domingo, 8 de outubro de 2017


DIÁLOGO ENTRE SIMÃO E FELIPE.


Breves comentários: Pedreiro de Cantaria.

Este diálogo foi editado por D. Knoop, GP Jones e D. Hamer, Early Catecismos maçônicos, Manchester University, 1963 e também por Philippe Langlet (recop.), Les textes fondateurs de la franc-masonnerie, Paris, 2006, pp. 561-583, com comentários. Traduzido para espanhol por JM del Río, "Vários documentos maçônicos", em Symbols, Zaragoza, 1997, pp 247-249.

Nele foi encontrado a inscrição quase ilegível: “Sr. John Page...nº 5...Bristol” e foi recebido posteriormente pelo falecido Ir.´. (Lister) Salisbury do ir.´. Cramphorn, depois de ter entregue este livro à imprensa.

Abro aqui um parêntese para observar que não existe futuro sem passado e que a maçonaria é mais antiga do que muitos pensam, divergindo tão-somente na forma.

Isso quer dizer que a maçonaria especulativa está assentada em um colchão de tradições antigas.

Se voltarmos às mais priscas eras iremos encontrar vestígios da maçonaria, tanto no que diz respeito a um sistema organizado de beneficência, quanto da proteção social e do trabalho. 

No Livro o 12º Planeta de Secharia Sitchin nos traz informações interessantes e dentre elas há o seguinte relato: “.....o profeta Ezequiel foram mostrados planos muito detalhados para o segundo templo "numa visão divina" por "uma pessoa que tinha aparência de bronze e que segurava na mão uma fita de linho e uma vara de medições". Ur-Nammu, governador de Ur, descrevia num milênio anterior como seu deus lhe ordenara que construísse para ele um templo e lhe dera instruções apropriadas, estendendo-lhe a vara de medições e a fita de linho enrolada para a execução da tarefa.


Mil e duzentos anos antes de Moisés, Gudea afIrmou o mesmo. As instruções, registrou ele numa inscrição muito longa, foram-lhe dadas numa visão. "Um homem que brilhava como os céus", ao lado de quem repousava. "um pássaro divino", "ordenou-me que construísse o seu templo". Este "homem" que tinha "uma coroa em sua cabeça" era, obviamente, um deus que foi mais tarde identifIcado como sendo o deus Ningirsu.

Há, em uma passagem bíblica algo muito parecido com o relato acima em Isaias 28 – 16, 17:

16. Portanto assim diz o Senhor Deus. Eis que ponho em sião como alicerce uma pedra, uma pedra provada, pedra preciosa de esquina, de firme fundamento, aquele que crer não se apressará;

17. E farei o juízo da linha de medir, e a justiça o prumo; e a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas inundarão o esconderijo.

Mas o que há tão comum? A linha de medir, o prumo, etc.

Mas, isso é assunto para um estudo muito aprofundado, embora existam aqueles que negam a história e o vínculo citado. Vamos ao Diálogo a seguir: 

Diálogo entre Simão, maçom da cidade e Felipe, maçom que estava de passagem:

Simão: senhor, acabo de receber uma carta neste pedaço de papel. Peço-lhe que me diga o que deseja.
Felipe: estou de passagem e procurando uma certa associação e, tendo ouvido que você é um irmão maçom, me é permitido fazer contato congido. 
Simão: sois Maçom?
Felipe: sim, como tal sou tido por todos os companheiros e irmãos.
Simão: s como saberei que sois maçom?
Felipe: s palavra é justa.
Simão: se é justa, dá-me a justa.
Felipe: vou soletrar para você
Simão: dá-me a primeira letra e eu lhe darei a segunda.
Felipe: B
Simão: O
Felipe: A
Simão: Z
Felipe: a palavra é Boaz, mas dado que não vos conheço, e que, por razões de prudência não devemos responder a mais de três perguntas, pois poderíamos ser enganados por um impostor, eu te pergunto: quais são vossos sinais? 
Simão: nossos sinais são todos esquadros, ângulos e perpendiculares
Felipe: quais são vossos toques?
Simão: todos são fraternais apertos de mão e graças aos quais os irmãos se reconhecem entre si.
Felipe: quais são os pontos de vossa recepção?
Simão: ouvir e guardar os segredos de um maçom?
Felipe: como foste recebido maçom?
Simão: por três golpes dados na porta, o último depois de um duplo, dado com um intervalo e com mais força.
Felipe: qual é a primeira pergunta que o mestre faz quando de sua recepção?
Simão: me perguntou se era por minha própria e livre vontade que eu me apresentava para ser maçom. Respondi que sim.
Felipe: que vistes antes de ser feito maçom?
Simão: nada que pudesse compreender.
Felipe: que vistes depois?
Simão: três grandes luzes?
Felipe: como as chamais?
Simão: o sol, a lua e o mestre.
Felipe: onde estava vosso mestre?
Simão: no Oriente
Felipe: por quê no Oriente?
Simão: para esperar o amanhecer, a fim de enviar os homens ao trabalho.
Felipe: onde estavam os vigilantes?
Felipe: por quê no Ocidente?
Simão: para esperar que o sol se oculte a fim de que os homens deixem o trabalho.
Felipe: onde estavam os companheiros de ofício?
Simão: ao Sul
Felipe: por quê ao Sul?
Simão: para receber e instruir a todos os novos irmãos.
Felipe: onde estavam os aprendizes recebidos?
Simão: ao norte, para ouvir e calar e esperar o Mestre.
Felipe: disseste que vistes três grandes luzes: não vistes outra luz?
Simão: sim, uma, que superava em muito ao sol e a lua.
Felipe: o que era?
Simão: a luz do evangelho.
Felipe: porque foste feito maçom?
Simão: pelo amor da letra G
Felipe: o que significa?
Simão: geometria
Felipe: por que Geometria?
Simão: porque ela é a raiz e o fundamento de todas as artes e ciências.
Felipe: diga-me, eu lhe rogo, quanto dinheiro você tinha na sua bolsa, quando foste feito maçom?
Simão: absolutamente nenhum.
Felipe: e como foste feito maçom?
Simão: nem nu, nem vestido, nem 
Simão: nem nu nem vestido, nem de pé ou deitado ou ajoelhado, nem calçado e nem descalço, mas em bom estado.
Felipe: e como era esse estado?
Simão: tinha um joelho descoberto na terra, um compasso aberto em forma de esquadro sobre meu peito. E então, nesta postura, eu prestei o solene e sagrado juramento de maçom.
Simão: eu prometo solenemente, e declaro diante de Deus e diante desta assembléia respeitável, que guardarei o silêncio e nunca revelarei o que ouvi, ou seja, os segredos ou segredos dos Maçons ou da maçonaria que me tenham sido confiados, seja para um homem, mulher ou criança; Não os imprimirei, nem os colarei ou gravarei de qualquer forma que permita descobrir os segredos de um Maçom ou da Maçonaria. Isso, sob pena de ter meu coração arrancado, a língua e a garganta cortadas, meu corpo amarrado, puxado e destruído por cavalos selvagens e enterrado nas areias da praia, onde a maré subiu todas as 24 horas; ou sob pena de meu corpo ser reduzido a cinzas e dsperto para os quatro ventos, de modo que a menor lembrança de mim subsistirá. Que Deus venham em meu auxílio. Logo após, o primeiro Vigilante me colocou um avental branco dizendo-me estas palavras: “eu vos ponho a marca distintiva dos maçons, que é mais antiga e mais honorável que a Ordem dos Cavaleiros da Jarreteira.
Felipe: estou contente de constatar que sois maçom, depois do que me haveis repetido de vosso juramento. Se queres, podeis perguntar-me o que pensais oportuno.
Simão: gostaria de perguntar-te onde está vossa Loja.
Felipe: no vale de Josapha, fora do alcance das fofocas das galinhas, do canto do galo e do ladrar de um cão.
Simão: qual é a altura de vossa Loja?
Felipe: é tão alta como o céu, e tão profunda como a terra.
Simão: quantos pilares tem vossa Loja?
Felipe: três.
Simão: como os chamais?
Felipe: sabedoria, Força e Beleza.
Simão: o que representam?
Felipe: a sabedoria cria, a força sustenta e a beleza adorna.
Simão: de que Loja sois?
Felipe: da muito respeitável loja de São João.
Simão: quantos sinais possuem um maçom?
Felipe: cinco.
Simão: como os chamais?
Felipe: o sinal pedestre, o sinal manual, o sinal
Felipe: cinco.
Simão: como o chamais:
Felipe: o sinal pedestre, manual, peitoral, gutural e oral.


(ww2.uned.es/dpto-hdi/museovirtualhistoriamasoneria/3documentos_fundacionales/dialogo%20entre%20simon%20y%20felipe%201749.htm)

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