercúrio], o homem iniciado maçom reunido os materiais de construção para desbastar a pedra bruta e talhá-los segundo seu destino. Todo este simbolismo encontra-se ao Sul, na coluna dos Aprendizes.
Na coluna VII, temos o signo de Libra [Ar-Vênus], representando o Companheiro em sua maturidade e apto a desenvolver o máximo de atividade laborativa; na coluna VIII, de Escorpião [Água-Marte], a massa aquosa em fermentação, os elementos da construção vital em dissociação atraída por combinações novas, a desorganização revolucionária, o Sol mergulhando em queda de um para outro hemisfério. Maçonicamente representa o conluio dos maus companheiros que feriram Hiram de morte; na coluna IX, de Sagitário [Fogo-Júpiter], os obreiros da arte real abandonados, sem direção, se lamentam e dispersam-se à procura do corpo do Mestre imolado; na coluna X, de Capricórnio [Terra-Saturno] simboliza a descoberta do túmulo de Hiram; na coluna XI, de Aquário [Ar-Saturno], os elementos constitutivos se recompõem na terra adormecida, simbolicamente representada pela ressuscitação do cadáver de Hiram; e na coluna XII, de Peixes [Água-Júpiter], Hiram é levantado e torna a si, significando que a “palavra perdida” foi encontrada. O Companheiro suficientemente instruído alcança a maestria maçônica e está apto a reencentar nova caminhada pelos signos do zodíaco, ensinando e aprendendo com os novos Aprendizes.
A ilustração também resume a tradição zodiacal, representando os doze signos, as doze casas [Vita, a Vida; Lucrum, Dinheiro; Frates, Irmãos; Genitor, Pais; Filii, Filhos; Veletudo, Trabalho; Uxor, Cônjuge; Mors, Morte; Peregrinationem, Viagens; Regnun Honorem, Vida Social; Amici Benefacta, Amigos e Inimici, Inimigos], e ainda, os planetas e os domínios ou esferas de influência representado por Mercúrio em Gêmeos e Virgem; Vênus em Touro e Libra; Marte em Áries e Escorpião; Júpiter em Peixes e Sagitário e Saturno em Aquário e Capricórnio. Na ilustração estão representadas, igualmente, as quatro estações do ano. E, de tudo pode-se tirar pelo menos uma grande lição: A Astrologia transmite a existência de quatro regras fundamentas de conduta do Maçom: Calar [Terra] no quadrante de Primavera; Querer [Fogo] no quadrante de Verão; Ousar [Ar] no quadrante de Outono e Saber no quadrante de Inverno [Água], simbolizando a evolução do iniciado-maçom em sua trajetória da base do quaternário para o ápice da pirâmide ou da Essência divina.
AS ERAS DO ZODÍACO
Às vezes nos perguntamos se a Teoria da Evolução está realmente correta ou se outros seres habitaram a terra em temos remotos. O nosso espanto se dá pelo fato de que a mudança de uma casa do zodíaco para outra (de uma era para outra) se dá de 2.000 em 2.000 anos e esse conhecimento se deve a observação humana, logo 12 casas x 2.000 seriam 24.000 anos. E para se chegar a esse conhecimento deveriam ter feitos essa observação por diversas vezes. Aqui, vemos que contamos 14.000 anos.
ERA DE LEÃO (de 10.000 a.C. a 8.000 a.C)
Era mais antiga da qual é possível ter conhecimento. Governada pelo signo de Leão, cujo astro regente é o Sol, e marcou um período dominado pela criação: o homem começou a cultivar as plantas, a criar os animais e a polir a pedra e adquirindo os meios para um rápido progresso. Iniciava-se o Período Neolítico da Pré Historia, o inicio da civilização estratificada.
ERA DE CANCER (de 8.000 a. C a 6.000 a.C)
Com o termino da Idade de Gelo, por volta de 9.000 AC, o homem deixou as cavernas e começou a construir as suas habitações, abandonando o nomadismo e tornando-se sedentário. Sob o governo de Câncer, signo da maternidade e do lar-regido pela Lua, a “mãe universal”, o princípio feminino, que fertiliza todas as coisas – a humanidade começou a se estruturar socialmente por meio da família.
ERA DE GÊMEOS (de 6.000 a. C a 4.000 a. C)
Esta Era foi caracterizada pelo dinamismo e pela elaboração dos grandes projetos humanos. Governada por Gêmeos – regido por Mercúrio, o representante do intelecto – uma Era de grande efervescência intelectual e de muita curiosidade, um dos seus mais valiosos tesouros: a escrita. O homem começou a fixar as suas idéias e a registrar a sua própria memória. Começava, ai, a Historia.
ERA DE TOURO (de 4.000 a. C a 2.000 a. C)
Representando a força criativa de Áries, transformada nos poderes de fecundação e procriação da natureza, o signo, através de sua influência na Terra, com sua solidez e riqueza, significou o florescimento de grandes civilizações humanas – e a egípcia. Período de grandes progressos materiais, a Era de Touro legou, à humanidade, cidades importantes, como por exemplo, Tebas e Mênfis, no Egito, onde era cultuado Àpis, o touro sagrado.
ERA DE ÀRIES (de 2.000 a. C a 0)
Sendo regida por Marte, deus da guerra, na mitologia romana, foi caracterizada por grande atividade bélica, com muitas invasões e muitas lutas entre os povos. Um exemplo é o território antigo da Grécia, que sofreu, durante esse período, diversas invasões; as mais produtivas delas, foram as dos dórios e dos jônios, já que, dessa miscigenação de povos, surgiu a magnífica cultura grega, que tanta influência teve nos destinos da humanidade.
ERA DE PEIXES (de 0 a 2.000 d.C)
Regido por Peixes, signo da fé, da piedade, da compaixão, do espírito de sacrifício e do misticismo, este período viu surgir o seu fato mais marcante: o cristianismo, que, como religião, é o típico exemplo da mentalidade de Peixes. O signo influenciou tanto este período, que o seu símbolo – dois peixes, dispostos lado a lado, mas em sentindo inverso, simbolizando o momento final da liberação do espírito das malhas matérias – acabou se tornando o sinal secreto dos que aderiam à fé cristã. Este é o período dos “pescadores de homens”.
ERA DE AQUÁRIO (de 2.000 d.C a 4.000 d.C)
A Era de Aquário, a se iniciar no ano 2.000, terá, como mensagem especial, o humanitarismo. Nela ocorrerá uma reconciliação entre a ‘ciência e o homem’, entre as mais fantásticas descobertas da mente cientifica e as verdades eternas, que tem sido motor e dínamo da humanidade. Sendo regido por Aquário – signo da originalidade, da independência, da lealdade, da ação – à vontade de mudar e de criar, além de uma grande preocupação com o futuro da humanidade. Nesse período, os homens terão a oportunidade de transformar o mundo, tornando-o feliz e próspero. Mas poderão, também, destruí-lo, mesmo que a prudência seja uma característica de Aquário.
CONCLUSÃO
Embora esse trabalho pareça uma colcha de retalhos e esteja cheio de fragmentos, o objetivo é demonstrar que o homem sempre cultuou a divindade e sempre teve verdadeira adoração pelo firmamento e pelas luzes nele dependuradas.
Nas culturas antigas já se reverenciava o Sol como o Deus da vida, o Deus da bondade. Todos os deuses desses povos tinham origem na Luz.
Os templos mais remotos tinham o teto aberto de forma que seus visitantes viam diretamente o céu e faziam adoração aos deuses.
A maçonaria buscou nesses tempos mais primitivos esse sentido esotérico, místico e de crença até por que ao longo dos séculos esteve sempre preso nas sociedades secretas.
Se considerarmos os trabalhores de Deir el-Medineh como maçons, poderemos dizer que lá no Egito antigo já tínhamos os nossos Irmãos e isso pode retroagir a época da construção dos primeiros templos ou Zigurates na Zuméria há mais de 5.000 anos ou até mesmo se perder no Eterno uma vez que o G.´.A.´.D.´.U.´. seria o primeiro Maçom.
Vendo que herdamos muito do que temos em nossos templos às civilizações antigas, passamos a analisar a partir de quando passamos a dominar a construção das abóbadas nos tetos dos edifícios (templos, catedrais, etc) e aí encontramos a herança dos Etruscos aos Romanos e Gregos.
Ainda assim, só a partir do século XVIII é que começamos a construir nossos templos com o teto abobadado e a partir daí inserimos nele as estrelas, os planetas e as núvens da escuridão representando o setentrião.
Acredito que na simplicidade desse trabalho possamos entender um pouco mais do nosso templo e satisfazer um pouco mais a nossa curiosidade a respeito da ABÓBADA CELESTE.
José Roberto Cardoso – MI (32º)
Lojas Tiradentes nº 02 e Estrela D´Alva nº 16 - GLMDF – Cad 3037
BIBLIOGRAFIA:
Atlas Celeste – Ronaldo R. de F. Mourão
Cosmos – Carl Sagan
Dicionário das Religiões – o de J.R Hinnells e o de Mircea Elíade – Martins Fontes, SP
Dicionário de Símbolos – o de H. Bidermann e o de J-E.Cirlot
Esoterismo – Pierre A. Riffard
Mundo Egípcio, Grego e Mesopotâmico – Editora Del Prado
portaldemaconaria
[i] Wilkipédia
[ii] “Rito Escocês Antigo e Aceito – Graus Simbolicos” – Ir. Paulo Roberto Marinho de Almeida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário